Transtornos alimentares O que são?... Anorexia... Bulimia nervosa... Obesidade... Outros distúrbios...



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Transcrição:

Apresentação... 4 Transtornos alimentares O que são?... Anorexia... Bulimia nervosa... Obesidade... Outros distúrbios... Mercantilização: Somos mulheres, não mercadoria... Lei 13.728/2011... Saiba mais... 5 6 7 7 9 12 15 16 ÍNDICE Onde procurar ajuda... Leia mais... 17 18 3

APRESENTAÇÃO 4 Cada vez mais a adoção de uma alimentação correta e balanceada associada a práticas esportivas adequadas a cada pessoa tornou-se fundamental para a promoção e a manutenção da saúde. Há muito que os especialistas alertam que este é um dos componentes primordiais para a preservação da qualidade de vida. Neste sentido, o conceito de segurança alimentar passou a ser priorizado pela OMS Organização Mundial da Saúde - e pela FAO órgão da ONU voltado para a questão. Os programas de distribuição de renda e de combate à fome do governo federal passaram a ser exemplos bemsucedidos de intervenção estatal nesta área vital. Essas práticas cada dia ganham mais repercussão. Em parte devido à alta incidência de casos de obesidade, inclusive entre crianças e adolescentes. Se de um lado é importante a conscientização sobre os riscos do excesso de peso, por outro, se torna fundamental o olhar sobre a incidência de outros transtornos alimentares, como bulimia e anorexia nervosa, que causam o oposto: o emagrecimento gradativo que pode até levar à morte. O padrão estético apresentado pela mídia, especialmente nas telenovelas e propagandas, não representa a imensa diversidade e pluralidade de nossa sociedade. Frequentemente observamos a associação da magreza excessiva ao sucesso, o que provoca sérios prejuízos à autoestima das mulheres e jovens. Ao protocolar o projeto de lei n.º 21/2010, hoje lei sancionada pelo governador, pretendemos desenvolver uma política de prevenção a estes transtornos, que causam insegurança e muitas vezes danos irreparáveis à saúde, podendo, ainda, levar à morte. Estes transtornos alimentares possuem aspectos diretamente ligados à mercantilização do corpo e aos parâmetros impostos por esta cultura que retrata meninas e mulheres como objetos. É fundamental a mudança destes falsos padrões estéticos e, para isso, é importante combatermos a mercantilização do corpo feminino. Nosso mandato está permanentemente engajado nas lutas feministas. Acreditamos que o combate ao machismo e o fim de todas as formas de violência contra a mulher devem ser práticas constantes. Neste caderno, queremos mostrar o que são estes transtornos e como ocorrem. Trazemos também um texto produzido pela Marcha Mundial das Mulheres, sobre a mercantilização do corpo, e a íntegra da lei n.º 13.728/2011, que cria a Política Estadual de Prevenção aos Distúrbios Alimentares. Boa leitura e boa luta! Raul Pont

O que são transtornos alimentares? Atualmente, os transtornos alimentares ocorrem em todas as etnias e populações ocidentais e não ocidentais, e são responsáveis por um alto índice de mortes entre todos os distúrbios psíquicos conhecidos. As causas são múltiplas, incluindo os fatores genéticos, psicológicos e comportamentais. A pressão de uma sociedade cada vez mais competitiva, o estresse e experiências de vida traumáticas, associadas à imagem do corpo perfeito, têm levado muitas pessoas, em especial as mulheres, a maltratar seu próprio organismo, seja passando fome ou comendo em excesso. Os transtornos alimentares ocorrem predominantemente em sociedades industrializadas e desenvolvidas, acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Quais são os sintomas Esta busca obsessiva da perfeição do corpo tem várias formas de manifestação. Algumas delas diferem notavelmente entre si. destes transtornos? Medo excessivo de ganhar peso, percepção distorcida da imagem corporal e dietas rígidas. Os transtornos alimentares podem ser classificados como comportamentos anormais relacionados à nutrição. Podem incluir recusa da ingestão de alimentos ou comer em excesso, vômitos, abusos de laxativos, uso indiscriminado de inibidores de apetite e, até mesmo, exercícios extenuantes; estes geralmente são acompanhados de ideias irreais sobre a imagem que as pessoas têm do próprio corpo. Esses comportamentos geralmente são um sinal de alerta para um problema mundial que atinge 0,50-1% da população feminina entre 18 e 40 anos e pode levar à morte, mas que só agora começa a receber a devida atenção no Brasil. Quais são os tipos de transtornos alimentares? Os transtornos alimentares mais tradicionais são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e a obesidade, mas também existem outros. TRANSTORNOS ALIMENTARES 5

ANOREXIA ANOREXIA NERVOSA O termo anorexia deriva do grego (anausência, deficiência, orexis- apetite) e significa ausência ou deficiência de apetite. É um transtorno emocional que consiste em grande perda de peso e num intenso temor da obesidade. A principal característica desse distúrbio é a insistência das pessoas em manter a magreza em níveis abaixo dos normais para sua estatura e biotipo. A distorção na percepção do próprio corpo colabora para que permaneçam em constante estágio de dietas, onde o cérebro bloqueia a imagem real e a pessoa portadora da doença vê-se gorda, como se realmente não tivesse emagrecido. Caracterizada por dietas rigorosas com consequente perda significativa de peso, a anorexia nervosa tem como maiores vítimas mulheres jovens, muitas delas adolescentes, com idade entre 14 e 18 anos. Siglas como NF No Food e LF Low Food são comuns no dicionário das pessoas portadoras de anorexia nervosa. A primeira consiste em ficar um ou mais dias sem comer absolutamente nada e a segunda baseia-se em diariamente ingerir comidas com poucas calorias. No sentido do LF, poucas calorias significam de 200 a 400, sendo que uma pessoa deva ingerir cerca de 2500 calorias diariamente. A pessoa bulímica, de acordo O COMPLEXO DE BARBIE Mesmo depois dos 50 anos o corpo dela ainda é referência para muitas meninas. Esta frase introduz o trabalho escolar de uma jovem de 15 anos. O corpo ideal e magro da boneca Barbie e de modelos de passarela são menções que as anoréxicas idealizam. com os critérios diagnósticos do CID 10, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos autoinduzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas. 6

Os sintomas mais frequentes são: Pouca ingestão de alimentos ou dietas severas; autoimagem distorcida; medo de ganhar peso, sempre abaixo do ideal; sensação de estar sempre gorda, mas com os alertas para a aparência magra; grande perda de peso - em um período breve de tempo; sentimento de culpa por ter comido; hiperatividade e exercícios físicos em excesso; possibilidade de cessar a menstruação (amenorreia); sensibilidade ao frio; alteração de humor, como irritabilidade, tristeza, insônia, entre outros. ANOREXIA BULIMIA NERVOSA A pessoa que tem bulimia nervosa, de acordo com os critérios diagnósticos do CID 10, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos autoinduzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas. A bulimia nervosa também ocorre mais frequentemente em mulheres jovens. Os sintomas mais frequentes são: Comer compulsivamente (ataques de fome, às escondidas, entre outros); Condutas inapropriadas para compensar a ingestão excessiva, tais como o uso de fármacos, laxantes, diuréticos, indução de vômitos e exercícios físicos extenuantes; Erosão do esmalte dentário, podendo levar à perda dos dentes; Mudanças no estado emocional, como depressão, tristeza, sentimentos de culpa e ódio em relação a si mesma. OBESIDADE É uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura, associada a problemas de saúde. Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes características genéticas (herdado de seus pais e familiares), socioeconômicas, culturais e educativas (hábitos alimentares) e do seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de 7

obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Outros fatores também podem levar ao aumento de peso, como fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais. Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando, a longo prazo, degenerações (artroses) de articulações, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela. A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios: DOENÇAS Hipertensão arterial Doenças cardiovasculares Doenças cérebro-vasculares Diabetes Mellitus tipo II Câncer Osteoartrite Coledocolitíase Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida. O DIABETES DECORRENTE DA OBESIDADE Os casos de diabetes tipo 2 vêm aumentando nos últimos anos devido, principalmente, à obesidade. Se conseguirmos controlar a obesidade, 8 DISTÚRBIOS Distúrbios lipídicos Hipercolesterolemia Diminuição de HDL ( colesterol bom ) Aumento da insulina Intolerância à glicose Distúrbios menstruais/infertilidade Apneia do sono essa incidência diminuirá.o diabetes potencializa outros fatores de risco cardiovascular encontrados com frequência nas pessoas que estão acima do peso, como a hipertensão e alterações de colesterol e triglicérides. A obesidade deve ser sempre prevenida e tratada. Emagrecer é fundamental no sucesso do tratamento do diabetes. Para o endocrinologista paulista Marcello Bronstein, a relação entre obesidade e diabetes é perigosa. O aumento da massa gordurosa, princi-

palmente abdominal (visceral) está ligado à resistência à insulina, ou seja, à maior dificuldade da insulina colocar a glicose para dentro das células. O problema se agrava se o paciente tiver predisposição genética para desenvolver diabetes, pois neste caso o pâncreas é mais suscetível à deficiência na produção de insulina. Nunca é demais afirmar que a importância da mudança de estilo de vida (hábitos alimentares saudáveis e exercícios físicos) continua sendo a pedra básica do tratamento. Os medicamentos, tanto os moderadores de apetite, como drogas que diminuam a absorção intestinal de gorduras, podem ser considerados coadjuvantes. Porém, ninguém deve fazer uso sem prescrição médica. A automedicação poderá tornar-se perigosa para o organismo. Esperase que avanços farmacológicos permitam um grau maior de sucesso no tratamento da obesidade e que tornem possível a manutenção do peso a longo prazo. No momento, a melhor maneira de tratar a obesidade e o ganho de peso é o acompanhamento a longo prazo com nutricionista e médico especialista. A prevalência de obesidade tem resultado em aumentos preocupantes também na incidência de diabetes tipo 2. Se não tomarmos atitudes eficientes para conter esta situação, a obesidade irá se constituir num dos maiores problemas de saúde pública, alerta Bronstein. (Referência: Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade ABESO www.abeso.org.br e Revista De Bem com a Vida Publicação Roche Diagnóstica Brasil Ltda.) OUTROS ANOREXIA DISTÚRBIOS Assim sendo, além da anorexia, da bulimia, e da obesidade, existem outros transtornos alimentares importantes. Vejamos alguns exemplos: TRANSTORNO ALIMENTAR NOTURNO Este transtorno alimentar acomete de 1 a 3% da população. Quem sofre deste distúrbio, levanta-se para comer durante a noite. Podem, até, não estar conscientes do que fazem e não lembrar de nada ao despertar. A despeitodesses assaltos noturnos à cozinha, a maioria desses pacientes faz regime durante o dia e refere falta de apetite durante a manhã. No Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica ( binge-eating disorder ), os pacientes apresentam episódios de compulsão alimentar, mas sem a utilização de nada ao despertar. 9

TRANSTORNO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA No Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica ( binge-eating disorder ), os pacientes apresentam episódios de compulsão alimentar, mas sem a utilização de métodos purgativos, como acontece na bulimia nervosa. No transtorno da compulsão alimentarperíodica também não há preocupação mórbida e irracional com o peso e com a forma do corpo, assim como acontece na bulimia e anorexia. Estes pacientes são, na maioria das vezes, obesos e se distinguem por apresentarem mais co-morbidade psiquiátrica e pelo fato da obesidade ser de maior gravidade. O transtorno da compulsão alimentar periódica acomete três mulheres para cada dois homens e tem uma prevalência de 2% na população geral e de 30% entre as pessoas obesas que procuram tratamento para emagrecer. Estes episódios de compulsão alimentar (binge eating) ocorrem com uma frequência mínima de 2 vezes por semana nos últimos 6 meses, para que seja diagnosticada a síndrome. 10 Os sintomas mais comuns são: Episódios repetidos de binge eating (episódios de compulsão alimentar) Durante os episódios, três dos indicadores abaixo devem estar presentes: comer muito mais rápido do que o normal, comer até se sentir desconfortavelmente empanturrado, comer grandes quantidades de comida, mesmo sem fome, além disso, comer sozinho, com vergonha da quantidade. Sentir-se culpado e/ou deprimido depois do episódio. TRATAMENTO O tratamento para o Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica é multidisciplinar, devendo envolver o cuidado psiquiátrico, com possível uso de medicamentos, intervenções psicoterápicas e nutricionais.

VIGOREXIA Tem sido predominante descrita nos homens, mas já estão sendo detectados casos de mulheres que buscam obsessivamente um corpo musculoso. A vigorexia se caracteriza pelo excesso de preocupação em ter um corpo forte. Os portadores desse transtorno ficam horas malhando. Passam horas exercitando-se e constantemente medindo sua musculatura para verificar se já obtiveram resultados. Apesar de tantas horas de exercícios pesados, ainda assim se consideram magros e fracos. Uma das respostas para esse exagero é que os portadores desse transtorno têm inconformidade com seu corpo. Há casos em que o desejo por um corpo perfeito é tanto que estas pessoas apelam para o uso de esteróides anabolizantes, que prejudicam a saúde. TRATAMENTO O tratamento para a síndrome da vigorexia, por ser um transtorno psicológico, envolve a psicoterapia e o aconselhamento nutricional. Os principais sintomas das pessoas com vigorexia são: acreditam que estão mais magros do que na realidade estão; acham-se fracos; têm vergonha do seu corpo; tomam diversos suplementos alimentares e inclusive esteróides e anabolizantes para ficarem com mais músculos. 11

A ditadura da beleza feminina e a mercantilização do corpo das mulheres Mariane Travi Ceconello Militante feminina da Marcha Mundial de Mulheres MERCANTILIZAÇÃO Com muita luta e persistência, as mulheres estão conquistando ao longo de muitos anos direitos e aos poucos vão ocupando espaços na sociedade que antes lhes eram negados. Porém, ainda são vistas e consideradas pelos contornos físicos de seus corpos, por sua beleza. A busca pela perfeição do corpo hoje toma o lugar de valores morais e éticos. Para as mulheres serem aceitas e valorizadas precisam ser bonitas. É isso que exige a sociedade. Ser bela é ter maiores chances de vitória na vida. Beleza virou sinônimo de felicidade e satisfação. A obsessão pela aparência é uma das principais causas de estresse e ansiedade, tornando infelizes e deprimidas pessoas saudáveis que não atingem o padrão de beleza que a sociedade exige. Beleza inalcançável, já que especialistas afirmam que parcela mínima da população mundial (entre 5% e 8%) tem estrutura física para tanto. As formas do corpo da mulher são historicamente controladas e hoje, no mundo capitalista, podem ser compradas. A sociedade do consumo, que valoriza o ter e não o ser, estabelece os padrões estéticos que devem ser seguidos. O mundo do consumo cria uma série de necessidades em nossas vidas. A beleza é uma delas. A exigência de um padrão de beleza a ser seguido pelas mulheres tem origem no machismo construído ao longo dos tempos. O feminino, na cultura ocidental, representa a emoção, o cuidado, o belo. O masculino representa a razão, a sabedoria, a força. Assim, construiu-se uma imagem da mulher como sendo um ser quase que desprovido de razão. Para a mulher ser valorizada socialmente, o que valem são seus atributos físicos e não intelectuais, como se as suas idéias não fossem significativas. Essa afirmação corrobora-se também quando analisa-se, por exemplo, o mercado de trabalho em que as mulheres, para se destacarem, precisam provar muito mais sua competência e capacidade do que os homens. E não faltam piadas machistas para externar a desvalorização do intelecto feminino: Ela foi promovida? Certamente está saindo com o chefe... 12

Essa cultura de culto à beleza feminina cria permanentemente um estado de insegurança das mulheres em relação ao seu corpo e os homens acabam por depositar suas expectativas nesse objeto. A relação da representação do masculino e do feminino determinada pela sociedade é o que se chama de relação de gênero. Essa relação também expressa quem realmente tem poder na sociedade e mudar a lógica requer tempo, conscientização e divisão de poder. A CRUELDADE DA MÍDIA E DA PUBLICIDADE Praticamente qualquer produto a ser comercializado pode ter como chamariz a beleza feminina. Existe um mercado de proporções gigantescas que literalmente comercializa o corpo das mulheres. Nas propagandas de cerveja as mulheres são mostradas como intrinsecamente elas são vistas na sociedade: um símbolo cuja função é perpetuar e aumentar o poder detido pelos homens. Além da publicidade, o corpo das mulheres é mercantilizado pelo mercado da prostituição, da pornografia e pelo tráfico de mulheres. TRANSTORNOS ALIMENTARES Na publicidade, a mulher é constantemente representada assim: um objeto de consumo, que, para ter valor, tem que seguir um padrão. A publicidade manipula nossos sonhos e desejos, criando falsas necessidades. Na televisão, principalmente em programas humorísticos, as mulheres são apresentadas, em sua grande maioria, como figuras bonitas e atraentes, porém, imbecis, desprovidas de idéias e vontades. A mulher feia é apresentada como uma pessoa chata e desinteressante, embora, algumas vezes dotada de certa inteligência. Estes estereótipos reforçam a idéia de que são os dotes físicos de uma mulher que realmente importam. Em busca da magreza pregada como padrão de beleza, muitas mulheres, principalmente jovens, acabam desenvolvendo uma série de transtornos alimentares. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a bulimia e a anorexia são as principais causas de morte das mulheres jovens (entre 11 e 20 anos). Bulimia: a pessoa ingere grande quantidade de comida para depois provocar o vômito, o que a livrará da nutrição indesejável. Anorexia: O anoréxico é dominado por um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magro, e por isso se submete à fome contínua. Muitas mulheres, na luta incansável contra a balança, acabam tornado-se infelizes e insatisfeitas com o próprio 13

corpo por uma vida inteira. Muitas desenvolvem inclusive quadros depressivos e transtornos de comportamento. O PERIGO DOS REMÉDIOS PARA EMAGRECER Na histeria estética em que a sociedade se encontra, quem acaba lucrando são as indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Há remédio para emagrecer, pra moderar apetite, para limpar a pele... E sempre há os antidepressivos para quem não consegue atingir seu objetivo de modelar o corpo ao padrão do que é considerado desejável e aceitável. Remédios para emagrecer geralmente ocasionam efeitos colaterais, causando depressão, crises de ansiedade, insônia... Atualmente, a Anvisa está avaliando a possibilidade de proibir a comercialização do uso da Sibutramina, sendo que já tirou do mercado diversos remédios e chás milagrosos que possuíam a sibutramina em sua composição. Utilizada para inibir o apetite e ajudar no emagrecimento, a sibutramina pode trazer riscos ao coração e ao sistema nervoso central, afirmaram técnicos da Anvisa. Assim, os riscos superam os benefícios. TODAS QUEREM ESTAR DENTRO DO CONTEXTO De qualquer forma, todos e todas querem estar dentro do contexto, sentido-se incluídos na sociedade. Ninguém está imune às exigências sociais e isso se reflete no modo que as pessoas se vestem e se comportam. O que não se pode deixar acontecer é a rendição cega à sociedade de consumo, permitindo que a estética seja a mola propulsora da existência humana. É equivocada a devoção à superficialidade, pois isso desenvolve desejos estéticos irreais. Acima de tudo está a saúde e bem-estar. O que realmente importa é quem realmente somos, nossa essência. A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR É A MELHOR DICA PARA TER SAÚDE Medicamentos para emagrecer possuem indicações específicas e só podem ser utilizados para pacientes obesos, que precisam restabelecer a saúde. Ainda assim, é necessária uma criteriosa avaliação médica e uma boa interação entre profissional e paciente sobre o prazo do tratamento e os cuidados ao longo deste. Para quem deseja emagrecer com saúde, o melhor ainda é o equilíbrio entre receita de dieta equilibrada e atividade física. A procura por uma nutricionista é essencial. Além disso, deve-se estar atento a possíveis desvios emocionais, pois uma saúde mental equilibrada é importante para a aceitação do próprio corpo e para uma boa relação com a alimentação. 14

LEI 13.728/2011 Institui a Política Estadual de Prevenção e Combate às Doenças Associadas aos Distúrbios Alimentares como bulimia, anorexia e obesidade mórbida, e dá outras providências. Art. 1º - Esta Lei institui a Política Estadual de Prevenção e Combate às Doenças Associadas aos Distúrbios Alimentares com a finalidade de prevenir e combater as patologias decorrentes do excesso ou da insuficiência alimentar. Parágrafo Único: São objeto desta Lei as patologias mais frequentes associadas aos distúrbios alimentares, como a obesidade mórbida, a bulimia e a anorexia nervosa. Art. 2º - A Política Estadual de Prevenção e Combate às Doenças Associadas aos Distúrbios Alimentares tem como diretrizes: I estabelecimento de ações permanentes e articuladas entre entes públicos e privados voltados à prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças associadas aos distúrbios alimentares; II proposição de medidas que possibilitem romper com o padrão cultural de beleza dominante nos meios de comunicação, nas empresas de marketing e nas agências de modelos; III - estabelecimento de parcerias com empresas e entidades para divulgação das medidas preventivas Art. 3º - A política estadual orienta-se pelos seguintes objetivos: I dotar a rede de saúde e demais serviços públicos para acompanhar a população de risco; II contribuir para a configuração de uma nova cultura estética, baseada na multiplicidade de biotipos e diferenças étnicas; III estimular a população a realizar exames especializados para detecção de distúrbios alimentares; IV promover campanhas educativas que visem o esclarecimento da população sobre os riscos dos distúrbios alimentares; V - qualificar e capacitar profissionais na área da saúde para orientar a população suscetível aos distúrbios alimentares; VI estimular os meios de comunicação e as empresas de marketing a adotarem diferentes padrões estéticos, valorizando as diferentes etnias e as miscigenações que compõem a nossa rica diversidade cultural e racial. Art. 4 - Os demais órgãos públicos poderão dotar-se dos princípios, objetivos, ações e serviços decorrentes desta política pública. Art. 5º - Fica instituída que na segunda semana do mês de setembro, anualmente, será comemorada a Semana Estadual de Prevenção e Orientação dos Distúrbios Alimentares Art. 6º - Na Semana Estadual de Prevenção e Orientação dos Distúrbios Alimentares, realizar-se-ão ações de orientação e conscientização, a serem desenvolvidas preferencialmente em estabelecimentos da rede de ensino público ou privado. Parágrafo Único As ações de orientação e conscientização poderão ser realizadas através de palestras, oficinas, caminhadas, atividades esportivas, entrevistas na comunidade e parcerias com organizações não governamentais. Art. 7º Esta Lei poderá ser regulamentada para garantir a sua execução. Art. 8º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Porto Alegre, 18 de maio de 2011. Uma pesquisa realizada em 2009, pela Universidade de São Paulo (USP) apontou que 7 em cada 10 mulheres estavam insatisfeitas com sua imagem corporal. LEI 13.728/2011 15

Em Porto Alegre, outro estudo baseado em dados populacionais com jovens entre 12 e 29 anos identificou que 30,2% das mulheres tinham comportamento alimentar de risco, sendo que cerca de 8% faziam uso de laxantes, como método de controle de peso, e 5,1% utilizavam anorexígenos. SAIBA MAIS A Organização Mundial de Saúde classificou o excesso de peso como uma epidemia mundial. Entre os fora de forma estão mais de 300 milhões clinicamente obesos, aqueles com índice de massa corpórea (IMC) acima de 30, associado a uma série de doenças graves, como problemas cardíacos, diabetes, hipertensão e até alguns tipos de câncer. No Brasil, 40% têm excesso de peso e 10 a 15 % têm obesidade, índice superior ao número de pessoas que passa fome no país. As mulheres jovens, por serem mais vulneráveis às pressões da sociedade, da cultura e da economia sobre os padrões estéticos, compõem o grupo de maior risco. As pessoas acometidas por anorexia nervosa ou bulimia nervosa apresentam, em comum, preocupação excessiva com peso e dieta, além de insatisfação e distorção de sua imagem corporal e, em geral, são resistentes ao tratamento. A taxa de letalidade por anorexia nervosa oscila entre 5% e 20%, o que justifica a necessidade de prevenção desses agravos. Diferentemente do anoréxico, cuja magreza extrema põe em evidência a existência de um problema, o bulímico possui peso normal ou leve sobrepeso; por isso, a doença pode manter-se oculta durante anos. Estima-se prevalência entre 1% e 4% de bulimia nervosa na população feminina adolescente e jovem adulta. A percepção do peso corporal sentir-se gorda mostrou um papel mais importante na determinação dos comportamentos alimentares anormais do que o índice de massa corporal. Endereço: Praça Marechal Deodoro, 101 - Sala 1003 Telefone: (51) 3210.300/(51) 3210.2114 Fax: (51) 3210.2109 16 EXPEDIENTE Publicação do gabinete do deputado estadual Raul Pont E-mail: raul.pont@al.rs.gov.br Jornalista Responsável: Paula Coruja (MTb 11.348) Colaboração: Cláudia Prates e Rossana Silveira

Grupo Hospitalar Conceição Av, Francisco Trein, 596 - Bairro Cristo Redentor - Porto Alegre Hospital Conceição e Hospital da Criança: (51) 3357 2000 Hospital Cristo Redentor: (51) 3357 4100 Hospital Fêmina: (51) 3314 5200 www.ghc.com.br Hospital de Clínicas de Porto Alegre/UFRGS Rua Ramiro Barcelos, 2350 Porto Alegre www.hcpa.ufrgs.br Atendimento Multidisciplinar da Anorexia e Bulimia - AMAB Rua Schiller, 139 - Bairro Rio Branco - Porto Alegre Fone: (51) 3338.6144 www.amabrs.com Grupo de Apoio de Transtornos Alimentares Informações: (51) 3359.8573 Reuniões às quartas-feiras, das 8h30 às 10h - sala 650 www.geata.med.br Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica - PUCRS Av. Ipiranga, 6.690 - Sala 302 - Porto Alegre Fone: (51) 3320.5002 e 3336.0890 www.centrodeobesidademorbida.com.br Comedores Compulsivos Anônimos (CCA) Porto Alegre 2ª feira (19h), 3ª feira (9h), 4ª feira (19h), 5ª feira (15h e 17h30), sábado (10h) Galeria Di Primo Beck Rua dos Andradas, 1137 - CONJ 108 Porto Alegre - RS Contato: igsul.secretaria@gmail.com Telefone: (51) 3286-3748 Pelotas 3ª feira (14h30) Salão Paroquial Igreja da Luz Rua Anchieta, 3553 - Bairro da Luz Pelotas RS Contato: igsul.secretaria@gmail.com Rio Grande 3ª feira (19:30) Salão de festas da Paróquia Salvador Rua General Neto, 382 esquina General Vitorino (entrada pela General Neto) Centro Contato: igsul.secretaria@gmail.com ou suze_marta@hotmail.com CAPTA-RS - Centro de Apoio a Portadores de Transtorno Alimentar do RS E-mail: capta.rs@gmail.com Fone: (51) 3279-9779 ONDE PROCURAR AJUDA 17

Para mais informações sobre o tema, acesse: Secretaria Especial de Política para as Mulheres www.presidencia.gov.br/mulheres Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul www.saude.rs.gov.br Ministério da Saúde www.saude.gov.br LEIA MAIS Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul www.educacao.rs.gov.br Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica www.abeso.org.br Diabetes www.diabete.com.br Rede Feminista de Saúde www.redesaude.org.br Marcha Mundial das Mulheres www.mmm-rs.blogspot.com.br Themis Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero www.themis.org.br Maria Mulher www.mariamulher.org.br 18