GRUPO. Educação adistância. Caderno de Estudos TÓPICOS ESPECIAIS UNIASSELVI 2015 NEAD



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Transcrição:

GRU ducação adistância aderno de studos UNLV 2015 ND

opyright UNLV 2015 laboração: na larisse lencar Barbosa rildo João de ouza Fábio Roberto avares Francieli tano orres Graciela Márcia Fochi Grazielle Jenske Greisse Moser Luciane da Luz Lírio Ribeiro Maquiel Duarte Vidal Meike chubert Vânia Konell Vera Lúcia Hoffmann ieritz Revisão, Diagramação e rodução: entro Universitário Leonardo da Vinci - UNLV FH LGRÁF (laborada na Fonte)

RNÇÃ lá, acadêmico! Vamos iniciar os estudos do aderno ópicos speciais. ste caderno está dividido em três unidades e tem o intuito de reforçar, conforme orientação do N, art. 3º: lementos integrantes do perfil profissional: letramento crítico; atitude ética; comprometimento e responsabilidades sociais; compreensão de temas que transcendam ao ambiente próprio de sua formação, relevantes para a realidade social; espírito científico, humanístico e reflexivo; capacidade de análise crítica e integradora da realidade; e aptidão para socializar conhecimentos com públicos diferenciados e em vários contextos. partir desta orientação, queremos apresentar o caderno, que traz conteúdos gerais para você estar bem preparado para o ND e para o que a vida lhe apresentar. ão temas pertinentes, atuais, abrangentes e que fazem parte da vida de todos nós. Vamos começar? Na primeira unidade, que vai tratar sobre cidadania e sociedade, seremos conduzidos por um mundo intrínseco do comportamento humano em sociedade e suas regras de conduta e participação social, política e econômica, no qual trabalharemos a questão da formação dos princípios morais e éticos dos homens que vivem e convivem em sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à democracia, à ética e à cidadania. Desta forma, compreenderemos os significados dos princípios norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma reflexão e uma discussão sobre as questões ético-morais, na relação indivíduo e sociedade. inda nesta unidade vamos apresentar algumas definições e conceitos a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos, desigualdades e conflitos sociais. Vamos também identificar a necessidade e a essencialidade da inclusão como uma forma de democratização das relações sociais, principalmente na emancipação e na sutileza do trato com o outro, seja em relação aos iguais ou entre iguais e diferentes, que de alguma forma, ainda não foram incluídos no contexto social. Relacionado à sociedade e suas relações, vamos trabalhar o conceito de multiculturalismo, enfatizando as origens do surgimento do movimento e os campos de conhecimento que acolhem os estudos multiculturais ara finalizar esta unidade, estudaremos a cultura e a arte como áreas que interagem entre si e com as demais áreas de conhecimento. studar, pesquisar e refletir sobre as diferentes culturas e suas manifestações artísticas possibilita a compreensão da vida e das relações entre os sujeitos no meio social. cultura, assim como a arte, é dinâmica, vai mudando conforme o tempo e o espaço. cultura e a arte devem ser estudadas a partir de três concepções: erudita, popular e de massa. iii

Vamos caminhando para a segunda unidade? omeçamos esta unidade adentrando nos assuntos relacionados à iência, ecnologia e ociedade. Veremos como se faz necessário entendermos os fundamentos da ciência sob diferentes óticas e também analisar definições e pensamentos acerca da tecnologia e algumas formas de interpretar a sociedade. Muito próximo dessa temática, avançaremos sobre as tecnologias da informação e comunicação como fator determinante no advento da sociedade da informação, das transformações resultantes do processo da globalização de mercados e dos avanços do uso dos processos tecnológicos na vida cotidiana dos indivíduos. oncluímos os estudos deste caderno com a terceira unidade. Nela, vamos estudar sobre as políticas públicas, sobre a vivência nos meios urbanos e rurais e a questão ecológica, temas tão importantes para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Queremos evidenciar a importância das políticas públicas para a concretização dos direitos e deveres do stado em relação às pessoas que compõem a sociedade e, assim como o estado, gozam de seus direitos civis e políticos. Veremos também que estamos sujeitos ao conjunto de normas jurídicas e sociais, formando assim um marco regulatório previamente fixado no que diz respeito à distribuição harmônica dos elementos que formam os direitos, deveres e responsabilidades em prol do desenvolvimento educacional, político, econômico e social. Nesta via de mão dupla vamos perceber que a vida em sociedade está ligada à política e não há ação social sem ação política, quer seja promovida pelo stado ou pela sociedade. Vamos ainda tratar sobre a saúde e sua gestão, a habitação e moradia como direitos constitucionais e a segurança em âmbito nacional. speramos que este estudo possa auxiliá-lo na compreensão de tantos temas que compõem este caderno, preparar-se bem para o ND e leve para a vida as abordagens aqui feitas. Bons estudos! UN i!! u sou o UN, você já me conhece das outras disciplinas. starei com você ao longo deste caderno. companharei os seus estudos e, sempre que precisar, farei algumas observações. Desejo a você excelentes estudos! UN iv

UMÁR UNDD 1 - DDN DD... 1 1 - DMR, É DDN... 3 1 NRDUÇÃ... 3 2 DMR M U... 3 3 QUÃ D É... 9 4 RNÍ NUNL D DDN... 15 RUM D 1... 18 UVDD... 20 2 - DD DVRDD... 23 1 NRDUÇÃ... 23 2 N D DVRDD ULURL DGULDD L... 23 3 DVRDD ULURL DGULDD L... 24 4 NLUÃ LR L D DVRDD... 33 5 NLUÃ LR L D DVRDD HUMN... 33 6 NRUÇÃ RNRUÇÃ D BR RNDD... 39 RUM D 2... 41 UVDD... 42 3 - MULULURLM: VLÊN, LRÂN/NLRÂN RLÇÕ D GÊNR... 45 1 NRDUÇÃ... 45 2 NUND MULULURLM... 45 3 URGMN D MULULURLM... 47 4 ÁR D NHMN QU BRGM MULULURLM... 48 5 UD D GÊNR... 49 5.1 FMNM... 49 5.2 RMR ND FMN... 50 5.3 GUND ND FMN... 50 5.4 RR ND FMN URGMN D UD D GÊNR... 52 6 NUND GÊNR... 52 7 UD D GÊNR... 53 RUM D 3... 57 utoatividade... 59 4 - RNBLDD L: R ÚBL, R RVD RR R... 63 1 NRDUÇÃ... 63 2 R RVD... 64 v

3 RR R... 64 3.1 HR... 65 3.2 RLDD D RGNZÇÕ N BRL... 67 4 RGNZÇÕ NÃ GVRNMN... 68 RUM D 4... 71 utoatividade... 72 5 - ULUR R... 75 1 NRDUÇÃ... 75 2 ULUR... 76 3 R... 79 RUM D 4... 87 utoatividade... 88 valiação... 90 Unidade 2 - LÍ, NLG GLBLZÇÃ: M BR DD... 91 1 - ÊN, NLG DD... 93 1 NRDUÇÃ... 93 2 ÊN... 93 3 NLG... 95 4 DD... 97 5 DD NR ÊN NLG... 99 6 ÊN, NLG DD () NRRÇÕ BR NV FRMÇÃ... 100 6.1 B NV... 100 6.2 B D MLN N... 101 6.3 B D WB BJKR... 103 7 RRZND MUND UL... 105 RUM D 1... 107 utoatividade... 108 2 - NLG D NFRMÇÃ MUNÇÃ ()...111 1 NRDUÇÃ...111 2 NLG D NFRMÇÃ MUNÇÃ () M FR DRMNN N DVN D DD D NFRMÇÃ...111 3 NLG D NFRMÇÃ MUNÇÃ...114 RUM D 2...118 utoatividade...119 3 - VNÇ NLG... 121 1 NRDUÇÃ... 121 2 NDÊN RGNZN D ÉUL XX... 121 vi

3 MUNDD VRU... 122 3.1 RD... 124 RUM D 3... 125 utoatividade... 126 4 - GLBLZÇÃ LÍ NRNNL... 129 1 NRDUÇÃ... 129 2 GLBLZÇÃ: UM RV HR... 130 2.1 RR R... 132 3 GLBLZÇÃ: UM BLNÇ... 132 4 LÍ NRNNL... 134 5 D MDRN LBRLM... 234 6 NLBRLM RR V... 235 7 NDÊN GVRN À LÍ NRNNL... 137 RUM D 4... 139 utoatividade... 140 5 - RLÇÕ D RBLH... 141 1 NRDUÇÃ... 141 2 RGM/GNFD D LVR RBLH... 141 3 MULHR N NX D RVLUÇÃ NDURL... 146 4 RBLH N M NMRÂN... 147 4.1 BLDD D RBLH NFRML... 148 4.2 RLÇÕ D RBLH R LG N BRL... 149 LUR MLMNR... 151 RUM D 4... 153 utoatividade... 154 valiação... 156 Unidade 3 - LÍ ÚBL... 157 1 - LÍ ÚBL: DUÇÃ... 159 1 NRDUÇÃ... 159 2 LÍ ÚBL UL... 159 RUM D 1... 172 utiatovidade... 173 2 - LÍ ÚBL D ÚD... 175 1 NRDUÇÃ... 175 2 N D ÚD... 177 3 ÚD: DR D D DVR D D... 180 4 RD D NÇÃ M ÚD... 181 5 DVR NDMN M ÚD... 184 5.1 LÍ D ÚD RGRM ÍF... 185 vii

RUM D 2... 189 utoatividade... 190 3 - HBÇÃ NMN... 193 1 NRDUÇÃ... 193 2 DR À MRD... 194 3 NMN... 200 4 NMN BÁ... 201 5 RRZÇÃ D NMN BÁ... 205 6 VNÇ N NMN... 207 RUM D 3... 210 utoatividade...211 4 - RNR GURNÇ... 215 1 RNR... 215 2 LFÇÃ D RNR... 217 2.1 RRR... 217 2.2 QUVÁR... 219 2.3 ÉR... 221 3 NFRRUUR... 221 RUM D 4... 224 utoatividade... 225 5 - LÍ ÚBL D GURNÇ M ÂMB NNL... 226 1 NRDUÇÃ... 226 2 GURNÇ ÚBL NRBUÇÕ MUNÁR... 228 3 GURNÇ ÚBL JUÇ RMNL... 229 4 GURNÇ ÚBL L D D... 233 RUM D 5... 236 utoatividade... 237 6 - VD RURL, URBN LG... 239 1 NRDUÇÃ... 239 2 VD URBN... 239 3 VD RURL... 241 4 MLHNÇ U DFRNÇ... 244 5 LG... 247 6 M... 248 6.1 RGNZÇÃ D R VV... 249 6.2 XML D M... 252 6.3 DVRDD D M... 252 7 GRND BM... 253 7.1 FR QU DRMNM BM... 253 RUM D 6... 255 ix

utoatividade... 256 7 - M MBN DNVLVMN UNÁVL... 259 1 NRDUÇÃ... 259 2 QUÕ MBN UM RFLXÃ MBNL... 259 3 UNBLDD: URGMN... 262 3.1 RLR BRUNDLND U N FUUR MUM... 263 3.2 GND 21... 264 3.3 NFRÊN D NÇÕ UND BR DNVLVMN UNÁVL R+20... 264 4 UNBLDD: NUÇÃ... 265 4.1 LR D UNBLDD... 266 5 FRRMN R GÃ UNÁVL... 268 5.1 GLBL... 270 5.2 BJV D DNVLVMN D MLÊN - DM... 270 5.3 RL D KY... 271 5.4 BN NBR 14064 NVNÁR D MÕ D G D F UF... 272 LUR MLMNR... 272 RUM D 7... 276 utoatividade... 277 valiação... 279 RFRÊN... 280 iix

x

UNDD 1 cddn DD bjetivos de aprendizagem sta unidade tem por objetivos: compreender diferentes conceitos de democracia, ética, cidadania e sociodiversidade; verificar a evolução da conduta moral e do multiculturalismo ao longo dos anos; identificar a importância da responsabilidade social e os três setores: público, privado e terceiro setor para uma sociedade equânime; entender a importância da cultura e da arte no desenvolvimento da sociedade. LN D UD sta unidade está dividida em cinco tópicos. No final de cada um deles você encontrará um resumo e atividades que reforçarão o seu aprendizado. 1 DMR, É DDN 2 DVRDD NLUÃ 3 MULULURLM: VLÊN, LRÂN/NLRÂN RLÇÕ D GÊNR 4 RNBLDD L: R ÚBL, R RVD RR R 5 ULUR R

UNDD 1 1 DMR, É DDN 1 NRDUÇÃ ntraremos no mundo intrínseco do comportamento humano em sociedade e suas regras de conduta e participação social, política e econômica, no qual trabalharemos a questão da formação dos princípios morais e éticos dos homens que vivem e convivem em sociedade, além de abordarmos questões pertinentes à democracia e à cidadania. ara tanto, abordaremos a compreensão dos significados dos princípios norteadores da democracia, ética e cidadania, além de realizar uma reflexão e uma discussão sobre as questões ético-morais, na relação indivíduo e sociedade. 2 DMR M U stamos vivendo em um país apresentado como democrático! Mas, será que todos nós compreendemos o sentido real da democracia e seus reflexos na sociedade brasileira? m outros termos, o que realmente é este stado Democrático de Direito em que vivemos? Neste sentido, Moisés (2010, p. 277) expõe que o significado mais usual da democracia se refere aos procedimentos e aos mecanismos competitivos de escolha de governos através de eleições. u seja, a democracia é compreendida habitualmente somente como um processo de escolha dos nossos representantes legais em todas as esferas, tanto local, municipal, estadual e federal, no qual a população destas esferas, por meio de seu voto, seleciona e elege o seu representante para legislar em nome desta mesma população.

4 1 UNDD 1 ssim, podemos considerar que a democracia nada mais é do que um sistema de governo, no qual o povo governa para sua própria sociedade. (RZ, 2013, p.133) Deste modo, pode-se observar que a democracia pode ser exercida de duas formas distintas, pois ela pode ser direta ou indireta. QUDR 1 FRM D DMR FRM D DMR Na qual o povo decide diretamente, por meio de referendo/plebiscito, Democracia se aceita ou não determinadas questões políticas e administrativas de direta sua localidade, stado ou país. Nesta, o povo participa democraticamente, por meio do voto, elegendo Democracia seu representante político, ou seja, uma pessoa que o represente nas indireta diversas esferas governamentais, para tomar decisões cabíveis em nome do povo que o elegeu. FN: daptado de ieritz (2013, p. 133) ste conceito de democracia é notoriamente o entendimento de toda massa populacional brasileira nos dias de hoje, pois quando se indaga às pessoas com relação ao conceito de democracia, é este conceito de escolha de nossos representantes legais, por intermédio do voto popular, que aparece nos discursos da população de nosso país. unha (2011, p. 105) expõe que a democracia pode ser compreendida como método de organização social e política tendente à maior realização da liberdade e da igualdade. É um istema político em que o povo constitui e controla o governo, no interesse de todos. utro fator que não podemos esquecer é que, quando falamos em democracia, também falamos de stado Democrático de Direito. egundo unha (2011, p. 138), o stado de direito [é aquele] que se organiza e opera democraticamente. Nossa arta Magna de 1988, já em seu preâmbulo, instituiu um stado Democrático de Direito, ou seja, a onstituição da República Federativa do Brasil se organizou e definiu suas normativas em prol de um stado Democrático, no qual a democracia deverá ser a base fundamental da República Federativa do Brasil. ssim sendo, segundo ieritz (2013, p. 133), este sistema de governo democrático possui formatos diferentes nas diversas sociedades, pois em cada uma existem regras e normas diferentes, e isto acontece por causa da constituição dos princípios ético-morais de cada localidade. Resumidamente, a Figura 1, a seguir, apresenta o primeiro entendimento da definição e o significado da democracia e o stado Democrático de Direito:

UNDD 1 1 5 FGUR 1 - DMR D DMRÁ D DR DMR D DMRÁ D DR FN: s autores Vale salientar que a democracia vai muito além deste discurso sintético de representação e de voto, pois Moisés (2010, p. 277, grifos nossos) coloca-nos que: existem outras perspectivas que ampliam a compreensão do conceito, incluindo tanto as dimensões que se referem aos conteúdos da democracia, como também os seus resultados práticos esperados no terreno da economia e da sociedade. or uma parte, acompanhando a abordagem minimalista de chumpeter (1950) e a procedimentalista de Dahl (1971), vários autores definiram a democracia em termos de competição, participação e contestação pacífica do poder. Neste sentido, no que tange a esta conotação que a democracia tem de competição, participação e contestação pacífica do poder, pode-se expor que falar de democracia também está atrelado ao conceito do jogo de poderes, principalmente a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas governamentais ou não, além da competição entre partidos políticos e outros grupos econômicos, políticos, culturais e sociais. lém disso, não podemos esquecer um elemento fundamental da democracia, que é a questão da participação do povo, no qual cada cidadão brasileiro é elemento fundamental no processo democrático do Brasil, pois direta ou indiretamente é parte do processo democrático

6 1 UNDD 1 instaurado neste país. o preferir sua escolha, independentemente do que for ou de que escolha fora feita, torna-se automaticamente parte do stado Democrático de Direito e integra-se ao sistema vigente de democracia daquele determinado stado. Maciel (2012, p. 73, grifos do autor) complementa expondo que a democracia tornouse uma aspiração universal, por ser o regime de governo mais propenso a garantir os direitos individuais, porém não se resume simplesmente ao ato de votar, sendo que o direito à participação tornou-se uma atividade importante diante da constituição da cidadania. or conseguinte, pode-se expor que democracia denota participação direta ou indireta da população em todos os espaços que necessitem do veredito do povo em prol de objetivos comuns a ele mesmo. ssim, Beethan apud Maciel (2012, p. 73, grifos nossos) complementa expondo que: o direito à participação pode ser tanto reativo quanto proativo. m sua forma reativa, a participação consiste na articulação coletiva de respostas a políticas de desenvolvimento. Na forma proativa, ela invoca a responsabilidade popular no desencadeamento da articulação de políticas de desenvolvimento. No primeiro caso, os governos propõem e os cidadãos reagem; no segundo, os cidadãos propõem e os governos reagem. m ambas as formas, o direito de participação assume a lógica de colaborar com o desenvolvimento. No coração da democracia repousa, assim, o direito do cidadão de opinar nos assuntos públicos e de exercer controle sobre o governo, em pé de igualdade com os demais. Deste modo, pode-se expor que um dos elementos da democracia é a articulação coletiva do povo em prol de uma determinada demanda social, política, cultural ou econômica. ara que se possa debater coletivamente os prós e contras, no que tange aos assuntos pertinentes ao interesse coletivo, dando assim respostas a esta mesma demanda. Vale salientar que a não participação e a omissão também são formas de participação, pois retratam a sua alienação, indiferença, contestação ou o seu descontentamento com relação ao sistema vigente. ntão, isto não quer dizer que aquele cidadão que se omitiu ou apenas não quis participar não fez parte do processo democrático de um país, pelo contrário, todo cidadão tem o direito de participar ou não, mesmo que o voto no Brasil seja obrigatório, pois ao votar ele exprime a sua vontade, ou o seu desejo. qui fica claro que a população, ao exercer seu direito de participação de forma proativa, demonstra seus direitos e responsabilidades perante os efeitos da decisão coletiva. ntretanto, também existem quatro condições necessárias para que se possa instaurar um regime governamental pautado na democracia, estas serão vistas no Quadro 2, disposto a seguir.

UNDD 1 1 7 QUDR 2 - NDÇÕ BÁ R RGM DMRÁ NDÇÕ BÁ R RGM DMRÁ 1. Direito dos cidadãos de LHRM GVRN por meio de eleições com a participação de todos os membros adultos da comunidade política. 2. LÇÕ regulares, livres, competitivas, abertas e significativas. Disponível em: <http:// rafaelsilva.over-blog.es/ article-objetivo-democracia-iv-124370354. html> 3. GRN D DR de expressão, reunião e organização, em especial, de partidos políticos para competir pelo poder. 4. cesso a fontes alternativas de NFRMÇÃ sobre a ação de governos e a política em geral. FN: daptado de Moisés (2010, p. 277) stas quatro condições mínimas para implantar um regime democrático são de fundamental importância para que haja a participação democrática de um povo em prol dos objetivos comuns do próprio povo, uma vez que a democracia vai muito além da simples representação e de voto, ela se efetiva e concretiza-se com a participação, com a competição e a contestação dos processos pacíficos da busca do poder no stado Democrático de Direito. ucintamente, a Figura 2 apresenta a ampliação da compreensão do entendimento do significado da democracia, ou seja, o seu conceito ampliado:

8 1 UNDD 1 FGUR 2 - N MLD D DMR FN: s autores MRN! aro aluno, para colaborar com seus estudos, veja que a junção das Figuras 1 e 2 proporciona o entendimento global do que é democracia.

UNDD 1 1 9 3 QUÃ D É tema que abordaremos neste momento é relativo à questão da ética, a qual permeia constantemente nosso dia a dia, seja no âmbito familiar, social ou profissional. parentemente compreendemos o seu significado e seus efeitos, mas será que realmente compreendemos o seu sentido real? erá que sabemos o que é certo ou errado para nós na sociedade em que vivemos? Neste sentido, omelin e omelin (2002, p. 89) expõem que a ética é uma das áreas da filosofia que investiga sobre o agir humano na convivência com os outros [...]. m outros termos, as nossas ações perante a sociedade em que vivemos são orientadas por princípios éticos e morais, e esta própria sociedade é que forma esta consciência moral do certo e do errado, do bem e do mal. ssim, no que tange a esta problemática relativa à ética, ieritz (2013, p. 3) expõe que a ética não é facilmente explicável, mas todos nós sabemos o que é, pois está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, ou seja, ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os outros integrantes da sociedade. que estes valores éticos são construídos historicamente pelos povos, de geração em geração. Mas, o que são valores? aulo Netto expõe que gnes Heller cita que VLR é tudo aquilo que contribui para explicar e para enriquecer o ser genérico do homem, entendendo como ser genérico um conjunto de atributos que constituiriam a essência humana. (UL N apud BN et al., 2010, p. 22-23, grifos do autor). Deste modo, vejamos no Quadro 3 quais são estes atributos na perspectiva de Heller:

10 1 UNDD 1 QUDR 3 - RBU D VLR HUMN BJVÇÃ - que se expressa prioritariamente por intermédio do trabalho; - que proporciona sair do subjetivo e passar para o real e concreto. LDD - que se expressa com a convivência com o outro, em grupo; - aprendizagem com o outro; - assimilação de normas sociais. NÊN UNVRLDD LBRDD - tomar ciência dos fatos ou de alguma coisa; - reconhecimento da realidade; - descoberta de algo; - capacidade de perceber as coisas. - universal; - o todo; - fazer parte de um determinado grupo. - livre-arbítrio. FN: daptado de aulo Netto (apud BN et al., 2010, p. 23) ntão, os atributos dos valores humanos apresentados no Quadro 3 são os elementos constitutivos do ser humano, do ser social, que formam os nossos valores morais. omplementando, no Quadro 4 apresentamos mais exemplos dos valores e virtudes do ser humano, que vive e convive em sociedade. QUDR 4 - XML D VLR VRUD HUMN MZD JUÇ BDÊN R MLDD LLDD MRNÃ NRDD UDR GNRDD ÊN RDM HUMLDD UM LBRDD FN: s autores

UNDD 1 1 11 Deste modo, podemos expor que todos nós possuímos princípios e valores que foram e são constituídos por nossa sociedade., com relação a estes valores, cada um de nós possui uma visão do que é certo e errado, do que é o bem e o mal. (RZ, 2012, p. 57) Não podemos nos esquecer de que esta consciência moral é determinada por um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e compõe as normas de conduta que o regem. omo exemplo, temos a nossa onstituição Federal e outras regras e normas de nossa sociedade. (RZ, 2013, p. 4) ão estas regras e normativas jurídicas e sociais que determinam o nosso agir em sociedade, e cada grupo social possui suas características, ou seja, não se pode dizer que todos nós somos iguais, que todas as nações e stados são iguais, porque não somos, pois, independentemente do stado, do país ou grupo social, fomos moldando nossos valores e princípios de forma diferente ao longo de nossa existência. egundo Valls (2003, p. 8), costuma-se separar os problemas teóricos da ética em dois campos: num, os problemas gerais e fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e outros); e no segundo, os problemas específicos, de aplicação concreta, como os problemas da ética profissional, de ética política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética etc. m outros termos, os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em sociedade. Neste sentido, vale salientar que cada sociedade possui suas normas de conduta comportamental e seus princípios morais, ou seja, cada grupo social constituiu o que é certo e errado, o que é o bem e o mal para o seu povo, portanto, nem sempre o que é certo para nós pode ser certo para um outro grupo social e vice-versa. (RZ, 2013, p. 4) ntão, como desvelar esta situação? u seja, como saber se estamos no caminho certo? e estamos fazendo certo ou errado? u se realmente estamos fazendo o bem ou o mal a alguém? ão muitas indagações! Neste sentido, podemos observar que: os problemas éticos se distinguem da moral pela sua característica genérica, enquanto que a moral se caracteriza pelos problemas da vida cotidiana. que há de comum entre elas é fazer o homem pensar sobre a responsabilidade das consequências de suas ações. ética faz pensar sobre as consequências universais, sempre priorizando a vida presente e futura, local e global. moral faz pensar as consequências grupais, adverte para normas culturalmente formuladas ou pode estar fundamentada num princípio ético. ética pode, desta forma, pautar o comportamento moral. (MLN; MLN, 2002, p. 90) ntão, podemos expor que existem diferenças nítidas entre ética e moral, sendo que

12 1 UNDD 1 a ética regula a moral, a ética é generalista e a moral reflete o comportamento socialmente construído e legitimado pelo seu povo. nfim, omelin e omelin (2002, p. 89, grifos do autor) complementam expondo que a palavra ética provém do grego ethos e significa hábitos, costumes, e se refere à morada de um povo ou sociedade. palavra moral provém do latim moralis e significa costume, conduta. Logo, conforme ieritz (2012, p. 58, grifo nosso): principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. ndicando o que é certo ou errado, o que é bom ou mal. orém, este comportamento sempre partirá do ponto de vista dos princípios morais de cada sociedade, ou seja, seu grupo social. ética auxilia no esclarecimento e na explicação da realidade cotidiana de cada povo, procurando sempre elaborar seus conceitos conforme o comportamento correspondente de cada grupo social. or conseguinte, o ético transforma-se assim numa espécie de legislador do comportamento moral dos indivíduos ou da comunidade. (VÁZQUZ, 2005, p. 20), ou seja, a ética está para regular o nosso comportamento em sociedade. omplementando, Vázquez (2005, p. 21) coloca-nos que a ética é teoria, investigação ou explicação de um tipo de experiência humana ou forma de comportamento dos homens [...], ou seja, o valor de ética está naquilo que ela explica o fato real daquilo que foi ou é, e não no fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral. (RZ, 2013, p. 7, grifo nosso) Devemos compreender as diferenças conceituais de ética e moral, pois podemos afirmar que a ética estuda e investiga o comportamento moral dos seres humanos. esta moral é constituída pelos diferentes modos de viver e agir dos homens em sociedade, que é formada por suas diretrizes morais da vida cotidiana, transformando-se no decorrer dos tempos. (RZ, 2013, p. 19) orém, o que é a moral? egundo ranha e Martins (2003, p. 301, grifos das autoras), a MRL vem do latim mos, moris, que significa costume, maneira de se comportar regulada pelo uso, e de moralis, morale, adjetivo referente ao que é relativo aos costumes. ssim sendo, a moral é compreendida como um conjunto de regras de condutas socialmente admitidas em determinadas épocas ou por um grupo de pessoas. u seja, a moralidade dos homens é um reflexo direto do modo de ser e conviver em sociedade, no qual o caráter, os sentimentos e os costumes determinam o seu comportamento individual e social, que foi ou está sendo perpetuado num espaço de tempo. (RZ, 2013, p. 35) inda de acordo com ieritz (2013, p. 38),

UNDD 1 1 13 moral sugere, constantemente, a valorização de nossas ações e de nossos comportamentos em sociedade, mas é a moral que determina quais são os nossos direitos e deveres perante a sociedade em que vivemos. stes deveres são conectados ao nosso modo de ser e conviver em sociedade, gerando certas responsabilidades com relação a si próprio e aos outros, tais como: sentimentos; escolhas; desejos; atitudes; posicionamentos diante da realidade; juízo de valor; senso moral; consciência moral. ob estas concepções de ética e moral, apresentamos as suas principais diferenças na figura abaixo: FGUR 3 DFRNÇ NR É MRL FN: daptado de omelin e omelin (2002, p. 89-90)

14 1 UNDD 1 ssim, podemos observar que existem diferenças concretas entre estes dois conceitos, no entanto ainda devemos compreender as diferenças apontadas na figura a seguir: FGUR 4 DFRNÇ NR É MRL FN: daptado de aulo Netto (apud BN et al., 2010, p. 23) ssim sendo, podemos concluir que a moral Vem se constituindo historicamente, mudando no decorrer da própria evolução do homem em sociedade. m que seus hábitos e costumes são constituídos por esta relação social, em que a essência humana é pautada por estes princípios morais. estes, por sua vez, constituem o ser social que somos. a ética nesta questão chega para simplesmente regular e analisar estes preceitos morais. (RZ, 2013, p. 21) or conseguinte, segundo ieritz (2013, p. 21, grifo nosso), a ética é precursora da RNFRMÇÃ L dos diversos sistemas ou estruturas sociais. istemas estes que imprimiam suas mudanças sociais, tais como: apitalismo e ocialismo. or fim, ieritz (2013, p. 21) expõe que quando é constituída uma nova estrutura social, a ética, os valores e princípios morais são modificados para constituir assim esta nova concepção de sociedade. u seja, historicamente, com as transformações sociais, políticas e econômicas de um povo, automaticamente o sistema de valores morais e éticos se transforma, para que assim seja possível constituir um novo padrão sócio-histórico daquele determinado grupo. alientando ainda que neste processo de transformação social devemos respeitar a permanência de alguns valores socialmente construídos, como, por exemplo, a solidariedade, a igualdade e a fraternidade, para que todos possamos construir uma sociedade mais justa, ética, democrática e cidadã.

UNDD 1 1 15 4 RNÍ NUNL D DDN No que tange às questões pertinentes à cidadania, partiremos de sua concepção advinda do ítulo Dos rincípios Fundamentais da onstituição da República Federativa do Brasil de 1988, a qual assim expressa: rt. 1º República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos stados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em stado democrático de direito e tem como fundamentos: - a soberania; - a cidadania; - a dignidade da pessoa humana; V - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. arágrafo único. odo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta onstituição. Neste sentido, podemos observar que um dos princípios fundamentais da arta Magna brasileira é a cidadania. Mas você sabe o seu significado? Vejamos: cidadania é um conjunto de direitos e deveres que denotam e fundamentam as condições do comportamento de cada indivíduo em relação à sociedade, ou seja, a cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade. (RZ, 2013, p. 132) Neste sentido, er cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade, para melhorar suas vidas e a de outras pessoas. er cidadão é nunca esquecer das pessoas que mais necessitam. cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação, para o bem-estar e desenvolvimento da nação. cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas as outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário [...], até saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país. revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos. Juarez ávora - Militar e político brasileiro. (WB ÊN, 2009, apud RZ, 2013, p. 132) ntão, podemos observar que a cidadania possui três dimensões, que estão descritas no Quadro 5.

16 QUDR 5 - DMNÕ D DDN 1 UNDD 1 DMNÕ D DDN idadania civil idadania política idadania social ão aqueles direitos advindos da LBRDD de cada indivíduo, como, por exemplo: o livre-arbítrio para expressar nossos pensamentos; o direito de propriedade (venda e compra de um imóvel, um bem ou serviço); entre outros. odemos considerar que a cidadania política se legitima quando os homens exercem seu poder político de LGR e R L para o exercício do poder político, independentemente da instituição pública ou privada na qual venham exercer suas atribuições. ompreendida como o conjunto de direitos concernentes ao NFR de cada cidadão, no que tange à sua vida econômica e social, ou seja, do seu bem-estar social. FN: daptado de ieritz (2013, p. 132-133) ssim, podemos observar que a cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange ao respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. lém de que a cidadania é participação nos espaços públicos de discussão, a qual permeia as questões de democracia e ética de toda a população daquele determinado grupo social, político ou econômico. Deste modo, Maciel (2012, p. 29) expõe que hoje em dia a cidadania é sinônimo de participação que remete ao exercício da democracia para além das eleições. omos controladores da política, do orçamento, ou seja, das ações do stado como um todo. u seja, cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços democráticos do seu município, stado ou Federação. Neste sentido, tem-se a participação como um mecanismo do exercício da cidadania, ou seja, conceito contemporâneo de cidadania transcende à simples lógica da garantia de direitos legais. egundo a concepção de Dallari (2004), a cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar da vida e do governo de seu povo. (ML, 2012, p. 31). ortanto, a palavra de ordem é participar, fazer parte do processo democrático, pois, de acordo com Maciel (2012, p. 32), quem não exerce sua cidadania está excluído da vida social e da tomada de decisões. cidadania não significa apenas uma conquista legal de alguns direitos, mas sim a realização destes direitos. la é construída e conquistada a partir da nossa capacidade de organização, participação e intervenção social.

UNDD 1 1 17 Vale salientar que a cidadania é conquistada pela nossa participação nos momentos das discussões e decisões coletivas, portanto a cidadania se dá pela participação ativa de nossa vida em sociedade e na vida pública.

18 1 UNDD 1 RUM D 1 Neste tópico vimos: compreensão do significado mais usual da democracia denota que a democracia é compreendida como um sistema de governo, no qual o povo governa para sua própria sociedade. Vimos que a democracia pode ser exercida de duas formas distintas, pois ela pode ser direta ou indireta. bservamos que a democracia é compreendida popularmente como a escolha de nossos representantes legais, por intermédio do voto popular. studamos sobre o stado Democrático de direito, que é aquele stado que se organiza e opera democraticamente. Vimos que a onstituição da República Federativa do Brasil se organizou e definiu suas normativas em prol de um stado Democrático, no qual a democracia deverá ser a base fundamental da República Federativa do Brasil. Falamos que a democracia também está atrelada ao conceito do jogo de poderes, principalmente a disputa e concorrência de cargos em todas as esferas governamentais ou não. É importante relembrar que o elemento fundamental da democracia, é a participação do povo. Verificamos que a ética é uma das áreas da filosofia que investiga o agir humano na convivência com os outros. Vimos que a ética está diretamente relacionada aos nossos costumes e às ações em sociedade, ou seja, ao nosso comportamento, ao nosso modo de vida e de convivência com os outros integrantes da sociedade. studamos que todos nós possuímos princípios e valores que foram e são constituídos por nossa sociedade., com relação a estes valores, cada um de nós possui uma visão do que é certo e errado, do que é o bem e o mal. Vimos que a consciência moral é determinada por um consenso coletivo e social, ou seja, o conjunto da sociedade é que formula e compõe as normas de conduta que o regem.

UNDD 1 1 19 Vimos que os problemas éticos permeiam todas as nossas ações em sociedade. studamos que existem diferenças nítidas entre ética e moral, sendo que a ética regula a moral, a ética é generalista e a moral reflete o comportamento socialmente construído e legitimado pelo seu povo. principal função da ética é sugerir qual o melhor comportamento que cada pessoa ou grupo social tem ou venha a ter. ndicando o que é certo ou errado, o que é bom ou mal. valor de ética está naquilo que ela explica, o fato real daquilo que foi ou é, e não no fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral. Vimos que um dos princípios fundamentais da arta Magna brasileira é a cidadania. studamos que a cidadania designa normas de conduta para o convívio social, determinando nossas obrigações e direitos perante os outros integrantes da nossa sociedade. Vimos que a cidadania expressa os direitos e deveres de todas as pessoas que vivem e convivem em sociedade, seja na esfera social, política ou civil, no que tange o respeito a si, ao próximo e ao patrimônio público e privado. cidadania é sinônimo de participação. Vimos que cada cidadão tem o dever e o direito de participar de todos os espaços democráticos do seu município, stado ou Federação. participação é compreendida como um mecanismo do exercício da cidadania.

20 1 UNDD 1 UVDD 1 (ND 2010, Formação Geral, Questão 09) s seguintes acepções dos termos democracia e ética foram extraídas do Dicionário Houaiss da Língua ortuguesa. democracia. L. 1 governo do povo; governo em que o povo exerce a soberania 2 sistema político cujas ações atendem aos interesses populares 3 governo no qual o povo toma as decisões importantes a respeito das políticas públicas, não de forma ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade 4 sistema político comprometido com a igualdade ou com a distribuição equitativa de poder entre todos os cidadãos 5 governo que acata a vontade da maioria da população, embora respeitando os direitos e a livre expressão das minorias. ética. 1 parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. 2 p.ext. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Dicionário Houaiss da Língua ortuguesa. Rio de Janeiro: bjetiva, 2001. onsiderando as acepções acima, elabore um texto dissertativo, com até 15 linhas, acerca do seguinte tema: omportamento ético nas sociedades democráticas m seu texto, aborde os seguintes aspectos: a) conceito de sociedade democrática; b) evidências de um comportamento não ético de um indivíduo; c) exemplo de um comportamento ético de um futuro profissional comprometido com a cidadania. 2 (ND 2010, Formação Geral, Questão 02)

UNDD 1 1 21 charge acima representa um grupo de cidadãos pensando e agindo de modo diferenciado, frente a uma decisão cujo caminho exige um percurso ético. onsiderando a imagem e as ideias que ela transmite, avalie as alternativas que se seguem. - ética não se impõe imperativamente nem universalmente a cada cidadão; cada um terá que escolher por si mesmo os seus valores e ideias, isto é, praticar a autoética. - ética política supõe sujeito responsável por suas ações e pelo seu modo de agir na sociedade. - ética pode se reduzir ao político, do mesmo modo que o político pode se reduzir à ética, em um processo a serviço do sujeito responsável. V- ética prescinde de condições históricas e sociais, pois é no homem que se situa a decisão ética, quando ele escolhe os seus valores e as suas afinidades. V- ética se dá de fora para dentro, como compreensão do mundo, na perspectiva do fortalecimento dos valores pessoais. stão corretas: a) ( ) e. b) ( ) e V. c) ( ) e V. d) ( ) e V. e) ( ) e V.

22 1 UNDD 1

UNDD 1 2 DD DVRDD 1 NRDUÇÃ Vamos iniciar o nosso tópico apresentando algumas definições e conceitos a respeito dos problemas sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças entre coisas e seres, que por consequência geram os mais diversos preconceitos, desigualdades e conflitos sociais. Vamos reconhecer a necessidade e a essencialidade da inclusão como uma forma de democratização das relações sociais, principalmente na emancipação e na sutileza do trato com o outro, seja em relação aos iguais ou entre iguais e diferentes, o que significa apenas uma concepção criada para diferenciar pessoas ou grupos sociais que, de alguma forma, ainda não foram incluídos no contexto social. 2 N D DVRDD ULURL DGULDD L diversidade cultural e a desigualdade social, apesar de terem conceitos distintos, desempenham uma ampla relação entre seus termos, isto é, quanto maior for a diversidade cultural, maior será a desigualdade social. diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação entre brancos, índios e negros e foi marcada por uma série de crenças, hábitos, costumes e conceitos contraditórios, alimentando assim uma discussão permanente a respeito dos direitos e deveres dos seres humanos. rincipalmente no combate aos preconceitos remanescentes e oriundos dessa relação, que perdurou por séculos, trazendo sérias consequências a uma imensa população de oprimidos, incluindo-se aí os negros, os índios, os pobres, os portadores de algum tipo de deficiência, tipos de preferências, relações e diferenças sexuais, doenças crônicas,

24 2 UNDD 1 dentre outras formas de relações consideradas por uma boa parte da sociedade como algo fora da normalidade e, por esse motivo, não aceitável. 3 DVRDD ULURL DGULDD L diversidade no contexto cultural significa uma grande quantidade de coisas, ações, pensamentos, ideias e pessoas que se diferenciam entre si dentro de grupos sociais ou dentro de uma mesma sociedade, e os mesmos são passíveis de discussão, apelos, protestos, discórdia e geralmente acabam em conflitos, chegando até às desigualdades sociais. or isso, a presença da diversidade no acontecer humano nem sempre garante um trato positivo dessa diversidade. s diferentes contextos históricos, sociais e culturais, permeados por relações de poder e dominação, são acompanhados de uma maneira tensa e, por vezes, ambígua de lidar com o diverso. Nessa tensão, a diversidade pode ser tratada de maneira desigual e naturalizada (GM, 2007, p. 19). No entanto, existem pontos de vista convergentes e pontos de vista divergentes, ambos discriminatórios, um no sentido positivo e outro no sentido negativo, isto é, no primeiro caso, trata-se daquilo que já foi estipulado pela sociedade como regras relacionadas com bom senso; já no segundo caso, são ações que não condizem com a ordem preestabelecida através das leis, normas e regras que regulam e inibem o que podemos definir como procedimentos absurdos. ortanto, a desigualdade social tem os seus princípios pautados nas tendências e nas diferenças de cada indivíduo. Vejamos: pobreza: é uma condição que faz parte de um determinado grupo de pessoas que vivem à margem da sociedade, que são carentes dos recursos existentes, como moradia, alimentação, situação financeira etc. que, na visão de alguns autores, é a condição que mais degrada o ser humano e a que mais se aproxima e se identifica como um fator ou um elemento causal do desequilíbrio econômico e da desigualdade social. Raça: trata-se da discriminação social, o que é muito presente nos dias de hoje por alguns grupos inescrupulosos que agridem com palavras ou pela violência física pessoas que não são da mesma etnia, não têm a mesma cor da pele, ou são de diferentes religiões ou, até mesmo, por causa de seu comportamento sexual. sses indivíduos, apesar de viverem no século XX, onde existe um processo de evolução tecnológica e humana, mesmo assim são discriminados e violentados por sua maneira de ser, principalmente por grupos radicais. odemos citar como exemplo o que aconteceu com os judeus, conhecido como o holocausto, ou o caso da África do ul, que teve repercussão mundial, também conhecido como segregação racial (partheid), o que significa separação entre negros e os brancos das classes dominantes.

UNDD 1 2 25 D! ugerimos que você assista ao filme Mandela, que fala sobre a vida do ex-presidente da África do ul e líder da luta contra o partheid. filme tem como diretor Justin hadwick. omo podemos perceber, o preconceito, a discriminação e o descaso com algumas pessoas têm ocasionado uma série de sofrimento e dor, principalmente para aquelas que são rejeitadas por uma grande parte da sociedade, onde as mesmas são julgadas e condenadas ao mesmo tempo, após serem classificadas como diferentes, porém, diferentes no sentido tendencioso e pejorativo, e muitas vezes essas pessoas são taxadas e rotuladas como pervertidas, no caso dos homossexuais, e frágeis, no caso das mulheres. Vejamos: Mulher: infelizmente, as estatísticas comprovam que apesar das várias leis existentes, no caso específico da Lei Maria da enha, instituída para a proteção da integridade da mulher brasileira contra casos de violências domésticas, ainda existem casos absurdos de desrespeito à dignidade humana, não discriminando raça, religião ou posição social. Homossexualidade: é o comportamento sexual entre pessoas do mesmo sexo, e para alguns indivíduos esse tipo de comportamento fere as normas de conduta universal. No entanto, já existem projetos no ongresso Nacional que criminalizam certas atitudes discriminatórias contra essa parcela da sociedade, o que significa um avanço na busca de um espaço alternativo, o que é perfeitamente compreensivo em uma sociedade cultural democrática. De acordo com ilva (2007, p. 133), [...] os diferentes grupos sociais, situados em posições diferenciadas de poder, lutam pela imposição de seus significados à sociedade mais ampla. ssim, é fundamental que percebamos as diferenças e desigualdades não de forma natural, mas como uma construção histórica possível de ser desestabilizada em sua forma rígida, para ser transformada em algo que possa ser identificado e reconhecido como base para a construção de relações interpessoais mais democráticas dentro da sociedade, isto é, devemos pensar e repensar o seu conceito histórico e a sua trajetória futura, pois, de acordo com Gomes (2007, p. 22): diversidade cultural varia de contexto para contexto. Nem sempre aquilo que julgamos como diferença social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas diferentes sociedades. lém disso, o modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso. or isso, a diversidade precisa ser entendida em uma perspectiva relacional. u seja, as características, os atributos ou as formas inventadas pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o grupo a que ele pertence dependem do lugar por eles ocupado na sociedade

26 2 UNDD 1 e da relação que mantêm entre si e com os outros. ortanto, o caráter multicultural de nossas sociedades revela-se hoje temática quase obrigatória nas discussões sobre sociedade e sobre educação. orém, refletir sobre a diversidade exige um posicionamento crítico diante de uma realidade cultural e racialmente miscigenada, assunto que, apesar de já ter sido discutido anteriormente, achamos prudente e viável inserir neste parágrafo outra opinião, que confirma as anteriores a respeito do processo de miscigenação. Não podemos esquecer que essa sociedade é construída em contextos históricos, socioeconômicos e políticos tensos, marcados por processos de colonização e dominação. stamos, portanto, no terreno das desigualdades, das identidades e das diferenças (GM, 2007, p. 22). ainda segundo Gomes (2003, p. 73): reconhecimento dos diversos recortes dentro da ampla temática da diversidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de necessidades especiais, homossexuais, entre outros) coloca-nos frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito à diferença. oloca-nos também diante do desafio de implementar políticas públicas em que a história e a diferença de cada grupo social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades, sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos sociais. luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode se dar de forma separada e isolada e nem resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solidárias e excludentes. No entanto, a diversidade e a diferença dizem respeito não somente aos sinais que podem ser vistos a olho nu, mas também aquelas que são construídas socialmente ao longo de um processo histórico, tendo as mesmas os seus pontos divergentes e convergentes, que são construídos através das relações sociais e, principalmente, nas relações de poder e de submissão, e para algumas pessoas, nem sempre esse posicionamento é entendido dessa forma. omo nos diz arlos Rodrigues Brandão (1986 apud GM, 2007, p. 25), por diversas vezes, os grupos humanos tornam o outro diferente para fazê-lo inimigo. ensar na diversidade cultural é pensar em sociedade, que envolve pensamento, ideia, ação e mudanças, isto é, significa pensar não apenas no reconhecimento do outro, mas pensar na relação entre o eu e o outro, pois, quando consideramos o outro estamos também considerando a nossa história, o nosso grupo e o nosso povo, mas não apenas como um simples padrão de comparação, e sim em sua totalidade.

UNDD 1 2 27 FGUR 5 - DVRDD ULURL FN: Disponível em: <http:// educacaobilingue.com/2010/01/17/ indigena/>. cesso em: 12 fev. 2014. Nesta perspectiva, percebemos que somos todos iguais como seres humanos. or isso devemos combater qualquer forma de discriminação e de arrogância, agindo solidariamente uns com os outros. (QUN et al., 2002, p. 16). ser humano veio ao mundo não somente para compor ou contribuir para o povoamento da erra, mas para ser útil, participativo, democrático, ético, moral e solidário para com os seus semelhantes. ssas são as diversas opções existentes, que além de motivadoras, também servem como estímulo na adaptação do ser humano, bem como no seu processo de desenvolvimento pessoal frente às diversidades existentes no universo, que poderíamos denominá-las de um conjunto de atos e fatos diferentes entre si que formam a sociedade como um todo. ara aji (2005, p. 13), o tema diversidade é bastante amplo. ua abordagem vai desde definições restritas às questões de raça, etnia e gênero, até as mais abrangentes, que consideram como diversidade qualquer diferença individual entre as pessoas. UVDD hegou sua vez! screva o seu conceito para Diversidade.