Avaliação do risco ergonômico do trabalhador da construção civil durante a tarefa de uso da betoneira



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Transcrição:

Avaliação do risco ergonômico do trabalhador da construção civil durante a tarefa de uso da betoneira Alex Balardin Ussan Engenheiro Civil, Pós-Graduando em Engenharia de Segurança do Trabalho Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Porto Alegre RS aussan@gmail.com Paulo Roberto Cidade Moura Mestre em Engenharia de Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Porto Alegre RS cidade@sobane.org RESUMO Este artigo tem como objetivo avaliar e expor o risco ergonômico de trabalhadores da construção civil que operam máquinas tipo betoneira em canteiros de obras de diversas empresas de Porto Alegre. Foram utilizados questionários com os trabalhadores, fotos, filmagens e RULA para a caracterização do risco postural durante a realização das atividades. PALAVRAS CHAVE: Risco Ergonômico, Carga de Trabalho, Construção Civil, RULA, Ergonomia. ABSTRACT This article aims to assess and explain the risk of ergonomic construction workers who operate machines type mixer at construction sites of various companies in Porto Alegre. Questionnaires were used with workers, photos, footage and RULA for characterizing risk posture while performing activities. KEYWORDS: Ergonomic Risk, Workload, Construction, RULA, Ergonomics.

1. INTRODUÇÃO O termo ergonomia deriva das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (leis, regras). É a ciência da utilização das forças e das capacidades humanas. Estas definições explicam exatamente o ambiente da construção civil: trabalho e regras. A indústria da construção civil está associada a trabalhos árduos, executados por pessoas de baixa escolaridade, treinamentos precários, baixa remuneração pelos serviços prestados, pela própria baixa estima dos trabalhadores em ser reconhecidos pela sociedade como artistas e não como peões de obra. Atrelada a todas estas situações, o estudo ergonômico das atividades se torna extremamente necessário para a minimização dos riscos laborais e manutenção da integridade física e mental dos trabalhadores. Nos sistemas de produção em ritmo acelerado e repetitivo, o quadro de acidentes do trabalho e doenças profissionais é grave, como consequência de um passivo social proveniente de perdas humanas vinculadas ao processo produtivo, sendo a classe da construção civil uma das mais problemáticas na questão de segurança do trabalhador. Vale ressaltar, que muito vem sendo realizada para melhorar o ambiente de trabalho na construção civil onde a Segurança e Saúde do Trabalho está cada vez mais presente nos canteiros de obras. A operação de uso da betoneira é repetitiva, causa um grande desgaste ao operador, pois ele passa sua jornada de trabalho erguendo sacos de cimento, se deslocando e abastecendo a betoneira. É o mesmo passo a passo todos os dias. E o que é a betoneira? Betoneira é uma máquina que prepara o betão¹ e/ou concreto ou mistura as argamassas. Este artigo tem como objetivo levantar dados, através de pesquisa de campo, de questionário e aplicação da ferramenta RULA, para analisar a atividade do Operador de betoneira, e observar os aspectos relacionados ao trabalho que interferem na saúde, conforto e satisfação do trabalhador, propondo soluções futuras para amenizar as cargas de trabalho sofridas por ele. 1. Betão (Portugal): Mistura de água, cimento, areia e pedra britada, em proporções prefixadas, que forma uma massa compacta e endurece ou ganha pega com o tempo. Concreto aparente é aquele que não recebe revestimentos. Concreto armado: na sua massa dispõem-se armaduras de aço chamados de vergalhões para aumentar a resistência. Concreto ciclópico tem pedras aparentes e de volume avantajado e de formas irregulares. Concreto celular é uma variável que substitui a pedra britada por microcélulas de ar obtidas por uma betonagem adequada, conferindo-lhe grande leveza e a aparência de espuma, servindo para enchimentos.

2. REFERÊNCIAS TEÓRICAS São frequentes os serviços que exigem dos trabalhadores o levantamento e transporte manual de pesos. Pode ocorrer, no entanto, que em consequência de desconhecimento ou negligência dos procedimentos corretos a serem adotados, os trabalhadores sejam surpreendidos por dores lombares, entorses, deslocamento de disco e hérnias. Antes de qualquer ação para levantar e transportar manualmente um peso devese verificar O tamanho, a forma e o volume da carga (para estudar a maneira mais segura de levantá-la), o peso da carga (para verificar se não ultrapassa sua capacidade individual de levantamento de peso), a existência de pontas ou rebarbas (para não se acidentar), a necessidade de utilizar EPI (como luvas, máscaras, aventais, sapatos de segurança com biqueiras de aço), o caminho a ser percorrido, observando se o mesmo está desimpedido, limpo, não escorregadio, e a distância a ser transportada. Segundo CORDEIRO (2000), dentre as vertentes da ergonomia, três se destacam: 1ª Concepção (preventiva): atua no projeto do futuro posto de trabalho. 2ª Correção: atua em um posto pré-existente. 3ª Conscientização: que valida à intervenção ergonômica conscientizando o trabalhador, ensinando-o a como se portar e/ou melhor utilizar dos processos de adaptações ergonômicas. Conceitos em evolução sobre ergonomia: JASTRZEBOWAKI, W. (1957) A Ergonomia como uma ciência do trabalho requer que entendamos a atividade humana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação. MURREL, K. F. (1965) A Ergonomia pode ser definida como um estudo científico das relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho.

3. O TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Segundo RIBEIRO (2004) Um dos problemas que ocorrem entre trabalhadores da construção civil é o fato dos mesmos subestimarem os riscos existentes no ambiente de trabalho, fato esse que ocasiona uma necessidade de treinamentos e conscientização quanto aos riscos existentes em cada situação de trabalho bem como a forma correta de prevenção de acidentes de trabalho. Quando um trabalho é realizado de maneira inadequada, pouco programada, sabe-se que esta afeta diretamente a saúde do trabalhador, através de diversas patologias músculo esquelética. No artigo realizado no XIII Simpósio de Engenharia de Produção, SIMPEP, (2006) os autores citam: A oferta de mão de obra para a construção civil é abundante, pois normalmente não requer grau de escolaridade. Os trabalhadores que não conseguem se adaptar a este modelo de produção, são substituídos.sabendo deste fato, os obreiros acabam realizando as tarefas ordenadas sem grandes questionamentos ou solicitações. Eles sofrem a pressão constante do desemprego, da substituição rápida, sem garantias, e acabam por aceitar esta forma de realização do trabalho. A citação anterior não faz mais parte da realidade da construção civil brasileira. Hoje em dia, certas atividades tal como operador de elevador, exige que o trabalhador seja alfabetizado e com o ensino fundamental completo. Quanto à pressão em ser demitido, pelo menos aqui no Rio Grande do Sul a realidade é outra. O mercado da construção civil está à procura de trabalhadores, falta mão de obra. Então se o trabalhador não estiver satisfeito com as condições oferecidas pelo seu empregador, basta ele atravessar a rua e entrar no primeiro canteiro de obra e se oferecer para o trabalho que terá um novo contrato. Se o trabalhador valorizar o seu passe exigindo melhores condições de trabalho, aqueles empreiteiros ou chefes piratas irão sumir do mercado, mantendo somente em concorrências empresas idôneas que se interessam pelo bem estar de seu trabalhador e que se preocupam com a Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

4. ANÁLISE DA PESQUISA 4.1 O MÉTODO RULA O método RULA (Rapid Upper-Limb Assessment) é uma ferramenta que permite uma avaliação rápida da sobrecarga biomecânica dos membros superiores e inferiores, pescoço e tronco em uma tarefa ocupacional. Este método é basicamente elaborado em três etapas. 1ª Seleção da postura ou posturas para avaliação; 2ª As posturas são pontuadas usando uma planilha de pontos, diagramas de partes do corpo e tabelas. 3ª essas pontuações são convertidas em uma de quatro medidas propostas. Com a finalidade de aplicar o método de forma rápida, o corpo é segmentado em partes que formam os grupos A e B. No A, estão inclusos os braços, antebraços e pulsos. No B estão pescoço, tronco e pernas. A avaliação de risco é realizada a partir da observação sistemática dos ciclos de trabalho pontuando as posturas, frequência e força dentro de uma escala que varia de 1 (um), valor mínimo e 9 (nove) máximo. Esta pontuação é fundamentada na literatura especializada em biomecânica ocupacional. FIGURA 1: Análise dos braços FIGURA 2: Análise dos antebraços

FIGURA 3: Análise dos punhos FIGURA 4: Análise do pescoço FIGURA 5: Análise do tronco Neste artigo será aplicada RULA (Apêndice A) nas figuras a seguir, registradas em canteiro de obra, que retratam o abastecimento de uma betoneira.

FIGURA 6: Operador erguendo saco de cimento de 50kg. FIGURA 7: Operador se deslocando com o saco de cimento

FIGURA 8: Operador abastecendo a betoneira 4.2 QUESTIONÁRIO Para a elaboração do questionário (Apêndice B) foi levado em conta o dia a dia dos trabalhadores, a análise dos postos de trabalhos em diversas obras, podendo assim definir as perguntas a serem feitas. Este estudo de campo foi realizado com 15 (quinze) trabalhadores da construção civil de Porto Alegre. O questionário destaca a idade do trabalhador, o tempo de atividade como operador de betoneira, dados ocupacionais, saúde ocupacional e condições ambientais. Inicialmente, foram analisados aspectos gerais referentes à atividade de trabalho. O questionário foi respondido de forma espontânea. Os canteiros de obra visitados são todos de grande porte, do tipo multifamiliar. As respostas serão apresentadas em forma de gráficos comentados.

5. O AMBIENTE LABORAL 5.1 POSTOS DE TRABALHO Os questionários foram aplicados em quinze canteiros de obras de Porto Alegre, onde todas as edificações eram multifamiliares, sendo gerenciadas por empresas de expressão no mercado da construção civil do Rio Grande do Sul. O posto de trabalho para operar betoneira normalmente é nas extremidades do terreno, para evitar serem obstáculos para as demais atividades. Mas esta não é fixa. Ao longo da obra, este posto pode mudar de lugar diversas vezes. Na grande maioria das vezes, o posto de trabalho é composto por uma betoneira, pilhas de sacos de cimento de 50kg, uma baia com areia (média e/ou grossa) e outra baia com brita. A betoneira deve estar locada sob um telhado ou um anteparo para intempéries, situação esta que não ocorre em nossa análise como demonstra a figura 9. FIGURA 9: Posto de trabalho

O Operador deve estar com todos os EPIs necessários para atividade - calçado de segurança, óculos de segurança, máscara, protetor auricular, luvas, capacete, avental outra situação difícil de acontecer, pois nenhum dos trabalhadores entrevistados estava com os equipamentos necessários. O Operador fica em constante contato com poeiras, ruídos e vibrações. 5.2 A ATIVIDADE DO OPERADOR DE BETONEIRA Uma betoneira ou misturador de concreto é o equipamento utilizado para mistura de materiais, na qual se adicionam cargas de pedra, areia, cimento e água, na proporção devida, de acordo com a finalidade da mistura. O Operador da betoneira deve adicionar todos estes agregados para formar o concreto. Não existem regras gerais para a ordem de colocação dos materiais na betoneira, por isso depende das propriedades dos componentes e da betoneira. Geralmente, colocase antes uma pequena quantidade, seguida de todos os materiais sólidos, de preferência colocados uniforme e continuamente. Se possível, a maior parte da água seria introduzida simultaneamente, adicionando-se o restante após a colocação de todos os sólidos. Para a colocação dos componentes em betoneira, também deve ser obedecida uma ordem, que é: 1 - Agregado graúdo; 2 Parte da água; 3 Agregado miúdo; Estes componentes retiram a argamassa aderida 4 - Cimento; 5- Restante da água

6. RESULTADOS E ANÁLISES 6.1 QUESTIONÁRIOS (GRÁFICOS) Abaixo se encontram os resultados obtidos através dos questionários. Idade dos Trabalhadores 5 4 3 2 1 0 Entre 18 e 25 anos Entre 26 e 30 anos Entre 31 e 35 anos Entre 36 e 40 anos Entre 41 e 45 anos Entre 46 e 50 anos Entre 51 e 55 anos Entre 56 e 60 anos Este gráfico demonstra que nesta atividade podemos encontrar as mais diversas idades. O mais jovem entrevistado tem 19 anos e o mais velho tem 56 anos. Tempo de serviço 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Entre 2 meses e 6 meses Entre 6 meses e 1 ano Entre 2 e 10 anos Entre 11 e 20 anosentre 21 e 30 anos Muitos dos jovens entrevistados estavam com meses nesta atividade. Sendo este o seu primeiro emprego com carteira assinada.

15 Tem treinamento de segurança? De 1 (ruim) a 10 (ótimo), como foi? 10 5 0 Sim Não Nota 7 Nota 8 Nota 10 Apesar das condições dos trabalhadores com a falta de uso de EPI, a grande maioria recebeu treinamento de segurança para operar a betoneira. E as avaliações destes treinamentos foram muito boas, obtendo nove notas 10. 6 5 4 3 2 1 0 Início: 06h - Final: 17h Qual a sua jornada de trabalho? Início: 07h - Final: 16h e 30 min. Início: 07h - Final: 17h Início: 07h e 30min. -Final 16h e 30 min. Início: 08h - Final: 17h A grande maioria dos trabalhadores entrevistados tem uma jornada diária de 8 horas e 8 horas e meia. Iniciando os serviços às 7h da manhã, parando às 12h e retornando às 13h até às 16h e 30 min.

Tem intervalo de manhã? Quanto Tempo? 12 10 8 6 4 2 0 Sim Não 10 minutos 15 minutos Muitos canteiros de obra não estão fazendo intervalo durante o turno da manhã. Quando o trabalhador chega ao serviço, ele recebe um café da manhã, cedido pela construtora. Tem intervalo de tarde? Quanto Tempo? 14 12 10 8 6 4 2 0 Sim Não 10 minutos 15 minutos Já na parte da tarde, a grande maioria realiza intervalo, variando de 10 a 15 minutos.

10 8 6 4 2 0 Sim Tem ajudante? Não Muitos operadores de betoneira trabalham sozinhos. Eles é que abastecem a betoneira, cuidam do ponto da argamassa e/ou concreto. O ajudante entra na etapa de levar o carrinho de mão, ou a cuba, até o local onde a massa será aplicada. 10 8 6 4 2 0 Exerce outra função além de operador de betoneira? Sim Não Pedreiro Operador de elevador Operador de maceira Boa parte dos trabalhadores respondeu que exercem outra atividade além de operador de betoneira. Este tipo de situação deve ser controlada, pois dependendo da atividade que este desenvolve, pode caracterizar desvio de função.

12 10 8 6 4 2 0 Sente desconforto no corpo? A maioria dos trabalhadores garantiu não sentir desconfortos ou dores durante a atividade, após a atividade ou em seus períodos de descanso. 4 Para os que responderam que sim anteriormente, qual parte incomoda? 3 2 1 0 Coluna Inferior Braços Os trabalhadores que responderam sentir desconforto indicaram a parte inferior da coluna como sendo a região mais afetada.

15 Já pediu que fosse realizada alguma melhoria em seu posto de trabalho? 10 5 0 Sim Não Grande parte dos trabalhadores não pede que melhorias sejam feitas em seus postos de trabalho. O máximo que eles solicitam é uma cobertura para proteger das intempéries. Você gosta do que faz? 6 5 4 3 2 1 0 1 Não, mas preciso. 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Gosto muito. De posse deste gráfico percebe-se que esta atividade não é do agrado de todos que nela trabalham. Muitos relataram ser uma atividade extremamente desgastante.

6. 2 ANÁLISE RULA FIGURA 6: Operador erguendo saco de cimento de 50kg. Avaliação final da imagem: ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO TABELA A 1 VERIFICAÇÃO 2 VERIFICAÇÃO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE LONGO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 7 AÇÃO DE CURTO PRAZO 8 AÇÃO DE CURTO PRAZO 9 AÇÃO IMEDIATA

ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO TABELA B 1 VERIFICAÇÃO 2 VERIFICAÇÃO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE LONGO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 7 AÇÃO DE CURTO PRAZO 8 AÇÃO DE CURTO PRAZO 9 AÇÃO IMEDIATA ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO FINAL 1 VERIFICAÇÃO 2 AÇÃO DE LONGO PRAZO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE CURTO PRAZO 7 AÇÃO IMEDIATA Os valores do grupo A, indicam uma Ação de Médio Prazo para melhorias serem feitas, já a análise do grupo B, indica uma Ação Imediata de índice 9, no que se refere a pescoço, tronco e pernas. Realizando o somatório dos grupos A e B, define-se uma Ação Imediata de correção ergonômica nesta atividade. Esta etapa da atividade, que consiste em levantar um saco de cimento de 50kg, é a principal e mais importante para receber atenção. Através de estudos ergonômicos definiu-se a capacidade individual para levantamento de peso. Para trabalhadores da construção civil brasileira os parâmetros são: HOMENS: entre 18 anos e 35 anos = 40 kg. MULHERES: entre 18 anos e 35 anos = 20 kg.

FIGURA 7: Operador se deslocando com o saco de cimento Avaliação final da imagem: ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO TABELA A 1 VERIFICAÇÃO 2 VERIFICAÇÃO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE LONGO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 7 AÇÃO DE CURTO PRAZO 8 AÇÃO DE CURTO PRAZO 9 AÇÃO IMEDIATA

ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO TABELA B 1 VERIFICAÇÃO 2 VERIFICAÇÃO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE LONGO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 7 AÇÃO DE CURTO PRAZO 8 AÇÃO DE CURTO PRAZO 9 AÇÃO IMEDIATA ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO FINAL 1 VERIFICAÇÃO 2 AÇÃO DE LONGO PRAZO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE CURTO PRAZO 7 AÇÃO IMEDIATA Mesmo que os resultados da Tabela A e Tabela B (referentes a 2 etapa do serviço) determinem ação de médio prazo, o conjunto da situação de deslocamento com o saco de cimento de 50 kg, torna a situação grave e deve receber uma ação imediata de correção da atividade.

FIGURA 8: Operador abastecendo a betoneira Avaliação final da imagem: ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO TABELA A 1 VERIFICAÇÃO 2 VERIFICAÇÃO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE LONGO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 7 AÇÃO DE CURTO PRAZO 8 AÇÃO DE CURTO PRAZO 9 AÇÃO IMEDIATA

ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO TABELA B 1 VERIFICAÇÃO 2 VERIFICAÇÃO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE LONGO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 7 AÇÃO DE CURTO PRAZO 8 AÇÃO DE CURTO PRAZO 9 AÇÃO IMEDIATA ÍNDICE DE GRAVIDADE - RESULTADO FINAL 1 VERIFICAÇÃO 2 AÇÃO DE LONGO PRAZO 3 AÇÃO DE LONGO PRAZO 4 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 5 AÇÃO DE MÉDIO PRAZO 6 AÇÃO DE CURTO PRAZO 7 AÇÃO IMEDIATA Já a terceira etapa da atividade, que é de abastecimento, esta não precisa de uma ação imediata, mas não por isso se torna menos importante a atenção que deve ser dada. O somatório das 3 etapas da atividade sugere uma ação imediata de correção do posto de trabalho e de como a atividade deve ser realizada.

7. CONCLUSÃO Analisando os gráficos do questionário, e baseado nas conversas com os trabalhadores, pode-se entender que a atividade de Operador de betoneira não é agressiva ao corpo do trabalhador, pois estes em sua grande maioria responderam não sentirem desconfortos ou dores no corpo. Os trabalhadores que reclamaram sentir desconfortos, todos tem menos de 30 anos e estão a menos de 6 meses exercendo esta atividade. Já o pessoal de mais idade, com mais tempo nesta função, ou seja, anos exercendo esta atividade, garantiram não sentir dores, sendo que alguns comentaram já estarem calejados e não sentem nada. No entanto analisando as imagens do processo, observando a postura do trabalhador, a carga e a repetitividade da atividade e aplicando RULA, indica que esta atividade de Operador de betoneira tem um índice de gravidade em grau 7 em todas as posturas analisadas e que conforme o plano de ação da ferramenta indica ações imediatas a serem tomadas. A betoneira já vem recebendo melhorias em função da NR12, que protege o trabalhador contra os ruídos e evita esmagamentos e cortes protegendo as partes móveis do equipamento. Como a NR17 não é clara com relação ao peso máximo que um trabalhador pode levantar e só indica que Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança, sugere-se que esta atividade seja exercida por mais de um trabalhador, estabelecendo um sistema de rodízio entre funcionários para que não haja sobrecarga somente sobre um operador e que se estabeleça um tempo mínimo de intervalo entre cada preparação de concreto e/ou argamassa. No que diz respeito aos sacos de cimento, estes poderiam ser armazenadas no posto de trabalho sobre plataformas ou bancadas evitando assim com que o trabalhador se curve demasiadamente para erguer o peso. Os fabricantes de cimento deveriam pesquisar sobre quem utiliza a sua mercadoria, e pensar em novas embalagens para este produto, onde não comprometesse tanto a ergonomia de seu usuário. Pode-se também criar dispositivos de abastecimento mecânicos para as betoneiras, evitando assim que o trabalhador erguesse muito peso.

Porém como todas estas sugestões são de médio à longo prazo para serem desenvolvidas e o estudo realizado neste artigo indica Ações Imediatas, os empresários do setor devem investir em medidas preventivas e de correção da postura do trabalhador, evitando assim lesões graves no futuro. Um Plano de Ação deve ser desenvolvido nas empresas e aplicado no formato de treinamento para os trabalhadores, para que os mesmos aprendam a executar suas atividades com posturas adequadas. Este artigo procura mostrar a importância em melhorar o trabalho da construção civil no que se refere à ergonomia, e que deveria ser levada mais a sério, se tornando uma preocupação em grau máximo em fóruns dos sindicatos dos trabalhadores e sindicatos patronais, como exemplo, STICC e Sinduscon-RS, respectivamente.

APÊNDICE A AVALIAÇÃO DA IMAGEM 1:

Braço Antebraço Punho Giro de Punho Tabela A Repetição/estatico Carga Resultado A PEGAR O CIMENTO 2 2 2 1 3 0 3 6

Pescoço Tronco Pernas Tabela B Repetição/estatico Carga Resultado B PEGAR O CIMENTO 4 4 1 7 0 3 10 A 1 2 3 4 5 6 7+ 1 1 2 3 3 4 5 5 2 2 2 3 4 4 5 5 3 3 3 3 4 4 5 6 4 3 3 3 4 5 6 6 5 4 4 4 5 6 7 7 6 4 4 5 6 6 7 7 7 5 5 6 6 7 7 7 8 5 5 6 7 7 7 7 B

APÊNDICE A AVALIAÇÃO DA IMAGEM 2:

Braço Antebraço Punho Giro de Punho Tabela A Repetição/estatico Carga Resultado A DESLOCANDO O SACO DE CIMENTO 1 2 2 1 2 0 3 5

Pescoço Tronco Pernas Tabela B Repetição/estatico Carga Resultado B DESLOCANDO O SACO DE CIMENTO 3 2 1 3 0 3 6 A B 1 2 3 4 5 6 7+ 1 1 2 3 3 4 5 5 2 2 2 3 4 4 5 5 3 3 3 3 4 4 5 6 4 3 3 3 4 5 6 6 5 4 4 4 5 6 7 7 6 4 4 5 6 6 7 7 7 5 5 6 6 7 7 7 8 5 5 6 7 7 7 7

APÊNDICE A AVALIAÇÃO DA IMAGEM 3:

Braço Antebraço Punho Giro de Punho Tabela A Repetição/estatico Carga Resultado A ABASTECENDO A BETONEIRA 1 2 2 1 2 0 3 5

Pescoço Tronco Pernas Tabela B Repetição/estatico Carga Resultado B ABASTACENDO A BETONEIRA 4 2 1 5 0 3 8 A 1 2 3 4 5 6 7+ 1 1 2 3 3 4 5 5 2 2 2 3 4 4 5 5 3 3 3 3 4 4 5 6 4 3 3 3 4 5 6 6 5 4 4 4 5 6 7 7 6 4 4 5 6 6 7 7 7 5 5 6 6 7 7 7 8 5 5 6 7 7 7 7 B

QUESTIONÁRIO PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGO NOME: IDADE: DATA: EMPRESA: 1. A QUANTO TEMPO TRABALHA COM BETONEIRA? 2. TEM TREINAMENTO DE OPERAÇÃO E DE SEGURANÇA? O TREINAMENTO FOI DE 1-10 (1RUIM ; 10 ÓTIMO) 3. DURANTE O DIA, QUANTO TEMPO PERMANCE OPERANDO A BETONEIRA? 4. DURANTE QUANTO TEMPO OPERA PELA MANHÃ? 5. QUANTO TEMPO DE DESCANÇO NO TURNO DA MANHÃ? 6. DURANTE QUANTO TEMPO OPERA PELA TARDE? 7. QUANTO TEMPO DE DESCANÇO NO TURNO DA TARDE? 8. TEM AJUDANTE? 9. FAZ OUTROS TRABALHOS DURANTE A JORNADA DE TRABALHO? 10. QUAIS? 11. SENTE DESCONFORTO NO CORPO? (1 NÃO SINTO / 9 MUITO DESCONFORTO / 10 DOR) CABEÇA PESCOÇO OMBROS BRAÇOS PUNHOS MÃOS COLUNA SUPERIOR COLUNA INFERIOR PERNAS PÉS 12. SE VOCÊ SENTE DOR, ELA É: DURANTE O TRABALHO APÓS O TRABALHO (EM CASA) NO TRABALHO E EM CASA 13. A DOR PERSISTE DIARIAMENTE INCLUSIVE FINAL DE SEMANA? 14. JÁ PEDIU QUE FOSSE FEITA ALGUMA ALTERAÇÃO NO SEU POSTO DE TRABALHO? QUAL? 15. FOI ATENDIDO? 16. VOCÊ GOSTA DO QUE FAZ? (1 NÃO, MAS NECESSITO / 10 GOSTO MUITO)

REFERÊNCIAS ZIMMERMANN, Tamara Wiltgen. Ergonomia Carga de Trabalho na Construção Civil. PAVANI, Ronildo Aparecido (2006). A avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial em saúde ocupacional. Bauru, SP, Brasil SAAD, Viviane Leão (2006). Avaliação do risco ergonômico do trabalhador da construção civil durante a tarefa do levantamento de paredes. Bauru, SP, Brasil CORDEIRO, E. (2000). O com comportamento ansiógeno no tratamento do LER / DORT. Dissertação de Mestrado, Fisioterapia Universidade Estadual de Goiás, Anápolis. AMARAL, Fernando Gonçalves. Programa de Pós-Graduação UFRGS, Apresentação em meio eletrônico. Porto Alegre, RS MENEGOTTI, Fabricante. Manual de operação betoneira 400l http://www.mendescr.com/gpage3.html