Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais DOSAGEM DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO. Profa.
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1 Universidade Federal de Itajubá Instituto de Recursos Naturais DOSAGEM DO CONCRETO EHD 804 MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO Profa. Nívea Pons
2 Dosar um concreto é compor os materiais constituintes em proporções convenientemente adequadas para dar ao concreto as propriedades exigidas. Propriedades do Concreto: 1. Concreto fresco: TRABALHABILIDADE 2. Concreto endurecido: RESISTÊNCIA E DURABILIDADE
3 Qualidade do concreto Qualidade dos materiais constituintes cimento agregados (miúdo e graúdo) água aditivo
4 TRAÇO Maneira de exprimir a composição do concreto, em peso, volume ou misto. Traço em peso: mais confiável, deve haver uma balança (central de concreto, obras grandes). Traço em volume: somente para concreto não estrutural. Traço misto: cimento em peso e agregados em volume (mais utilizado em obras, 1 saco de cimento= 50kg).
5 Critérios rios utilizados para atender as necessidades de trabalhabilidade, resistência e durabilidade: 1. Cálculo da resistência de dosagem [NBR12655 (96) Concreto- Preparo, Controle e Recebimento] - resistência de dosagem deve garantir a resistência de projeto nas condições de variabilidade medida pelo desvio- padrão Sd, levado em conta no cálculo da resistência de dosagem, segundo a equação: Fcj = Fck + 1,65 Sd
6 Onde: Fcj = Fck + 1,65 Sd Fcj = resistência média do concreto à compressão, prevista para idade de j dias, em MPa. Fck = resistência característica do concreto à compressão de projeto, em MPa (proveniente do cálculo estrutural). Sd = desvio- padrão da dosagem, em MPa.
7 1 CASO: Concreto com desvio- padrão desconhecido. Tabela: Desvio-padrão a ser adotado em função da condição em preparo do concreto. Condição A B C Desvio- padrão (MPa) 4,0 5,5 7,0
8 CONDIÇÃO A B C Tabela para condição de valores de Sd CLASSE C10 até C80 C10 até C20 C10 até C15 CIMENTO massa massa massa NBR-8953 MEDIÇÃO AGREGADOS massa volume volume ÁGUA DE AMASSAMENTO massa ou volume volume volume CORREÇÃO DA ÁGUA DE AMASSAMENTO em função da umidade dos agregados em função da medição da umidade dos agregados em função da estimativa da umidade dos agregados VALOR ADOTADO p/ Sd 4,0 5,5 7,0
9 NBR-8953 Classificação da resistência à compressão do concreto para fins estruturais Divide o concreto em dois grupos: Grupo 1: 10 MPa a 50 MPa Grupo 2: 55 MPa a 80 MPa
10 Fck (Mpa) Denominação Dentro dos grupos, os concretos são designados pela letra C, seguida do valor da resistência característica expressa em MPa, conforme o quadro ao lado. GRUPO C10 C15 C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 55 C55 GRUPO C60 C70 80 C80
11 2 CASO: Concreto com desvio- padrão conhecido. Quando o concreto é elaborado com os mesmos materiais, mediante equipamentos similares e sob condições equivalentes, o valor numérico do desvio- padrão (Sd) deve ser fixado com, no mínimo, 20 resultados consecutivos obtidos no prazo de um mês, em período imediatamente anterior. Em nenhum caso, o valor de Sd adotado pode ser menor que 2 MPa.
12 A dosagem do concreto pode ser de duas formas: Não- experimental Experimental
13 Dosagem não- experimental: é o proporcionamento do concreto feito em bases arbitrárias, fixadas quer pela experiência anterior, quer pela tradição. Conforme NBR item 8.3.2:... somente será permitida para obras de pequeno porte, respeitadas as seguintes condições e dispensado o controle de resistência: A- quantidade mínima de cimento por m 3 de concreto será de 300 kg. B- a porcentagem de agregado miúdo no volume total de agregado será igual a 30% a 50%, de maneira a obter um concreto trabalhável. C- quantidade de água deve ser mínima, compatível com a trabalhabilidade necessária.
14 Dosagem não- experimental Dados: EXEMPLO: Cálculo do traço. Fck = 15 MPa cimento Portland Pozolânico areia grossa Características dos materiais: brita basáltica (Ø máx = 19mm) - Agregados: massa unitária: areia= 1,544 kg/dm 3 - Teor de argamassa= 55% brita= 1,245 kg/dm 3 massa específica (γ): areia= 2,62 kg/dm 3 Inchamento da areia= 1,25 brita= 2,49 kg/dm 3 - H= quantidade de água (para brita com Ømáx= 19mm e cimento Portland Pozolânico) = 8,7% Continua.
15 Dosagem não- experimental Continuação: EXEMPLO: Cálculo do traço. Cálculo do Traço: M= 100. x - 1 H x = Fator água / cimento (A/C) x = (1,99 log Fck) 1,48 (massa específica do cimento Portland Pozolânico) 1,41 (massa específica do cimento Portland comum)
16 Dosagem experimental: baseia-se em regras e procedimentos práticos para a obtenção do traço do concreto, sendo testada em laboratório. Elementos necessários a dosagem: a) da obra e do projeto: - resistência característica à compressão Fck - idade para a resistência exigida - rigor do controle de execução - natureza e dimensões das peças a executar - condições de execução da obra - processos de fabricação (transporte, adensamento)
17 Dosagem experimental Elementos necessários a dosagem: b) Características dos materiais: - análise granulométrica dos agregados - massas específicas dos materiais - massas unitárias dos materiais - natureza dos agregados - inchamento da areia - tipo e classe do cimento
18 Dosagem experimental Cálculo da resistência de dosagem - concreto com desvio-padrão conhecido - concreto com desvio-padrão não- conhecido Estimativa da relação água / cimento - a partir da resistência pretendida a j dias e do tipo e classe do cimento (gráfico ABCP) - tabela do ACI. Pode-se adotar: a/c <= 0,65 para peças protegidas, sem risco de condensação de umidade. a/c <= 0,55 para peças expostas a intempéries, em atmosfera urbana ou rural. a/c <= 0,48 para peças expostas a intempéries, em atmosfera industrial ou marinha.
19 Dosagem experimental Dimensão máxima característica do agregado: <= 1/3 da expessura da laje. <= 1/4 da menor distância entre as faces das formas. <= 0,8 do espaçamento entre as armaduras no sentido horizontal. <= 1,2 do espaçamento entre as armaduras no sentido vertical.
20 Dosagem experimental Abatimento do tronco de cone: Deve ser fixado em função dos elementos estruturais, taxa de armadura e condições de transporte e adensamento do concreto. Tabela: Escolha da consistência do concreto em função do tipo e elemento estrutural para adensamento mecânico. laje pilar Elemento estrutural viga e parede armada paredes de fundação, sapatas, tubulões pouco armada <= <= <= <= Abatimento muito armada <= <= <= <= * Teor de água (H) depende da natureza do agregado, dimensão máxima característica e processo de adensamento.
21 Dosagem experimental Granulometria do concreto Este ítem é o mais controvertido, pois é a fase mais difícil da dosagem do concreto. Existem diversos métodos: - curva de Fuller - curva de Bolomey - (*) ACI- committee Road Research Laboratory - (*) Normas BS- ASTM - (*) U.S. Army- corps of engineers - módulo de finura ótimo
22 Qualquer que seja o procedimento adotado, devem ser realizadas misturas experimentais para ajuste das características do concreto fresco e endurecido. Exercícios práticos:
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