Empresário pode restituir valor do PIS/Cofins pago a mais



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Transcrição:

Tributos Empresário pode restituir valor do PIS/Cofins pago a mais Uma polêmica com vida curta... Mas que alterou os custos do fretamento durante boa parte do 2008, após o Ato Declaratório do então Secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Desde fevereiro quando entrou em vigor a alíquota não cumulativa do PIS/Cofins que atingia 9,25% com o enquadramento do fretamento numa categoria distinta daquela que pertence, uma série de medidas foram tomadas no sentido de dialogar com os técnicos e juristas da própria Receita sobre o equívoco. No entanto, somente após o parecer do Dr. Ives Gandra Martins, que estudou as características da prestação de serviço por fretamento, houve compreensão de que o enquadramento estava equivocado e foi reestabelecida a alíquota de 3,65%. Nesse tempo, a Dra. Lina Maria Vieira (foto) assumiu a Secretaria e passou também a conversar, com os representantes do fretamento, o Presidente da Fresp, Silvio Tamelini e o Presidente da ANTTUR, Martinho Ferreira Moura, através de sua assessoria direta. A análise do parecer elaborado pelo jurista Ives Gandra somada as conversas estabelecidas com os assessores foram vitais para que fosse revertida a caracterização; o que ocorreu em outubro. Essa foi mais uma importante vitória da categoria. E agora estamos procurando esclarecer como os empresários que recolheram a contribuição com a alíquota não-cumulativa podem obter o ressarcimento, declara o Presidente da Fresp, Silvio Tamelini. Marcello Casal JR/ABr epois que a Secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira reenquadrou o transporte de passageiros por fretamento na alíquota cumulativa de 3,65%, os empresários DD que efetuaram a contribuição podem obter restituição de valores pagos em juízo ou pagos diretamente. De acordo com o contador da Empresa Transmimo Ltda., Valdir Fazolin as empresas de fretamento podem entrar com pedido de compensação de tributos através do PERDCOMP. Todos os empresários que recolheram o PIS/Cofins na alíquota de 9,25%, pertencente ao regime de não-cumulatividade, tem direito a pedir o ressarcimento do valor pago a mais? Há um prazo para o pedido? A receita Federal através do Ato Declarató- rio 27 de 07/10/2008 reconhece o Regime Cumulativo para as empresas de Fretamento, desta forma, sendo vantajoso o empresário pode entrar com pedido de compensação de valores eventualmente pagos a maior desde o início desses recolhimentos (considerando o prazo prescricional de 5 anos). Qual o procedimento a ser adotado para o cálculo do valor a ser ressarcido? Qual a documentação que deve ser relacionada? Para qual órgão deve ser expedida a documentação? Para que o empresário possa ter direito ao pedido de compensação e ou restituição, deverá cumprir os seguintes procedimentos: 1º. Retificar os valores declarados na DCTF e DACON do período abrangido pelo pedido; 2º. Fazer retificação do código de recolhimento dos tributos para o regime cumulativo (2172 e 8109) utilizando o REDARF; 3º. Após retificado os códigos dos recolhimentos, entrar com pedido de compensação PERDCOMP, atualizando os valores recolhidos a maior pela Selic. Observe que os valores pagos a maior serão corrigidos e podem ser compensados com qualquer outro tributo federal. Há algum detalhe que pode comprometer o ressarcimento dos valores? Não vejo nenhum deta- lhe que impeça o pedido d e c o m p e n s a ç ã o (perdcomp), visto que a própria Receita Federal reconhece o erro. Como fica a situação das em- presas que recolheram o percentual antigo em juízo? Entendo que a partir da publicação do ato declaratório interpretativo 27/2008, as empresas já podem deixar de efetuar o pagamento judicial, fazendo apenas o recolhimento dos valores na base cumulativa. As empresas que efetuaram pagamento da diferença (cumulativa X não cumulativa) através de depósito judicial, deverão aguardar o final do processo decisão do Juíz, e um possível pronunciamento da Receita Federal para reaver os valores pagos a mais. Não há um prazo definido para a devolução dos valores, mas uma vez que há um reconhecimento favorável pela Receita Federal, entendo que não deva demorar. Página 2 Diesel Página Página EMTU/CET 4 5 Pesquisa: balanço fretamento/2008

Diesel U S50 em São Paulo só em 2010 Um acordo entre o Ministério do Meio Ambiente e a Petrobrás esticou o prazo para o início do diesel S50 para algumas das principais capitais do país, entre elas a cidade de São Paulo, bem como, a região metropolitana. Agora somente a partir de 2010 o S50 deverá ser utilizado por uma parte da frota, ainda em definição. Junto com São Paulo estão Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). Capitais como o Rio de Janeiro e a região da Baixada Santista e São José dos Campos serão incorporados em 2011. O acordo delimita um prazo maior por conta do impasse entre montadoras na produção de motores compatíveis com o novo combustível e a própria Petrobras, produtora e distribuidora do diesel S50. O Diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa anunciou no início de novembro que a partir de maio de 2009 a empresa se compromete a fornecer o diesel para toda a frota de veículos metropolitanos em Fortaleza (CE), Recife (PE) e Belém (PA). Em agosto, a cidade de Curitiba passa a receber o combustível. A polêmica sobre a adequação do combustível ao motor Euro IV (utilizado na Europa e com possibilidade de produção nacional), segundo técnicos não se sustenta. O diesel S50 poluiria menos mesmo com um motor não elaborado para esta nova tecnologia. Em São Paulo, o Poder Público e entidades representativas da sociedade civil, como: Movimento Nossa São Paulo e Movimento pelo Direito ao Transporte (MDT) estão engajadas cobrando maior austeridade no cumprimento da legislação. No caso especial da cidade de São Paulo, a Prefeitura apresentou um Plano Municipal de Mudanças Climáticas que também sinaliza com inspeção mais rigorosa (Veja box abaixo). Confira a abordagem do Projeto da Prefeitura de São Paulo: Art. 1º. A Política Municipal de Mudança do Clima atenderá os seguintes princípios: I prevenção, que deve orientar as políticas públicas; II precaução, segundo o qual a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para postergar medidas de combate ao agravamento do efeito estufa; III poluidor-pagador, segundo o qual o poluidor deve arcar com o ônus do dano ambiental decorrente da poluição, evitando-se a transferência desse custo para a sociedade; IV usuário-pagador, segundo o qual o utilizador do recurso natural deve arcar com os custos de sua utilização, para que esse ônus não recaia sobre a sociedade, nem sobre o Poder Público; V protetor-receptor, segundo o qual são transferidos recursos ou benefícios para as pessoas, grupos ou comunidades cujo modo de vida ou ação auxilie na conservação do meio ambiente, garantindo que a natureza preste serviços ambientais à sociedade; VI responsabilidades comuns, porém diferenciadas, segundo o qual a contribuição de cada um para o esforço de mitigação deve ser dimensionada de acordo com sua respectiva responsabilidade pelos impactos da mudança do clima; VII abordagem holística, levando-se em consideração os interesses locais, regionais nacional e global e, especialmente, os direitos das futuras gerações; VIII internalização no âmbito dos empreendimentos, dos seus custos sociais e ambientais; IX direito de acesso à informação, participação pública no processo de tomada de decisão e acesso à justiça nos temas relacionados à mudança do clima. Proteção ambiental Debate sobre clima vai se manter em evidência C Com um atraso de pelo menos duas cadas, o debate sobre clima e qualida- déde de vida está apenas começando no Brasil. Por isso, a pressão pela diminuição da emissão de poluentes que já havia chegado aos eletrodomésticos com seus gases poluentes passa agora com muito mais rigor pelo setor de transporte assim como também permeia os setores de reciclados (sacolas plásticas e balagens de materiais não reaproveitáveis). em- Paulatinamente todos os órgãos governamentais de fiscalização de transporte coletivo (público ou privado) vão implementando programas de inspeção do nível de fumaça com maior intensidade e critérios mais precisos. Na opinião do Presidente do Transfretur, Silvio Ta- melini: O fretamento de passageiros deve dispor deste dado como mais um benefício oferecido, ou seja, a contribuição para uma cidade mais limpa. Além dos demais, já elencados: fluidez no trânsito, conforto, pontualidade. Para se ter uma idéia, por dia, dezenas de mensagens eletrônicas com releases so- bre procedimentos, medidas e invenções que amenizam o impacto das toneladas de gases, pilhas, materiais tóxicos que são produzidos e ou despejados no ambiente enchem as caixas postais de e-mail s de assessorias de imprensa cujos clientes estão preocupados em demonstrar como estão contribuindo para não serem cúmplices desta realidade, viabilizando propostas em contrapartida aos efeitos produzidos. 2

Série Conte sua História O Novos Caminhos trará sempre um breve histórico da trajetória das companhias mais tradicionais até as mais jovens, tendo por base a ordem de registro da empresa na entidade desde sua fundação, em 1989. Conte sua história A experiência do urbano alia-se à inovação do fretamento N Na década de 30 junto aos bondes da São Paulo que começava a se cosmopolizar, desenvolvia-se a empresa Gato Preto de transporte urbano. Homenagem do Sr. Luís Gatti a um bairro da cidade de Cajamar. Vinte anos depois, no boom do turismo familiar de um dia, a Gato Preto aproveitava seus ônibus urbanos durante o final de semana para fazer piqueniques, excursões nas praias, conta Ricardo Gatti, neto do Sr. Luís e é um dos diretores da Gatti, na atualidade. Mas pouco tempo depois, o Poder Público proibiu o tráfego de ônibus com duas portas em estradas. Nascia a primeira de muitas restrições. Nessa altura já tínhamos um público cativo, e a empresa voltada para o turismo foi aberta. (O nome da empresa era Luís Gatti Cia. Só depois viria a ser Gatti Transportadora Turística Ltda.) Esse período durou até a década de 90. Nessa época PERFIL Fundada em 1965 Nº de carros: 92 veículos (ônibus, microônibus e vans) Nº de funcionários: 120 (motoristas, manutenção e administração) Receita: 85% contínuo e 15% eventual Idade Média da Frota: 5,6 anos Tipo de ônibus: Carroceria: Marcopolo, Busscar e Irizar Chassi: Volks e Mercedes-Benz as viagens para Foz de Iguaçu eram para conhecer as cataratas. Era uma viagem legal. E eram tanto os turistas que chegamos a adquirir um hotel para fazer uma espécie de pacote. Novamente a mudança do perfil e a queda no interesse pelo destino turístico das Cataratas, tornando as viagens meio esquisitas fez a empresa rever esse perfil. Afinal, a empresa tem de ser viável. Aí começamos a atuar no contínuo. O primeiro cliente foi a Unilever que se mantém conosco até hoje, relembra Ricardo. E finalmente nos últimos 15 anos, a mudança de perfil no atendimento se inverteu. Hoje o segmento do eventual é administrado por minha irmã, Anita Gatti, responsável também pela implantação do ISO 9000 em toda a empresa há oito anos. De acordo com o empresário Ricardo Gatti, hoje em dia o grau de exigência cresceu demais, até no serviço contínuo, que deve ser tão bom quanto o da viagem turística. É preciso abrir o leque de serviços oferecidos, principalmente porque São Paulo está deixando de ser uma cidade industrial. É preciso atender clientes nãoconvencionais e para isso é preciso também ser uma empresa não-convencional, aconselha. Editorial Em tempos de crise MÁRCIO BRUNO Assim que a situação de crise se fez gigante, os líderes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reuniram para dizer que a fim de não baixar o preço do produto, diminuiriam em alguns milhares de milhões a extração de barris. Isto porque já se adiantavam diante da iminente recessão que arrastaria setores produtivos e de serviços, como é o nosso caso. Nesses quase dois meses de turbilhão na economia mundial, já foi possível sentir um impacto no setor de fretamento. O preço do diesel sofreu uma alta, mas o jogo de manutenção de preços no setor de combustível, mesmo com queda de consumo, tem acompanhando todo o ano de 2008, pelo menos desde maio. Não acredito que seja esse o diferencial de impacto nos negócios. Não é desprezível, mas não será o diferencial-vilão. Em parte o fretamento contínuo tem de torcer para que o superaquecimento no setor automobilístico obtido no 1º semestre, e até mesmo no terceiro trimestre, seja o suficiente para amornar as vendas evitando que elas despenquem, como apontam as recentes pesquisas, indicando queda nas vendas de 30%. Contraditoriamente, mais carros indicam potencialmente menos clientes do ônibus de fretamento. É lógico que outros setores intimamente relacionados ao fretamento também fazem torcida para que mantenhamos o mesmo padrão de consumo de: insumos, autopeças, tapeçaria. Poderíamos todos iniciar uma grande torcida, mas mesmo assim ela ainda seria pequena, pois Inglaterra e Estados Unidos acabam de anunciar novos pacotes de ajuda financeira a empresas e na compra de papéis podres de fundos de pensão e ainda fruto da especulação imobiliária. Essa é uma das lições complicadas da globalização, mas que pode ser mais facilmente aprendida se mantivermos a unidade. Ricardo Gatti é Diretor da Gatti Transportadora Turística Ltda. 3

Legislação EMTU vai esclarecer novos pontos da inspeção em palestra no Transfretur N No dia 9 de dezembro, a partir das 15h, técnicos da EMTU vão apresentar no Transfretur uma palestra trazendo esclarecimentos sobre o que mudou na inspeção veicular após a Resolução nº 42, e o porquê ela ter se tornado mais rigorosa. Em entrevista ao Novos Caminhos, o Diretor Operacional da EMTU, Antônio Carlos de Moraes disse que não se trata de um política impositiva e que a EMTU está sempre reavaliando; a partir da troca de idéias nós podemos estudar mudanças. Nossa preocupação principal é a qualidade do serviço. A queixa do empresariado diz respeito ao fato CLASSIFICAÇÃO DO DEFEITO De Nível 1 N1 De Nível 2 N2 De Nível 3 N3 DESCRIÇÃO São os defeitos que não interferem, de modo significativo, na condução e operação do veículo não apresentando riscos de segurança aos usuários. Serão considerados, também, aqueles que dificultam a identificação do veículo em operação, linha ou serviço. São os defeitos que interferem na condução do veículo, sem expor seus ocupantes a riscos de segurança, ou interferem no conforto dos usuários. São os defeitos que comprometem a segurança dos usuários ou de terceiros; ou interferem na condução do veículo; ou interferem no bem-estar dos ocupantes, expondo-os a situações ambientais críticas. Também são considerados aqueles relacionados à documentação e identificação do veículo, conforme estabelece o CTB - Código de Trânsito Brasileiro. de que atualmente uma simples lâmpada queimada no interior do salão do ônibus (corredor entre as poltronas) é o suficiente para fazer com que um ônibus seja autuado e tenha de comparecer novamente à EMTU no prazo máximo de 7 dias. Na verdade, o retorno do ônibus tem implicação de custo com o deslocamento e o tempo em que o ônibus estará ocupado sem prestar serviço. A missão da EMTU, extraída de seu site, é promover e gerir o transporte intermunicipal de baixa e média capacidade de passageiros. Tendo esta premissa como base, que melhoria objetiva os passageiros possuem ao se retirar um ônibus do uso para reparar uma lâmpada. É certo que a inspeção possui três níveis (veja box) e reparos como este estão previstos, os empresários desejam saber se é necessário o retorno. Além desta dúvida, também querem saber se o local para a inspeção pode ser reequacionado. Questões simples que podem consideradas pelo órgão serão discutidas. Os empresários da base do Transfretur estão convidados à palestra. Perímetro Urbano Levantamento sobre ônibus parados evidencia fuga das vias rápidas E Somados, os veículos sem cadastro nos órgãos públicos e os clandestinos atingem 71% dos quebrados Entre 2005 e 2006, no período de seis meses, a Gestora de Transporte da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET São Paulo), Sandra Stephani de Souza, realizou um levantamento de quantos ônibus de fretamento apresentavam quebra em via pública e constatou que entre ônibus sem cadastro e ônibus cujas empresas não possuem Caracterização de vias pelo Código Brasileiro de Trânsito Via rápida - 80 Km/h - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível. Via arterial - 60 Km/h - aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. Via coletora - 40 Km/h - aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. Via local - 30 Km/h - aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas. CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA Nº DE OCORRÊNCIAS POR CLASSIFICAÇÃO VIÁRIA FRETAMENTO SEM CAD % DE QUEBRA ÔNIBUS FRETADO NA VIA FRETADO Nº OCORRÊNCIA % com cadastro 197 28,9 sem cadastro 343 50,4 clandestino 141 20,7 cadastro (são clandestinas) o índice atingiu 71%. Infelizmente, não houve um segundo momento da investigação que pudesse valer como comparativo, por esse motivo a CET não liberou uma entrevista com a gestora. No entanto, os dados podem ser analisados e considerados para ações do fretamento e também para direcionar a fiscalização. Outro dado relevante é que 70,2% das ocorrências encontra-se na via arterial, ou seja, é possível considerar que os ônibus de empresas clandestinas e/ou não-cadastrados não circulem nas vias expressas onde há maior fiscalização, em geral. O número de veículos clandestinos quebrados nas total 681 100 vias de trânsito rápido, 9; é quase 50% menor ao número de veículos de fretamento devidamente cadastrados, 17. Esse fato deve-se a maior fiscalização nas VTR s em relação a outras vias. O resultado prático desta possibilidade é que além da problemática da insegurança ao passageiro há também a lentidão que tais ônibus provocam ao andar na maior parte do percurso em vias COM CAD CLANDESTINO TOTAL % VTR 17 14 9 40 5,9 ARTERIAL 1 255 144 79 478 70,2 ARTERIAL 2 47 28 30 105 15,4 ARTERIAL 3 0 2 1 3 0,4 COLETORA 1 17 9 20 46 6,8 COLETORA 2 6 0 1 7 1,0 LOCAL 1 0 1 2 0,3 TOTAL 343 197 141 681 100,0 inadequadas. Alguns outros pontos merecem reflexão. O levantamento aponta 50% dos ônibus de fretamento quebrados nas vias como sendo ônibus sem cadastro. A caracterização destes ônibus pode ser tanto o de empresas que possuem cadastro, mas não de todos os veículos quanto de ônibus oriundos de outras regiões. O tempo de permanência do ônibus quebrado também se revela curioso, pois é menor no caso dos clandestinos, 24 minutos, passando para 29 minutos no caso dos ônibus sem cadastro até finalmente atingir 31 minutos para os fretamentos idôneos. Se houvesse uma continuidade do levantamento de dados haveria uma análise mais precisa que contribuiria para o estímulo ao uso do transporte devidamente cadastrado no órgão regulador e fiscalizador, promovendo uma campanha indireta do próprio Poder Público ao contratante do ônibus de fretamento. Em tempo. De acordo com o Código Brasileiro de Trânsito as vias são definidas segundo três itens combinados: a localidade (zona urbana ou rural), a velocidade e a característica. A via em zona urbana é caracterizada por possuir, em geral, imóveis ao longo de seu percurso. Na zona urbana há quatro tipos de vias: via local, a via coletora, a via arterial e a via de Trânsito Rápido (confira a tabela).

Opinião Pesquisa vai revelar o balanço de 2008 TT ransfretur divulga na edição de dezembro uma pesquisa com a opinião dos empre- ransfretur divulga na edição de dezembro uma pesquisa com a opinião dos empresários sobre o ano de 2008. Os associados vão expressar sua opinião sobre o relacionamento com os clientes, com o Poder Público além de apresentar suas perspectivas para o ano de 2009. A pesquisa pode ser facilmente respondida sem que o empresário tenha que consultar outros setores da empresa. São necessários apenas 10 minutos. A pesquisa permitirá saber o comportamento do mercado de maneira ampla, uma vez que o fretamento contínuo está diretamente relacionado à produtividade brasileira, em especial para quem atua no pólo da indústria automobilística e da indústria de metalurgia como um todo, caso das empresas de fretamento que atuam na Grande São Paulo. Há também questões direcionadas para o fretamento eventual, em geral um dos primeiros a sentir as crises como as que se avizinham. Os empresários de fretamento terão 10 dias para responder ao questionário e o resultado pode balizar as ações do próximo ano. Por isso, é importante que todos os associados do Transfretur respondam ao questionário em sua totalidade. As empresas não serão identificadas e apenas os resultados serão tabulados e relacionados com a divulgação na próxima edição do jornal. Compras de Natal SMT mantém proibição de estacionamento provisório em regiões de compra de atacadistas Pelo segundo ano consecutivo, a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo não autorizou o esquema de estacio- Pnamento de ônibus de fretamento nas regiões de compras de tecidos e roupas do Brás. Até 2006, os veículos, oriundos de vá- rias partes do Brasil, poderiam estacionar em determinadas ruas e em trechos específicos destas a fim de não inviabilizar a passagem de ônibus urbanos e veículos particulares pelas ruas no bairro do Brás. A parada era alternada de acordo com o dia do mês, dia par, lado par da rua; dia ímpar, lado ímpar. O esquema funcionava apenas durante um mês, entre o final de novembro e o final de dezembro. Sem essa opção que movimenta milhares de compras entre os atacadistas que revendem as roupas das confecções e lojas do Brás em outras partes do país, o volume de vendas e arrecadação em impostos no município pode até apresentar uma ligeira queda. A opção para quem realiza o turismo de compras é o megaestacionamento da da do Estado, que funciona em tempo integral. É mais distante sendo aproveitado também para quem deseja avenicomprar na região do Bom Retiro. Muito embora, no Bom Retiro, ainda exista a opção dos veículos estacionarem em trechos das ruas Guarani e Lubavitch, que dispõem de cerca de 20 vagas no total. As informações foram transmitidas pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes. 5

Confraternização D Villa Country sedia o jantar do Transfretur De fácil localização, em plena Barra Funda, o Villa Country é o local escolhido pelo Transfretur para sediar pela segunda vez o jantar de confraternização entre empresários, fornecedores e representantes do Poder Público para a confraternização de final de ano. São esperados 350 convidados e a reserva deve ser feita pelo telefone: 0xx11 3331 8022 com Jaqueline. Os patrocinadores do jantar são: Brasil Bus Carroceria e Peças, Marcopolo e Mercedes-Benz. Antes e depois do Transfretur, a programação de festas dos demais sindicatos ligados à Fresp é intensa. No dia 4, o SinfreCar realiza sua festa em Campinas. No dia seguinte é a vez do SinfreVale. No dia 11 de dezembro, a sede da festa é Ribeirão Preto (Sinfrepass), e fechando as confraternizações, ocorre no dia 17 de dezembro o jantar do Sinfret, no ABC. Patrocínio: Notas Mulheres Uma auto-escola de São Paulo divulgou um estudo em que mais mulheres conquistaram a direção dos veículos após a Lei Seca. Isto porque com a proibição de qualquer teor de álcool no sangue, os m a r i d o s, namorados estão incentivando suas p a r c e i r a s à d i r e ç ã o. Para a Dire- tora de Marketing da Rede Dirigindo Bem, Edna Felix, antes da Lei Seca muitas mulheres, na maioria casadas, procuravam as unidades da Rede para participar dos treinamentos sem que os seus maridos soubessem. Hoje, a realidade mudou completamente, muitos maridos procuram a Dirigindo Bem para que suas esposas realizem as aulas de direção, pois nelas encontram uma opção segura de voltar para casa se consumirem algum tipo de bebida alcoólica. Os veículos de passeio apresentaram alta de 0,23% em outubro acumulando 2,27% ao ano, de acordo com a assessoria especializada em indústria automobilística Auto Informe/Molicar. Com o subsídio do governo federal, que permite a manutenção do crédito ao consumidor, é possível que os preços fiquem estabilizados. Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro Carro Já faz cinco anos, que o Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro iniciou as exposições com relíquias de colecionadores do Estado de São Paulo. São exemplares de veículos que contam as histórias das empresas, a história da indústria automobilística e a história do país. A cada edição, o número de veículos vem aumentando. Na primeira feira foram 11, na segunda chegou-se à marca de 30 ônibus. À medida que crescia o público, o local também teve de ser alterado. Por isso, há três anos a feira ocorre no Memorial da América Latina, e em 2008 entre os dias 13 e 14 de dezembro das 9 às 17h. Anuncie aqui A partir de janeiro de 2009 o Novos Caminhos entra em uma nova fase, e passará a divulgar anúncios relacionados a áreas de interesse do fretamento. Desde fornecedores, equipamentos, autopeças, rastreamento de veículos, treinamento de pessoal, convênio médico. As informações sobre espaço do anúncio e custo podem ser obtidas com Kelly Morette pelo telefone: 0xx11 3331 8022 ou pelo e-mail: secretaria@transfretur.org.br. A produção do anúncio pode ser feita pelo anunciante ou acrescida de um plus na inserção. O anúncio pode ser no formato rodapé (como este modelo) ou coluna, meia página, 3/4 de página e página inteira. Pode-se anunciar uma única vez, ou em pacotes de 3, 6 ou 12 inserções/edições. O valor de cada anúncio diminui à medida que aumenta o número de inserções. Ligue: (0xx11) 3331-8022 Expediente Novos Caminhos é o órgão de divulgação do Transfretur Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo de São Paulo e Região - e da Associtur - Associação dos Transportadores de Turistas, Industriários, Colegiais e Similares do Estado de São Paulo. www.transfretur.org.br Cartas, dúvidas e sugestões: Rua Marquês de Itú, 95-1 andar cjs. A/B - CEP 01223-001 - Tel.: (0xx11) 3331-8022 e-mail: transfretur@transfretur.org.br Jorge Miguel dos Santos - Diretor-executivo Diretoria: Silvio Valdemar Tamelini, Claudinei Brogliato, Marcelo Laurindo Félix, José Parada Garcia, José Boiko, Jerônimo Ardito, Ricardo Luiz Gatti Moroni, José Martinho, Eidi Shiguio, Iutaka Soyama Editoração e produção: Stilo Arte Jornalista Responsável: Gislene Bosnich - MTb. 26610 imprensa@transfretur.org.br Tiragem: 2000 exemplares