302 - A AGROECOLOGIA COMO UM INSTRUMENTO DE INCLUSÃO SOCIAL DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA MENTAL Vestígios que apontam caminhos...



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Transcrição:

Desenvolvimento Rural Monferrer 302 - A AGROECOLOGIA COMO UM INSTRUMENTO DE INCLUSÃO SOCIAL DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA MENTAL Vestígios que apontam caminhos... RESUMO Jorge Amaro de Souza Borges 1 O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência de praticas agroecológicas direcionada a Pessoas Portadoras de Deficiência (PPDM s) na idade adulta e residentes, em sua grande maioria nas cidades de Porto Alegre, Gravataí, Alvorada, Viamão e Cachoeirinha. São abordados não os reflexos quantitativos, mas as possibilidades de crescimento e inclusão proporcionadas pela relação harmônica dos princípios da Agroecologia no protagonismo das PPDM s na sociedade. INTRODUÇÃO É bem sabido que dentro de nossa realidade sócio-cultural ficamos muitas vezes restritos aos pequenos espaços e impedidos de olhar o longe, o que, por conseqüência, impede que percebamos as alterações que causamos ao ambiente em que estamos inseridos. Este ambiente que havia sido ocupado, ocupamos agora e que por muito tempo ainda será ocupado por nossas gerações descendentes e de todas as demais espécies que habitam este planeta. Este breve prólogo é somente para que possamos refletir sobre o fato de que primeiro, somos impactantes, assim como qualquer indivíduo, seja de que espécie for, que ocupa um espaço, luta pela sua sobrevivência e procura perpetuar suas características; segundo a relativização do tempo, a percepção de que só se pode inferir sobre este partindo de um referencial e que talvez nosso referencial esteja errado; e terceiro, não menos importante e até princípio de tudo isto, que a maneira de nos relacionarmos com o ambiente que ocupamos, o impacto que causamos e tudo que possa advir disto, como sendo fruto da cultura que recebemos e, é claro, transmitimos. É partindo destes princípios que o projeto em questão se caracteriza. Já há algum tempo que as questões relativas ao desenvolvimento sustentado e educação ambiental 1 FADERS Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e Altas Habilidades no Rio Grande do Sul. CAZON Centro Abrigado Zona Norte. Rua Joaquim Silveira, 200 Parque São Sebastião CEP.: Porto Alegre / RS. (51) 33481563. cazonambiental@bol.com.br lisiane-vaz-ext@banrisul.com.br

vêm fundindo-se na intenção de gerar uma nova perspectiva nas relações HOMEM- AMBIENTE. E esta é transportada para a realidade de um grupo na sociedade que muitas vezes encontra-se marginalizado e impossibilitado de exercer sua cidadania As Pessoas Portadoras de Deficiência Mental(PPDM s). Instrumentalizar métodos de trabalhos amplos e abrangentes que proporcionem olhares transversais é um desafio que a Agroecologia, através de ações sistemáticas proporciona a estas pessoas. DESENVOLVIMENTO O Centro Abrigado Zona Norte (CAZON) foi fundado em 1992 e é vinculado a Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas para Pessoas Portadoras de Deficiência e Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (FADERS). O Centro é voltado ao desenvolvimento de atividades ocupacionais a PPDM s na idade adulta (dos 18 aos 54 anos). Estas, contribuem para o desenvolvimento emocional ético e cognitivo das PPDM s ao longo do seu processo de socialização e construção de sua identidade social. Cerca de 131 aprendizes participam de diversas oficinas e atividades complementares como oficina de produção (terceirização às empresas), arte e artesanato, artes domésticas, recreação e lazer, técnicas agrícolas e educação ambiental, apoio pedagógico, educação física e terapia ocupacional. Essas atividades dão chance das PPDM s adquirirem novos conhecimentos, aprimorando os já existentes, interagindo e confrontando a realidade buscando constantemente a construção de sua cidadania. A Oficina de Técnicas Agrícolas e Educação Ambiental, em seu programa de trabalho busca, através de ações voltadas à preservação ambiental promover a inclusão destas pessoas tendo como pólo irradiador à percepção ambiental, o contato direto com a natureza, as vivências do dia a dia, os reflexos da relação antrópica local permitindo a sensibilização e as mudanças comportamentais necessárias para busca constante de crescimento como seres humanos, membros de um planeta vivo. Neste contexto, começamos desenvolvendo atividades de percepção e contato direto com a natureza, provocando reações diversas. Como isso afetará estas pessoas? Diferentes estudos têm mostrado que o contato com a natureza influência na saúde física e mental das pessoas (Fundação Gaia, 1995), a capacidade de fantasiar é maior (Grahn, 1996) desenvolvendo uma maior coordenação motora e melhor capacidade de concentração e diminuição do estresse causado pelo fluxo intenso das grandes cidades. Os trabalhos são direcionados a turmas, constando no máximo 15(quinze) aprendizes. Procura-se abordar as

potencialidades individuais de cada um, buscando seu aprimoramento e crescimento coletivo. Dentre as temáticas trabalhadas(tabela 1), a estruturação das abordagens permeia pelos princípios básicos da Agroecologia. CONCLUSÕES A Oficina de Técnicas Agrícolas, procurou abordar uma nova forma de pensar e agir, tanto em relação à deficiência quanto com relação às formas de interlocução e troca de saberes. Partindo disto, iniciamos com o seguinte questionamento: o que nós podemos fazer localmente para contribuir com a sustentabilidade de nosso planeta? Com isto, iniciou-se um processo de desenvolvimento de atividades que demonstrassem como as PPDM s percebiam o seu espaço de vivência. E as reações captadas foram riquíssimas. Suas capacidades perceptivas e de sociabilização tiveram um aumento significativo. E o mais importante, isto se multiplicou dentro do Centro e também para seus mais diferentes locais de atuação. Segundo Capra (1982), a nova visão da realidade, de que vivemos falando, baseiase na consciência do estado de inter-relação e interdependência essencial de todos os fenômenos físicos,biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Essa visão transcende as atuais fronteiras disciplinares e conceituais e será explorada nas instituições. (...) A concepção sistêmica vê o mundo em termos de relações e integração. Os sistemas são totalidades integradas, cujas propriedades não podem ser reduzidas às partes menores.(...) Um organismo vivo é um sistema auto-organizador, o que significa que sua ordem em estrutura e função não é imposta pelo meio ambiente, mas estabelecida pelo próprio sistema. A implantação do Clube da Árvore Amigos da Natureza, o estímulo à separação de lixo numa visão solidária, saídas de campo, produção de fitoterápicos, horta ecológica, plantios comunitários dentre outros aspectos, foram produtos da capacidade de integração e busca de um sentimento mais agregador destas pessoas. Potencializar isto, e buscar novas formas e métodos de crescimento consistem um novo desafio. LITERATURA CITADA CAPRA, Fritjov O ponto de Mutação - São Paulo: Ed. Cultrix.

COLL, César, Jesus Palácios & Álvaro Marchesi - Desenvolvimento Psicológico e Educação. FORNARI, E. Novo Manual de Agricultura Alternativa. 2 a Ed. Sol Nascente, São Paulo. 237p. FUNDAÇÃO GAIA. A teoria da trofobiose - Novos caminhos para uma agricultura sadia. Porto Alegre - RS. 1987, 27p. (Apostila). GLIESSMAN, Stephen R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2000. LUTZENBERGER, J.A. Fundamentos Ecológicos de Agricultura Biológica 1º Curso de Agricultura Biológica promovido pela SARGS, 1981. MATA, Speranza França da org., GAVAZZA, Sérgio, org. ALMEIDA, Maria Cândida Moreira de, org Educação Ambiental: transversalidade em questão. Tabela 1 Temáticas trabalhas e algumas abordagens: TEMÁTICAS TRABALHADAS Atividades Participantes Envolvimento Observações 1) Horta Ecológica 120 PPDM s Excelente - As atividades na horta despertaram muitas reações nas PPDM s. O contato, as observações provocaram desde alegria até mesmo a tristeza profunda de alguns face ao contato contínuo com o ciclo ecológico da planta e os exercícios perceptivos que acompanhavam a pratica. 2) Compostagem 120 PPDM s Excelente - O reaproveitamento de resíduos orgânicos produzidos no centro é um dos trabalhos com melhor resultado. Além de produzirmos um adubo de excelente qualidade, a participação e dedicação de todos no processo é altamente positiva, inclusive envolvendo outras entidades e comunidade local. 3) A natureza no Jardim 4) Plantas Medicinais 5) Vivências Externas 120 PPDM s Excelente - Utilizam-se os espaço do centro valorizando não os aspectos estéticos, mas as condições ecológicas. 60 PPDM s Excelente - Constrói-se, a partir do conhecimento popular, abordagens que impliquem na busca do conhecimento mais amplo e aprofundado sobre fitoterápicos. 30 PPDM s Excelente - Atividades realizadas em ambientes diferentes daqueles vivenciados no dia a dia, proporcionando momentos de confronto com a realidade, estimulando a auto-estima, independência e capacidade de integração social. Hoje, estas atividades são desenvolvidas com êxito, na Unidade de Infra-estrutura do Banrisul, numa parceria com Programa Reciclar a vida em nossas mãos e no Colégio Unificado do Strep Center.

Obs.: O envolvimento foi avaliado de acordo com a participação espontânea das PPDM s na atividade, bem como através de intervenções nas ações praticas.