1. Definição de Caso1: Sarampo

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Transcrição:

Digitally signed by Francisco Henrique Moura George Francisco DN: c=pt, o=ministério da Saúde, ou=direcção-geral da Henrique Saúde, cn=francisco Henrique Moura George Moura George Date: 2011.06.08 12:41:12 +01'00' NÚMERO: 012/2011 ASSUNTO: DATA: 07/06/2011 Reforçodavigilânciaepidemiológicaecontrolodosarampo PALAVRAS CHAVE: Sarampo;Vírusdosarampo;transmissãodosarampo;Vigilânciaepidemiológica PARA: CONTACTOS: Todososmédicos(serviçospúblicoseprivados);AutoridadesdeSaúde; AdministraçõesRegionaisdeSaúde;DireçõesRegionaisdeSaúde DireçãodeServiçosdePrevençãoeControlodaDoença/DivisãodasDoenças Transmissíveis(analeca@dgs.pt);DivisãodeEpidemiologia(cogomes@dgs.pt) Nostermosdaalíneac)donº2doartigo2ºdoDecretoRegulamentarnº66/2007,de29demaio, na redação dada pelo Decreto Regulamentar nº 21/2008, de 2 de dezembro, emite se a Norma seguinte. 1. DefiniçãodeCaso1:Sarampo Critériosclínicos Indivíduocomfebre(temperatura 38ºC)eexantemamáculo papulare, pelomenos,umdostrêscritériosseguintes: - Tosse; - Rinite; - Conjuntivite. Critérioslaboratoriais Pelomenosumdosquatrocritériosseguintes: - Isolamentodovírusdosarampoapartirdeumprodutobiológico; - Deteçãodoácidonucleicodovírusdosaramponumprodutobiológico; - Deteção, no soro ou na saliva, de anticorpos específicos contra o vírus do sarampo, característicosdarespostaàinfeçãoaguda; - Deteçãodoantigéniodovírusdosarampoporimunofluorescênciadiretaapartirdeum produtobiológico,utilizandoanticorposmonoclonaisespecíficos. Osresultadoslaboratoriaisserãointerpretadosdeacordocomasituaçãovacinal.Emcaso devacinaçãorecente,seráinvestigadaapresençadovírusselvagem. Critériosepidemiológicos Ligaçãoepidemiológica(link)aumcasoconfirmado. 2. Classificaçãodecaso A.Casopossível Indivíduoquepreencheoscritériosclínicos; B.Casoprovável Indivíduoquepreencheoscritériosclínicoseepidemiológicos; C.Casoconfirmado Indivíduoquepreencheoscritériosclínicoselaboratoriais. CombasenaDecisãodaComissãoEuropeianº2008/426/CEde28/04/2008(JornalOficialdaUniãoEuropeia,sérieL,nº159de18/06/2008). 1 DIREÇÃO GERALDASAÚDE AlamedaD.AfonsoHenriques,45 1049 005Lisboa Tel:218430500 Fax:218430530 E mail:geral@dgs.pt www.dgs.pt EstedocumentofoiredigidoaoabrigodonovoAcordoOrtográfico 1

3. Vigilância epidemiológica: procedimentos (Anexo I Fluxograma) 3.1. Alertas O médico que diagnostique um caso de sarampo possível ou provável deve alertar, de imediato, o Delegado de Saúde Regional (Anexo II contactos) da área de residência do doente; O Delegado de Saúde Regional alerta, de imediato, para a Unidade de Apoio às Emergências de Saúde Pública (UESP) da Direção Geral da Saúde; Direção Geral da Saúde Unidade de Apoio às Emergências em Saúde Pública (UESP) Fax: 21 843 0655 Tel.: 21 843 0628 Email: alerta@dgs.pt O Delegado de Saúde Regional deve contactar o Delegado de Saúde do ACES respetivo para promover a realização do Inquérito Epidemiológico (Anexo III). 3.2. Investigação laboratorial O médico que diagnostique um caso de sarampo possível ou provável (ou os primeiros casos que indiciem um surto), deverá assegurar, obrigatoriamente, a sua confirmação laboratorial no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) 2, o mais precocemente possível. Em situação de surto estabelecido, a Autoridade de Saúde Nacional decidirá se todos os casos prováveis, de acordo com a definição de caso, necessitam de confirmação laboratorial. O diagnóstico laboratorial inclui a serologia, a PCR e o isolamento viral. Os exames laboratoriais devem ser requisitados ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, INSA Lisboa, de acordo com as especificações que constam dos Anexos III A e III B. 3.3. Declaração de doença (DDO) e Inquérito Epidemiológico Para além do alerta, o médico que identifique um caso de sarampo possível ou provável deve preencher, no prazo previsto (48 horas) o modelo de declaração obrigatória de doenças transmissíveis (DDO, Modelo nº1536 da INCM). As Autoridades de Saúde competentes promoverão a realização da investigação epidemiológica (Anexo III Inquérito Epidemiológico). A DGS notificará o caso, consoante requerido, às instituições internacionais, nomeadamente ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças) e OMS (Organização Mundial da Saúde). 2 Mesmo que já haja resultados de outro laboratório. Orientação nº 12/2011 de 07/06/2011 2

4. Controlo da transmissão: casos esporádicos O controlo da transmissão da doença baseia se no reconhecimento da fonte de infeção (caso ou casos índice) e na identificação dos contactos suscetíveis, de modo a implementar medidas para interromper a cadeia de transmissão. 4.1. Conceitos Transmissão A doença transmite se pessoa a pessoa (gotículas) e também por via aérea (aerossóis). Período de incubação O período de incubação do sarampo é de cerca de 10 dias, podendo variar entre 7 e 18 dias. A doença inicia se, normalmente, com febre (sinal prodrómico) e o exantema surge três a sete dias mais tarde. Período de contágio O período de contágio da doença inicia se, habitualmente, 4 dias antes e prolonga se até 4 dias após o início do exantema. O período de contágio pode ser mais prolongado nos doentes imunodeprimidos. 4.2. Identificação da fonte de infeção História de contacto com doente em período de contágio, nos 7 a 18 dias anteriores ao início dos sintomas ou História de estadia em zona endémica ou com surtos nos 7 a 18 dias anteriores ao início dos sintomas. Considera se, para este efeito, e atendendo à atual situação epidemiológica 3, qualquer estadia internacional na Europa, África ou Ásia. A DGS comunicará com as autoridades dos países possivelmente envolvidos. 4.3. Interrupção da cadeia de transmissão Prevenção de casos secundários Evicção escolar e afastamento do local de trabalho O afastamento do doente da escola ou do local de trabalho deve manter se pelo período mínimo de quatro dias após o início do exantema. Isolamento do doente No domicílio ou em hospital, de acordo com a gravidade clínica. No hospital o doente deve ficar isolado ou em enfermaria em regime de coorte com outros casos confirmados. Identificar os contactos próximos do doente durante o período de contágio, nomeadamente, e se aplicável, na creche, jardim de infância, escola ou local de trabalho. 3 Informações sobre zonas endémicas ou com surtos podem ser encontradas em: http://www.euro.who.int/en/what we do/health topics/diseaseprevention/vaccines and immunization/publications/who epidemiological briefs ; http://data.euro.who.int/cisid/ ; http://www.euvac.net/graphics/euvac/status_2011.html ; http://www.euvac.net/graphics/euvac/index.html http://www.who.int/immunization_monitoring/diseases/measles_monthlydata/en/index.html Orientação nº 12/2011 de 07/06/2011 3

Vacinação pós exposição Vacinar/imunizar os contactos suscetíveis 4 segundo as Orientações Técnicas do PNV 2006: - Para proteção individual recomenda se a vacinação com VASPR aos indivíduos suscetíveis com mais de 6 meses de idade 5 até 72 horas após o contacto com um caso em período de contágio; - Para interromper cadeias de transmissão, a VASPR pode ser administrada 5 para além das 72 horas após o contacto com um caso em período de contágio; - A dose administrada entre os 6 e os 11 meses de idade, inclusive (dose zero ), não é considerada válida para o esquema recomendado de duas doses, devendo ser administrada a VASPR 1 a partir dos 12 meses, desde que respeitado o intervalo mínimo entre as doses (4 semanas); - Aos contactos 18 anos já anteriormente vacinados com uma dose de VAS ou de VASPR, deve ser administrada uma dose de VASPR, desde que respeitado o intervalo mínimo entre as doses (4 semanas); - Aos contactos >18 anos suscetíveis, deve ser administrada uma dose de VASPR. Nos casos em que a VASPR esteja contraindicada, deve ser ponderada a imunização passiva com imunoglobulina humana normal até 6 dias após o contacto. Estas situações devem ser avaliadas caso a caso pelo médico assistente. 5. Controlo da transmissão: Surtos Em caso de surto, a Direção Geral da Saúde emitirá normas/orientações específicas. Esta Norma revoga a Circular Normativa nº16/dscs/dpcd de 04/08/2008. Apoio técnico e científico: Ana Leça, Etelvina Calé, Graça Freitas, Isabel Castelão, Paula Palminha, Paula Valente, Teresa Fernandes Francisco George Diretor Geral da Saúde 4 Para efeitos desta Norma, consideram se suscetíveis todos os indivíduos sem história credível de sarampo que: - 18 anos, inclusive: não tenham pelo menos 2 doses de VASPR ou uma dose de VAS e uma dose de VASPR (PNV); - > 18 anos: não tenham pelo menos uma dose de VAS ou de VASPR. 5 Nestas situações a antecipação da vacinação não requer prescrição médica. Orientação nº 12/2011 de 07/06/2011 4

Vigilância epidemiológica de casos de sarampo Anexo I Diagnóstico clínico de sarampo 1) 1) Alerta DDO + Inquérito Epidemiológico Produtos biológicos Delegado Saúde Regional Delegado Saúde ACES Direção-Geral da Saúde Delegado Saúde Regional INSA Comunicação Internacional Direção-Geral da Saúde Resultados laboratoriais DGS - Norma 012/2011, de 07/06/2011 Comunicação Internacional (OMS; ECDC) 1) A efectuar simultaneamente

DDO INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO - SARAMPO Anexo II Nº de caso Notificado em / / Unidade de Saúde IDENTIFICAÇÃO DO DOENTE Nome Morada Código postal Concelho Freguesia Distrito Telefone Sexo M F Data de nascimento / / Naturalidade Nacionalidade Profissão/ocupação Frequenta: Ama Creche Infantário Escola do ensino básico/secundário Outra instituição Qual? Morada do trabalho/instituição que frequenta: Código postal - Freguesia Concelho Distrito Telefone DIAGNÓSTICO CLÍNICO Data do diagnóstico clínico: / / Médico que diagnosticou: Contactos do médico: telefone fax outro Hospital/Serviço: Unidade de Saúde/Outro: Internamento Sintomas Data de início dos sintomas: Sim Não Data de internamento / / Data de alta / / / / Sim Não Não sabe Exantema/rash Início em: / / Duração: (dias) Febre ( 38ºC) Conjuntivite Rinite Tosse Manchas de Koplik Exames laboratoriais Colheita de produtos biológicos: Sim Não Data colheita Sangue / soro / / Exsudado da orofaringe / / Saliva / / Urina / / Resultados laboratoriais: Complicações Sim Não Não sabe Respiratórias Outras complicações: Convulsões Encefalite Otite

Nome do doente Anexo II Evolução Curado sem sequelas Curado com sequelas Quais: Falecimento Data: / / Causa: Desconhecida ANTECEDENTES PESSOAIS Doenças subjacentes Sim Não Não sabe Observações Imunodeficiência congénita ou adquirida Tratamento imunossupressor recente Outras: Estado vacinal Sim Não Registo de vacinação: 1ª Dose: VAS VASPR Data / / Lote: Fabricante/nome comercial: Unidade de Saúde: 2ª Dose: VAS VASPR Data / / Lote: Fabricante/nome comercial: Unidade de Saúde: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Fonte provável da infecção (nos 7 a 18 dias antes do início dos sintomas) Contacto com um caso: confirmado provável possível História de viagens Descrição sumária Casos possivelmente relacionados Sim Não Número de casos relacionados: Familiares Na escola No trabalho Outros Tipo de caso Índice Importado Relacionado com importação Secundário Autóctone Classificação do caso Possível Provável Confirmado Excluído Identificação dos contactos do doente (No período de: 4 dias antes a 4 dias depois do início do exantema) (Utilizar a tabela da página seguinte) MEDIDAS DE CONTROLO (Vigilância clínica, vacinação, imunoglobulina, outra) PROFISSIONAL QUE APLICOU O INQUÉRITO Nome Categoria profissional Data de realização do inquérito / / Unidade de Saúde A Autoridade de Saúde (nome) Enviar para: Direcção-Geral da Saúde Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde - Divisão de Epidemiologia Fax: 21 843 06 87 Tel.: 21 843 06 75 DGS - Norma 012/2011, de 07/06/2011 2

Nome do doente Anexo II Identificação de contactos* de um caso de sarampo (excluindo casos já identificados) Nome Idade / data nascimento Nº doses (VAS/VASPR) Data última dose (vacina) Observações** *Contactos dentro do período de contágio: 4 dias antes a 4 dias depois do início do exantema. ** Recolha de informação complementar (p. ex. Unidade de Saúde onde consta a ficha de vacinação). DGS - Norma 012/2011, de 07/06/2011 3

Anexo III-A Investigação laboratorial de casos de sarampo Colheita de produtos biológicos Os exames laboratoriais devem ser requisitados ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. O diagnóstico laboratorial inclui a serologia, a PCR e o isolamento viral, sendo necessária a colheita conjunta dos produtos biológicos 1., 2. e 3.: 1. Sangue (para detecção de anticorpos IgG e IgM) - Adulto: 5ml de sangue em tubo sem anticoagulante ou 2ml de soro; - Criança: 1ml de sangue em tubo sem anticoagulante ou 1ml de soro. 2. Urina (para detecção de ácido nucleico e/ou isolamento viral) 5 a 10ml de urina de acordo com os procedimentos para a colheita de urina asséptica. 3. Exsudado da orofaringe (para detecção de ácido nucleico e/ou isolamento viral) Colheita em zaragatoa, com meio de transporte viral (meio líquido ou meio em gel), de acordo com o seguinte procedimento: Desviar a língua com o auxílio de uma espátula; com o algodão da extremidade da zaragatoa esfregar extensamente a parede faríngea e os pilares da orofaringe, de forma a recolher células epiteliais. ou Saliva (para detecção de ácido nucleico e/ou isolamento viral) Colheita em zaragatoa, com meio de transporte viral 2 (meio líquido ou meio em gel), de acordo com o seguinte procedimento: Desviar a língua com o auxílio de uma espátula; com o algodão da extremidade da zaragatoa esfregar no epitélio da bochecha, de forma a recolher células epiteliais. DGS - Norma 012/2011, de 07/06/2011 1

Anexo III-A Acondicionamento e envio dos produtos biológicos Após a colheita, os tubos devem ser bem vedados e, após envolver a rolha com parafilm, devem ser desinfectados exteriormente com solução de hipoclorito a 0,5%; Os produtos devem ser mantidos refrigerados após a colheita (4-8ºC) e durante o transporte que deve ser assegurado num período máximo de 24 horas após a colheita; A folha de Inquérito para o Diagnóstico Laboratorial de Sarampo (Anexo III-B) deve ser sempre preenchida e acompanhar os produtos biológicos; Não é necessário termo de responsabilidade. Para envio dos produtos ao INSA, esclarecimento de dúvidas e informações adicionais utilizar os seguintes contactos: Laboratório Nacional de Referência de Doenças Evitáveis pela Vacinação Departamento de Doenças Infecciosas - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Av. Padre Cruz, CP 1649-016 Lisboa Tel. 217 508 173 Fax. 217 526 400 Email: paula.palminha@insa.min-saude.pt elsa.vinagre@insa.min-saude.pt carlos.ribeiro@insa.min-saude.pt DGS - Norma 012/2011, de 07/06/2011 2

Anexo III-B SARAMPO Inquérito para o Diagnóstico Laboratorial POR FAVOR PREENCHA ESTE FORMULÁRIO E ENVIE JUNTO COM OS PRODUTOS BIOLÓGICOS PARA: INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE DR. RICARDO JORGE DEPARTAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS - LABORATÓRIO NACIONAL DE REFERÊNCIA DE DOENÇAS EVITÁVEIS PELA VACINAÇÃO - SARAMPO AVENIDA PADRE CRUZ 1649 016 LISBOA - PORTUGAL Tel.21 750 81 73; Fax: 21 752 64 00 Identificação do doente Nome Sexo F M Data de Nascimento / / Nacionalidade Naturalidade Diagnóstico clínico Data do diagnóstico clínico / / Nome do Médico Contactos do médico: Telefone Fax Internamento: Sim Não Data de internamento / / Hospital/Serviço Centro de Saúde/Outro Sintomas Exantema Data de início do exantema: / / Febre 38ºC Rinite Tosse Conjuntivite Manchas de Koplik Doenças subjacentes Sim Não Imunodeficiência congénita ou adquirida Tratamento imunossupressor Estado vacinal Registo de vacinação: Sim Não 1ª Dose: VAS VASPR Data: / / 2ª Dose: VAS VASPR Data: / / Produtos enviados ao INSA Soro ou sangue sem anticoagulante Urina Exsudado da orofaringe* Data colheita / / Data colheita / / Data colheita / / Exames laboratoriais a realizar Serologia para pesquisa de anticorpos tipo IgM PCR para pesquisa de genoma viral e isolamento de vírus Saliva* * Enviar exsudado da orofaringe ou saliva Data colheita / / Médico requisitante (nome legível): Data: / / DGS - Norma 012/2011, de 07/06/2011