Nota Técnica N.º 29 /14 Recife, 09 de outubro de Assunto: Notificação dos casos suspeitos da Febre Chikungunya
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1 Nota Técnica N.º 29 /14 Recife, 09 de outubro de 2014 Assunto: Notificação dos casos suspeitos da Febre Chikungunya 1. Características da doença A Febre do Chikungunya (CHIKV) é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo Aedes aegypti e Aedes albopictus os principais vetores. A doença tem transmissão autóctone nos países da África, Ásia e alguns países da América. (Anexo 1) Atualização periódica do número de casos nesses países pode ser obtida por intermédio do endereço eletrônico: 2. Epidemiologia Nas Américas, até a Semana Epidemiológica (SE) 40/2014, foram notificados para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) casos suspeitos da Febre de Chikungunya, sendo confirmados importados e autóctones e 118 óbitos. Segundo a Secretaria de Vigilância(SVS), até o dia 27 de setembro de 2014, foram confirmados 79 casos de Febre Chikungunya no Brasil (maioria militares e missionários. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa, os demais (41) são autóctones, oito foram registrados no município de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA). Os casos suspeitos de Chikungunya são de notificação imediata e deverão ser notificados até 24 horas a partir da suspeita inicial, conforme Portaria MS nº 1.271, de 6 de Junho de 2014, na ficha de notificação individual (Anexo 2), digitados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN NET), e preencher a ficha de investigação (Anexo 3) disponibilizada na plataforma FormSUS disponibilizada no link: notifica.saude.pe.gov.br,.
2 3. Definição operacional de caso A definição de caso proposta pela OPAS e adotada pelo SVS, obedece aos seguintes critérios: Caso Definição Suspeito Clínico + Epidemiológico Clínico: Paciente com febre de início súbito maior de 38,5ºC e artralgia ou artrite intensa com inicio aguda, não explicada por outras condições, podendo estar associados à cefaléia, mialgias e exantema. Epidemiológico: Paciente residente ou ter visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas (Anexo 01) ou Paciente residente ou ter visitado, durante o período de transmissão/viremia*, áreas onde há registros de casos suspeitos ou confirmados. Confirmado Caso suspeito com um dos seguintes testes específicos para diagnóstico de Chikungunya reagente/positivo: Detecção de RNA viral por RT-PCR. Detecção de IgM em uma única amostra de soro (coletada durante a fase aguda ou convalescente). Aumento de quatro vezes no título de anticorpos IgG específicos anti- CHIKV (amostras coletadas com pelo menos 2-3 semanas de intervalo). * Período de viremia: um dia antes do aparecimento da febre até o 10º dia de doença. 4. Orientações à vigilância epidemiológica Divulgar aos profissionais de saúde as informações relativas aos aspectos clínicos da infecção pelo vírus Chikungunya, enfatizando a importância do diagnóstico diferencial para dengue e outras viroses. Divulgar os países e estados brasileiros com transmissão autóctone de Chikungunya (Anexo 1). Notificar imediatamente os casos suspeitos conforme orientação constante no anexo 2. Coletar amostras dos casos suspeitos e encaminhar ao Lacen-PE Preencher ficha de notificação Chikungunya no SINAN e Ficha de Investigação no FormSUS conforme instrutivo disponibilizada no link: notifica.saude.pe.gov.br, (Anexo 2 e 3) Intensificar as ações de prevenção e controle vetorial em áreas urbanas e periurbanas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais do Programa Nacional de Controle da Dengue.
3 5. Fluxo das informações Os casos suspeitos de Chikungunya deverão ser notificados até 24 horas a partir da suspeita inicial por meio do preenchimento da Ficha de Notificação Individual (Anexo 2) e da Ficha de Investigação FormSUS (Anexo 3) disponibilizada no link: notifica.saude.pe.gov.br devidamente preenchida conforme instrutivo (Anexo 4). Caso a SMS não disponha de estrutura e fluxos para receber as informações de emergências epidemiológicas dentro deste período, principalmente nos finais de semana, feriados e período noturno, a comunicação deverá ser feita à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES) por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs). Contatos Cievs: / / (segunda a sexta 8 às 17h) (Plantão 24h) notifica@saude.pe.gov.br 5.1. Fluxo da notificação de Chikungunya Ficha de notificação individual Digitar + Preencher formulário na plataforma FormSus (notifica.saude.pe.gov.br) Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN Monitoramento das Informações Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde - Cievs Coordenação de Prevenção e Controle da Dengue - SEVS/SES/PE
4 6. Método de coleta e transporte de amostras laboratoriais suspeito: Devem ser coletados apenas em pacientes que atendem a definição de caso 1- Biologia Molecular (Detecção de RNA viral por RT-PCR - Na primeira semana da doença, durante o período de viremia, preferencialmente, até o 8º dia do início dos sintomas. 2- Sorologia (Detecção de anticorpos IgM/IgG) - Coletar durante a fase aguda ou convalescente, a partir do 8º dia do início dos sintomas. 3- Soroconversão Para confirmar as amostras com sorologia positiva, deve-se realizar uma segunda coleta com intervalo de 2-3 semanas. As amostras coletadas deverão ser encaminhadas juntamente com a Ficha de Notificação Individual/SINAN e com a impressão da Ficha de investigação Chikungunya digitada no FormSUS (Anexo 3) devidamente preenchida conforme instrutivo (Anexo 4) e cadastrar no GAL. Deve-se coletar, preferencialmente a vácuo, amostras de soro, em crianças, um (01) tubo de 2ml sem anticoagulante; e em adultos um (01) tubo de 5 ml sem anticoagulante, sempre respeitando as condições do paciente. Soro: as amostras de soro coletados em tubos, com gel separador, devidamente identificadas, deverão aguardar o tempo necessário para retração do coágulo e proceder a devida centrifugação e serem encaminhadas imediatamente ao Lacen. O longo período para proceder à centrifugação do soro poderá favorecer a hemólise e inviabilizar a amostra. As amostras de soro devidamente identificadas deverão ser transportadas em caixas isotérmicas vedadas mantidas refrigeradas com baterias de gelo reciclável. Caso não seja possível encaminhar amostra de soro imediatamente ao LACEN: 1. Refrigerar a 4ºC as amostras por no máximo 8 horas; 2. Armazenar em freezer -20ºC por no máximo 24 horas; 3. Armazenar em freezer -70ºC por no máximo 48 horas.
5 6.1. Fluxo da coleta de amostra Unidade de Saúde Coleta de amostra do caso suspeito Transporte imediato das amostras de soro (centrifugado) devidamente identificado + Cópia da Ficha de notificação do SINAN e Formulário FormSus Cadastro no GAL Lacen - SES/PE Instituto Evandro Chagas - Pará 6.2. Coleta, acondicionamento e transporte das amostras das unidades de saúde para diagnóstico laboratorial * Caso não seja possível encaminhar a amostra imediatamente ao LACEN: Refrigerar as amostras de soro LOCAL DE COLETA Unidade de Saúde TIPO DE AMOSTRAS Soro Para outros esclarecimentos entrar em contato com área técnica da dengue (telefones: /0218 e ) ANÁLISE COLETA ACONDICIONAMENTO TRANSPORTE Biologia Molecula r (Detecçã o de RNA viral por RT- PCR CRIANÇA Coletar 1 tubo de 2 ml sem anticoagulante com gel separador até o 8º dia do início dos sintomas ADULTO Coletar 1 tubo de 5 ml sem anticoagulante com gel separador até o 8º dia do início dos sintomas Soro - Após centrifugação, manter soro sem coágulo ou fibrina em tubo estéril com gel separador, resistente com vedação adequada. IMEDIATO* - Após acondicionamento em caixas isotérmicas vedadas mantidas com baterias de gelo (EVITAR CONTATO COM A AMOSTRA). CRIANÇA Coletar 1 tubo Soro - Após de 2 ml sem anticoagulante centrifugação, Sorologia com gel separador a partir manter soro sem em (Detecçã do 8º dia do início dos coágulo ou fibrina Soro o de sintomas em tubo estéril com anticorpo ADULTO Coletar 1 tubo gel separador, s de 5 ml sem anticoagulante resistente com gelo IgM/IgG) com gel separador a partir vedação adequada. do 8º dia do início dos sintomas a 4ºC por no máximo 8 horas ou em freezer -20º C por 24 horas ou em freezer -70ºC por 48 horas. IMEDIATO*- Após acondicionamento caixas isotérmicas vedadas mantidas com baterias de (EVITAR CONTATO COM A AMOSTRA). Recife, 03 de Outubro de 2014 Roselene Hans Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos
6 ANEXO 1 Cenário epidemiológico da febre Chikungunya
7 ANEXO 2 Ficha de notificação individual - Sinan
8 ANEXO 3 Ficha de investigação chikungunya - Formulário Formsus (notifica.saude.pe.gov.br)
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10 ANEXO 4 Instrutivo para preenchimento da ficha de Investigação chikungunya - Formulário Formsus 1- Unidade Notificante: Registrar a unidade de saúde responsável pela notificação; 2- Município Notificante: Registrar o município de ocorrência do caso; 3- Data da Notificação: Citar a data do registro do caso; 4- Antecedente de Risco de Infecção: Se o paciente possui sintomas que atende ao critério clínico assinalar sim para opção de antecedentes de risco de infecção. 5- Nome do paciente: Nome completo do paciente; 6- Nome da Mãe: Nome completo da mãe do paciente; 7- Sexo: Assinalar a alternativa correspondente ao sexo do paciente ; 8- Data de Nascimento: Citar a idade do paciente em anos, referir meses e dias quando menor de 1 ano; 9- Gestante: Assinalar a alternativa se o paciente estiver gestante, e caso afirmativo registrar a idade gestacional em semanas; 10- Ocupação: Registrar a ocupação principal do paciente; 11- Rua: Registrar o logradouro correspondente ao local de residência do paciente; 12- Nº: Registrar o número correspondente ao imóvel de residência do paciente; 13- Complemento: Registrar bloco ou nº de apartamento referente ao imóvel de residência do paciente; 14- Bairro: Registrar o nome referente ao bairro de residência do paciente 15- Telefone: Registrar número de telefone para contato com paciente; 16- Ponto de Referencia: Registrar de maneira objetiva item de localização de amplo conhecimento na área, próximo a residência do paciente; 17- Área Urbana ou Rural: Assinalar área de localização do imóvel do paciente, área urbana referente a área urbanizada e rural a sítio, granja, chácaras etc. 18- País de procedência: Registrar o país de origem do paciente, naturalidade 19- UF: Unidade Federativa de residência do paciente 20- Município de Residência: Registrar o município de residência do paciente 21- Recebeu atendimento médico e Tipo de atenção: Registrar se o paciente recebeu atendimento médico, caso afirmativo, especificar o tipo de atenção se ambulatorial ou hospitalar;
11 22- Data da hospitalização: Caso de internação hospitalar registrar data do primeiro internamento; 23- Unidade de Atendimento: Registrar a primeira unidade de saúde de atendimento ao paciente; 24- Data do início dos sintomas: Registrar data de aparecimento dos primeiros sintomas correspondente a suspeita de chikungunya; 25- Data da primeira consulta médica: Registrar data corresponde ao primeiro atendimento médico a partir do aparecimento dos primeiros sintomas; 26- Número do Prontuário: Registrar o número do prontuário da última unidade de atendimento do paciente; 27- Óbito: Assinalar se houve a ocorrência de óbito, e em caso afirmativo, registrar a data da ocorrência; 28- Sintomas: Assinalar todos os sintomas referidos pelo paciente correspondente a suspeita de casos de Chikungunya; 29- Antecedentes de viagem: Assinalar se houve deslocamento do paciente nos últimos 30 dias a partir do início dos sintomas, caso afirmativo, informa país e cidades; 30- Realizou transfusão de sangue: Assinalar se o paciente recebeu transfusão de sangue ou de produtos derivados do sangue antes de 30 dias ao início dos sintomas; 31- Informação Laboratorial: Assinalar se realizou coleta de amostra sanguínea para diagnóstico laboratorial, caso afirmativo especificar o tipo de exame solicitado em conformidade ao período da doença e data da coleta; 32- Conclusão do Caso: Assinalar a situação final do diagnóstico clínico do paciente; 33- Identificação do Notificador: Registrar nome completo do profissional de saúde responsável pela notificação do caso, nº do telefone para contato e cargo ocupado; 34- Observações: Espaço destinado a registro de informações relevante ao caso; 35- Salvar informação: Clicar na opção e imprimir a ficha.
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