ROTEIRO PARA COLETA DE ALIMENTO EM CASO DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDA POR ALIMENTO DTA
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- Thiago Felgueiras Desconhecida
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1 ROTEIRO PARA COLETA DE ALIMENTO EM CASO DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDA POR ALIMENTO DTA 1) PRIMEIRO PASSO - Recebimento da Notificação: Quando recebida a notificação de surto de DTA, deve-se notificar imediatamente o fato ocorrido a Vigilância Epidemiológica. 2) SEGUNDO PASSO Procedimento de Investigação: Antes de se dirigir ao local da ocorrência, o fiscal deve conferir no check list os documentos e materiais que devem ser levados. 2.1 Documentos necessários: Auto de Coleta de Amostra para Análise (alimento) sendo 01 para cada alimento. Formulário 01 de Surto de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar DTHA (anexo B do Manual de orientação para coleta de produtos sujeitos a Vigilância Sanitária do LACEN). Lista de Verificação das Boas Práticas para Serviços de Alimentação da Resolução Normativa 003/DIVS/2010. Legislação sanitária. Auto de Intimação e Auto de infração. IMPORTANTE: É imprescindível que a autoridade sanitária registre todas as informações solicitadas no Formulário de Registro de DTA, principalmente os sinais e sintomas, a data e hora da ingestão dos alimentos suspeitos e a hora do início dos sintomas. A falta desses dados dificulta a realização das análises no laboratório e a elucidação dos casos de suspeita de DTHA. 2.2 Materiais necessários para a Coleta: Sacos plásticos transparentes e de primeiro uso para coleta de alimentos. Lacre ou outro material que torne a amostra inviolável. Fita crepe. Álcool a 70 %. 01 termômetro de uso geral. 01 termômetro de introdução. 01 caixa térmica (24 litros) com gelo reciclado, para armazenar e transportar. Equipamento de proteção individual (EPI) como guarda-pós, tocas, luvas descartáveis e outro material de proteção conforme o caso. 2.3 Vistoria no estabelecimento:
2 O fiscal deve realizar vistoria no estabelecimento, preenchendo a Lista de Verificação das Boas Práticas para Serviços de Alimentação da Resolução Normativa 003/DIVS/2010, devendo: - Identificar os Pontos Críticos de Controle na Cadeia Alimentar, fazendo o fluxograma com tempo e temperatura, desde a recepção do alimento, observando a preparação até o armazenamento para consumo e verificar em cada etapa do fluxograma de cada alimento envolvido na DTHA, a ocorrência de contaminação por meio dos perigos físicos, químicos e biológicos (em quais etapas os perigos não foram ou não estão controlados); - Para estabelecimento comercial lavrar, quando necessário, auto de Intimação contendo: a) Descrição das irregularidades e exigências; b) Medida Cautelar: Afastar das atividades os manipuladores que prepararam os alimentos na data de contágio, até estar apto para entrar em contato com alimentos; c) Proceder a Interdição do estabelecimento como Medida Cautelar. d) Poderá ser também lavrado o auto de infração, de acordo com as irregularidades encontradas. IMPORTANTE: Evitar que os alimentos suspeitos continuem sendo consumidos ou vendidos; - Para casos de surtos de DTA em domicílios, guardar, sob refrigeração, todas as sobras de alimentos, na forma em que se encontram acondicionadas até a chegada do grupo encarregado pela investigação; - Quando se tratar de produtos industrializados suspeitos é necessário preservar as embalagens e respectivos acondicionamentos; encaminhar a embalagem ao laboratório. - Orientar os doentes a procurar o serviço de saúde. 2.4 Procedimentos para a Coleta de Alimento: - Obter a lista completa dos alimentos servidos/consumidos; - Utilizar o Inquérito Epidemiológico (preenchido pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica) para decidir quais alimentos coletar, pois somente os alimentos efetivamente consumidos pela maioria dos afetados deverão ser coletados. - Coletar, com o auxílio de utensílios adequados (higienizados, um diferente para cada alimento), porções de diferentes partes do alimento (superfície, centro e laterais). Transferir a porção para saco plástico de primeiro uso. - Dispensa-se a coleta da amostra sempre que o produto estiver visivelmente alterado, deteriorado ou com prazo de validade vencido.
3 - As Amostras de Surtos de DTHA devem ter no mínimo 100g ou 100ml, porém na impossibilidade desta quantidade aceita-se quantidades menores de amostras. - Todas as amostras devem ser devidamente identificadas, acondicionadas em recipientes apropriados e acompanhadas de Auto de Coleta de Amostras, Formulário 01 e cópia do Inquérito Epidemiológico. - O responsável pela coleta deverá comunicar ao laboratório, o mais rápido possível, sobre o envio das amostras para análise, indicando quantos e quais alimentos serão encaminhados, número de pessoas envolvidas e doentes, sintomas e período de incubação. 2.5 Auto de coleta Deve-se especificar: - Modalidade de análise. - A natureza origem do produto (vegetal, animal). - A quantidade. - Nome e/ou marca. - Lote. - Data de fabricação. - Data de validade. - Procedência, nome e endereço da empresa (completo incluindo telefone e CEP) e do detentor do produto. - Procedência da VISA, município, endereço e telefone. - Suspeita de irregularidade no produto. - Informar se o produto está interditado e a causa da interdição. - As VISA devem enviar um OFÍCIO de encaminhamento do produto especificando o motivo da coleta, em papel timbrado, com identificação e contato e endereço da VISA. IMPORTANTE: com a finalidade de orientar a ação laboratorial, a VISA deve informar se o produto encontra-se interditado, a causa da interdição e a suspeita de irregularidade no produto. OBS: o LACEN encaminha todos os documentos relativos ao produto coletado ao protocolo da VISA estadual para abertura de processo Modalidade de análise em caso de DTA Análise de orientação: esta modalidade de análise não está prevista na legislação, é realizada pelo laboratório, em comum acordo com os órgãos fiscalizadores, com a finalidade de fornecer subsídio às ações pertinentes aos programas de verificação da qualidade dos produtos, cuja natureza, dificulta ou não permite a realização da coleta para
4 análise fiscal imediata ou sobre amostras encaminhadas a VISA por denúncia de consumidores. 3) TERCEIRO PASSO 3.1 Embalagem, Acondicionamento, Transporte e Envio de Amostras ao Laboratório O acondicionamento impróprio das amostras para realização das análises é responsável por um número considerável de análises não realizadas, em virtude de avarias no transporte ou de embalagens inadequadas. 3.2 Transporte de alimentos - Produtos perecíveis refrigerados devem ser conservados e transportados em caixas isotérmicas com gelo reciclável (gelox) para manter a temperatura de 0 a 4ºC. Não devem ser congelados. - Amostras perecíveis mas não refrigeradas, (acima de10ºc), devem ser resfriadas (0 a 4ºC). - Amostras congeladas em sua origem devem ser mantidas com uso de gelo seco. - Amostras não perecíveis, já embaladas ou secas devem ser enviadas em temperatura ambiente. É conveniente o uso de caixas de papelão ou de isopor (para produtos termo sensíveis) como embalagens para proteção das amostras. Para embalagens de vidro ou plástico, recomenda-se colocar flocos de isopor, espuma ou pedaços de papel, de modo a evitar quebras por atrito ou empilhamento. 4) QUARTO PASSO: 4.1 Documentos que deverão acompanhar as amostras coletadas enviadas ao LACEN: a) Auto(s) de coleta. b) Formulário 01 - Surto de Doenças de Transmitida por alimento DTA. c) Inquérito Epidemiológico ou a ficha de investigação epidemiológica (preenchido pelos técnicos da Vigilância Epidemiológica). d) Ofício em papel timbrado de encaminhamento do produto especificando o motivo da coleta, com endereço e telefone da VISA.
5 e) Relatório de inspeção realizada no local (caso for indústria/serviço de alimentação). f) Em casos de suspeita de botulismo enviar uma cópia da notificação no SINAM. 4.2 Documentos que deverão ser encaminhados para a Diretoria de Vigilância Sanitária O fiscal deve elaborar o Relatório de Inspeção Sanitária em Surto de DTA (o modelo de Relatório de Inspeção está disponível para dowload na página da Vigilância Sanitária Estadual) e encaminhá-lo para a Vigilância Sanitária Estadual e Vigilância Epidemiológica, nos endereços: - Diretoria de Vigilância Sanitária/Divisão de Alimentos (DIALI): Av. Rio Branco, nº. 152, Centro, Florianópolis/SC. CEP: Fone: (48) Vigilância Epidemiológica/Setor de DTHA: Rua Felipe Schmidt, nº Ed. Montreal, Centro, Florianópolis/SC. CEP Fone: (48) FAX: (48) ) QUINTO PASSO Emissão dos Resultados Analíticos O Laudo Analítico será enviado por fax a VISA de origem e ao setor DTHA/DIVE pela Divisão de Alimentos/GEIPS/DIVS/SC, posteriormente será enviado via correio. Para tanto é imprescindível o preenchimento correto do auto de coleta com os dados da vigilância sanitária municipal, endereço, telefone, e nome do fiscal responsável pela ação para contato do laboratório. A VISA responsável pela investigação do caso/surto de DTA deve adotar/aplicar as medidas legais cabíveis, conforme previsto em legislação vigente.
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