ROTALQ Análise económica e ambiental Apresentação de resultados preliminares Beja_17.12.2014
Agenda Objeto Análise económica Análise ambiental Pegada de carbono Pegada hídrica Matriz de apoio à decisão 2
Objeto Objetivo: avaliação comparativa, na dimensão económica e ambiental, de diferentes alternativas de produção na área de influência de Alqueva Aljustrel 32 ha Rotação 1 Serpa 18,5 ha Rotação 2 Aljustrel Monocultura 34 ha (2013); 46 ha (2014) Análise económica Análise ambiental 3
Análise económica
Análise económica Objetivo: comparar a rendabilidade económica de dois sistemas bianuais de uso do solo na área de influência do Alqueva Rotação 1: Cevada Dística (CD) x Milho de Ciclo Curto (MC) Cevada Dística (CD) Monocultura: Milho Ciclo Longo (ML) - Milho Ciclo Longo (ML) 5
Análise económica Pressupostos base (I) Produtividades médias (médias dos valores de 2013 e 2014) 5 t/ha para a Cevada Dística (CD) e 2,5 t/ha para a repetiva palha; 10,7 t/ha para o Milho de Ciclo Curto (MC); 16 t/ha para o Milho de Ciclo Longo (ML). 6
Análise económica Pressupostos base (II) Custos de Produção (totalidade dos custos variáveis e específicos das culturas, à exceção do preço da água, da remuneração da terra e da remuneração do empresário): 741,2 /ha no caso da Cevada Dística (CD); 1.358,2 /ha no caso do Milho de Ciclo Curto (MC); 1.851,9 /ha no caso do Milho de Ciclo Longo (ML) 7
Análise económica Pressupostos base (III) Preços da água [Taxa de Conservação (TC), Taxa de Exploração (TE) e Taxa de Recursos Hídricos (TRH)]: 1º ano de entrada em funcionamento da infraestrutura de rega 16,07 /ha (TC), 0,0221 /m 3 (TE) e 0,00011 /m 3 (TRH) 8º ano de entrada em funcionamento da infraestrutura de rega 53,58 /ha (TC), 0,0737 /m 3 (TE) e 0,0036 /m 3 (TRH) 8
Análise económica Pressupostos base (VI) Preços dos produtos principais (grão de cevada dística e de milho) e secundário (palha de cevada dística) Preços efetivamente recebidos pelo agricultor em 2013 e 2014 Cevada Dística (2013): 256 /t; Cevada Dística (2014): 207 /t Milho Grão: 170 /t Preços médios dos últimos 5 anos (2009-2013) Cevada Dística: 182 /t (20 /t para a palha) Milho Grão: 193 /t Preços médios do ano de 2010 em que a relação de preços foi a mais favorável, nos últimos cinco anos, ao milho grão Cevada Dística: 140 /t (20 /t para a palha) Milho Grão: 205 /t Preços médios do ano de 2013 em que a relação de preços foi a menos favorável, nos últimos cinco anos, ao milho grão Cevada Dística: 204 /t (20 /t para a palha) Milho Grão: 169 /t 9
Análise económica Resultados obtidos (I) Análise comparativa dos resultados económicos de dois sistemas alternativos de uso do solo, baseada nas respetivas Margens líquidas unitárias ( /ha) As Margens líquidas foram obtidas pela diferença entre o valor da produção e todos os custos variáveis e fixos específicos, à exceção da remuneração da terra e do empresário. 10
Análise económica Resultados obtidos (II) Quadro 1 - Margens líquidas para diferentes preços dos produtos agrícolas e diferentes preços da água Preços da água para o 1º ano da infraestrutura de rega Preços da água para o 8º anos da infraestrutura de rega Preços dos produtos Rotação 1 Monocultura Rotação 1 Monocultura Preços efectivamente pagos 612,9 698,1 415,0 301,6 Preços médios entre 2009 e 2013 491,6 1072,5 293,7 676,0 Preços médios de 2010 341,2 1259,6 143,3 863,1 Preços médios de 2013 465,5 678,9 267,6 282,4 Rotação 1: Cevada Dística (CD) x Milho Ciclo Curto (MC) - Cevada Dística (CD) Monocultura: Milho Ciclo Longo (ML) - Milho Ciclo Longo (ML) Para os preços da água em vigor no 1º ano, a margem líquida da monocultura é, para todos os cenários de preços dos produtos considerados, bastante mais favorável do que a da rotação 1; Para os preços da água em vigor no 8º ano, a margem líquida da monocultura será inferior à da rotação 1 para o cenário de preços efetivamente praticados em 2013 e 2014 e quase idêntica para o cenário de preços médios de 2013. 11
/ha Análise económica Resultados obtidos (III) Figura 1 - Margens líquidas do 1º ao 8º ano para preços médios de 2010 1400,0 1200,0 1000,0 800,0 600,0 400,0 200,0 Rotação 1 Monocultura 0,0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 A margem líquida da monocultura irá convergindo com a da rotação 1 à medida que os preços da água forem subindo, mas para um cenário de preços semelhante ao do ano de 2010, o diferencial entre as duas margens líquidas irá ser sempre bastante mais favorável à monocultura Ano 6 Ano 7 Ano 8 12
/ha Análise económica Resultados obtidos (IV) Figura 2 - Margens líquidas para preços médios de 2013 800,0 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 0,0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Rotação 1 Monocultura Para um cenário de preços futuro idêntico ao do ano 2013, o diferencial entre as margens líquidas da monocultura e da rotação 1 tenderá a reduzir-se à medida que os preços da água forem sendo aumentados, sendo praticamente nulo no 8º ano. 13
Impacto da PAC 2014-2020 sobre a rendabilidade dos sistemas Pagamento Base (PB) idêntico nos dois sistemas para uma mesma exploração agrícola Pagamento Verde (PV) praticamente idêntico nos dois sistemas para uma mesma exploração agrícola Uso eficiente da água (Ac 7.5) - idêntico nos dois sistemas para um mesmo nível de compromisso 14
Análise ambiental
Análise ambiental Objetivo: avaliação comparativa dos principais impactes ambientais associados às alternativas de produção Avaliação ambiental Pegada de carbono Emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção da cultura. Pegada hídrica Volume de água necessária à produção da cultura. 16
Pegada de carbono Fronteira cálculo: produção agrícola CO 2 N 2 O fertilizantes fitofármacos máquinas rega exploração silo Cevada produção aplicação gasóleo eletricidade transporte resíduos colheita mineralização gasóleo Girassol fertilizantes fitofármacos produção aplicação gasóleo resíduos colheita máquinas rega exploração eletricidade transporte gasóleo secagem propano secador silo Milho mineralização 17
Pegada de carbono Metodologia referencial Norma PAS 2050:2011 cálculo Footprint Expert Calculator TM 4.1 Carbon Trust produtividade operações rega informação Agricultores Agricultores IPBeja INIAV COTR 18
Pegada de carbono Resultados por cultura: pegada de carbono por volume de produção t CO2e/t 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Cevada Dística 2013 Milho 2013 Cevada Dística 2014 Girassol 2013 Cevada Dística 2014 Milho 2014 Milho 2013 Milho 2014 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Resíduos colheita Energia Produtos Valores de pegada da mesma ordem de grandeza para todas as culturas, com exceção do girassol, penalizado pela baixa produtividade. Repartição por fonte de emissão semelhante entre culturas: produtos 75-85%; energia: 11-14%; resíduos: 7-14%. Eletricidade representa menos de 0,5% (água fornecida sob pressão). 19
Pegada de carbono Resultados por cultura: pegada de carbono por área t CO2e/ha 6,00 4,00 2,00 0,00 Cevada Dística 2013 Milho 2013 Cevada Girassol 2013 Cevada Dística 2014 Dística 2014 Milho 2014 Milho 2013 Milho 2014 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Resíduos colheita Energia Produtos Valores de pegada por área refletem diferenças entre culturas no valor absoluto de emissões, sem considerar efeito da produtividade. Maior consumo absoluto de produtos e energia do milho traduz-se em emissões mais elevadas, por unidade de área. Milho ciclo longo com emissões por ha cerca de 60% superiores a milho ciclo curto. Resultados para cevada Rotação 2 refletem menor aplicação de fertilizantes e rega. 20
Pegada de carbono Resultados por cultura: pegada de carbono por valor da produção t CO2e/ 0,004 0,003 0,002 0,001 0,000 Cevada Dística 2013 Milho 2013 Cevada Dística 2014 Girassol 2013 Cevada Dística 2014 Milho 2014 Milho 2013 Milho 2014 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Resíduos colheita Energia Produtos Valores relativos de pegada por valor de produção seguem padrão semelhante a valores por volume, sendo determinados pela produtividade, exceto no caso da cevada em que se registaram diferenças nos preços recebidos pelo agricultor. Na monocultura, milho 2014 é beneficiado por produtividade mais elevada.
Pegada de carbono Resultados por sistema e análise de sensibilidade: redução de fertilizantes tco2e/ha.ano 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00-7% -8% -16% -8% -15% -14% Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Pegada carbono sistema -10% fertilizantes -20% fertilizantes Rotação 2 apresenta pegada total, por área.ano, cerca de 15% inferior à da Rotação 1. Monocultura apresenta pegada total, por área.ano, cerca de 35% superior à média das rotações. Redução na quantidade de fertilizantes aplicada é determinante na redução da pegada de carbono. Redução de 20% nos fertilizantes pode gerar poupanças entre 94 e 128 /ha.ano.
Pegada de carbono Resultados por sistema e análise de sensibilidade: redução de combustível máquinas tco2e/ha.ano 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00-1% -1% -2% -2% -3% -3% Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Pegada carbono sistema -10% combustível -20% combustível Redução no consumo de energia (máquinas e transporte) reduz marginalmente pegada de carbono. Redução de 20% na utilização de máquinas pode gerar poupanças entre 67 e 81 /ha.ano.
Pegada hídrica Fronteira cálculo: produção agrícola Pegada Hídrica Cinzenta Pegada Hídrica Verde Pegada Hídrica Azul Fonte: Hoesktra et al., 2011 24
Pegada hídrica Metodologia referencial Water Footprint Network (WFN) cálculo CROPWAT 8.0 - FAO clima solo culturas rega informação COTR IPBeja Agricultores IPBeja Agricultores COTR INIAV 25
Pegada hídrica Resultados: análise climática T med (ºC) Aljustrel 2001-2014 P (mm) 30 100 90 25 80 20 70 60 15 50 40 10 30 5 20 10 0 0 Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez P (mm) Tmed (ºC) T med (ºC) Serpa 2004-2014 P (mm) 30 100 90 25 80 20 70 60 15 50 40 10 30 5 20 10 0 0 Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez P (mm) Tmed (ºC) 26
Pegada hídrica Resultados por cultura: pegada hídrica por volume de produção m 3 /t 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Cevada Dística 2013 Milho 2013 Cevada Dística 2014 Girassol 2013 Cevada Dística 2014 Milho 2014 Milho 2013 Milho 2014 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Cinzenta Azul Verde Valores de pegada da mesma ordem de grandeza para todas as culturas, com exceção do girassol, penalizado pela baixa produtividade. O peso da pegada azul é menor que a verde, na cultura de Outono-Inverno, ao contrário das culturas de Primavera-Verão. Os valores médios são de 10% e 50%, respetivamente. A importância da pegada azul é maior no girassol (50%). A pegada verde é mais relevante na cevada da Rotação 2 (70%) A pegada cinzenta varia entre 30 e 40%, com exceção do girassol e da cevada da Rotação 2. 27
Pegada hídrica Resultados por cultura: pegada hídrica por área m 3 /ha 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 Cevada Dística 2013 Milho 2013 Cevada Girassol 2013 Dística 2014 Cevada Dística 2014 Milho 2014 Milho 2013 Milho 2014 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Cinzenta Azul Verde Os valores de pegada total são superiores nas culturas Primavera-Verão comparativamente com as culturas de Outono-Inverno. A cevada da Rotação 2 apresenta o menor valor de pegada, apenas se aplicaram 344 m3 de rega bruta e 92 kg N/ha. A pegada azul representa apenas 8%. 28
Pegada hídrica Resultados por cultura: pegada hídrica por valor da produção m 3 / 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Cevada Dística 2013 Milho 2013 Cevada Dística 2014 Girassol 2013 Cevada Dística 2014 Milho 2014 Milho 2013 Milho 2014 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Cinzenta Azul Verde O milho é a cultura com menor valor de pegada e o girassol a cultura com maior valor de pegada, diferença explicada pelo valor da produção. 29
Pegada hídrica Resultados por sistema e análise de sensibilidade: redução de fertilizantes m 3 /ha.ano -1 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000-3% -7% -3% -5% -4% -7% 2.000 0 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Pegada hídrica sistema -10% fertilizantes -20% fertilizantes A pegada hídrica menor é a da Rotação 1, sendo a da monocultura a maior, cerca de 1.400m3 de diferença. Ao reduzir a aplicação de adubos azotados apenas a pegada cinzenta diminui. O maior impacte da redução verifica-se na situação de -20% na Rotação 1 e na Monocultura. 30
Pegada hídrica Resultados por sistema e análise de sensibilidade: redução de rega m 3 /ha.ano -1 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 0% 0% -3% 0% -2% -6% 2.000 0 Rotação 1 Rotação 2 Monocultura Pegada hídrica sistema -10% rega -20% rega O modelo de cálculo para estas quantidades de rega simulou quebras de produtividade para o milho monocultura e girassol. Enquanto que na rotação 1 as reduções de rega não afetaram a pegada hídrica havendo uma transferência da pegada azul para a verde, na monocultura registaram-se as maiores reduções de pegada. Redução de 20% na rega permite reduzir custo da produção entre 17 e 38 /ha, a preços de ano 1. 31
Matriz de decisão
Matriz de decisão Metodologia Alternativas de produção: Rotação 1 e Monocultura Objetivos Indicadores Sistemas de ponderação Competitividade empresarial Intensidade carbónica Intensidade hídrica RCB Pegada de carbono Pegada hídrica 1 Sustentabilidade ambiental 2 - Maior sustentabilidade ambiental do que competitividade económica 3 - Igual sustentabilidade ambiental e competitividade económica 4 - Maior competitividade económica do que sustentabilidade ambiental 5 - Competitividade económica 33
score final ordenação final Matriz de Decisão Resultados Sistema de ponderação Objetivos Alternativas de produção Competitividade empresarial Intensidade Carbónica Intensidade Hídrica Valores produzidos Ordenação por objetivo Valores produzidos Ordenação por objetivo Valores produzidos Ordenação por objetivo 1 2 3 4 5 Rotação 1 0,89 2 1,00 1 1,00 1 1,00 1 Monocultura 1,00 1 0,80 2 0,86 2 0,83 2 Rotação 1 0,89 2 1,00 1 1,00 1 0,97 1 Monocultura 1,00 1 0,80 2 0,86 2 0,87 2 Rotação 1 0,89 2 1,00 1 1,00 1 0,95 1 Monocultura 1,00 1 0,80 2 0,86 2 0,92 2 Rotação 1 0,89 2 1,00 1 1,00 1 0,92 2 Monocultura 1,00 1 0,80 2 0,86 2 0,96 1 Rotação 1 0,89 2 1,00 1 1,00 1 0,89 2 Monocultura 1,00 1 0,80 2 0,86 2 1,00 1 Nota: no RCB considerou-se a média dos custos de produção do 1º e 8ºanos e o valor da produção a preços médios de 2009 a 2013 34
ROTALQ Análise económica e ambiental Apresentação de resultados preliminares Beja_17.12.2014