motores ALTO RENDIMENTO O caminho para a eficiência energética Política de Gerenciamento de Motores Vantagens dos Motores Alto Rendimento Políticas de economia de energia com os planos de manutenção de motores existentes e atualizações das instalações PROCOBRE INSTITUTO BRASILEIRO DO COBRE
Introdução O objetivo deste material é fornecer Para se implantar uma Política de informações ao corpo gerencial e diretivo das empresas Gerenciamento de Motores, faz-se necessário uma sobre a importância da utilização dos Motores de Alto análise coerente e estruturada do investimento de Rendimento na atividade industrial, sob a implantação compra ou de conserto dos motores de uma empresa. A de uma Política de Gerenciamento de Motores. decisão de se implantar uma Política de Gerenciamento De maneira geral, os motores elétricos são deverá incluir e garantir a viabilidade econômica, responsáveis por 55% da energia consumida nas adequando os critérios de manutenção e de compra de indústrias. O valor do consumo de energia durante a motores mais eficientes (ARPlus - Alto Rendimento Plus). vida útil de um motor pode chegar a 100 vezes o seu A WEG é uma multinacional genuinamente valor de compra inicial. Sendo assim, o rendimento dos brasileira, com fábricas no exterior, estando presente em motores deve ser um critério decisivo na escolha entre a mais de 60 países. É a maior fabricante de motores da compra de motores novos ou conserto dos antigos. América Latina e uma das cinco maiores do mundo. A Por estas e outras razões muitas empresas WEG vem investindo em produtos eficientes e na estão adotando Políticas de Gerenciamento de Motores, conscientização para o uso racional de energia elétrica minimizando seus custos através do uso adequado da desde a década de 70. energia elétrica. A WEG, com o apoio do PROCOBRE - Instituto Este artigo demonstra, através de uma Brasileiro do Cobre, tornou possível a edição desta obra. abordagem crítica, benefícios de uma Política de O PROCOBRE é uma instituição sem fins Gerenciamento de Motores, trazendo subsídios para a lucrativos, patrocinado por empresas produtoras e sua implementação nos diversos segmentos da transformadoras de cobre. O PROCOBRE tem por objetivo indústria. Não existe uma fórmula pronta para estimular o uso técnico e econômico do cobre e de suas determinar o sucesso, entretanto, o objetivo deste ligas, promovendo a sua utilização de forma correta e material é apresentar algumas idéias, a partir das eficiente. quais as empresas possam elaborar um plano de Esperamos que esta publicação seja útil e cumpra economia de custos que melhor se adapte às suas com as finalidades para as quais foi preparada. circunstâncias. B Banco Motor Barato R$ 500 Cheque nº 100295 374900 304691 2359013 A. Sig 41-30-00 B Banco Cia. Elétrica Cheque nº 41-30-00 R$ 50,000 100295 374900 304691 2359013 A. Sig Figura 1: Quando você preenche um cheque para a aquisição de um motor de $500, você também poderá estar preenchendo um cheque de $ 50.000 para a concessionária de energia elétrica. 02
Política de Gerenciamento de Motores Por onde começar? Investir, visando a minimização dos custos, poderá ser o caminho mais lógico a se adotar, porém, o retorno do investimento estará vinculado a ações práticas que propiciem uma mudança comportamental das pessoas envolvidas no ato da compra dos motores. É fundamental que todas as pessoas envolvidas com a compra de motores estejam comprometidas com a nova política de gerenciamento energético. Projetistas de equipamentos: Podem ser terceirizados - empresas de engenharia - cuja prioridade é apresentar os menores custos possíveis, o que significa a aplicação de motores standard, ao invés de optar por motores mais eficientes. Pessoal de Suprimentos: Por falta de informações, eles podem tentar reduzir os custos, a não ser que a eles sejam dadas instruções claras da política de ARPlus. Figura 2: Mesmo que você tenha que pagar um pouco mais na compra, motores com maior rendimento podem se pagar facilmente muitas vezes durante sua vida útil. Pessoal da Manutenção: Preocupação principal em recuperar o motor que faltou, reduzir o tempo que a máquina ficou parada e evitar trabalho extra que poderá surgir com a substituição, perdendo a possibilidade de minimizar os custos na conta de energia elétrica. Pessoal da Operação: São certamente as únicas pessoas que são acusadas pela alta conta de energia, e assim têm um incentivo com a demanda de motores mais eficientes, conseqüentemente, têm menos resistência à implantação de um plano de substituição de motores standard por Alto Rendimento Plus. Problemas com a Reposição Outra ação a ser tomada é quanto aos problemas com reposição. Motores com características especiais significam longos períodos de espera na reposição e isso pode resultar que estes motores sejam consertados ao invés de substituídos. As especificações muitas vezes são baseadas em normas antigas e uma revisão dessas especificações padrões pode gerar economias imediatas. Ou seja devemos padronizar o máximo os motores. 03
Como montar um plano de ação (substituição por ARPlus) Fatores Críticos para o sucesso da Política de Gerenciamento de Motores Abaixo relacionamos seis estágios essenciais para se estabelecer uma política de gerenciamento de motores: 1 Desenhar uma proposta Deve-se apontar os benefícios para a empresa e algumas idéias para a sua implementação prática. 2 3 Redigir diretrizes Este estágio pode ser usado como base para a discussão com todas as seções da organização que serão influenciadas ou afetadas pelas decisões de compra dos motores, para que elaborem uma política acordada conjuntamente. Abordagem Começa com uma análise da situação atual dos motores e de todos os dados relevantes disponíveis (como por exemplo: dados de placa dos motores, históricos de manutenção, os registros das horas de operação ou consumo de energia). Isso fornecerá os dados básicos, proporcionando uma indicação dos níveis de energia consumida e das possíveis economias de custo que podem ser conseguidas. Custo Total do Motor Figura 3: A Monitoração e a informação sobre o andamento é muito importante para manter as pessoas compromissadas. 4 É pré-requisito que a diretoria esteja comprometida. A falta deste comprometimento tem sido a principal falha na adoção de políticas dentro de uma empresa. E isso significa muito mais do que apenas assinar uma declaração. A Diretoria tem que garantir que todas as responsabilidades existentes e os procedimentos contábeis/monitoração sejam realmente aplicados. 5 Conquistar o compromisso da diretoria Definir sistemas e responsabilidades Esse estágio pode ser subdividido em: 1. Sistemas de Contabilidade O sistema de contabilidade deverá garantir que todos os detentores de orçamentos da empresa compartilhem o interesse em baixar os custos do Ciclo de Vida dos Motores. Os compradores de motores devem receber créditos do departamento que paga as contas de energia, gerando assim incentivos para a questão da economia de energia da empresa. 2. Diálogo com o Fornecedor O diálogo com o seu distribuidor local pode trazer mútuos benefícios, proporcionando: Disponibilidade de estoque dos motores mais utilizados, reduzindo assim o lead-time junto ao fabricante. Acordo de prazo e condições comerciais préfixadas, que permitem um atendimento personalizado, sem a necessidade de discussões diárias sobre a fixação de preços. 3. Desenvolvimento de Responsabilidades A pessoa responsável pela tomada de decisões deverá ter em mente que muitas vezes estas decisões acarretarão custos adicionais. Portanto,devem estar seguras de que decisões com relação à política desenvolvida sempre serão apoiadas. 6 Monitoração e Feedback Deverá ser acordado e implementado um esquema de Retorno de Investimento para monitorar a eficiência da política de gerenciamento de motores e apresentar estas economias a todas as pessoas envolvidas. É importante o acompanhamento do progresso desta política para que se possa então medir o seu sucesso e fazer os ajustes necessários, garantindo-se também que todo fornecedor de motor, oficinas de conserto e de manutenção recebam relatórios do feedback incorporados em seus contratos. 04
Política de Gerenciamento de Motores Desenvolvendo as políticas corretas para a sua empresa Como operacionalizar a Política de Gerenciamento de Motores: Quem cuida da política? Deve-se designar alguém da empresa, comumente do Departamento de Energia ou Manutenção, que terá a responsabilidade de acompanhar o andamento da política, centralizando subsídios para que a mesma seja mantida. Contudo, essa pessoa deverá manter informados todos os níveis organizacionais da empresa sobre as ações realizadas. Operacionalizando a compra dos motores A compra de um motor novo geralmente está prevista num orçamento e requer autorização de um nível hierárquico superior ao daquela exigida para a autorização de um conserto (rebobinamento). Isso faz com que se opte pelo rebobinamento, que é a solução mais simples e rápida. Pode-se começar a operacionalizar a compra de motores, abolindo essa autorização prévia com uma menção no estatuto da Política de Gerenciamento de Motores. Adequando ao tamanho da empresa Empresas maiores com fábricas dispersas e com maior autonomia local enfrentam obstáculos maiores para a implementação de uma Política de Gerenciamento de Motores. Mas, como são justamente essas empresas que possuem um maior potencial de redução de consumo, vale a pena o esforço. Neste caso, pode-se começar fazendo um refinamento desta política com um programa piloto apenas em uma unidade, apresentando posteriormente os resultados obtidos as demais unidades. Terceirização A contratação externa, parcial ou total, de um programa de manutenção dos motores melhorou significativamente os resultados. Vantagens: O interesse do contratado é atender ao contrato, baseado em uma política de gerenciamento de motores; Os conflitos internos de interesse são superados; Os níveis de estoques nas empresas podem ser reduzidos; Todos os esforços internos estão concentrados na monitoração do desempenho do contratado, de modo que os diferentes departamentos envolvidos trabalharão em uma mesma direção; O contratado manterá registros fiéis, pois estes registros estarão vinculados ao seu pagamento; O departamento de manutenção, aliviado de pressões, poderá concentrar seus esforços em áreas mais produtivas. As empresas que terceirizam completamente a sua manutenção através de contratos, fixam somas anuais para garantir que todos os motores estejam funcionando. Isso faz com que o contratado faça check-ups dos motores para determinar quais deles são mais propensos a falhas e assim empreender uma manutenção de maneira planejada. Figura 4: A adoção de uma política de Gerenciamento de Motores perfeita irá garantir que sempre seja tomada a decisão correta, mesmo que seja às 2 horas da manhã. 05
Motor de Alto Rendimento Plus Motores de Alto Rendimento apresentam desempenhos superiores aos motores standard, tanto em relação ao rendimento, quanto em relação a vida útil. Por ser um motor com baixas perdas, tem significativamente reduzida sua elevação de temperatura, fator este que determina o tempo de vida útil do motor. Este melhor desempenho é conseguido através das características técnicas diferenciadas, apresentadas na figura a seguir: MAIOR VOLUME DE CHAPA MAGNÉTICA COM BAIXAS PERDAS reduz a corrente magnetizante e incrementa o rendimento ROTOR TRATADO TERMICAMENTE reduz perdas suplementares MENOR CABEÇA DE BOBINA reduz perdas suplementares e perdas Joule Figura 5: Características técnicas do motor Alto Rendimento Plus ANEL DE CURTO E BARRAS DO ROTOR SUPER DIMENSIONADAS menores perdas Joule ENTREFERRO ADEQUADO reduz perdas suplementares MAIOR QUANTIDADE DE COBRE reduz perdas Joule Em conseqüência dessas melhorias, os valores de rendimento são significativamente maiores, o que gera uma sensível economia de energia, ou seja, menores valores a serem pagos na fatura de energia. Sob o aspecto normativo, um motor elétrico é considerado de Alto Rendimento se ele possui o rendimento superior àquele definido nas normas técnicas. No Brasil, a norma NBR 7094 da ABNT define os valores mínimos de rendimento para que um motor possa ser considerado de alto rendimento. Pode-se perceber através do gráfico abaixo que o rendimento dos motores WEG da linha Alto Rendimento Plus é superior aos valores definidos pela norma NBR 7094. 100,0 Comparativo de Rendimentos dos Motores IV Pólos 95,0 RENDIMENTO (%) 90,0 85,0 80,0 75,0 70,0 MOTOR WEG ALTO RENDIMENTO PLUS Rendimentos mínimos exigidos pela NBR-7094 para Motores Alto Rendimento MOTOR WEG LINHA W21 1 1,5 2 3 5 7,5 10 15 20 25 30 40 50 60 75 100 125 150 200 250 Figura 6: Gráfico comparativo de rendimentos. POTÊNCIAS (CV) 06
Política de Gerenciamento de Motores O que fazer? Quando um motor falha, a decisão entre a troca e o conserto deverá estar baseada em qual das duas opções trará para a fábrica o retorno em menor tempo. No entanto, se o tempo não for crítico, então a Política de Gerenciamento de Motores deverá orientar sobre a reposição ou o conserto do motor, com base no custo mínimo durante o ciclo de vida. Falando de uma maneira geral, a diferença de custo entre o rebobinamento e a reposição de motores pequenos (potência abaixo de15cv) é tão pequena que a substituição deveria ser uma escolha automática, independente do número de horas de operação. Mesmo se tratando de um motor de potência mais elevada, a decisão de rebobiná-lo deve ser feita levando-se em consideração que o motor poderá reduzir seu rendimento. Substituir ou Rebobinar? 2014 Banco de Dados de Motores O gerenciamento do patrimônio é uma ferramenta para o gerenciamento dos motores. Um banco de dados deve referenciar: Potência do motor; Fabricante e Número de Série; Detalhes sobre a Montagem; Dados sobre manutenções anteriores; Horas de Operação durante o ano. 2000 2000 2007 2020 21 04 2007 2000 0207 2000 Figura 7: Durante a vida úti l, o motor, n a média, será consertado duas ve zes antes de ser sucateado. Motor velho custa caro Os motores antigos são geralmente superdimensionados, apresentando baixos valores de rendimento e fator de potência. Isto se deve à carência, na época da fabricação desses motores, de materiais mais resistentes à temperatura e materiais de melhores características de performance. Se o motor foi superdimensionado, por exemplo, operando sempre abaixo de 40% de sua capacidade, então vale a pena fazer essa substituição por um motor que tenha sido dimensionado com mais precisão (menor). Isso irá reduzir os custos na compra e com consumo de energia. Para termos uma idéia, um motor atual representa 10% do tamanho do mesmo motor fabricado no início do século passado. Com o desenvolvimento dos materiais, que se tornaram mais resistentes à temperatura, foram desenvolvidos motores mais compactos e com melhores características de performance (rendimento e fator de potência). Podemos concluir imediatamente que, ao usar motores "velhos", tenderemos a utilizar incorretamente a energia disponível, ou em outras palavras, estaremos "jogando dinheiro fora". A situação torna-se ainda mais desfavorável quando tais motores sofrem constantes rebobinamentos. Recentes estudos indicam que a cada rebobinamento ( realizado fora das condições estabelecidas pelos fabricantes) os motores poderão perder de 2 a 5% do seu rendimento original. Perda de Rendimento A perda de rendimento pode se dar devido a fatores como: O sobreaquecimento das chapas do estator para extração das bobinas poderá causar contaminação das chapas com carbono, ocasionando aumento permanente das perdas, e em consequência diminuir o rendimento do motor; Danos mecânicos causados nas chapas do estator durante a desmontagem e a nova montagem. Especificações incorretas dos dados de bobinagem (número de espiras a menos, bitola do fio menor etc.); Instalação de um ventilador novo incorreto; Instalação de rolamentos incorretos; Alinhamento deficiente entre rotor e estator. Figura 8: Conserto às pressas pode trazer economias falsas. 07
Programa de Substituição de Motores à Base de Troca Visando promover a utilização de motores mais eficientes e incentivar a Conservação de Energia, a WEG criou o Programa de Substituição de Motores à Base de Troca. Este programa propicia a substituição dos motores velhos ou danificados por motores novos de ALTO RENDIMENTO PLUS. A energia economizada pode ser obtida através da fórmula abaixo. Kwh = 0,736 x CV x Nh x {(100/s) - (100/ARP) } Onde: kwh = Energia economizada no ano Nh ; CV = Potência Nominal do Motor em CV; Nh = Nº de horas em operação (24h x 30dias x 12meses ); s = Rendimento do motor W21; ARP = Rendimento do motor Alto Rendimento Plus. Considerando um motor de 10CV, IV pólos, como exemplo, operando 24h por dia, teremos: Rendimento do motor W21 = 89% - 2% ( rebobinamento ) = 87% Rendimento do motor ARPlus = 90,5 % kwh = 0,736 x 10 x 8640 x ( 100/87-100/91 ) = 3.212,85, ou seja, uma economia anual de 3.212,85 kwh. Considerando o custo médio do kwh como sendo de R$0,11, verificaremos que a economia anual em energia elétrica corresponderá a: Economia(R$)= 3.212,85 x 0,11= R$ 353,41/ano/motor de 10CV instalado O retorno de investimento, considerando-se os dados apresentados acima poderá ser obtido através da fórmula abaixo: Retorno = (Preço motor ARPlus - Preço do motor W21) Economia anual A WEG Motores compra o motor danificado em qualquer estado e de qualquer marca, pagando por ele 10% do valor de um motor novo com as mesmas características. Dessa forma o retorno de investimento fica: Retorno = ( Preço motor ARPlus - Valor do motor usado ) - Preço do motor W21 Economia anual Considerando-se que o motor novo tenha garantia de fábrica por Venda dos motores usados para a WEG como "Venda de Ativo 24 meses e que o retorno de investimento ocorra num tempo Imobilizado" ; inferior a esse período, em poucos meses estará comprovado que Venda dos motores usados para a WEG como uma "Venda de esse processo é extremamente vantajoso para o usuário. Motor Usado" - Neste caso há uma redução na base de cálculo do ICMS em 80%.( O ICMS incide sobre 20% do valor da Nota Fiscal). A proposta da WEG é de comprar os motores instalados, de qualquer marca ou em qualquer estado, na substituição por Podemos perceber, pelas descrições acima, que o programa de motores ALTO RENDIMENTO PLUS, destacando-se que os motores substituição WEG é extremamente vantajoso. Por isso já é velhos entrarão no negócio pelo valor correspondente a 10% do praticado em vários segmentos industriais como Celulose e Papel, valor do motor novo. Siderurgia, Mineração, Açúcar e Álcool, Químico, Petroquímico, por diversos clientes em todo o Brasil. Esta prática também é Os motores serão adquiridos diretamente pela WEG Motores, utilizada no exterior, onde o principal objetivo é eliminar a sucata devendo o cliente prestar informações sobre a quantidade de existente no mercado e, ao mesmo tempo, otimizando as motores a serem utilizados, bem como potência e polaridade. instalações elétricas com instalações de melhor performance. Neste caso, os motores velhos poderão ser negociados da seguinte forma: 08
Política de Gerenciamento de Motores Racionalização de Energia - Correção do Fator Potência O controle mais apurado do uso de energia é mais uma medida adotada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), visando estimular o consumidor a melhorar o Fator de Potência de suas instalações elétricas, com benefícios imediatos tanto para o próprio consumidor, através da redução de perdas e melhor desempenho de suas instalações, como também para o setor elétrico nacional, pela melhoria das condições operacionais e a liberação do sistema para atendimento a novas cargas com investimentos menores. Potência Ativa e Reativa A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia reativa indutiva, como motores, transformadores, lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre outros. As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência: Potência ativa: medida em kw, é aquela que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc. Potência reativa: medida em kva, usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas. Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a potência reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um "espaço" no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa. A potência ativa e a reativa, juntas, constituem a Potência Aparente, medida em kva, que é a potência total gerada e transmitida à carga. Fator de Potência A razão entre a potência ativa e a potência aparente de qualquer instalação se constitui no "Fator de Potência". kw FP = = cos j kva O fator de potência indica qual porcentagem da potência total fornecida (kva) é efetivamente utilizada como potência ativa (kw). Assim, o fator de potência mostra o grau de eficiência do uso dos sistemas elétricos. Valores altos de fator de potência (próximos de 1,0) indicam uso eficiente da energia elétrica, enquanto valores baixos (menores de 0,92) evidenciam seu mau aproveitamento, além de representar uma sobrecarga para todo o sistema elétrico e penalizações nas faturas de energia elétrica através de cobrança por Energia Reativa Excedente da rede da concessionária. As causas mais comuns:!motores e transformadores operando "em vazio" ou com pequenas cargas;!motores e transformadores superdimensionados;!grande quantidade de motores de pequena potência;!máquinas de solda;!lâmpadas de descarga - fluorescente, de vapor de mercúrio, vapor de sódio com reatores de baixo fator de potência (aproximadamente 0,5);!equipamentos eletrônicos;!fornos de indução eletromagnética.;!fornos a arco. Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de energia reativa. Essa condição resulta em aumento na corrente total que circula nas redes de distribuição de energia elétrica da Concessionária e das unidades consumi- doras, podendo sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando a estabilidade e as condições de aproveitamento dos sistemas elétricos, trazendo inconvenientes diversos, tais como:!perdas na rede;!quedas de tensão;!subutilização da capacidade instalada. Uma forma de reduzir a circulação de energia reativa pelo sistema elétrico, consiste em "produzí-la" o mais próximo possível da carga, utilizando um capacitor. Instalando-se capacitores junto às cargas indutivas, a circulação de energia reativa fica limitada a estes equipamentos. Na prática, a energia reativa passa a ser fornecida pelos capacitores, liberando parte da capacidade do sistema elétrico e das instalações da unidade consumidora. Isso é comumente chamado de "compensação reativa". Quando está havendo consumo de energia reativa, caracterizando uma situação de compensação insuficiente, o fator de potência é chamado de indutivo (cos<0,92i). Quando está havendo um fornecimento de energia reativa à rede da Concessionária, caracterizando uma situação de compensação excessiva, o fator de potência é CORREÇÃO LOCALIZADA É efetuada, instalando os capacitores junto ao equipamento. Representa, do ponto de vista técnico, a melhor solução, porque será gerada energia reativa somente onde é necessário. CORREÇÃO POR GRUPOS DE CARGA O capacitor é instalado de forma a compensar um setor ou um conjunto de equipamentos. Tem como desvantagem o fato de não haver diminuição de corrente nos alimentadores de cada equipamento compensado. CORREÇÃO COM REGULAÇÃO AUTOMÁTICA Nas formas de compensação geral ou por grupos de equipamentos. Os capacitores são agrupados por bancos de capacitores controláveis individualmente por um Controlador Automático do Fator de Potência, sensível às variações de energia reativa, comandando automaticamente a operação dos capacitores necessários à obtenção do fator de potência desejado. CORREÇÃO MISTA Em muitos casos utilizam-se, conjuntamente, as diversas formas de compensação. A energia reativa capacitiva será medida de 0h às 6h. A medição da energia reativa indutiva será feita no intervalo de 6h às 24h. Se a energia reativa capacitiva não for medida, a medição da energia reativa indutiva será efetuada durante as 24 horas do dia. A concessionária aplicará ao excedente de reativo capacitivo os mesmos critérios de faturamento aplicados ao excedente indutivo. 09
Inversores de Freqüência Este equipamento eletrônico foi desenvolvido para promover a variação da velocidade em motores de indução trifásicos, considerando os seus diversos tipos de carga e a sua aplicação em todos os segmentos da indústria. Ao ser diminuída a rotação do motor através de um Inversor de Freqüência, a potência consumida é reduzida proporcionalmente à rotação, ou seja, para 50% de rotação a potência consumida será de 50% ou menor, dependendo do tipo de carga acionada. A variação de velocidade nas aplicações industriais é fundamental, levando-se em consideração a necessidade de otimização dos processos industriais, como por exemplo, a adequação da velocidade de uma linha de produção em função da demanda, o controle de vazão ou pressão em um sistema de bombeamento, etc. A utilização de inversores de freqüência promove, a curto prazo, o retorno do investimento. Isso se deve, além da economia de energia, à economia decorrente da manutenção mecânica, ao aumento da produtividade e à redução de horas improdutivas através de manutenções periódicas, como também proporciona a automação do processo operacional. As aplicações típicas para inversores de freqüência, com potencial para economia de energia, são: Bombas Centrífugas, Bombas Alternativas, Ventiladores, Exaustores, Misturadores, Esteiras Transportadoras, Pontes Rolantes, Centrífugas de Açúcar, Moinhos de Bolas, etc. Existem inúmeros métodos utilizados para a variação de velocidade. Muitos deles são aplicados através de equipamentos tais como o variador eletromagnético, o variador hidráulico ou o variador mecânico, entretanto, nenhum deles se compara com o Inversor de Freqüência quanto à sua flexibilidade operacional, desempenho e, principalmente, economia de energia. Esses equipamentos são ainda encontrados em aplicação na indústria brasileira, principalmente em instalações antigas, por falta de conhecimento do significativo retorno de investimento que traria a sua substituição por Inversores de Freqüência. Pode-se comprovar, com base na carga a ser acionada, que o retorno de investimento por conseqüência da economia de energia e de economias adicionais, em alguns casos, ocorrerá em menos de um ano. Tal resultado justifica plenamente o investimento inicial em inversores de freqüência, conforme está demonstrado na página ao lado. Trata-se de um comparativo entre um sistema de controle de vazão convencional, através de estrangulamento por válvula e um sistema com variação de velocidade, através de inversor de freqüência. 10
Política de Gerenciamento de Motores Economize Energia Você sabia??? O investimento em Inversores de Freqüência WEG aplicados em Bombas pode retornar em 1 ANO somente com a economia de energia!!! Comparativo entre Sistemas de Controle de Vazão Sistema Convencional (Válvula) X Sistema com Variação de Velocidade (Inversor de Freqüência) Rede Rede Válvula Inversor de Freqüência M Motor Bomba % Energia Estrangulamento M Motor Bomba % Energia Velocidade Variável 100% 100% Energia Consumida 100% % Vazão Energia Consumida 100% % Vazão % Energia 100% 100% % Vazão Exemplo Prático (caso real) Bomba Centrífuga Motor 75 CV, IV pólos, 440 V Operação: 600 h - 100% vazão 3600 h - 90% vazão 3800 h - 80% vazão RETORNO DE INVESTIMENTO 12 MESES Para maiores informações, consulte a WEG ou um de seus distribuidores autorizados em todo o Brasil. Teremos o maior prazer em ajudá-lo. 11
PROCOBRE INSTITUTO BRASILEIRO DO COBRE 014.05/062003