Termômetro: imóveis novos indicam para a retomada da economia

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Transcrição:

FLORIANÓPOLIS, 16 a 22 de março de 2018 Ano 10 Nº 480 Termômetro: imóveis novos indicam para a retomada da economia Em ritmo de retomada e após alguns anos de queda, o número de lançamentos de imóveis residenciais e comerciais voltou a mostrar alta. A expansão de novos negócios chegou a 13 regiões, segundo levantamento da Câmara Brasileira da Construção (CBIC) no último ano. Em Santa Catarina, dados do SINDUSCON indicam que 6,3 milhões de unidades foram lançadas de 2008 a agosto de 2017. Ainda assim, as construtoras fazem planejamentos mais conservadores e devem deixar os grandes lançamentos para o segundo semestre de 2018. FOTO Divulgação Consórcios movimentam o mercado No índice nacional, os bons resultados alcançados na área de Consórcio de Imóveis no Brasil em 2017, junto com o índice positivo do PIB e as projeções de retomada da economia são responsáveis pela perspectiva de melhora nos indicadores relacionados ao mercado imobiliário, já que garantem a movimentação econômica necessária para os lançamentos. Dados divulgados pela ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios indicam que houve um aumento de 26,4% no número de novas cotas de consórcio, que passaram de 225,2 mil em 2016 para 284,7 mil em 2017. Além disso, o volume de crédito comercializado também apresentou um crescimento expressivo de 45,1% e passou de R$ 26,72 bilhões em 2016 para R$ 38,77 bilhões em 2017. O tíquete médio também registrou alta de 14,8%. O valor médio da cota de consórcio imobiliário ficou em R$ 136,2 mil em 2017 ante os R$ 118,6 mil de 2016. Respondendo por 6% da produção de riquezas do Estado, os números reforçam a colocação de Santa Catarina, que ocupa a quinta posição no país em número de estabelecimentos na construção civil, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). O estudo Cadeia de valor e importância socioeconômica da incorporação imobiliária no Brasil, realizado em parceria da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) com a Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe), levantou que, no período dos últimos dez anos no estado catarinense, os imóveis do Minha Casa, Minha Vida responderam por 77,8% do total de lançamento, o segmento residencial de médio e alto padrão por 20,7% e o comercial por 1,6%. Para este ano, a previsão de crescimento segue otimista. O índice da construção civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu 0,30% em fevereiro, após alta de 0,33% um mês antes. Nos 12 meses até fevereiro, o índice acumulou aumento de 3,82%. No primeiro bimestre de 2018, houve elevação de 0,57%. SC IMÓVEIS FONTANA FORMACCO STAFE 4 5 6 7 W KOERICH 8

2 Florianópolis, 16 a 22 de março de 2018 Florianópolis, 16 a 22 de março de 2018 3 Conselho da Cidade é conquista histórica Órgão consultivo será formado por 40 representantes de entidades da sociedade civil e do poder público Onda de crescimento Indústria da construção registra importante reação neste primeiro bimestre FOTO DIVULGAÇÃO O Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil) é uma das 63 entidades habilitadas a participar do processo eleitoral para composição do Conselho da Cidade de Florianópolis, que terá atuação consultiva no sentido de aprimorar o desenvolvimento urbano da Capital. O processo eleitoral está em curso e vai até o dia 17 deste mês. A criação do Conselho está prevista no Estatuto da Cidade e o edital de constituição do órgão foi lançado pela atual gestão de Florianópolis, sob a responsabilidade do prefeito Gean Loureiro. A prefeitura lançou o edital em boa hora, foi uma excelente iniciativa do prefeito, que assim atende as expectativas dos diversos setores envolvidos com o desenvolvimento da cidade, diz o presidente do Sinduscon, Helio Bairros. A entidade participa há mais de 10 anos do processo de discussão e elaboração do novo Plano Diretor de Florianópolis, aprovado e sancionado pela Câmara em 2014, mas que ainda precisa de ajustes. É um momento muito importante, reforça Helio, porque o Conselho funcionará como um órgão consultivo democrático, um resumo da cidade. O Conselho será formado por representantes diversos segmentos, como associações comunitárias, sindicatos e organizações não governamentais, ampliando o espectro de debates sobre o futuro de Florianópolis. Revisão do Plano Diretor Helio Bairros explica que o Conselho da Cidade vai se debruçar sobre as questões que envolvem Florianópolis, visando ao desenvolvimento sustentável e aos inúmeros desafios que a dimensão urbanística impõe. O primeiro desafio é a revisão pontual do Plano Diretor (Lei Complementar 482, de 2014), que precisa ser adequado à realidade, para o que Florianópolis precisa, para que o setor produtivo continue gerando empregos e riquezas de forma ordenada, diz o presidente. O Plano Diretor precisa oferecer segurança jurídica e reduzir a informalidade na construção civil, que é resultante da falta de fiscalização e também da ausência de uma política habitacional popular. É preciso facilitar as construções mais simples, observa. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revela dados que comprovam a onda de crescimento da construção civil neste primeiro bimestre de 2018, mesmo que em um ritmo lento e gradual. Os sinais de melhora vêm aparecendo nos últimos quatro trimestres, quando a construção passou a ter resultados positivos, após uma série de oito trimestres negativos, iniciada em 2014. No final do ano passado a reação do setor começou a ser registrada com mais otimismo. Dados consolidados do país revelam que, entre outubro e dezembro de 2017, as vendas cresceram 9,4%, os lançamentos aumentaram 5,2% e o estoque de imóveis novos já construídos baixou 12,3%, em comparação com o mesmo período de 2016. Essas são algumas das conclusões do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, iniciativa da CBIC em correalização com o SENAI Nacional. Indicadores O mercado financeiro ainda é apontado como principal justificativa para esses registros. A taxa Selic a 6,75% tende a impulsionar investimentos na área e o índice de confiança do setor, que voltou a crescer; cria um cenário propício para bancos privados entrarem no mercado de financiamento imobiliário, o que já se torna realidade através dos números deste início de 2018, e as movimentações para atrair o setor privado para as grandes obras de infraestrutura. Em janeiro, bancos privados, como Santander e Bradesco, realizaram mais financiamentos imobiliários que a Caixa Econômica Federal. Para a CBIC isso já é um sinal de que as instituições financeiras estão mudando sua forma de atuar, diante de um cenário de inflação baixa e juros baixos. Menor ociosidade da indústria Os números otimistas se repetem em estudos apontados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que demonstram que a indústria da construção operou com 60% de sua capacidade em janeiro, percentual não observado desde julho de 2015. A trajetória de alta da Utilização da Capacidade de Operação (UCO) vem ocorrendo desde março de 2017 e aponta para menor ociosidade da indústria da construção. O indicador de nível de atividade em relação ao usual atingiu 35,2 pontos em janeiro, maior valor desde janeiro de 2015, quando registrou 35,9 pontos. O crescimento do indicador para valores ainda abaixo de 50 pontos sinaliza aproximação do nível atual com o usual para o mês, embora a indústria ainda esteja operando abaixo do normal. Obras Os índices refletem também a crescente de investimentos em novas obras. A tendência pode ser observada através do Termômetro da Associação Brasileira das Indústrias dos Materiais da Construção (Abramat). A expectativa do empresariado da cadeia da construção aponta otimismo do setor para os próximos meses. De acordo com a pesquisa da Abramat, o desempenho de vendas em fevereiro foi considerado como Muito Bom ou Bom dentre 39% dos associados, superando em 10% os números de janeiro. FOTO DIVULGAÇÃO No entendimento de Helio Bairros, a clandestinidade na construção civil resulta do excesso de burocracia imposta pelo poder público, que acaba exagerando nas exigências e deixando margem para a informalidade. As pessoas têm o direito de buscar uma vida melhor e, por isso, faz-se necessária a criação de uma política habitacional popular, destaca. Sendo consultivo, o Conselho da Cidade pode orientar o poder público não só quanto a esse aspecto, mas a inúmeros outros que envolvem o desenvolvimento urbano sustentável e a qualidade de vida da população, conclui o presidente. Av. Rio Branco, 1051 - Centro - Florianópolis - SC Fone (48) 3251-7700

4 Florianópolis, 16 a 22 de março de 2018 Florianópolis, 16 a 22 de março de 2018 5

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8 Florianópolis, 16 a 22 de março de 2018