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Transcrição:

Audiência Pública 035/2010 2010

Contribuintes: Banqueiros tem que pagar uma penalidade pela indústria na criação de uma crise de crédito global. Políticos: Corte de salários, Caps nosbonus, Impostosespeciais, Reformasde longoprazoparaobrigarbancosa pagarseustaff em ações restritas ou caixa diferido que pode ser resgatado ou recuperado. 2

Inicialmente Remuneração de Dirigentes Bancos de Investimento e CEO dos bancos too-big-to fail Posteriormente Bancos Comerciais (incluíndo médios e pequenos) Muito dos riscos são originados bem abaixo do nível do CEO, em unidades de empréstimos e não nas mesas de operações. O CEO pode ter seu bonus em termos de ações restritas mas como ele pode incentivar os oficiais de empréstimos no sentido de levar em consideração o custo econômico do risco e seguir o apetite a risco do Banco? 3

Atualmente muitos oficiais de empréstimos são pagos em formas que falham em levar em consideração o risco: Crescimento dos lucros Retorno sobre o patrimônio líquido Volume de negócios Novos negócios(incremental) Market share Todos com alto grau de julgamento administrativo. As vezescom algumajustepara risk flags (númerode downgrades no portfolio, volume médio ponderado do rating de crédito do portfolio) Falhamemcapturaro verdadeiroefeitoeconomicodas decisões de empréstimos nas perdas médias durante o longo prazonacurvade riscodo banco. 4

Três formas de compensação considerando o risco: Perdas Realizadas (Via compensação Diferida / ações) Indicadores de Risco (Via KRI floors e ceilings) Custos de Risco (Via Custo do capital econômico) COMPENSAÇÃO AJUSTADA AO RISCO 5

IDEAL BANCOS RELACIONARIAM A COMPENSAÇÃO AO CUSTO ECONÔMICO ABSOLUTO DA PERDA (charge-off) DE CADA OFICIAL DE EMPRÉSTIMOS. 6

A incorporação da perda corrente é impraticável em função do longo e imprevisivel tempo entre a originação e a perda efetiva. Compensação seria dirigida pelas decisões tomadas anos atrás e pelo clima geral da economia ao invés de pela performance do oficial de crédito em termos da seleção de riscos. Oficiais de crédito (empréstimos) devem ter seus incentivos pagos relacionados com os riscos que o oficial pode controlar ao invés de pela riqueza da instituição como um todo. A inclusão de indicadores de risco nos scorecards é utilizada frequentemente para determinar a compensação. 7

Precisa utilizar um sistema de rating quantitativo (bottomup) que leva em consideração o custo economico do risco. Precisa utilizar um sistema de credit-rating para estimar a taxa média de perda baseada no nível dos fatores de risco dos empréstimos, tais como a probabilidade de default do tomador e o loss given default. O Banco precisa aplicar um modelo de best-practice de capital econômico para estimar o padrão de risco de seu portfolio. Tabela a seguir varia o percentual do bonus em linha com o balanço entre lucro e o risco (capital economico). 8

9

A Figura 2, a seguir, complementa este sistema com a consideração do apetite a risco do Banco. A intensidade da área sombreada em azul reflete o tamanho de cada compensação (bônus). O oficial de crédito é incentivado a otimizar a relação entre o Lucro e o risco. 10

11

Na Tabela 2, a seguir, leva em conta a recompensa do banco em termos de uma métrica Shareholder Value added. Nesta matriz o efeito do apetite ao risco pode ser visto na coluna sombreada de verde. Depois deste nível os oficiais são penalizados por exceder seus alvos de risco. Os bancos podem considerar o custo de vários riscos nesta matriz, incluindo o risco de liquidez. 12

13

Bibliografia ELGHANAYAN, Shahram, CAMA, Kaizad, Are You Up Front on Lender Pay?,The RMA Journal, May 2010 14