Higiene e Segurança no Trabalho



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Transcrição:

Higiene e Segurança do Trabalho Capítulo I Introdução a HST 1.1 Segurança do trabalho Conceitos Básicos Risco Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas. (NR 10) O risco é uma ou mais condições de uma variável com potencial necessário para causar danos., D.Sc. 1/41 2/41 Classificação dos Riscos Categoria I Desprezível - baixa freqüência de acidentes com lesão - restritas à área industrial -com controle imediato. Categoria II Marginal - freqüência considerável de acidentes com lesão - baixa freqüência de acidentes fatais - atingem outras subunidades e/ou áreas não industriais -comcontrole e - sem contaminação do solo, ar ou recursos hídricos. Categoria III Crítica - freqüência considerável de acidentes fatais - contaminação temporária do solo, ar ou recursos hídricos, - com possibilidade de ações de recuperação imediatas. Categoria IV Catastrófica - freqüência considerável de acidentes fatais atingem áreas externas, comunidade circunvizinha e/ou meio ambiente. 3/41 Perigo Expressa a exposição a um risco, que possibilita a sua materialização em danos (danos ou perdas humanas, de valores materiais ou contaminação ao meio ambiente ). 4/41 Acidente (Conceito Clássico) 1- Prevenção e Controle de Perdas Definições Básicas Acidente é um evento não desejado e inesperado que pode resultar em lesão, doença ocupacional, danos ao patrimônio ou interrupção do processo produtivo. Geralmente é resultado de contato com uma fonte de energia ou substância. Cabe-nos enfatizar que nem todos os acidentes causam perdas, sendo importante observar a segunda frase da definição: geralmente é o resultado de um contato com uma fonte de energia ou substância. Caso esta fonte de energia tenha potenciais abaixo da resistência do corpo ou estrutura,não se tem conseqüências, porém houve um acidente, porque houve um contato. 5/41 6/41 pag. 1

Incidente (Conceito Clássico) O incidente, também conhecido como quase acidente, é um acontecimento não desejado e inesperado que, em circunstâncias diferentes, poderia ou não ter resultado em lesão, doença, danos ao patrimônio ou interrupção do processo produtivo. Pode -se destacar que, a diferença entre acidente e incidente é que, no incidente não há o contato com a fonte de energia. 7/41 Conseqüência / Dano É uma medida do resultado de um acidente. Também pode ser definido como sendo a gravidade da perda humana, material ou financeira, redução da capacidade de desempenho ou/e danos ao meio ambiente de uma função prédeterminada em um dado sistema. 8/41 Resumindo Acidente do Trabalho (Conceito Legal) Risco Causa Origem (humana, ambiente, material e equipamento) Fato Acidente Exposição (Perigo) Efeitos Danos (lesões, doenças, danos materiais, interrupção na produção e danos ao meio ambiente) É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 da Lei 8213 de 24/7/91, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 9/41 10/41 Doenças Ocupacionais São todos os males ao qual a saúde humana está exposta devido às atividades profissionais desenvolvidas (doenças profissionais) ou ao ambiente de trabalho (doenças do trabalho). Acidente de trajeto É o acidente que ocorre no percurso residência ou refeição para o local de trabalho e vice-versa, quando este estiver se deslocando para ou do trabalho. Se caracteriza por: Trajeto Normal; Tempo Normal; Condições do Trajeto; Atividade desempenhada no momento do acidente. Entende-se como percurso o trajeto da residência ou do local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal do percurso do segurado. Não havendo limite de prazo estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o meio de locomoção utilizado. 11/41 12/41 pag. 2

Comunicação do acidente do Trabalho CAT A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº 2.173/97. Comunicação do acidente do Trabalho CAT A CAT pode ser feita ao Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS): Por formulário específico; Pela Internet (aplicativo fornecido pela MPAS) 13/41 14/41 Formulário de CAT Formulário de CAT 1 para típico, 2 para doença e 3 para trajeto. 1. inicial 2. reabertura 3. comunicação de óbito 15/41 Obs.: É importante ressaltar que a CAT deverá ser emitida para todo acidente ou doença relacionados ao trabalho, ainda que não haja afastamento ou incapacidade. máquina, equipamento, ferramenta, produtos químicos, agentes físicos ou biológicos ou situações específica como queda, choque elétrico, atropelamento Acidente Trabalho: situação ou a atividade de trabalho desenvolvida. Acidente de trajeto: especificar o deslocamento e se o percurso foi ou não alterado ou interrompido por motivos alheios ao trabalho Doença: descrever a atividade de trabalho, o ambiente ou as condições 16/41 em que o trabalho era realizado. Comunicação do acidente do Trabalho CAT Segurança O termo segurança é freqüentemente definido como isenção de riscos. Entretanto é praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Podemos então definir segurança como, uma condição ou conjunto de condições que objetivam o controle à exposição a um determinado risco (controle do perigo). 17/41 18/41 pag. 3

Prevenção e Controle de Perdas Em 1969, Frank Bird Jr. completou um estudo sobre os acidentes informados enquanto era Diretor de Engenharia da companhia de Seguros Norte Americana. Na oportunidade analisou 1.753.498 acidentes comunicados por 297 companhias que representavam 21 grupos diferentes de indústrias e empregavam 1 750 000 pessoas, correspondendo a mais de 3 bilhões de horas trabalhadas durante o período analisado. 19/41 A Pirâmide de Bird Estudo de Proporção de Acidentes 30 600 1 10 1 10 30 600 Lesão Séria ou Grave Lesão Menor Acidente com dano à propriedade Incidente sem lesões ou danos visíveis (incidentes) Obs: as quantidades observadas por Frank Bird são baseadas somente nos acidentes comunicados 20/41 2- Fonte dos Acidentes Bird & Loftus (1976, p 37), adotam um conceito sistêmico, considerando os quatro elementos ou sub-sistemas principais envolvidos na operação de uma organização: Pessoas Equipamentos Materiais Ambiente 2- Fonte dos Acidentes Esses quatro elementos ou sub-sistemas (pessoas, equipamentos, materiais e ambiente), individualmente ou em combinação, produzem as causas que contribuem para todos os acidentes, devendo num processo de investigação, ser considerados. Para uma operação normal, esses quatro elementos devem relacionar -se ou interagir corretamente, porém nem sempre essa harmonia necessária se estabelece, resultando em acidentes. 21/41 22/41 Pessoas e Equipamento Na madrugada do dia 3 de dezembro de 1984, um acidente numa indústria química situada na cidade de Bhopal, Índia, soltou na atmosfera 40 toneladas de isocianato de metila, um produto utilizado na fabricação de pesticidas. Houve entre 2.500 e 5 mil mortes, e mais de 200 mil feridos, muitos dos quais contraíram doenças respiratórias, problemas oculares permanentes e desordens mentais. Este acidente ficou conhecido simplesmente como "o maior desastre industrial de 23/41 todos os tempos." Materiais Nas décadas de 50 e 60, as mães que tomaram uma droga chamada talidomida tiveram bebês monstruosos. Nasceram bebês sem pernas ou sem braços, às vezes com uma espécie de barbatanas no lugar das pernas, com quatro ou cinco dedos emergindo da pélvis ou do ombro, com órgãos genitais deformados ou com ausência de genitais, com orelhas e olhos deformados e com danos cerebrais. O total desconhecimento dos efeitos colaterais do remédio possibilitou o desencadeamento da tragédia. 24/41 pag. 4

Ambiente Nos Estados Unidos, numa região chamada Buffalo Creek, uma empresa carbonífera depositou durante vários anos os resíduos da extração de carvão no topo de um desfiladeiro, num dique construído especialmente para esse fim. Cada quatro toneladas de carvão escavadas produziam uma tonelada de refugo, constituído principalmente de xisto. Atrás desse dique a empresa depositava o seu refugo líquido. Em 26 de fevereiro de 1972, após alguns dias de fortes chuvas, o dique, situado a cerca de 15 quilômetros das vilas de trabalhadores, rompeu, fazendo descer uma torrente negra de 600 milhões de litros de água misturados a um milhão de toneladas de refugo sólido fenda abaixo. Após o desastre, 125 pessoas estavam mortas, e 4 mil dos 5 mil moradores de Buffalo Creek estavam desabrigados. 25/41 Pergunta De quem é culpa? O que causou? Quem foi o responsável? 26/41 3- O Modelo de Causa das Perdas (Dominó de Frank Bird) O modelo apresentado na abaixo reflete a relação direta da gerência com as causas e efeitos de todos os acidentes que possam comprometer o esforço produtivo de uma empresa. 3- O Modelo de Causa das Perdas (Dominó de Frank Bird) A figura abaixo mostra as peças do dominó agrupadas de modo a identificar: 27/41 as três etapas ou níveis de controle: eminentemente ações de caráter preventivo (antes do contato com a fonte de energia), ações durante o acidente e ações após o contato com a fonte de energia ou substância. 28/41 Regulamentações do MTE A Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos trabalhadores. Ela diz que uma lei complementar irá reger estes direitos A Consolidação das Leis do Trabalho-CLT (Decreto Lei 5.452/1943) dedica um capítulo exclusivo à Segurança e Medicina do Trabalho (CAPíTULO V, alterado em 1977); A CLT, em seu artigo 155, incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança e medicina do trabalho estabelece NORMAS REGULADORAS relativas à Segurança e Medicina do Trabalho 29/41 Consolidação das Leis do Trabalho - CLT Capítulo V - Da Segurança e da Medicina do Trabalho Art. 157. Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. 30/41 pag. 5

Consolidação das Leis do Trabalho - CLT Capítulo V - Da Segurança e da Medicina do Trabalho Art. 158. Cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; II - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecido pela empresa. 31/41 Normas Regulamentadoras (NR) NR1 - Disposições Gerais NR2 - Inspeção Prévia NR3 - Embargo ou Interdição NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA NR6 - Equipamentos de Proteção Individual EPI NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR8 Edificações NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais(PPRA) NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR12 - Máquinas e Equipamentos NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão NR14 - Fornos NR15 - Atividades e Operações Insalubres NR16 - Atividades e Operações Perigosas NR17 Ergonomia NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 32/41 Normas Regulamentadoras (NR) NR19 - Explosivos NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR21 - Trabalho a Céu Aberto NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR23 - Proteção Contra Incêndios NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR25 - Resíduos Industriais NR26 - Sinalização de Segurança NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho NR28 - Fiscalização e Penalidades NR29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR31 - Norma Regulamentadora De Segurança E Saúde No Trabalho Na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal E Aqüicultura NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde NR 33 - Segurança E Saúde Nos Trabalhos em Espaços Confinados 33/41 NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria Naval Normas Regulamentadoras Rurais (NRR) NRR1 - Disposições Gerais NRR2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - SEPATR NRR3 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural CIPATR NRR4 - Equipamento de Proteção Individual - EPI NRR5 - Produtos Químicos Aqüicultura 34/41 Responsabilidades Responsabilidade Trabalhista Art. 643 - Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho... 2º - As questões referentes a acidentes do trabalho continuam sujeitas a justiça ordinária, na forma do Decreto n. 24.637, de 10 de julho de 1934, e legislação subseqüente. Responsabilidade As atividades e serviços executados envolvem, além da responsabilidade trabalhista, as seguintes responsabilidades: Civil, Criminal e Previdenciária 35/41 36/41 pag. 6

Código Civil Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Código Penal brasileiro Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Art. 121 Diz: 3º Se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos. 37/41 38/41 Penalidades previstas no Código Penal Homicídio culposo Lesão corporal Lesão corporal de natureza grave Lesão corporal seguida de morte Lesão corporal culposa Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Legislação Previdenciária Art. 120. Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis. Art. 121. O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem. 39/41 40/41 Trabalhos contratados e de terceiros Também são definidas as responsabilidades quanto aos trabalhos contratados e de terceiros: As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NRs são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos a serem adotados. 41/41 pag. 7