Biocombustíveis Também chamados de agrocombustíveis
Biomassa É o combustível obtido a partir da biomassa: material orgânico vegetal ou animal Uso tradicional: lenha, excrementos Etanol: álcool combustível. Anidro: misturado à gasolina. Álcool hidratado: consumo direto Fontes de etanol: cana-de-açúcar e milho Biodiesel: combustível obtido da mistura de um óleo vegetal com álcool + um catalisador. É consumido em mistura com o diesel de petróleo Soja, dendê, canola, colza, mamona, algodão, girassol... Co-geração de energia: queima do bagaço da cana para produzir eletricidade em usinas térmicas
Biocombustíveis no mundo Expansão a partir de 2000 (alta dos preços do petróleo) Único combustível capaz de substituir o petróleo no setor dos transportes Meta nos EUA/etanol: 20% de etanol em mistura com a gasolina até 2022. (Aumentar a participação de 1 mbd (2011) p/ 2,35 mbd) Europa: 10% de renováveis no setor de transportes, em cada país, até 2020 (e 20% na matriz total). Japão tb Índia: 20% até 2017 Rendimento do etanol: 70% da gasolina
Incentivo: o fator ambiental Consumo de biodiesel emite 60% menos CO2 que o petróleo, e o etanol 70% menos Problema: é preciso levar em conta a cadeia produtiva completa Isso envolve desmatamento (direto e indireto), fertilizantes, transporte etc Exemplo: óleo de palma na Malásia emite 33 toneladas de CO2 p/ cada 1 ton produzida
O etanol no Brasil Brasil é o segundo maior produtor de etanol, depois dos Estados Unidos Os derivados de cana constituem 17,5% da matriz energética brasileira e 5,7% da matriz para a produção de energia elétrica (2010) Álcool anidro é misturado à gasolina em 25% e deve aumentar para 27,5% (máximo possível) Em 2011 havia 435 usinas instaladas no país.
Balanço energético etanol da cana A cada unidade de E utilizada na produção do etanol da cana se obtém 9 unidades de E No etanol do milho (EUA) a proporção é de apenas 1 para 1,3 No etanol de beterraba ou trigo, 1 para 2 Nos diversos tipos de biodiesel, a proporção varia entre 1 para 2 e 1 para 3 O grande diferencial da cana: co-geração de energia (queima do bagaço)
O Proálcool Breves experiências de mistura de álcool à gasolina (5%) antes da Segunda Guerra Mundial 1975: Programa Nacional do Álcool (Brasil importava 85% do petróleo) Subsídios estatais para a construção de destilarias anexas às usinas de açúcar 1ª etapa: mistura de álcool anidro à gasolina na proporção de até 20% (1975-1980) 2ª etapa: Introdução de carros movidos a álcool (resposta ao 2º Choque do Petróleo petróleo alcançou 46% das importações totais)
Proálcool-2 Sistema de armazenamento, transporte e distribuição do novo combustível Proporção de carros a álcool atinge 26,8% em 1980 e atinge ponto máximo em 1987: 95% Declínio: segunda metade dos 80s Crise econômica afeta capacidade do Estado de subsidiar as usinas de álcool Contra-choque do Petróleo (1986) derruba os preços dos combustíveis: álcool deixa de ser competitivo Programa extinto em 1990 (governo Collor)
Balanço do Pró-álcool Economia total: US$28,7 em importações Investimento total: US$ 11,7 bilhões Solução nacional, criativa, impulsionou a decadente indústria sucroalcooleira, gerou liderança tecnológica em biocombustíveis Problemas: concentração terra/riqueza, diminuição da biodiversidade, monocultivo, uso intensivo da água Super-exploração da m-d-obra, trabalho infantil Poluição do solo (vinhoto) e do ar (queimadas)
Retomada do álcool combustível 2000: alta do preço do petróleo + desvalorização cambial Introdução do carro flex (80% produção atual) Brasil se torna 1º país do mundo a usar mais etanol do que gasolina Expansão da área ocupada por canaviais de 4,8 milhões de hecs (2000) p/ 8,1 (2011) Ingresso de k externo: de 7% da capacidade de moagem em 2008 p/ 32% em 2011 Etanol de segunda geração (45% mais barato)
A crise do etanol Paradoxo 1: carros flex abastecidos a gasolina Paradoxo 2: sem combustível para exportar Paradoxo 3: em 2012 Brasil chegou a importar Consumo 2012: Brasil 14 mi/litros, EUA 28 mi/litros Em 2011/12, 30 usinas deixaram de funcionar Problemas: Ligação da indústria do álcool c/a do açúcar Preços baixos dos combustíveis Falta de investimentos nos canaviais Queda de produtividade com a mecanização
E o biodiesel? Brasil é o 2º maior produtor, atrás dos EUA e á frente da Alemanha(2,4 bilhões de litros-2010) Investimento forte começou em 2000 Mas o custo de produção ainda mais caro que o preço do diesel (fóssil) Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (2004) obrigada a mistura no diesel comercializado, na proporção de 5% (B5) Biodiesel brasileiro: mais de 90% da soja