ESTAGIO SUPERVISIONADO: RESULTADO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO NO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR EM QUIRINOPÓLIS/GO

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Transcrição:

ESTAGIO SUPERVISIONADO: RESULTADO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO NO COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR EM QUIRINOPÓLIS/GO Filipe Martins Teixeira de Souza 1, Wanessa Cristiane Gonçalves Fialho 2, Resumo: No Estágio Supervisionado o acadêmico adquire uma experiência prática na qual se aplica grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores e os princípios teóricos estudados. Os projetos ajudam a desenvolver a capacidade de iniciativa, de decisão e da persistência na execução de uma tarefa. Este trabalho tem o objetivo de verificar a eficácia dos projetos de intervenção realizados na escola campo do estagio supervisionado, Colégio da Polícia Militar de Goiás (CPMG). O estudo é de caráter qualitativo, do tipo estudo de caso com base na análise do conteúdo das entrevistas realizadas com uma professora de biologia que tem formação na área em que atua e também uma coordenadora pedagógica. Ao terminar esta pesquisa conclui-se que o projeto de intervenção tem grande importância para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, por outro lado esses projetos não estão sendo utilizados posteriormente pela escola, o que poderia melhorar a aprendizagem do ensino básico. Palavras-Chave: Formação inicial de professores; Estágio supervisionado; Projeto de intervenção. INTRODUÇÃO A disciplina Prática de Ensino nos cursos de Formação de Professores assume uma posição de destaque na grade curricular, uma vez que a mesma proporciona um elo entre as demais disciplinas do curso, conciliando a teoria à prática docente e possibilitando a reflexão científica. Indivíduos que não atuam diretamente na escola possuem conhecimentos superficiais da realidade escolar. O estágio, amparado a uma fundamentação teórica, propiciará aos futuros professores um entendimento mais claro das situações ocorridas no dia a dia das escolas e, conseqüentemente, possibilitará uma adequada intervenção da realidade (PELOZO, 2007). De acordo com Azevedo (2000, p.48): O estágio supervisionado deve ser um instrumento de crescimento profissional, constituindo-se numa atividade interativa e participante considerando principalmente a elaboração de projeto desenvolvido pelo estagiário e orientado pelo supervisor de estágio enfocando a integração teoria-prática na formação do profissional e do educando durante o período de estágio, tendo em conta que se trata de um instrumento de avaliação das atividades realizadas e das técnicas aplicadas e analisadas. 1-Acadêmico do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás - UEG, UnU- Quirinópolis. 2-Docente do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás - UEG, UnU- Quirinópolis. 61

O estágio da atualidade tem como objetivo criar projetos que serão desenvolvidos a partir das necessidades da escola em que o aluno está estagiando, projeto este que visa à troca de experiências necessitando sempre ser modificado, já que visa à prioridade da escola. No Estágio Supervisionado o acadêmico adquire uma experiência prática na qual se aplica grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores e os princípios teóricos estudados. Ao trabalhar diretamente na sala de aula, reuni-se a teoria com a prática, tornando enriquecedora e de fundamental importância a etapa do estágio na formação do futuro docente (PIMENTA, 1997). As diversas temáticas envolvendo os estágios supervisionados contribuem para uma base sólida na formação dos profissionais da educação. Apesar das dificuldades, considerando que nem sempre os professores e estagiários têm clareza sobre os objetivos que orientam suas ações no contexto escolar e no meio social onde se inserem, além dos meios existentes para realizá-los, os caminhos e procedimentos a seguir, ou seja, sobre os saberes de referência de sua ação pedagógica, faz sentido investir no processo de reflexão nas e das ações pedagógicas realizadas nos contextos escolares (ARNONI, 2003). Nota-se que a aprendizagem torna-se um processo que ocorre durante o desenvolvimento do ser humano de forma contínua e inovadora dependendo das condições espaciais, sociais, econômicas e culturais e o que mais estimula a concretização da aprendizagem são as atividades, as quais devem acompanhar o indivíduo durante toda a vida. (LIBANEO, 1994). Nos discursos pedagógicos e políticos ninguém é capaz de negar a importância social de abordar, em todos os níveis pedagógicos, o conhecimento científico e biotecnológico, porém, na prática cotidiana das escolas, este tem sido o maior ausente, ocupando um lugar secundário em nossas escolas (VASCONCELLOS et al, 2013). A discussão em torno do ensino de ciências e/ou biologia não é atual. Um tópico importante nesta discussão é o fato do ensino não ser eficiente o suficiente a ponto de gerar interesse nos alunos pela aprendizagem e, mais especificamente, para despertar a vontade nos jovens de seguir a carreira de cientista. Especialmente nos dias atuais, em um mundo cada vez mais dependente das tecnologias advindas do saber científico, o ensino de ciências possui uma importância fundamental na construção da cidadania da criança. Esta construção só é possível modificando a forma de transmissão do seu conteúdo (DECCACHE-MAIA et al; 2012). De acordo com Prigol e Gianotti (2008), na disciplina de Biologia, a prática não deveria ser desvinculada, ou seja, separada da teoria. As aulas práticas possuem um caráter 62

investigativo, que ajudam na construção do pensamento científico dos alunos. As novas metodologias de educação devem relacionar o que é aprendido na sala de aula com aquilo que o aluno vivencia no seu dia a dia. As autoras ainda afirmam que, de modo geral, os alunos têm enfrentado dificuldades na assimilação dos conteúdos nessa área do conhecimento. Por outro lado, conforme apontou Leite, Silva e Vaz (2013), quando um aluno compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, ele amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta. Assim, as aulas práticas proporcionam uma aprendizagem significativa através da comprovação científica, oportunizando a construção do conhecimento. O conhecimento científico nos proporciona a capacidade de ampliar a nossa compreensão e atuação no mundo em que vivemos (PETRY et al, 2013). As atividades práticas contribuem para o interesse e a aprendizagem em Biologia, especialmente quando investigativas e problematizadoras. A possibilidade de que estas atividades estejam praticamente ausentes no cotidiano da escola é preocupante, em especial quando ocorre nos primeiros contatos com a Ciência, no Ensino Fundamental. (ANDRADE; MASSABNI, 2011). Uma forma de trazer para a sala de aula atividades práticas é a utilização da metodologia dos projetos. Esses são importantes por poderem ser executados em grupos ou individualmente e resultam em relatório, modelo, coleção de organismos, enfim, em um produto final concreto, de acordo com KRASILCHIK, 2008, P. 110. Diante desse quadro de poucas aulas práticas ou ausência delas, no ensino de ciências/biologia, a realidade escolar dessa relação entre teoria e prática nos interessa ao realizarmos estágios supervisionados no ensino fundamental e médio. A partir dessa realidade escolar essa pesquisa se torna importante para investigarmos se a prática dos projetos de intervenção escolar, aplicado durante os estágios, tem alguma eficácia no ensino de ciências/biologia. Para respondermos a esse questionamento os objetivos desse trabalho são: Analisar a relevância dos projetos de intervenção no ensino-aprendizagem das escolas públicas estaduais de Quirinópolis-GO e verificar a utilização dos projetos posteriormente a sua aplicação. MATERIAL E MÉTODOS O estudo realizado tem a abordagem qualitativa e se qualifica como sendo um estudo de caso, uma vez que apenas uma escola participou desta pesquisa, o Colégio da 63

Polícia Militar, da cidade de Quirinópolis, GO (CPMG). Para a execução desse trabalho foi aplicada uma entrevista semi-estruturada, gravada, com o propósito de descrever e analisar as respostas dos profissionais que se envolvem diretamente com a realização dos projetos de intervenção, na escola. Os participantes dessa entrevista foram selecionados de acordo com a escola em que atuam e, como critério de seleção foi selecionada somente a professora de biologia que tem formação na área em que atua e também uma coordenadora pedagógica da escola em questão. As entrevistas foram realizadas individualmente nas dependências da escola e ocorreram na presença do pesquisador e das entrevistadas somente. As perguntas têm relação direta com a importância dos projetos realizados: se há resultados positivos, se eles interferem na escolha do tema a ser realizado no projeto, se o projeto é realizado com qualidade, se existe alguma mudança positiva, em sala de aula, por parte dos alunos. Posteriormente as gravações serão transcritas na íntegra e lidas de forma exaustiva para que as considerações mais relevantes emergissem das falas das participantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após analise das entrevistas podemos destacar que as entrevistadas, uma professora de Biologia e uma coordenadora pedagógica possuem respectivamente 17 e 10 anos de serviço na educação básica, sendo as duas servidoras efetivas do estado. As duas possuem pós-graduação em Psicopedagogia o que demonstra que ambas procuram aperfeiçoamento em suas áreas. De modo geral elas responderam que os projetos de intervenção são importantes e contribuem para a aprendizagem dos alunos. As entrevistadas também responderam que os projetos aplicados pelos estagiários do curso de Ciências Biológicas foram todos bons, mas não souberam citar projetos realizados em anos anteriores. Esses projetos normalmente não são utilizados na escola após a sua aplicação, segundo a coordenadora, uma vez que: falta tempo para lecionar os conteúdos a serem cumpridos. Isso se deve a grande quantidade de conteúdos que precisam ser trabalhados durante todo o ano letivo. Segundo a professora de Biologia os projetos de intervenção: São importantes e trazem bons resultados quando os projetos são planejados e bem executados. As funções dos projetos são: o desenvolvimento da iniciativa, da capacidade de decidir e da persistência na execução de uma tarefa, para KRASILCHIK, 2008, P. 110, no 64

entanto, para que ele seja bem executado, deve ser orientado de maneira adequada pelo professor, para que os alunos possam, de fato, realizá-lo da maneira adequada. CONCLUSÃO Ao terminar esta pesquisa conclui-se que o projeto de intervenção tem grande importância para o processo de ensino-aprendizagem dos alunos, por outro lado esses projetos não estão sendo utilizados posteriormente pela escola, o que poderia melhorar a aprendizagem do ensino básico. É função dos estágios auxiliarem os alunos, em formação, na prática de uma variedade de atividades que possam contribuir para a sua formação mais completa, o que inclui a execução de projetos de intervenção nas escolas parceiras dos estágios. As dificuldades enfrentadas pelos estagiários são grandes, porém isso não os impede de participar de atividades mais práticas, para melhorar a sua formação e a dos alunos do ensino básico. REFERÊNCIAS BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: ciências naturais. Brasília: MEC/SEF, 2011. 136p. FUMAGALLI, Laura. O Ensino das Ciências Naturais no Nível Fundamental da Educação Formal: Argumentos a seu favor. In: WEISSMANN, Hilda (Org.). Didática das Ciências Naturais: Contribuições e Reflexões. Porto alegre: Artmed, 1998. P. 13-2 HAYASHI, A. M.; PORFÍRIO, N. L. S.; FAVETTA, L. R. A. A importância da experimentação na construção do conhecimento científico nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/4mostra/pdfs/300.pdf>. Acesso em: 20 Ago. 2013. KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia. 6.ed. São Paulo: Edusp, 2008 LEITE, A. C. S.; SILVA, P. A. B.; VAZ, A. C. R.. A importância das aulas práticas para alunos jovens e adultos: uma abordagem investigativa sobre a percepção dos alunos do PROEF II. Disponível em: < http://www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewfile/98/147>. Acesso em: 19 Ago. 2013; 65

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