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OFICINA DA PESQUISA Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br APOSTILA 2 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA Belo Horizonte 2014

O que é engenharia? [1] Imagine que você está em uma festa de final de ano, e um parente que não lhe vê há muito tempo fica sabendo que você acabou de ingressar em um curso de engenharia. Se ele lhe perguntasse o que é engenharia, qual seria a sua resposta? Eu sempre imagino esta situação porque algo parecido aconteceu comigo. O ano era 1983 e eu tinha acabado de ingressar no curso de Engenharia Elétrica da UFMG. No final do ano, na festa de Natal, minha mãe conversava com uma amiga que estava chateada porque a enceradeira importada dela tinha estragado. De repente, minha mãe me sai com uma pérola: Ah, fala com meu filho! Ele está fazendo engenharia elétrica e é muito inteligente. Tenho certeza que ele saberá consertar a sua enceradeira!. É desnecessário dizer o carão que eu fiquei, mas esta situação serviu para mostrar que a grande maioria das pessoas leigas em assuntos relacionados com a tecnologia não fazem a mínima ideia do que é engenharia ou o que faz um engenheiro. A doce inocência da cabeça da minha mãe imaginava que se um eletricista era capaz de consertar aparelhos elétricos, um engenheiro faria isso muito melhor. Tudo bem se não havia peças para a enceradeira importada. Meu filho é um futuro engenheiro eletricista, e eu...

O que é engenharia? [2] [...] tenho certeza que ele dará um jeito!. Eu tive vontade de falar: Engenheiros não são mágicos, e eu não estou estudando para consertar coisas!. Contudo, achei mais prudente mostrar o mais amarelo de meus sorrisos, e desmentir educadamente a minha mãe: Eu não sei consertar enceradeiras!. Em minha humilde opinião, considero a engenharia como a arte de combinar conhecimentos das mais diversas áreas para resolver, de modo prático, os problemas tecnológicos que a sociedade enfrenta. Holtzapple e Reece (2013) afirmam que é o conhecimento prático que distingue os cientistas dos engenheiros, já que ambos fazem uso do conhecimento científico. Neste sentido, eles citam um famoso engenheiro americano do século XIX, A. M. Wellington, que define a engenharia como a arte de fazer bem, com um dólar, aquilo que qualquer um pode fazer com dois. Esta definição já aponta para uma das principais características da engenharia, que é a preocupação em fazer mais com menos. Os engenheiros chamam isso de otimização. Os administradores chamam isso de eficiência. Ambos estão certos, mas eu diria que os engenheiros conseguiram elevar a palavra técnica ao seu mais alto grau de expressão.

O que é engenharia? [3] Para entender a minha afirmação anterior, peço ajuda ao autor Galliano (1999), que define método como a maneira correta de se chegar à verdade, e a palavra técnica como a melhor maneira de se chegar à verdade. Assim, estas duas definições sugerem que o método vem antes da técnica. Parafraseando Galliano, eu diria que método é o modo certo de se fazer alguma coisa, e que técnica, é a melhor maneira de se fazer esta mesma coisa. Vejamos um exemplo: para se usar um tênis com meia, a pessoa deve colocar primeiro a meia, e depois o tênis. Em outras palavras, existe uma sequência correta de se fazer esse processo, e se essa sequência não for respeitada, o resultado final (um pé com meia e tênis) não será alcançado. Essa sequência correta é o método. Quando se aperfeiçoa o método, chega-se à técnica. Em minha opinião, aperfeiçoar métodos (processos) e produtos é o que os engenheiros fazem de melhor. Na visão de Holtzapple e Reece (2013), os engenheiros são pessoas que buscam soluções para os problemas. Em minha humilde visão, os engenheiros são os senhores da técnica. Bem, talvez a minha visão não seja assim tão humilde.

História da engenharia [1] Diversos autores concordam com o fato de que a história da engenharia confunde-se com a própria história da humanidade. O pesquisador espanhol Castells (1999) nos mostra que as primeiras aplicações biotecnológicas remontam a 6000 anos a.c. em anotações babilônicas que ensinam como fazer a fermentação. Este registro que mostra o primeiro processo de domesticação de um ser vivo, colocando-o a serviço do homem como uma aplicação biotecnológica, talvez possa ser considerados como o primeiro registro histórico da Engenharia de Alimentos. De acordo com Holtzapple e Reece (2013), pesquisas arqueológicas também demonstram que diversas civilizações, entre 6000 e 3000 anos a.c. já construíam casas permanentes, cultivavam plantas e domesticavam animais. Os animais eram usados para substituir a força humana e puxar arados. Sistemas de irrigação foram construídos para suprir as necessidades humanas de água em locais onde ela era escassa. Moinhos movidos pela força do vento ou das águas foram usados para moer o trigo. Jazidas de cobre foram descobertas e usadas, resultando em ferramentas de cobre e de bronze. A matemática foi descoberta e utilizada como ferramenta. Todas essas informações foram descobertas em papiros e em...

[...] tabletes de argila. História da engenharia [2] Talvez as origens da engenharia sejam ainda mais antigas, embora não se tenha registros escritos, provavelmente porque a escrita ainda não tinha sido inventada. Os autores Bazzo e Pereira (2013) consideram que o desejo de criar (inventar, engenhar coisas), mola mestra da engenharia, nasceu com as primeiras técnicas primitivas que levaram à descoberta da alavanca, há mais de 12 mil anos. Existem registros de que um engenheiro egípcio chamado Inhotep foi o responsável pela construção da primeira pirâmide de degraus (Pirâmide de Djoser) com 214 pés de altura - aproximadamente 65 metros, o que é equivalente à altura de um moderno edifício de 21 andares. Esta pirâmide foi construída entre os anos de 2930 e 2910 a.c., e o projeto mostra diversas técnicas de engenharia civil, hidráulica e mecânica que são verdadeiros prodígios para a época em que a pirâmide foi construída. Figura 1: Pirâmide de Djoser, em Saqqarah, Egito. Disponível em: pt.wikipedia.org/wiki/saqqara

História da engenharia [3] A construção das pirâmides em Gizeh tiveram início provavelmente no ano 2900 a.c. (HOLTZAPPLE e REECE, 2013). A mais alta delas, a do faraó Quéops tem 481 pés aproximadamente 146 metros de altura, o que é equivalente à altura de um moderno edifício de 48 andares. Ela é considerada a maior construção de pedra feita pelos humanos antigos. Figura 2: Pirâmide de Quéops, em Gizeh, Egito.. Disponível em: http://www.lmc.ep.usp.br/people/hlinde/estruturas/queops.htm

História da engenharia [4] A história antiga mostra diversos registros notáveis da engenharia até o nascimento de Cristo. Faço menção aqui daqueles que considero mais relevantes: 1600 a.c. : Foi criado o primeiro manual de engenheiro, o Papiro Rhind. 1000 a.c. : Foi construído o Templo do Rei Salomão em Jerusalém. 450 a.c. : O Partenon grego foi construído. 300 a.c. : Appius Claudius construiu a Via Ápia (estrada) e o Aqueduto Ápia para fornecimento de água para Roma. 300 a.c. : O farol grego próximo a Alexandria foi construído. Perdurou por 16 séculos, até cair. 250 a.c. : O grego Arquimedes projetou máquinas militares e a bomba-parafuso. 200 a.c. : A construção da Grande Muralha da China foi concluída. É a única construção humana que pode ser vista da órbita da Terra. 150 a.c. : O grego Héron projeta máquinas militares, guindastes, prensas, a primeira turbina rotatória a vapor, o hodômetro e um extintor de incêndios bombeado manualmente. 140 a.c. : Foi construído o sofisticado Aqueduto Marcia. 15 a.c. : O romano Marcus Vitruvius Pollio escreveu De Architectura, trabalho padrão de referência em engenharia civil e mecânica por mais de 1400 anos.

História da engenharia [5] A história após o nascimento de Cristo (Ano Zero) até os dias de hoje mostra tantos registros relevantes da engenharia, que seria praticamente impossível listar a todos em uma única apostila. O fato relevante e que faz a engenharia ser estratégica para a sociedade em qualquer época é o domínio da técnica. A técnica era tão importante que na história antiga, as habilidades técnicas eram consideradas como presentes dos deuses, privilégios de poucos e sendo transmitidas apenas aos escolhidos por eles (BAZZO e PEREIRA, 2013). Se este fato fosse verdade, Arquimedes seria, com certeza, uma agraciado dos deuses. Diversos pesquisadores consideram Arquimedes como o primeiro engenheiro. O grande trunfo de Arquimedes, que o aproxima da engenharia moderna, é o fato de usar a experiência e a invenção para se testar uma teoria. Além disso, foi provavelmente uma das primeiras pessoas a perceber que os fenômenos físicos podem ser descritos matematicamente. Desse modo, Arquimedes foi pródigo tanto em realizações matemáticas quanto em aplicações práticas (SIMMONS, 2002). Muitos de seus livros sobre mecânica foram perdidos. Entretanto, muitos de seus tratados sobre geometria perduraram. Aqueles...

História da engenharia [6] [...] que tiveram acesso a estes escritos comentam que Arquimedes tinha um estilo lúcido e econômico. É importante ressaltar que ele aprendeu geometria quando foi estudar em Alexandria, uma geração depois que o grego Euclides estabeleceu lá a sua escola. Pode-se dizer que a ciência e a genialidade estava no sangue de Arquimedes, uma vez que era filho do astrônomo Fidias. Entretanto, temos que lembrar que não existem provas que os dons relacionados com a inteligência são repassados geneticamente. Segundo Simmons (2002), Arquimedes apresentou provas da lei das alavancas e investigou o centro de gravidade em sua obra Sobre o Equilíbrio das Superfícies Planas. Na obra Sobre a Esfera e o Cilindro, descobriu as fórmulas para o volume e a superfície de uma esfera. Arquimedes quase inventou uma forma de cálculo, e seus escritos que mostram seus progressos nesta área chegaram a Newton e Leibniz, no século XVII, que a partir das sementes lançadas por Arquimedes, chegaram ao cálculo integral e diferencial (HAWKING, 2004). O famoso Princípio de Arquimedes, base da hidrostática, foi discutido e apresentado na obra Sobre os Corpos Flutuantes.

História da engenharia [7] Arquimedes leva o crédito por uma série de invenções práticas, sendo a mais famosa delas o parafuso de rosca sem fim, usado para retirar água do subsolo e que se tornou a famosa bomba-parafuso. Arquimedes também criou o primeiro planetário mecânico, com o objetivo de mostrar o movimento de corpos celestes. Também inventou o medidor de dioptria, um instrumento para medir o diâmetro do sol. De acordo com Simmons (2002), a história que contam que Arquimedes inventou uma série de espelhos e lentes para queimar os navios romanos à distância é falsa. Entretanto, é verdade que criou inúmeras máquinas de guerras, que jogavam projéteis balísticos (catapultas) nos navios ou simplesmente deixavam cair enormes pedras em cima destes navios (guindastes) quando estes se aproximavam do porto. Apesar de Arquimedes não ter sido o inventor da alavanca, foi o primeiro a elucidar o princípio da polia composta, sendo dele a frase proverbial: Se me derem um ponto de apoio, eu posso mover o mundo. Graças a seu gênio inventivo, Arquimedes ajudou a sua cidade (Siracusa) a resistir à invasão dos romanos por um longo tempo. O general Marcellus queria capturar Arquimedes vivo, mas um soldado o matou sem saber de quem se tratava, quando finalmente os romanos...

História da engenharia [8] [...] conseguiram entrar na cidade. Arquimedes estava sentado em uma praça, sozinho, desenhando no chão algum novo projeto, e não percebeu que a cidade tinha sido invadida, até que caiu mortalmente ferido (SIMMONS, 2002). Por todos os seus feitos, Arquimedes pode ser considerado como um dos maiores engenheiros de todos os tempos. Os engenheiros também fazem projetos, que podem se tornar processos e/ou produtos. Ao longo da história, vários foram os projetistas de máquinas, armas, ferramentas e processos. Talvez o mais criativo e famoso deles tenha sido o italiano Leonardo Da Vinci. Entre seus projetos estão o helicóptero, o canhão, o tanque de guerra, máquinas voadoras, entre outros. Um de seus projetos mais fantásticos foi uma roda d agua horizontal, base das modernas turbinas hidráulicas utilizadas em usinas hidrelétricas. Acredito que uma das maiores frustações que um projetista pode sentir é elaborar um projeto e ver que a tecnologia disponível em sua época não permite transformar aquele projeto em realidade. Esse foi o caso de Leonardo Da Vinci, no século XV, e de outros, como Charles Babbage, no século XIX. Os autores Holtzapple e Reece (2013) afirmam que a palavra engenheiro foi usada pela primeira vez no ano século II, quando Tertuliano, um autor cristão...

História da engenharia [9] [...] descreveu um ataque romano à cidade de Catargo em que foi utilizado um aríete, por ele descrito como ingenium, uma invenção engenhosa. Figura 3: Um aríete da época dos exércitos romanos. Disponível em: http://www.cloroalclero.com Mais tarde, por volta do século XII., a pessoa responsável pelo desenvolvimento de engenhos inovadores destinados à arte da guerra era conhecido como ingeniator. Aríetes, torres de assalto, trabuquetes, catapultas e pontes flutuantes eram importantes engenhos de guerra. Surgia assim o nome que daria origem ao campo de saber e ao profissional de engenharia. No Renascimento, entre os séculos XIV e XVI, a palavra engenheiro ganhou uma formulação contemporânea composta por uma série de nomes: Ingeniator, Architectus, Geometricus et Carpentariuns que significa o habilidoso construtor de engenhos, construtor de casas, medidor de terras e fazedor de carruagens.

A engenharia moderna [1] Na visão de Castells (1999) e de acordo com vários historiadores, há duas revoluções industriais. A primeira começou nos últimos trinta anos do século XVIII, e foi caracterizada por novas tecnologias como a máquina a vapor e novos processos metalúrgicos. A segunda, cerca de cem anos depois, destacou-se pelo advento da eletricidade, do motor de combustão interna, de produtos químicos com base científica e o início das tecnologias da comunicação (telégrafo e telefone). Estas revoluções provocaram um aumento repentino e inesperado de aplicações tecnológicas, que transformou os processos de produção e distribuição, criando uma enxurrada de novos produtos e mudando o eixo de poder e riqueza no mundo. Infelizmente, a maioria dos avanços tecnológicos está relacionada a ambições imperialistas que acabaram resultando em conflitos. Qual é a importância da revolução industrial? Pode-se afirmar que, até certo ponto, a mudança da engenharia antiga para a engenharia moderna teve a revolução industrial como o seu marco de passagem. Bazzo e Pereira (2013) que esta passagem não ocorreu de uma hora para a outra. Foi um processo gradual. Os mesmos autores afirmam que engenharia moderna é aquela caracterizada por uma forte aplicação de...

A engenharia moderna [2] [...] conhecimentos à solução de problemas. Em outras palavras, o homem passou a aplicar conhecimentos científicos às técnicas. Na engenharia antiga, os artefatos eram construídos com base em determinantes estéticos e operacionais que dependiam da experiência anterior do construtor, ou seja, é uma engenharia baseada principalmente na experiência. Na engenharia moderna elabora-se um projeto teórico baseado em conceitos científicos, em teorias formalmente estudadas e testadas empiricamente em laboratórios antes do produto final tomar forma (BAZZO e PEREIRA, 2013). Na primeira revolução industrial, o fato central é o motor a vapor, que permite substituir a força humana e a força dos animais com vantagens. Na segunda revolução industrial, a eletricidade é a grande novidade, pois, pela primeira vez na história, era possível usar uma energia que podia ser transportada, ou seja, não seria produzida no mesmo local em que seria utilizada. Este fato permitiu uma evolução do processo de industrialização, iniciado com a máquina a vapor, que foi substituída por motores elétricos. O primeiro gerador elétrico experimental foi construído em 1832 por um fabricante de instrumentos francês chamado Hippolyte Pixii. Entretanto, o primeiro motor elétrico só foi usado na prática em 1871.

A engenharia moderna [3] De acordo com Bazzo e Pereira (2013) a engenharia nasce como profissão a partir do momento em que os construtores e inventores passaram a criar técnicas com base em conhecimentos científicos. É interessante ressaltar que não se trata de utilizar técnicas baseadas em publicações. Temos vários escritos da área de engenharia anteriores à revolução industrial. Por exemplo, no ano de 1230, um livro de anotações do francês Wilars de Honecourt descrevia agrimensura, corte de pedras, serras movidas à água e uma máquina de movimento perpétuo. No ano de 1500 foi publicado aquele que é reconhecido como o primeiro livro de engenharia, chamado De Re Militari, pelas mãos do italiano Valturius. Em 1556, o italiano Georgius Agricola publicou o livro De Re Metallica, que descrevia métodos de mineração, distribuição de jazidas, fabricação de sal, soda, alume, vitríolo, enxofre, betume e vidro (HOLTZAPPLE E REECE, 2013). A engenharia moderna nasce, não por acaso, na mesma época do Iluminismo, época em que a ciência e a filosofia começam a se distanciar (século XVIII) até que sofrem uma ruptura mais radical no final do século XIX, com o positivismo de Augusto Comte. Segundo Bazzo e Pereira (2013), a primeira pessoa a usar formalmente o título de engenheiro foi o inglês...

A engenharia moderna [4] [...] John Smeaton, que projetou e construiu o farol de Eddystone em 1756. Ele teria se autointitulado Engenheiro Civil, e esta designação serviu para definir em muitos países a engenharia que não se ocupava de serviços públicos, do estado ou relacionados à área militar. As primeiras escolas de engenharia surgiram na França do século XVIII, e tinham a finalidade de ensinar as aplicações da matemática aos problemas de engenharia. A primeira escola de engenharia no Brasil foi criada por D. João VI em 1810, com o nome de Academia Real Militar. Depois da independência, ela passou a se chamar Academia Imperial Militar, e mais tarde, Academia Militar da Corte. A partir de 1823, ela passou a aceitar estudantes civis, e em 1858, passou a se chamar Escola Central (BAZZO e PEREIRA, 2013). Os mesmo autores afirmam que em 1946, o Brasil já contava com 15 instituições de ensino de engenharia. Hoje (2014), temos mais de 200 instituições dedicadas ao ensino da engenharia.

O ensino de engenharia no século XXI [1] Em 2009, o engenheiro e professor emérito da UFMG, Evandro Mirra, proferiu uma palestra em que sinalizou as tendências da engenharia do século XXI, especialmente no caso do Brasil. Ele começa a sua fala diferenciando previsão de prospecção. Assim, ele afirma que não se devem fazer previsões sobre o futuro, porque a única certeza que teremos é que as chances de erros são muito maiores que as chances de acerto. Ele ressalta que devemos fazer uma prospecção, definida como um esforço coletivo, trabalhoso e baseado em evidências que resultam de diversas correntes de pensamento. Continuando o seu raciocínio, ele demonstra que a prospecção resulta de uma análise das variáveis que permitem estabelecer a situação em que nos encontramos hoje e como a evolução dessas variáveis pode afetar o nosso futuro. A prospecção é uma leitura do presente que permite analisar os fatos que podem ser portadores do futuro. Resulta, então, que a prospecção é um dos processos para construção do futuro. Uma das entidades que se preocupa com a prospecção do futuro da engenharia no Brasil é a Associação Brasileira de Ensino da Engenharia - ABENGE, que desenhou o perfil do engenheiro do século XXI a partir de discussões na academia, nas empresas e no poder. Este perfil considera que as...

O ensino de engenharia no século XXI [2] [...] seguintes características que devem fazer parte das habilidades e competências do engenheiro: Ser facilmente treinável no ambiente da empresa: Significa que as empresas não esperam que as escolas de engenharia sejam capazes de fornecer uma formação completa para seus engenheiros, mesmo porque cada empresa possui uma maneira de trabalhar diferente, desenvolvem seus próprios métodos e técnicas. As empresas esperam que as escolas preparem o engenheiro iniciante para que ele tenha uma postura de se apropriar rapidamente da cultura tecnológica produzida pelas diversas empresas do setor. Bons conhecimentos teóricos especializados: Significa que não basta as escolas fornecerem apenas as ferramentas (os conhecimentos básicos), mas que em alguns casos, algumas ferramentas matemáticas e físicas mais sofisticadas são necessárias para que o engenheiro desenvolva sua própria expertise em determinadas áreas. Este é o caso, por exemplo, de teorias como as equações de Maxwell e as transformadas de Laplace e de Fourier para o campo de estudo da Engenharia Elétrica.

O ensino de engenharia no século XXI [3] Treinamento em pesquisa: Significa que as empresas esperam que os engenheiros iniciantes tivessem a oportunidade de serem treinados em pesquisa em seu período de formação a ciência processo e não apenas a ciência disciplina. Capacidade para trabalhar em grupos: Esta é uma habilidade essencial, forjada no âmbito das relações interpessoais. A sinergia só acontece a partir do momento em que as pessoas aprendem a conviver e produzir conhecimento em grupo, o que exige paciência, tolerância, disponibilidade, entre outras características desejáveis. Deve ter resistência a frustrações e capacidade de conviver com as situações de crise: Significa que as empresas esperam que os engenheiros iniciantes sejam capazes de trabalhar em um ambiente onde eles estarão sujeitos à pressões. Neste contexto, a possibilidade de fracassos é rotineira e o engenheiro tem que saber lidar com isso de forma objetiva, ou seja, não perder tempo lamentando e enfrentar com coragem os próximos desafios. Competência em informática como uma ferramenta rotineira: Significa que a informática na engenharia deixou de ser uma ferramenta e tornou-se a ferramenta.

O ensino de engenharia no século XXI [4] Boa comunicação oral e escrita: Significa que as empresas esperam que os engenheiros tenham desenvoltura para se comunicar adequadamente com pessoas dos mais diversos níveis de escolaridade, além de capacidade para ler e produzir material técnico sem percalços linguísticos. Sólida formação cultural: Significa que o engenheiro não é uma pessoa a quem só interessa conhecimentos técnicos. O engenheiro deve saber navegar bem por todas as áreas do conhecimento. Na construção desta formação, é essencial que o engenheiro seja fluente em inglês, no mínimo. Uma das principais características da engenharia do século XXI é a inovação. De acordo com Mirra (2009), não existe engenharia de qualidade sem inovação. Inovação vem de pessoas. A inovação não pode mais ser vista hoje como resultado solitário do insight de um inventor genial. Inovação é um processo coletivo que resulta de um esforço conduzido pela sociedade. Não vem só das empresas. Começa na academia, precisa do suporte do estado, das instituições financeiras, de aparato legal, etc. A inovação pode ser um serviço, um processo ou uma nova maneira de pensar e agir que produza resultados consistentes na sociedade.

O ensino de engenharia no século XXI [5] Na visão de Mirra (2009), no processo de inovação, as empresas e as indústrias são protagonistas, ou seja, possuem um papel hegemônico. Entretanto, não operam sozinhas. Toda inovação é científica, tecnológica e social. Isto significa que a inovação implica em mudanças de hábitos. O ritmo de inovação tecnológica nos últimos 30 anos tem dois momentos: de 1980 a 1994, e de 1995 até 2010. O que se verifica no primeiro momento é que países tradicionalmente inovadores, especialmente o Estados Unidos e alguns países da Europa, continuam na vanguarda, mas não estão mais acelerando em relação ao resto do mundo. Neste segundo momento, observa-se que há um crescimento da inovação em países como o Brasil e especialmente, nos países asiáticos. O mesmo autor revela que a inovação pode ser medida em várias dimensões, a saber: Número de pessoas envolvidas em processos de inovação Quantidade de artigos científicos publicados Quantidade de patentes registradas Quantidade de produtos tecnológicos colocados no mercado

O ensino de engenharia no século XXI [6] Em 2009, o grupo de pesquisa sobre economia da inovação de Harvard mapeou os principais atores mundiais do processo de inovação. Este ranking é mostrado a seguir: 1. Estados Unidos 2. Finlândia 3. Israel 4. Reino Unido 5. Singapura 6. Japão 7. Coréia do Sul 8. Canadá 9. Irlanda 10. Austrália 11. Dinamarca 12. Brasil 13. Nova Zelândia 14. França 15. Holanda 16. Suécia 17. China 18. Alemanha 19. Rússia 20. Chile Dados da PINTEC (Pesquisa de Inovação Tecnológica) de 2008, realizado pelo IBGE mostrou que o Brasil teve 4800 empresas inovadoras que realizaram pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços. Deste total de empresas, 267 foram líderes em inovação dentro de sua área de atuação no mercado mundial. Este é um feito notável, tendo em vista que o Brasil demorou a acordar e chegou tarde para disputar o jogo da competitividade mundial. Existem áreas em que o Brasil detém liderança global em termos de inovação: Alimentos, Petróleo e gás, Combustíveis da biomassa, Metal-mecânica, Equipamentos de transportes, Produtos químicos petroquímicos polímeros, Produtos florestais - papel e celulose.

Especialidades da Engenharia e área afins [1] Várias são as engenharias hoje, e este número tende a crescer. Os historiadores concordam que todas as engenharias evoluíram da engenharia civil. Engenharia Civil: É considerada a mais antiga uma vez que existem registros de 4500 anos, da época das pirâmides do Egito. Os engenheiros civis são responsáveis pelo projeto e construção em larga escala (edifícios, pontes, viadutos, túneis, aeroportos, portos, sistemas de abastecimento de água, etc). Engenharia Mecânica: É considerada quase tão antiga quanto a engenharia civil, uma vez que muitas máquinas eram necessárias à execução de grandes projetos de engenharia. A partir da primeira revolução industrial, a engenharia mecânica se separou definitivamente da engenharia civil como uma especialidade e cresceu. Engenharia Elétrica: Ela nasceu a partir do momento em que os cientistas passaram a compreender a natureza da eletricidade e descobriram aplicações práticas. A base é a geração, transmissão e utilização da energia. A engenharia elétrica é considerada a maior especialidade das engenharias, uma vez que congrega 25% de todas os engenheiros em suas diversas especialidades: elétrica (de potência), eletrônica, automação, telecomunicações, computação, software, biomédica e mecatrônica (com a participação de outras engenharias), etc.

Especialidades da Engenharia e área afins [2] Engenharia Química: A partir do final do século XIX, a indústria química começou a evoluir muito em função do desenvolvimento científico. Esta indústria contratava dois tipos de funcionários técnicos: os químicos e os engenheiros mecânicos. O engenheiro químico nasceu da junção destas duas especialidades. Engenharia Industrial: São responsáveis em projetar, desenvolver, instalar e operar plantas industriais. Além disso, são mestres na área da otimização em todas as áreas de atuação humanas. Ela surge de um desdobramento da engenharia mecânica, química e metalúrgica, mas hoje o profissional recebe contribuições de outras engenharias. A Engenharia de Produção é a denominação mais atual da engenharia industrial. Engenharia de Materiais: Ela se dedica a obter os materiais que vão atender as demandas da sociedade. Assim, surgiram diversas especialidades, tais como a engenharia de minas, a metalúrgica, a do petróleo, a de cerâmica e a de ciência dos materiais, entre outras. Outras áreas: Agronomia, Arquitetura, Engenharia Nuclear, Engenharia de Alimentos, Engenharia Aeroespacial, Engenharia Biomédica e Tecnólogos da Engenharia.

Registro Profissional do Engenheiro [1] O órgão responsável pelo registro profissional do engenheiro e profissões relacionadas é o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia CONFEA. Recentemente a Arquitetura se retirou do CONFEA e criou o seu próprio conselho. O CONFEA surgiu no Brasil em 1933 a partir da regulamentação da profissão de engenheiro pelo então presidente, Getúlio Vargas. Atualmente o CONFEA é regido pela Lei 5.194 de 1966, e representa todas as engenharias, além dos geógrafos, geólogos, meteorologistas e os diversos tecnólogos, o que compreende algumas centenas de títulos profissionais. O CONFEA é representado nos estados pelos Conselhos Regionais de Engenharia - CREA s. Hoje o sistema CONFEA/CREA tem registros de cerca de um milhão de profissionais que respondem por cerca de 70% do PIB do Brasil. O Conselho Federal é considerada a instância máxima a qual um profissional pode recorrer para qualquer assunto relacionado ao exercício da profissão.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BAZZO, Walter Antonio; PEREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Introdução à engenharia: conceitos, ferramentas e comportamentos. 4. ed. Florianópolis: UFSC, 2013. BROCKMAN, John; MATSON, Eric (Orgs.). As coisas são assim: pequeno repertório científico do mundo que nos cerca. São Paulo: Cia. das Letras, 2000. CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Disponível em: <www. confea.org.br>. Acesso em: 07 set. 2014. FREIRE-MAIA, Newton. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1998. GALLIANO, Guilherme. O método científico. São Paulo: Harbra, 1999. HOLTZAPPLE, M. T.; REECE, W. D. Introdução à engenharia. Rio de Janeiro: LTC, 2013. HAWKING, Stephen W. Os gênios da ciência: sobre os ombros dos gigantes. Rio de Janeiro: Campus, 2004. RUSSELL, Bertrand. História do pensamento ocidental: a aventura do pensamento dos pré-socráticos a Wittegenstein. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. SAGAN, Carl. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. São Paulo: Cia. das Letras, 2000. SIMMONS, John. Os 100 maiores cientistas da história: uma classificação dos cientistas mais influentes do passado e do presente. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.