Big Data marca início da Semana de Informática da Fema

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1 Big Data marca início da Semana de Informática da Fema Começou na segunda-feira, 23, a 24ª Semana de Informática da Fundação Educacional do Município de Assis Fema, evento promovido pela Coordenadoria de Informática e que neste ano traz o tema Desafios e tendências para a área de TI. A abertura do evento trouxe para o espaço acadêmico conhecimentos sobre Big Data, um dos temas mais atuais na área de tecnologia da informação e que tem atraído a atenção de profissionais e empresas da área. A palestra intitulada de Big Data e eu com isso? foi ministrada pelo Prof. Dr. Marcos Cavalcanti (COPPE/UFRJ) Doutor em Informática pela Université de Paris XI, professor da COPPE/UFRJ, no Programa de Engenharia de Produção, coordenador do CRIE - Centro de Referência em Inteligência Empresarial da COPPE/UFRJ, membro do Board do New Club of Paris, editor da Revista Inteligência Empresarial, co-autor de diversos livros e coordenador do projeto que revisão da metodologia de avaliação de empresas 1 / 6

2 utilizado desde 2010 pelo BNDES, incorporando os ativos intangíveis nesta avaliação. O Professor Dr. Marcos apresentou com muito entusiasmo e bom humor uma nova tendência na área de tecnologia da informação e mostrou aos alunos o futuro no mundo virtualizado, enfatizando ainda que embora com tamanha tecnologia e digitalização o profissional do século 21 deverá manter a mente aberta para saber utilizar todas as informações que estão sendo geradas pelo mundo digitalizado em favor da humanidade. Segundo ele vivemos num mundo com muita informação digitalizada, dados e informações digitalizadas, mas somente agora estamos atingindo um outro patamar, com a internet das coisas. Para ele, atualmente não são só as pessoas que estão conectadas com seus celulares e o tempo inteiro ligadas na internet, mas os objetos e as coisas também estão se conectando na internet e falando entre si. A geladeira, por exemplo, tem um chip que informa a General Eletric os problemas que a geladeira está tendo, quantas vezes o proprietário abre a porta, e esta quantidade absurda de dados nos permite hoje conseguir previsões do comportamento humano, do comportamento das máquinas, fato que atingiu escalas sem precedentes na história da humanidade. O Doutor ainda explicou que o Big Data é a tentativa de usar esta 2 / 6

3 tecnologia a favor do ser humano. E segundo Dr. Marcos a grande questão será quem vai ter o controle destes dados: o estado, o governo, grandes corporações ou se será a sociedade. Junto com a ideia do Big Data, que é essa digitalização de dados sem precedentes, vem o Open Data onde todos teriam acesso livre dos dados e não o acesso privado aos dados como ocorre hoje. Ainda segundo ele, o Big Data vai além dos dados, pois trata de um mundo onde a quantidade de dados chegou a tal ponto que a ciência por exemplo pode fazer descobertas que ela nunca fez. A gente hoje conhece o genoma humano, como o corpo humano é composto em detalhes. Não sabíamos ainda como estas alterações acontecem, mas agora a gente pode colocar um marca- passo, um aparelho que vai acompanhar o fígado de um paciente o dia inteiro. Se antes a gente não tinha condições de fazer exames a cada três meses, hoje temos equipamentos que acompanham estes pacientes o dia todo, promovendo uma quantidade absurda de dados, que nos permitem descobrir como que o comportamento de um ser humano vai impactar na saúde dele. Claro que já sabemos muitas coisas, como que fumar faz mal, beber também; mas agora existe a possibilidade de uma quantidade de dados, que nos permite correlacionar tudo 3 / 6

4 que o ser humano faz hoje em dia, como ele dorme, o que ele come, como ele respira e anda. E a expectativa é que isso promova um salto gigantesco na ciência e na compreensão que temos dos seres humanos. Para elucidar ainda mais o Big Data o Doutor ainda fez uma comparação O paralelo que eu faço é o seguinte: há 500 anos, olhávamos para o sol, que de repente desaparecia escurecido pela lua e olhava para aquilo e pensava, isso é coisa de Deus, os Deuses estão querendo dizer alguma coisa. Demorou muito anos para o ser humano descobrir que aquilo era um eclipse do sol. Então hoje a gente vê coisas que ainda não entende, mas que com o Big Data vamos começar a entender, pois envolve um outro patamar do desenvolvimento humano que muda tudo. Muda a maneira como o governo e as empresas vão funcionar e que tipo de profissional vai ser valorizado. O profissional que digitava coisas hoje já não tem muita importância, pois agora existem diversos sensores que captam os dados, mas o profissional que fizer a análise destes dados, responsável pela analítica dos dados, esse sim será muito valorizado. Para o professor Marcos Cavalcanti o profissional de TI do futuro terá que entender tudo de informática. Deverá conhecer todos os programas, saber programar, mas principalmente terá 4 / 6

5 que desenvolver a capacidade criativa, o que em geral, segundo ele, não é estimulado nas universidades. Segundo ele geralmente a sociedade se preocupa em formar pessoas muito bem informadas, com muitas informações, mas pouco críticas e capazes de analisar dados e tomar uma decisão. A gente não exercita esta capacidade de análise, o que exercitamos são metodologias de análises. E o profissional que irá fazer a diferença no século XXI será aquele capaz de correlacionar dados que eventualmente nem estão armazenados em bancos de dados, o que irá demandar uma sensibilidade para perceber dados que aparentemente não estão correlacionados podem ser utilizados para a tomada de decisão. O início dos trabalhos da 24ª Semana de Informática contou com a presença do diretor da Fema e Imesa Prof. Ms. Eduardo Augusto Vella Gonçalves, do presidente do Conselho Curador da Fema, Prof. Dr. Ulysses Telles Guariba Netto e do coordenador da área de Informática da Fema, Prof. Dr. Alex Poletto. Durante a noite de abertura da Semana, os participantes ainda acompanharam a apresentação da empresa parceira do evento VSM Informática. A apresentação foi proferida pelo gerente de TI da empresa e ex-aluno da Fema, Adriano Alves Dornelas, que falou sobre a atuação da 5 / 6

6 empresa, o mercado de TI, as tendências e as competências do profissional do futuro. O Grupo VSM desenvolve desde 1992 softwares especializados no gerenciamento de Farmácias e Drogarias. A empresa começou em Assis onde a primeira versão do STF (Sistema de Frente de Loja) e do OURO (Sistema de Retaguarda) foram desenvolvidas e implantadas em algumas drogarias da cidade. Com a evolução do sistema e a satisfação dos clientes, a VSM logo conseguiu centenas de clientes no interior de São Paulo e no norte do Paraná. O Grupo também mantém o VSMShop, uma loja virtual de produtos diversos br. A Semana de Informática segue até dia 28, sábado. Para conferir a programação completa acesse 6 / 6