SEMINÁRIO RENOVAÇÃO DE CONCESSÕES DO SETOR PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA. Porto Alegre 05/10/2009 Luiz Carlos Guimarães ABRADEE



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Transcrição:

SEMINÁRIO RENOVAÇÃO DE CONCESSÕES DO SETOR PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA Porto Alegre 05/10/2009 Luiz Carlos Guimarães ABRADEE

Concessões de Distribuição QUANTO AO PRAZO CONTRATUAL AS CONCESSÕES DE DISTRIBUIÇÃO SE DIVIDEM EM 3 BLOCOS: Bloco 1: Empresas que foram privatizadas durante o processo de desestatização e que contam, hoje, com contratos com prazo de 30 anos e cláusula de prorrogação por mais 30 anos Bloco 2: empresas não privatizadas, mas que assinaram novos contratos, com base na Lei 9.074, com prazo de 20 anos e cláusula de prorrogação por mais 20 anos Bloco 3: empresas que não têm contratos, mas apenas outorgas, sem prazo estabelecido e sem regras de prorrogação (CEAM, CEA e CER) 2

Constituição de 1988 A Constituição de 1988 art. 175, estabelece: Incumbe ao Poder Público, na forma da Lei, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos Parágrafo Único (art. 175): A Lei disporá sobre o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviço público, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade fiscalização e rescisão da concessão ou permissão e os direitos dos usuários A Lei Geral das Concessões (Lei 8.987/95) dispôs sobre a prorrogação referida no art. 175 3

Lei Geral das Concessões Lei Geral das Concessões - Lei 8.987/95: Art. 23 Estabeleceu que as condições para a prorrogação são cláusulas essenciais dos contratos. Admitiu, portanto, a prorrogação da concessão e não menciona a exigência de uma única prorrogação A Lei Geral definiu, também, regras de transição para as concessões: Art. 43 Concessões outorgadas sem licitação, posteriormente à CF/88 e as outorgadas anteriormente à CF/88, cujas obras não tenham se iniciado ou estejam paralisadas, deverão ser extintas Art. 42 Concessões anteriores à Lei 8.987/95, que tenham prazo fixado no contrato ou no ato de outorga, serão válidas pelo prazo restante. Uma vez encerrado o prazo, a concessão será licitada Art. 42 Concessões com prazo vencido, indeterminado ou outorgadas em caráter precário, deverão ser extintas em até 24 meses 4

Lei 9.074/95 Lei do Setor Elétrico A Lei 9074/95 admitiu a prorrogação, à requerimento do concessionário Art 4 º : as concessões (...) serão contratadas, prorrogadas e outorgadas nos termos desta Lei e da Lei 8.987 2º As concessões de geração de energia elétrica anteriores a 11/12/2003 terão o prazo (...) limitado a 35 anos (...), podendo ser prorrogado por até 20 anos, a critério do Concedente, observadas as condições dos contratos. 3º As concessões de transmissão/distribuição contratadas a partir desta Lei, terão prazo limitado a 30 anos (...) podendo ser prorrogado no máximo por igual período, a critério do concedente, nas condições do contrato. 4º As prorrogações deverão ser requeridas em até 36 meses da data final do contrato, devendo o concedente manifestar-se 18 meses antes dessa data. A Lei não diz que ela se aplicaria somente para as novas concessões As concessões de distribuição foram, todas, contratadas após publicação da Lei 9.074/95 5

Lei 9.074/95 Lei do Setor Elétrico A Lei 9.074/95, referindo-se, especificamente, às concessões alcançadas pelo art. 42 da Lei 8.987/95, estabeleceu regras gerais de transição para suas prorrogações (art. 19 para as concessões de geração e art. 22 para as de distribuição). Diz o art. 22: As concessões de distribuição alcançadas pelo art. 42 da Lei 8.987/95 poderão ser prorrogadas, desde que reagrupadas segundo critérios de racionalidade operacional e econômica (...) 2º A prorrogação terá prazo único, igual ao maior remanescente dentre as concessões reagrupadas, ou vinte anos (...), prevalecendo o maior 6

Lei 9.074/95 Lei do Setor Elétrico A mesma Lei 9.074/95, referindo-se, ainda, às concessões do art. 42, mas que seriam privatizadas, definiu-lhe regras específicas de prorrogação: Art. 27: ( ) para promover a privatização simultaneamente com a outorga da nova concessão ou com a prorrogação das concessões existentes ( ). 1º- a prorrogação poderá ser feita por prazos diferentes, para que todas as prrrogações terminem na mesma data, limitados a 30 anos. 2º- na elaboração dos editais de privatização, a União deverá atender as Leis 8.031 e 8.987, inclusive quanto à publicação das cláusulas essenciais do contrato e do prazo de concessão O art. 27 admitiu, portanto, no âmbito do processo de privatização, a outorga de nova concessão, bem como a prorrogação das concessões existentes (art. 42), por um prazo máximo de 30 anos As normas para a prorrogação diferiram, portanto, conforme a destinação. As objeto de privatização tiveram prazo mais longo. Ficou também confirmada a necessidade das cláusulas essenciais 7

Lei 9.427/95 Lei da ANEEL Art. 27ª: A Lei 9.427/96 dispôs que os contratos de concessão e os resultantes da aplicação dos art. 4 e 19 da Lei 9.074 conteriam cláusula de prorrogação da concessão, enquanto os serviços forem prestados nas condições estabelecidas no contrato, na legislação do setor, atendam o interesse dos consumidores e o concessionário o requeira O novo regramento previu, portanto, que os contratos de concessão deveriam conter obrigatoriamente cláusulas de prorogação, e mais, em que condições a prorrogação deveria ser aplicável A grande maioria dos contratos, objeto de privatização ou não, foi assinada após essa Lei e, portanto, subordinada ao seu regime A revogação do art. 27 da Lei 9.427/96, pela Lei 10.848/2004, não atingiu, obviamente, os contratos de concessão firmados antes de 2004; 8

Conclusões Os contratos de concessão da distribuição dividem-se em 3 blocos: contratos de empresas que foram objeto de privatização; de empresas não privatizadas e empresas sem contrato Todos os contratos assinados têm cláusula juridicamente válida de prorrogação (não contrariam norma legal existente). A possibilidade de prorrogação é regra geral das concessões, sendo mesmo, cláusula necessária e essencial dos contratos Os novos contratos assinados pelas empresas, privatizadas ou não, pouco diferem. As diferenças se restringem ao prazo do novo contrato (30 ou 20 anos) e a data de início da contagem do prazo (a partir da assinatura do novo contrato ou a partir da data da Lei 9.074/95) 9

Conclusões Os contratos assinados formalizaram uma relação jurídica antes inexistente. Assim, o comando prorrogação, nos dispositivos legais, diz com a outorga e não com a prorrogação (o contrato não existia e, sendo assim, seria impossível prorrogá-lo). As prorrogações implicaram, na realidade, na assinatura de novos contratos Quanto as condições para a prorrogação: todos os contratos têm previsão de que ela deva estar lastreada em relatórios técnicos. A única diferença é que, nos contratos das privatizadas, além da condição de assegurar a continuidade e qualidade do serviço público, está incluída a expressão: a critério exclusivo da ANEEL A prorrogação das concessões é, portanto, uma questão que se subordina à avaliação do mérito da medida 10

Requisitos para a Prorrogação Requisitos a serem cumpridos, na hipótese da decisão de prorrogação (consoante disposições dos contratos e da legislação): A prorrogação deverá ser importante para os objetivos da qualidade, continuidade e modicidade tarifária na prestação do serviço A capacidade da concessionária, frente a esses objetivos, deverá ser atestada pela Aneel, por meio de relatórios técnicos da fiscalização A opção pela prorrogação deverá subordinar-se ao interesse público, podendo implicar a revisão dos contratos A concessionária deverá requerer a prorrogação (em até 36 meses do término); A opção do Concedente será discricionária, restando à concessionária exigir a indenização prévia em caso de não prorrogação. O Concedente pode, a qualquer tempo, extinguir a concessão. 11

Encaminhamento das Decisões Distribuição: Não há ganhos concretos de modicidaade decorrentes da licitação das concessões de distribuição. A licitação somente se justificaria à luz de eventuais imperativos da legislação Transmissão: Embasamento semelhante ao da distribuição, devendo-se, entretanto, avaliar as questões referentes as DITs e a possibilidade da captura dos ganhos decorrentes da revisão da parcela blindada dos ativos (RBSE) de transmissão Geração: Há diferentes abordagens de prorrogação ou licitação que poderão ser avaliadas, à luz do objetivo da modicidade das tarifas 12

Posição da ABRADEE A prorrogação dos contratos das distribuidoras não exige a edição de Lei (há previsão legal para a prorrogação, nos contratos de concessão Deverá haver celeridade na decisão e na regulamentação do processo Há urgência na definição da forma e critério de cálculo da reversão Há urgência na definição das novas condições da Concessão (contratos, cláusulas econômicas, DITs; incorporação de concessões, etc.) As possíveis regras seja da licitação ou da prorrogação, de quaisquer segmentos, deverão levar em conta a modicidade tarifária Deverá haver isonomia no tratamento dos mercados livre e cativo 13

Fim 14