A importância da Matriz de Saldos Contábeis no âmbito do Processo de Convergência e da Consolidação das Contas Nacionais Subsecretaria de Contabilidade Pública Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação
REFORMAS CONTÁBEIS NO SETOR PÚBLICO (1/2) Contexto Internacional: Reformas Contábeis - Adoção do Regime de Competência; - Adoção de Padrões Contábeis Internacionais: IPSAS, IFRS. Contexto Nacional: Desafios e Motivações - Dados pouco confiáveis; - Informação declaratória, não verificável; - Foco maior na legalidade que na essência: incapacidade de uso gerencial das informações contábeis; - Desalinhamento conceitual e existência de vieses; - Dificuldade de interpretação da informação contábil pela sociedade: pouca transparência e accountability.
REFORMAS CONTÁBEIS NO SETOR PÚBLICO (2/2) Contexto Nacional: Estratégia - Convergência das Normas Brasileiras (NBC TSP/CFC) ao padrão internacional (IPSAS); - Alinhamento Institucional: - STN e CFC; - STN e Tribunais de Contas; - Comunidade contábil (escritórios, profissionais, órgãos de controle, etc.). - Alinhamento Normativo: - MCASP: em especial o PIPCP; - MDF. - Capacitação (EGP, SECOFEM, etc.); - Alinhamento Sistêmico: - Revisão marco legal (Decreto e Portaria de Padrões Mínimos, LRF); - Siconfi MSC:
PROCESSO DE CONVERGÊNCIA IPSAS/NBC TSP International Public Sector Accounting Standards / Normas Brasileiras de Contabilidade do SP LRF Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá (...) a consolidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação (...) Portaria MF nº 184/2008 Art. 1 Determinar à STN, o desenvolvimento das seguintes ações no sentido de promover a convergência às IPSAS e às NBCTSP (...) MCASP PCASP Plano de Contas Aplicado ao Setor Público DCASP Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Fontes Normativas Embasamento legal Ato do MF Regras de implantação Aplicação Decreto nº 6.976/2009 Art. 4 o O Sistema de Contabilidade Federal tem como objetivo promover: I - a padronização e a consolidação das contas nacionais; II - a busca da convergência aos padrões internacionais de contabilidade (...) Siconfi Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro
Processo de Convergência no Setor Público IPSAS Validação dos novos procedimentos na MSC ou DCA Análise da aplicabilidade no Brasil Revisão da taxonomia para incorporação de novas validações Consulta pública de aspectos relevantes (*) MCASP Publicado com vigência para o exercício seguinte Análise das contribuições e elaboração de minuta de NBC TSP (*) Análise das alterações necessárias no MCASP e consulta pública Consulta pública de minuta de NBC TSP NBC TSP Publicada 5
Calibrando o Processo de Convergência IPSAS NBC TSP PIPCP - Aplicabilidade - Operacionalidade - Maturidade contábil dos entes - Materialidade na consolidação - Diretrizes institucionais Filtro normativo Implantação 6
CONVERGÊNCIA, NORMATIZAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO NO BRASIL Padronização da Entrada de dados (PCASP) Padronização do Núcleo da Informação (Procedimentos Contábeis) Procedimentos Orçamentários Procedimentos Patrimoniais Procedimentos Específicos Padronização da Saída da Informação (DCASP) CONTABILIZAÇÃO SICONFI
CASP hoje: Transferências constitucionais e voluntárias Consórcios públicos Exploração econômica da folha de pagamento Investimentos nas empresas estatais Concessões e PPP Cessão de bens Passivo atuarial Créditos tributários e da DA PIS/PASEP Depósitos judiciais Securitização de Recebíveis (Direitos Creditórios) Complexidade das transações do setor público Questioname nto sobre o papel dos TCs Crise Fiscal Crise fiscal e institucional Criatividade fiscal Solução: Necessidade de controle mais efetivo das contas públicas CASP 8
Por que IPSAS? Adequação ao Acordo do CFC com a IFAC (Statement of Membership Obligations - SMOs) Cerca de 80 países as adotaram ou estão em vias de adotá-las (comparabilidade). Países desenvolvidos que não adotaram: resistência de cunho político e não técnico (ex. Alemanha) Comparabilidade internacional é fundamental no contexto atual! (Banco Mundial, BID, OCDE, FMI, agências de classificação de risco etc) É necessário reinventar a roda? Um padrão exclusivo é adequado em quais circunstâncias? Normas complexas para tratarem de situações e transações complexas. É necessário evitar o livre julgamento profissional e a criatividade. Permite troca de experiências e benchmarks internacionais em práticas contábeis e de auditoria no setor público. 9
MCASP 7ª EDIÇÃO (vigência: 2017-2018) MCASP 8ª EDIÇÃO (vigência: 2019-2021) Release 1 (EC e receitas)- EC - IPSAS 23 (receita sem contraprestação) - IPSAS 9 (receita com contraprestação) - IPSAS 19 (provisões, passivos e ativos contingentes) - IPSAS 12 (estoques) -IPSAS 32 (concessões) Release 2 (Propriedades para Investimento, Imobilizado, Intangível e Impairment) - IPSAS 16 (propriedades para investimento) - IPSAS 17 (imobilizado) - IPSAS 31 (intangível) - IPSAS 21 (impairment ANGC) -IPSAS 26 (Impairment AGC) Release 3 (Demonstrações contábeis e passivos relevantes) - IPSAS 1 (DC) - IPSAS 2 (DFC) - IPSAS 24 (Inf. Orçamentária) - IPSAS 5 (custos de empréstimos) - IPSAS 39 (benefícios a empregados) Release 4 (Participações em outras entidades e combinações) - IPSAS 34 (DC separadas) - IPSAS 35 (DC consolidadas) - IPSAS 36 (coligadas e negócios conjuntos) - IPSAS 37 (acordos conjuntos) - IPSAS 38 (participações) - IPSAS 40 (combinações) CONCLUÍDA (Normas incorporadas na 7ª edição do MCASP) CONCLUÍDA (Normas a serem incorporadas na 8ª edição do MCASP) EM ANDAMENTO (conclusão: setembro de 2018) EM ANDAMENTO (conclusão: outubro de 2018) 10
MCASP 9ª EDIÇÃO (vigência: 2022 em diante) Release 5 (Demais procedimentos contábeis 1ª parte) - IPSAS 3 (Políticas contábeis, estimativas e erros) - IPSAS 4 (taxas de câmbio) - IPSAS 14 (eventos subsequentes) - IPSAS 11 (contratos de construção) Release 6 (Demais procedimentos contábeis 2ª parte) - IPSAS 13 (leasing) - IPSAS 27 (agricultura) - IPSAS 28 - IPSAS 29 - IPSAS 30 (instrumentos financeiros) Release 7 (Evidenciação) - IPSAS 22 (GGS) - IPSAS 18 (informação por segmento) - IPSAS 20 (partes relacionadas) - IPSAS 33 (adoção inicial) Release 8 (demais normas e revisão) Obs: desde que não haja conexão com as normas de uma determinada release NÃO INICIADA (conclusão: outubro de 2019) NÃO INICIADA (conclusão: agosto de 2020) NÃO INICIADA (conclusão: março de 2021) NÃO INICIADA (conclusão: maio de 2021) 11
Alcance das NBC TSP Entidades do setor público: Governos federal, estaduais, distrital e municipais Poderes, abrangidos TCs, Defensorias e MP Fora do escopo (observância facultativa ou por força de órgão regulador ou fiscalizador): - Empresas estatais não-dependentes - Entidades privadas Sistema S (SESI, SENAI, SESC, SEBRAE etc) Acórdão TCU Órgãos, secretarias, departamentos, agências Autarquias, fundações públicas Fundos, consórcios, empresas estatais dependentes e outras repartições públicas conselhos profissionais (*) (*) MCASP não obrigatório 12
MATRIZ DE SALDOS CONTÁBEIS: UM MUNDO DE POSSIBILIDADES Informação: De Declaratória para Verificável Trilha de Auditoria - Verificabilidade: - identificação de critérios diferentes entre o ente público e o marco normativo; - Identificação do cumprimento do PIPCP. - Identificação de distorções: insumo para as discussões conceituais (CTCONF). Compartilhamento Institucional: - Academia; - ONGs; - Órgãos de Classe (CFC); - Órgãos de Controle (Interno e Externo). Criação de Base de Dados com Inúmeras Possibilidades - Dados Gerenciais Siconfi Gerencial: elaboração de relatórios diversos, atendendo a usuários diversos.
NECESSIDADE DE MELHORIA DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS Ex. #1: Dívida Ativa (Dados DCA 2016 Anexo I-AB Siconfi) Município A Município B 1.1.2.5.0.00.00 - Dívida Ativa Tributaria 0,00 1.1.2.6.0.00.00 - Dívida Ativa não Tributaria 0,00 1.2.1.1.1.04.00 - Dívida Ativa Tributaria 0,00 1.2.1.1.1.05.00 - Dívida Ativa não Tributaria 0,00 1.1.2.5.0.00.00 - Dívida Ativa Tributaria 0,00 1.1.2.6.0.00.00 - Dívida Ativa não Tributaria 0,00 1.2.1.1.1.04.00 - Dívida Ativa Tributaria 86.044.304.678,12 1.2.1.1.1.05.00 - Dívida Ativa não Tributaria 10.414.809.329,20 Ex. #2: Fundeb (Dados DCA 2016 Anexo I-HI Siconfi) 3.5.2.2.0.00.00 Transferências ao FUNDEB 0,00 Município A Município B 4.5.2.2.0.00.00 Transferências do FUNDEB 0,00 4.5.2.2.3.00.00 Transferências do FUNDEB União 0,00 4.5.2.2.4.00.00 Transferências do FUNDEB - Estado 0,00 3.5.2.2.0.00.00 Transferências ao FUNDEB 1.898.513.001,50 4.5.2.2.0.00.00 Transferências do FUNDEB 3.451.517.070,27 4.5.2.2.3.00.00 Transferências do FUNDEB União 304.755.369,40 4.5.2.2.4.00.00 Transferências do FUNDEB - Estado 3.146.761.700,87
Histórico Necessidade de avaliação da qualidade da informação recebida pela STN Incertezas acerca da observância do MCASP e MDF - dados, quando enviados tempestivamente, são muitas vezes questionáveis: o Receita tributária = 0 o Receita de transferências = 0 Não há certeza da observância aos requisitos mínimos e ao marco legal; Consistência entre informações/demonstrativos não necessariamente ocorre. CTCONFs passadas Apresentadas as avaliações apenas com o enfoque contábil Gradualismo e transparência na aplicação das regras Novos elementos Órgãos de controle têm cobrado análise por parte da STN acerca da observância por parte dos entes subnacionais das exigências do marco legal o Demanda por parte do MPDG 15
Plano de Implantação 156/16 Escopo União Estados e DF Municípios que possuem RPPS* Demais municípios Obrigatoriedade da MSC Jan/2018 Jan/2018 Jan/2019* Jan/2019 Mecanismo para exigência/fortalecimento Portaria STN 346/2017 GT MSC União Portaria STN nº 896/2017 Regime de Recuperação Fiscal Portaria MF nº 333/2017 LCP 156/16 Portaria STN nº 896/2017 Portaria MF nº 333/2017 LCP 156/16 Portaria STN nº 896/2017 LCP 156/16 Portaria STN nº 896/2017
Dimensões Estratégia Proposta Dimensão #1. Gestão: adequação ao marco legal Envio da MSC (frequência, observância de prazos, etc.) Homologações de declarações Observância aos requisitos mínimos dos sistemas (não reabertura de sistemas, prazos, sist. único) Retificações, reenvios ou não envios das informações Dimensão #2. Qualidade da Informação Contábil Adequação às regras do MCASP Observância ao PIPCP Consistência Demonstrativos Contábeis: e.g. Resultado DFC = Caixa BP Dimensão #3. Qualidade da Informação Fiscal Adequação às regras do MDF Consistência dos demonstrativos fiscais: e.g. BO x Resultado Primário Dimensão #4. Integração de Informações Contábeis e Fiscais Cross-check dos dados contábeis e fiscais (passivos DCL = passivos contabilizados BP) Alinhamento das notas explicativas às informações apresentadas 17
Visualização de Resultados Município XPTO 6 1 D1. Gestão Avaliação 1 5 4 D2. Qualidade da Informação Contábil Avaliação 3 3 2 D3. Qualidade da Informação Fiscal Avaliação 4 4 1 0 2 D4. Integração de Informações Avaliação 6 3 18
Estratégia - Amadurecimento das verificações em cada dimensão - Transparência junto aos entes da Federação CTCONF, EGP/Secofem, etc. - Alinhamento à estratégia de implantação da MSC - Pilotos e avaliações antes das aplicações 19
Obrigado!