Demonstrações Financeiras 2012/2011

Documentos relacionados
DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ BANCO BRADESCO S.A. Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Relatório Anual da Administração

Demonstrações Financeiras 2013/2012

Demonstrações Financeiras 2012/2011

Earnings Release 1T14

Balanço Patrimonial (R$ Milhões) 2T15 1T15 Var. % 2T14 Var. % 1S15 1S14 Var. %

Banco De Lage Landen Brasil S.A. Balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e 2017 (Em milhares de Reais) Ativo Passivo Circula

RELEASE DE RESULTADOS 2T17

RELEASE DE RESULTADOS 1T17

RELEASE DE RESULTADOS 1T16

RELEASE DE RESULTADOS 2T16

RELEASE DE RESULTADOS 4T16

Bicicletas Monark S.A.

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ AMBEV S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

BRB ANUNCIA RESULTADOS DO 1T14

Release de Resultados

Banco Industrial e Comercial S.A. Relatório de revisão de Informações Intermediárias Trimestre findo em 31 de março de 2012

Demonstrações Financeiras 2013/2012

RELEASE DE RESULTADOS 3T16

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ AMBEV S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Demonstrações Financeiras 2015/2014

RELEASE DE RESULTADOS 1T18

EARNINGS RELEASE 4T16 BANCO BONSUCESSO S.A.

Demonstrações Financeiras 2014/2013

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ AMBEV S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS-AMBEV Versão : 1. Composição do Capital 1

Relatório de revisão de Informações Intermediárias (ITR) Trimestre findo em 30 de setembro de 2012

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ LOJAS AMERICANAS SA Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ LOJAS AMERICANAS SA Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À EMISSORA Informações Financeiras Selecionadas da Companhia Análise e Discussão da Administração sobre Demonstrações

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ CIA BRASILIANA DE ENERGIA Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E 2008 ATIVO CIRCULANTE

4º trimestre de 2010 BANCO ABC BRASIL

ITR - Informações Trimestrais - 31/03/ LOJAS AMERICANAS SA Versão : 3. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES SA Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1

EARNINGS RELEASE 4T14

Relatório Anual da Administração

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS Versão : 2. Composição do Capital 1

Relatório Anual da Administração

Banco Industrial e Comercial S.A. Companhia Aberta C.N.P.J /

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ BCO ABC BRASIL S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ AES TIETE ENERGIA SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ AES TIETE ENERGIA S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ GERDAU S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2. Balanço Patrimonial Ativo 3

INTL FCSTONE Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. Relatório Anual do Agente Fiduciário. Exercício 2017

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO (Em reais)

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ CIA BRASILIANA DE ENERGIA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Release de Resultados

Banco Daycoval S.A. Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Castro Alves, Rolândia - PR CNPJ: /

Release de Resultados

Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados de Caçador SICOOB CAÇADOR SC Rua Carlos Sperança, n 76 Caçador SC CNPJ:

Banco Santander, S.A. e empresas que compõem o Grupo Santander

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ ALIANSCE SHOPPING CENTERS S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 DEMONSTRAÇÕES

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ ALIANSCE SHOPPING CENTERS S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Principais destaques. Indicadores

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ LOCALIZA RENT A CAR SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

EARNINGS 2º Trimestre de 2015

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ DIGITEL SA INDUSTRIA ELETRONICA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

Elekeiroz S.A. Demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em 31 de dezembro de 2013

Relações interfinanceiras Pagamentos e recebimentos a liquidar. Créditos vinculados Relações com correspondentes

EARNINGS Primeiro Trimestre de 2016

SICOOB CREDICAMPO BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE

EARNINGS Terceiro Trimestre de 2016

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

Earnings Release 4T13

ITR - Informações Trimestrais - 31/03/ BANCO ABC BRASIL S/A Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE POMPEU LTDA SICOOB CREDIPEU BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE JUNHO DE 2016 E DE

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

Banco Bonsucesso S.A

SICOOB CREDICAMPO BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

ITR - Informações Trimestrais - 31/03/ BR INSURANCE CORRETORA DE SEGUROS S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ SUL AMERICA S/A Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Banco Volvo (Brasil) S.A. Conglomerado Prudencial Demonstrações financeiras em 30 de junho de 2015 e relatório dos auditores independente

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ CPFL GERAÇÃO DE ENERGIA S/A Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

Demonstrações Financeiras

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2001 e de 2000 e parecer dos auditores independentes

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ BANCO MERCANTIL BRASIL SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

EARNINGS Segundo Trimestre de 2017

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ MULTIPLUS SA Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2. Balanço Patrimonial Ativo 3

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA CREDIALIANÇA COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL Av. Presidente Bernardes, Rolândia - PR CNPJ:

COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE, DA EDUCAÇÃO, PEQ.EMPR.,MICROEMPR.E MICROEMPREEND.DO NORTE PAULISTA - SICOOB UNIMAIS NORTE PAULISTA

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ BCO ABC BRASIL S.A. Versão : 2. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012 (Valores expressos reais R$)

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 30/06/ BRASILAGRO - CIA BRAS DE PROP AGRICOLAS Versão : 1. Composição do Capital 1

China Construction Bank (Brasil) Banco Múltiplo S/A - CCB Brasil e empresas controladas C.N.P.J /

Relatório sobre revisão de Informações Contábeis Intermediárias Trimestre findo em 31 de março de 2013

RJPAR 15/009 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

R$ mil 100 %

ITR - Informações Trimestrais - 31/03/ BCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. Versão : 1. Composição do Capital 1. Proventos em Dinheiro 2

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ FINANSINOS S/A-CRÉDITO, FINAN. E INVEST. Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ FINANSINOS S/A-CRÉDITO, FINAN. E INVEST. Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

SICOOB CREDIMONTE BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE

SECULUS CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A.

Transcrição:

Demonstrações Financeiras 2012/2011 ÍNDICE RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO... 02 BALANÇOS PATRIMONIAIS... 08 demonstrações de resultados... 12 Demonstrações do valor adicionado... 13 Fluxo de caixa... 14 demonstrações das mutações do patrimônio líquido... 15 notas explicativas às demonstrações financeiras... 16 BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S.A. - RESUMO DO RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA... 69 DECLARAÇÃO DOS DIRETORES... 70 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS... 71

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, A Administração do Banco Industrial e Comercial S.A. ( BICBANCO ) submete à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras, com o parecer dos Auditores Independentes, sem ressalvas, referentes ao período encerrado em 30 de junho de 2012. Os comentários aqui apresentados, exceto quando ressalvados de forma diferente, são mostrados em base consolidada abrangendo suas empresas controladas e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e em moeda corrente nacional (Reais - R$). As demonstrações financeiras aqui retratadas estão em conformidade com as normas do Banco Central do Brasil (BACEN) e legislação societária brasileira, com pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e refletem a estrutura societária do BICBANCO para o respectivo período. Principais Indicadores do Primeiro Semestre de 2012 Ü Ü Ü Ü Ü Ü Ü R$ 17,8 bilhões de ativos R$ 12,1 bilhões de operações de crédito R$ 14,8 bilhões de captação total R$ 3,1 bilhões de caixa livre R$ 2,0 bilhões de patrimônio líquido R$ 67,5 milhões de lucro líquido 6,9% de rentabilidade anualizada (ROAE) Ambiente Econômico Nos últimos meses do primeiro semestre de 2012, acentuaram-se as preocupações com as economias desenvolvidas e com a desaceleração da China o que potencializou a volatilidade dos mercados e a aversão ao risco. Tal movimento foi amplamente observado no desempenho do mercado global de capitais. Embora o Brasil apresente um mercado interno em expansão, bons fundamentos e perspectivas, a deterioração do cenário externo repercutiu no dinamismo da atividade econômica que já apresentou sinais de arrefecimento. O PIB do primeiro trimestre de 2012, calculado pelo IBGE, foi de 0,8% ante 1,4% no período anterior, o setor industrial tem apresentado sucessivos indicadores negativos e, a diminuição do volume de investimentos passou a limitar o crescimento econômico do País abaixo de seu potencial. Diante desse contexto, o governo adotou medidas microeconômicas baseadas em estímulos fiscais, incentivo ao crédito e diminuição de preços administrados para reaquecer a economia. O Banco Central do Brasil (Bacen) interveio no mercado do câmbio fazendo migrar a cotação Real/Dólar ao patamar acima de R$ 2,00 o que, em tese, beneficia o segmento exportador. Adicionalmente, apoiado na fraca pressão inflacionária e na mudança da remuneração da poupança, o Bacen intensificou o processo de redução da taxa Selic. Do início ao fim do semestre, a taxa básica de juros decresceu de 11,0% para 8,5%. O crédito do sistema financeiro nacional prosseguiu em expansão, alcançando a marca de 50,6% do PIB no mês de junho. O volume total de operações de crédito para pessoa jurídica, avançou 18,7% nos primeiros seis meses de 2012 ante mesmo período de 2011. Espera-se que os vários estímulos monetários e fiscais adotados impactem de maneira favorável a atividade econômica interna, possibilitando a retomada do crescimento econômico no semestre vindouro. Desempenho O 1º semestre de 2012 contém diversas realizações ou tendências que apontam para um melhor desempenho do Banco. Dentre elas destacam-se: a retomada do crescimento da carteira de créditos, ao atingir R$ 12.103,2 milhões superando o volume obtido em março (R$ 11.355,5 milhões) e em dezembro de 2011 (R$ 11.558,8); a alocação progressiva dos recursos supérfluos do caixa disponível para o financiamento do crescimento da carteira de créditos, com duplo efeito benéfico: por um lado, redução dos custos gerados pelo excesso de caixa e, por outro, aumento da base de receitas; a redução sensível das Parcelas vencidas há mais de 14 dias : 23,1% a menos que o saldo de março e 11,2% inferior a dezembro de 2011, indicando uma melhoria da qualidade da produção mais recente. O resultado do semestre ainda permaneceu aquém dos padrões do nosso Banco, mas em razão do ônus remanescente da crise global, ocasionado por um volume circunstancialmente alto de despesas de provisão. A continuidade do crescimento da carteira de créditos, com os resultados daí decorrentes, ofuscará aos poucos os elementos inibidores de uma performance em níveis históricos, a qual o Banco retornará progressivamente. Lucro Líquido O lucro líquido do primeiro semestre de 2012 atingiu R$ 67,5 milhões, apresentando redução de 54,6% na comparação com R$ 148,8 milhões do mesmo semestre de 2011. A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio anualizada (ROAE) no período foi de 6,9% e o retorno sobre os ativos médios anualizado (ROAA) alcançou 0,8%. Remuneração aos Acionistas Relativo ao primeiro semestre de 2012 foram distribuídos R$ 52,0 milhões, sob forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), correspondentes a R$ 0,211361468 por ação. 2

Demonstrações Financeiras RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Em 30 de março de 2012, a RCA aprovou o pagamento aos acionistas de dividendos complementares referentes ao exercício de 2011, no montante de R$ 6,5 milhões (correspondentes a R$ 0,026420184 por ação). Os proventos foram pagos no dia 12 de abril de 2012. Índice de Eficiência No primeiro semestre de 2012, o índice de eficiência foi de 62,7%, aumento de 20,5 p.p. em relação a igual período de 2011. O principal indutor da elevação do índice foram as despesas de provisão. Ativos Ativos Totais Os ativos totais atingiram R$ 17.781,3 milhões em junho de 2012, redução de 1,5% em doze meses, como reflexo da diminuição da carteira de crédito. Operações de Crédito No primeiro semestre de 2012, as operações de crédito somaram R$ 12.103,2 milhões, redução de 10,3% comparado ao saldo de junho de 2011. Os ajustes na qualidade dos ativos aliados com a estratégia prudencial adotada e com as medidas preventivas à exposição de riscos, em ambiente de alta volatilidade, induziram a diminuição das operações de crédito. A política de concessão de crédito do Banco preconiza a pulverização dos riscos, e a segurança das operações por meio de garantias. A ênfase na diversificação e pulverização das operações visa diluir os créditos em regiões geográficas, segmentos econômicos e produtos, bem como evitar concentrações em nível de tomadores individuais. Em junho de 2012, garantias de recebíveis e aplicações financeiras, modalidades consideradas satisfatórias e de alta liquidez, cobriam o equivalente a 55,2% dos créditos corporativos em Reais. No encerramento do primeiro semestre de 2012, as provisões para créditos de liquidação duvidosa totalizaram R$ 504,0 milhões, queda de 3,8% quando comparada ao mesmo período do ano passado. As provisões correspondem a 185,3% o montante de R$ 272,0 milhões relativos às parcelas vencidas há mais de 14 dias. Títulos e Valores Mobiliários A carteira de títulos e valores mobiliários somou R$ 950,1 milhões no final do primeiro semestre de 2012, o que representa uma evolução de 19,9% nos últimos doze meses. Passivos Captação O volume de recursos captados atingiu R$ 14.751,0 milhões no encerramento do primeiro semestre de 2012, registrando um incremento de 1,1% nos últimos doze meses. O Banco deu prosseguimento à sua estratégia de funding de alongar os prazos de vencimento das captações, tanto em moeda local como em moeda estrangeira. Depósitos a Prazo Os depósitos a prazo, principal fonte de funding, alcançaram R$ 7.084,5 milhões, diminuição de 11,6% em relação a 30 de junho de 2011. A despeito da oferta de recursos ter sido bastante satisfatória em volumes e prazos, o Banco adequou a sua base de depósitos a sua carteira de crédito. Do total dos depósitos a prazo, R$ 2.161,4 milhões estão vinculados ao Depósito a Prazo com Garantia Especial do Fundo Garantidor de Crédito - DPGE. O volume emitido de depósitos com garantia de DPGE corresponde a cerca de 50% do limite que o Banco possui para emissão dessa modalidade em 2012. No encerramento do primeiro semestre de 2012, a composição dos depósitos a prazo por tipo de depositante era: pessoas jurídicas 56,8%, investidores institucionais 32,2%, pessoas físicas 10,2%, e instituições financeiras 0,8%. Patrimônio Líquido Em 30 de junho de 2012, o Patrimônio Líquido atingiu R$ 2.009,2 milhões, redução de 1,0% em relação a junho de 2011. O índice de Basiléia, no término do primeiro semestre de 2012, atingiu 17,1%, frente aos 11,0% requeridos pelo Banco Central. Recursos Humanos e Pontos de Atendimento O Banco encerrou o primeiro semestre de 2012 com 936 funcionários, diminuição de 1,9% se comparado ao mesmo período de 2011. O BICBANCO está presente nas principais capitais e cidades do Brasil. Em 30 de junho de 2012 contava com 43 pontos de atendimento no país e uma agência no exterior (Grand Cayman). Riscos A gestão de riscos do BICBANCO é o instrumento que otimiza a utilização do capital e direciona as melhores oportunidades de negócios, alinhados aos objetivos estratégicos, às melhores práticas e em conformidade com leis e regulamentos dos órgãos supervisores. As políticas de gestão de riscos definem o conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos aplicados no controle permanente dos processos internos e são 3

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO destinadas a suportar a formulação do apetite ao risco, guiar os colaboradores e constituir procedimentos para monitorar, controlar, dimensionar e reportar os riscos à Diretoria Executiva. O BICBANCO revisa e atualiza regularmente suas políticas e sistemas de gestão de forma a refletir mudanças nos mercados e produtos e a condução de melhores práticas. Risco de Mercado O controle dos riscos potenciais de variações nas cotações de mercado dos instrumentos financeiros e a otimização do risco e retorno é realizada pela gestão de riscos de mercado. O impacto potencial da flutuação nos valores de mercado de posições detidas é avaliado pela estrutura de gerenciamento, composto por um conjunto de políticas, controles, processos, ferramentas, sistemas e relatórios padrões. As operações são sempre realizadas em mercados autorizados pelos reguladores e com instrumentos que apresentem liquidez, evitando distorções de preços que possam impactar negativamente os resultados da Instituição. Todas as métricas de risco são monitoradas continuamente de forma integrada com o objetivo de propiciar uma visão global do perfil de risco do BICBANCO. Para efeito de classificação quanto à intenção de negociação, as carteiras são divididas em duas categorias. As operações com intenção de negociação e destinadas à revenda, obtenção de benefício de movimentos de preços e realização de arbitragem (Trading Book) são segregadas daquelas estruturais, com seus eventuais hedges, e das destinadas a gestão ativa da carteira (Banking Book) no momento de sua realização. A complementação do monitoramento e controle das posições do Banco pelo seu valor de mercado visa fornecer uma sensibilidade adequada a real exposição aos diversos fatores de risco do Banco para um melhor monitoramento e análise das exposições. Diariamente, os valores das carteiras são marcados a mercado (MtM), e são calculados o Value at Risk (VaR) e o VaR em cenários de estresse e comparados aos limites preestabelecidos pelo Comitê de Tesouraria. A área de risco de mercado é responsável pela definição e revisão da metodologia interna utilizada para os testes de estresse, que são uma importante ferramenta para complementar o modelo primário de medida de risco (VaR). Durante o primeiro semestre de 2012, os níveis médios de risco global não apresentaram mudança significativa, mantendo paridade com a estabilização das volatilidades dos diversos fatores de risco. Os limites e a exposição aos riscos foram mantidos baixos quando comparados ao Patrimônio Líquido da Instituição. Em 29 de junho de 2012, o VaR para a exposição de trading atingiu R$ 1,9 milhão e o VaR Global (Trading e Banking) - R$ 22,0 milhões. Comparativamente, em 31 de dezembro de 2011, o VaR para a exposição de trading atingiu R$ 2,6 milhões e o VaR Global (Trading e Banking) - R$ 28,8 milhões. Exposição Cambial A estratégia de gestão do risco cambial tem como objetivo não permitir impactos significativos no resultado, decorrentes de variação cambial. Para essa finalidade, o risco cambial é neutralizado e os investimentos são remunerados em reais por intermédio da utilização de instrumentos financeiros derivativos. Com o intuito de gerenciar as exposições e analisar os impactos possíveis em diversos cenários, o Banco acompanha a composição dos ativos e passivos, detalhados por indexador. Em 29 de junho de 2012, a exposição cambial, para efeito do requerimento de capital atendendo a Circular BACEN 3.389 de 25 de junho de 2008, somava R$ 80,6 milhões ante os R$ 49,5 milhões de dezembro de 2011. O descasamento global, que compensa as exposições contrárias (compradas e vendidas) realizadas no país e no exterior somava R$ 47,8 milhões, representando pequeno decréscimo quando comparado à posição de dezembro de 2011, de R$ 16,4 milhões. Risco de Liquidez A ocorrência de eventuais desequilíbrios entre o fluxo dos ativos negociáveis e passivos exigíveis que possam afetar a capacidade de pagamento da Instituição é tratada pela estrutura de gestão do risco de mercado. O Fluxo de caixa é avaliado diariamente e são definidas ações táticas para sua manutenção. Pela sua importância, os limites de liquidez e os modelos de estresse são definidos alinhados às decisões estratégicas e a política de contingência. O Banco possui política de caixa mínimo, que considera a possibilidade de resgates antecipados de passivos e necessidade de renovações de operações ativas em caso de turbulência na economia. São os seguintes os indicadores definidos para o cenário de stress de mercado e institucional: a) Reserva financeira, em moeda nacional, como ponto inicial da análise. b) Não liquidação de quaisquer operações de empréstimo no período. c) Perda da carteira passiva, por liquidação antecipada, com distribuição dos maiores percentuais diários ocorridos desde junho de 2008. d) Renovações de captações no vencimento, com distribuição dos piores percentuais de renovações dos vencimentos de captações diários no mesmo período. e) Novas emissões de captação, com distribuição dos piores percentuais de emissões, sobre o total da carteira no mesmo período. 4

Demonstrações Financeiras RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Na simulação em condições severas de estresse realizada para a data-base de 29/06/2012 os resultados revelaram caixa suficiente para superarem amplamente os limites mínimos de liquidez de curto prazo. Risco de crédito A gestão do risco de crédito é orientado pelas melhores práticas do mercado e determinado por modelos estatísticos que consideram a qualidade e a concentração na carteira. O controle da exposição ao risco de crédito observa todos os aspectos pertinentes ao processo de concessão, exigência de garantias, prazos, dentre outros. Na Instituição, o risco de crédito decorre principalmente de operações de empréstimo, de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos além de obrigações financeiras relacionadas a compromissos de empréstimo e prestação de garantias. O Banco estabelece sua política de crédito com base em fatores internos - dos quais o rating é o principal instrumento, e externos, relacionados ao ambiente econômico no Brasil e no exterior e está amparado em procedimentos de análise desenvolvidos pela sua experiência. A aprovação de crédito possui ferramentas integradas de gestão e que automaticamente disponibilizam as informações às alçadas competentes, seguindo o fluxo determinado pela política de crédito e de formalização. O processo centralizado de tomada de decisões aperfeiçoa oportunidades de negócios, bem como propicia a necessária tempestividade e flexibilidade na sua aprovação. O Banco conta com instrumento de avaliação de carteiras que torna possível medir a rentabilidade das operações em função do capital econômico que consomem e do valor da perda esperada para a carteira de crédito, além de propiciar o apreçamento de operações em função do risco. Testes de estresse são usados para mensurar possíveis perdas em cenários que a área de risco julgue prováveis, para um intervalo de confiança de até 99,9%. Os saldos das provisões para créditos de liquidação duvidosa no final do primeiro semestre de 2012 tiveram que ainda ser atualizadas de maneira a manter um substancial índice de cobertura sobre as operações. Risco Operacional O BICBANCO aloca capital para risco operacional atendendo a legislação e adota a Abordagem Padronizada Alternativa Simplificada, prevista no 1º do art.1º da Circular nº 3.383, de 30 de abril de 2008, e complementa a visão do risco operacional por intermédio de modelo gerencial de avaliação econômica por linha de negócios, com quantificação dos riscos operacionais por meio de modelos estatísticos, utilizando-se de sistema que permite o cálculo de perdas esperadas e alocação de capital para perdas não esperadas (VaR no intervalo de confiança de até 99,9%). A exposição ao risco operacional é revisada ao menos semestralmente, incluindo-se a avaliação de seus controles e ajustando-os de acordo com suas estratégias e seu apetite ao risco. A estrutura de gestão é distinta daquelas que lidam com o risco de mercado e de crédito, permitindo um efetivo sistema de controles internos que visa a redução da probabilidade de erros humanos e irregularidades em processos, produtos e sistemas. Os Comitês de Risco e de Controles Internos determinam qual o nível aceitável de tolerância ao risco. A descrição da estrutura de gerenciamento dos diferentes riscos está disponibilizada no site de Relações com Investidores (http://www.bicbanco.com.br/ri). Governança Corporativa A adoção de práticas de Governança Corporativa demonstra os compromissos assumidos pela Instituição e permite aos diretores e aos representantes dos acionistas o efetivo monitoramento das operações e a avaliação da assimetria entre possíveis perdas e ganhos. O BICBANCO possui uma estrutura de Comitês que agrega as áreas técnicas e decisórias, possibilita uma enriquecedora troca de experiências e permite a elaboração de soluções consistentes com a finalidade da criação de mecanismos para o desenvolvimento de um ambiente que possibilite a sustentabilidade dos negócios, preservação de imagem e administração de riscos. Por intermédio de manifestação de comitês sobre as principais decisões, especialmente em ambiente de alta volatilidade, de elevação de inadimplência e riscos de liquidez do fluxo de caixa, há o alinhamento à estratégia de negócios e ao apetite ao risco. Esta estrutura é composta por 14 comitês especializados, com funções específicas. Dando ainda maior ênfase ao pilar de supervisão, o Comitê de Auditoria, com o intuito de subsidiar o Conselho de Administração em questões referentes à contabilidade, auditoria e finanças e visando proporcionar maior transparência às informações e assegurar a prestação de contas dos administradores, realiza periodicamente a revisão dos principais relatórios e se reúne com os gestores, obtendo uma visão abrangente dos principais riscos e controles. Sustentabilidade Como evolução das práticas de Governança, o Banco também avançou no processo de Sustentabilidade em seus negócios, alinhado à crescente preocupação da comunidade financeira internacional a respeito do meio ambiente. A prestação de contas aos stakeholders é realizada através de diretrizes propostas pela Global Reporting Initiative (GRI). Seguindo as orientações das diretrizes GRI-G3, o BICBANCO declarou Nível de Aplicação B+ em seu último Relatório Anual consolidado publicado que foi independentemente auditado e verificado pela própria GRI. Nesse mesmo relatório o Banco apresentou o Inventário de suas emissões de CO2, cujo conteúdo foi incluído no escopo da Auditoria Externa independente. 5

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO O BICBANCO compõe, pela segunda vez, a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que vigora até o final de 2012. Criado em dezembro de 2005, o Índice de Sustentabilidade da BM&FBOVESPA avalia seus participantes com o intuito de influenciar as empresas brasileiras a adotarem boas práticas de sustentabilidade empresarial e apoiar os investidores na tomada de decisão de investimentos. Atualmente, comparado a seus pares da América Latina, o BICBANCO é a instituição financeira de médio porte (midcap) mais sustentável do Brasil, e a terceira da América Latina, conforme estudo da Consultoria Management & Excellence publicado na revista LatinFinance. O BicBanco mantém o grau AAA do seu Rating de Sustentabilidade, emitido pela Consultoria Management & Excellence, reconhecimento que reforça seu compromisso com a sustentabilidade por meio da efetividade de suas ações, seu desempenho e estratégia. Os critérios para essa qualificação abrangeram as áreas de ética, transparência, responsabilidade social corporativa, governança corporativa, sustentabilidade e critérios voltados a questões estratégicas aceitas internacionalmente por organis mos como o Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas), o Global Reporting Initiative (GRI) e o Dow Jones Sustainability. O BICBANCO tornou-se signatário da Unep-FI, parceria global entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o setor financeiro, e participa da Task Force Latin America, com o intuito de auxiliar a disseminação de seu conteúdo e das práticas de finanças sustentáveis para outras instituições financeiras. Estendendo seus valores o Banco esteve presente na Rio+20, no evento Corporate Sustainability Forum: Innovation and Collaboration for the Future We Want, ( Inovação e Colaboração para o futuro que gostaríamos ), promovido pelo Pacto Global e pela ONU. Como prova de seu compromisso com a sustentabilidade do negócio e com a transparência de sua gestão para enfrentar os desafios das Mudanças Climáticas, o BICBANCO respondeu pela primeira vez o CDP (Carbon Disclosure Project) - programa que estimula as empresas a medir e divulgar suas emissões de gases de efeito estufa, e o divulgou publicamente no site institucional. Ao adotar uma nova sede, localizada no Edifício Faria Lima, o BicBanco segue as tendências modernas de construção civil, padrão Triplo A, e adota tecnologia de ponta, com alta eficiência no consumo de energia elétrica e água. O edifício possui certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Adicionalmente, a construção de um novo data Center utilizou as melhores tecnologias em construção civil, elétrica e refrigeração, que otimizam o consumo de energia e possibilitam a obtenção da certificação alemã TÜV Rheinland, nível de excelência Tier III que alinha o BICBANCO a elevados padrões internacionais. Esses investimentos possibilitam incrementar a disponibilidade da infraestrutura para 99,98% no ano e a tecnologia InRow aplicada aos racks do data center, a virtualização dos servidores e as estações de trabalho permitem economia de espaço, peso e energia. Por outro lado, a otimização do sistema de refrigeração possibilita ao BicBanco estabelecer meta de redução de 60% no consumo de energia consumida pelo data center. Relacionamento com Auditores Em atendimento à Instrução CVM 381 de 14 de janeiro de 2003, o BicBanco e as empresas controladas não contrataram e nem tiveram serviços prestados pela KPMG Auditores Independentes que não os serviços de auditoria externa. A política adotada atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com os critérios internacionalmente aceitos, quais sejam, o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho nem exercer funções gerenciais no seu cliente ou promover os interesses deste. Circular 3.068/01 Bacen O BICBANCO declara ter capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria Mantidos até o Vencimento, no montante de R$ 127,8 milhões, representando 13,5% do total de títulos e valores mobiliários. Contratos de troca de fluxos financeiros Em Reunião do Conselho de Administração (RCA), realizada em 10 de maio de 2012, foi aprovada a proposta de celebrar com o Goldman Sachs do Brasil Banco Múltiplo S.A., contratos de troca de fluxos financeiros (swaps), no valor total de até R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais) com prazo de até 02 (dois) anos, equivalentes, de um lado, à variação dos preços das ações preferenciais (BICB4), e de outro lado, contra uma taxa equivalente à variação do CDI, acrescida de uma taxa pré-fixada. Os contratos e suas operações não resultarão em alteração do percentual de ações do BICBANCO em circulação. Considerações finais Mantemos presente o nosso propósito de continuar o crescimento consistente e sustentável da Instituição. Agradecemos aos nossos acionistas, clientes e fornecedores pelo apoio e confiança em nossa administração, e aos nossos funcionários, pela valiosa contribuição. (Divulgação autorizada na Reunião do Conselho de Administração de 13 de agosto de 2012). As Demonstrações Financeiras completas e auditadas estão disponíveis no site do BICBANCO - www.bicbanco.com.br/ri. 6

Demonstrações Financeiras RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Ratings Durante o primeiro semestre de 2012, os ratings do Banco foram todos mantidos. A Moody s reafirmou o grau de investimento do Banco e a Fitch alterou a perspectiva de Positiva para Estável. Ratings Agências/Consultoria Rating/Índice Âmbito/Classificação Data do Balanço Analisado Data de Publicação do Rating Moody s Baa3 P-3 Aa1.br BR-1 Estável Depósitos na Escala Global em moeda estrangeira e moeda local - Longo prazo - Curto prazo Depósitos na Escala Nacional - Longo prazo - Curto prazo Perspectiva 31/03/2012 13/06/2012 Standard & Poor s BB+ B braa Estável Escala Global em moeda estrangeira e local - rating de contraparte - Longo prazo - Curto prazo Escala Nacional Perspectiva 30/09/2011 13/12/2011 Fitch Ratings A+(bra) F1(bra) Estável Escala Nacional - Longo prazo - Curto prazo Perspectiva 31/03/2012 19/07/2012 Austin Rating AA - Escala nacional de longo prazo 30/09/2011 09/01/2012 LF Rating AA - Moeda nacional 31/03/2012 25/06/2012 RISKbank 9,67 Baixo risco para médio prazo (-) 31/03/2012 17/07/2012 Management & Excellence AAA+ Rating de Sustentabilidade Ago/2011 7

Demonstrações Financeiras 2012/2011 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE junho EM MILHARES DE REAIS BICBANCO MÚLTIPLO ATIVO Nota 2012 2011 2012 2011 Circulante 13.318.563 13.344.119 13.330.819 13.483.584 Disponibilidades 4a. 58.642 104.753 59.008 104.966 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 3.468.352 3.201.917 2.789.186 2.757.949 Aplicações no mercado aberto 4b. 2.700.729 2.494.393 2.714.907 2.546.605 Aplicações em depósitos interfinanceiros 4c. 765.347 642.803 72.003 146.623 Aplicações em moedas estrangeiras 4d. 2.276 64.721 2.276 64.721 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 799.725 630.280 995.057 706.065 Carteira própria 5b. 381.343 365.383 576.675 441.168 Vinculados a operações compromissadas 5b. 196.080 178.858 196.080 178.858 Vinculados a prestação de garantias 5b. 143.515 81.826 143.515 81.826 Instrumentos financeiros derivativos 6b. 78.787 4.213 78.787 4.213 Relações Interfinanceiras 131.763 170.023 131.763 170.023 Pagamentos e recebimentos a liquidar 15.298 31.286 15.298 31.286 Depósitos no Banco Central 7. 116.456 138.727 116.456 138.727 Correspondentes no país 9 10 9 10 Operações de Crédito 7.106.662 7.929.427 7.371.990 8.179.830 Operações de crédito 8. 7.057.391 8.209.921 7.343.550 8.466.823 Setor público 71.011 121.641 71.011 121.641 Setor privado 6.986.380 8.088.280 7.272.539 8.345.182 Operações de crédito vinculadas a cessão 358.865 358.865 Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa 9. (309.594) (280.494) (330.425) (286.993) Operações de Arrendamento Mercantil 8i. 210.060 227.175 Arrendamentos a receber - setor privado 218.867 230.838 Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa (8.807) (3.663) Outros Créditos 1.718.361 1.303.718 1.725.249 1.328.342 Avais e fianças honrados 3.071 2.287 3.071 2.287 Carteira de câmbio 10. 1.587.949 1.241.462 1.587.949 1.241.462 Rendas a receber 7.795 9.913 7.795 9.943 Negociação e intermediação de valores 32.411 703 32.411 708 Diversos 11. 117.342 64.654 124.230 89.243 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa 9. (30.207) (15.301) (30.207) (15.301) Outros Valores e Bens 35.058 4.001 48.506 9.234 Despesas antecipadas 12b. 35.058 4.001 48.506 9.234 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 8

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 30 DE junho EM MILHARES DE REAIS BICBANCO MÚLTIPLO ATIVO Nota 2012 2011 2012 2011 Realizável a Longo Prazo 3.966.514 3.933.564 4.229.380 4.388.368 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 145.597 110.389 6.406 110.389 Aplicações em depósitos interfinanceiros 4c. 145.597 110.389 6.406 110.389 Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 569.536 186.469 383.150 93.751 Carteira própria 5b. 220.252 110.891 33.866 18.173 Vinculados a operações compromissadas 5b. 72.471 72.471 Instrumentos financeiros derivativos 6b. 349.284 3.107 349.284 3.107 Operações de Crédito 2.173.870 2.862.685 2.469.172 3.091.263 Operações de crédito 8. 2.195.692 3.073.132 2.494.099 3.304.328 Setor público 41.313 110.569 41.313 110.569 Setor privado 2.154.379 2.962.563 2.452.786 3.193.759 Operações de crédito vinculadas a cessão 101.565 101.565 Provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa 9. (123.387) (210.447) (126.492) (213.065) Operações de Arrendamento Mercantil 8i. 169.320 252.917 Arrendamentos a receber - setor privado 177.113 257.577 Provisão para créditos de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa (7.793) (4.660) Outros Créditos 824.983 680.257 918.438 740.036 Carteira de câmbio 10. 695 695 Negociação e intermediação de valores 74.554 74.554 Diversos 11. 824.577 605.899 918.032 665.678 Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa 9. (289) (196) (289) (196) Outros Valores e Bens 252.528 93.764 282.894 100.012 Outros valores e bens 12a. 256.781 103.374 268.330 106.439 Despesas antecipadas 12b. 9.905 2.375 28.958 5.558 Provisão para desvalorização de outros valores e bens 12a. (14.158) (11.985) (14.394) (11.985) Permanente 533.979 442.773 221.080 182.909 Investimentos 399.733 356.954 666 623 Participações em controladas - no país 15. 399.068 356.333 Outros investimentos 1.112 1.068 1.155 1.112 Provisão para perdas em investimentos (447) (447) (489) (489) Imobilizado de Uso 13b. 129.513 74.116 131.182 75.821 Imóveis de uso 139.703 78.281 139.703 78.281 Outras imobilizações de uso 34.537 35.547 37.873 38.931 Depreciações acumuladas (44.727) (39.712) (46.394) (41.391) Intangível 13c. 4.252 3.890 88.751 98.611 Ativos intangíveis 7.161 5.445 92.719 100.926 Amortização acumulada (2.909) (1.555) (3.968) (2.315) Diferido 13d. 481 7.813 481 7.854 Gastos de organização e expansão 79.181 83.518 79.181 84.337 Amortização acumulada (78.700) (75.705) (78.700) (76.483) Total do Ativo 17.819.056 17.720.456 17.781.279 18.054.861 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 9

Demonstrações Financeiras 2012/2011 Balanços patrimoniais em 30 de junho BICBANCO MÚLTIPLO PASSIVO Nota 2012 2011 2012 2011 Circulante 8.180.202 9.792.528 7.745.871 9.737.942 Depósitos 17a. 4.246.399 6.723.953 4.105.601 6.607.771 Depósitos à vista 302.816 316.915 300.454 313.806 Depósitos de poupança 12.183 12.452 12.183 12.452 Depósitos interfinanceiros 582.741 802.389 582.741 802.389 Depósitos a prazo 3.348.659 5.591.901 3.210.223 5.478.828 Outros depósitos 296 296 Captações no Mercado Aberto 18. 100.912 257.787 88.811 250.307 Carteira própria 100.912 175.808 88.811 168.328 Carteira de terceiros 81.979 81.979 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 1.200.848 418.398 1.206.441 426.262 Recursos de letras imobiliárias 463.861 312.281 463.861 312.281 Recursos de debêntures 20. 4.193 6.966 Recursos de aceites cambiais 1.400 898 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 19. 736.987 106.117 736.987 106.117 Relações Interfinanceiras 10.043 18.818 10.043 18.818 Recebimentos e pagamentos a liquidar 10.043 18.818 10.043 18.818 Relações Interdependências 20.786 44.572 20.786 44.572 Recursos em trânsito de terceiros 20.786 44.572 20.786 44.572 Obrigações por Empréstimos 21. 1.527.876 1.769.665 1.527.876 1.769.665 Empréstimos no exterior 1.527.876 1.769.665 1.527.876 1.769.665 Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 22. 4.911 38.542 4.911 38.542 BNDES 276 567 276 567 Ministério da Agricultura - FUNCAFÉ 4.635 37.975 4.635 37.975 Obrigações por Repasses do Exterior 21. 386.530 149.424 386.530 149.424 Instrumentos Financeiros Derivativos 6b. 283 19.803 283 19.803 Instrumentos financeiros derivativos 283 19.803 283 19.803 Outras Obrigações 681.614 351.566 394.589 412.778 Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 6.344 10.910 6.455 11.025 Carteira de câmbio 10. 100.324 132.948 100.324 132.948 Sociais e estatutárias 3.980 3.596 3.980 3.596 Fiscais e previdenciárias 23. 52.844 88.332 62.561 95.129 Negociação e intermediação de valores 70.384 755 70.412 758 Recursos para destinação específica - PSH 13.681 19.875 13.681 19.875 Dívida subordinada 26. 10.185 4.552 10.185 4.552 Diversas 25. 423.872 90.598 126.991 144.895 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 10

Balanços patrimoniais em 30 de junho BICBANCO MÚLTIPLO PASSIVO Nota 2012 2011 2012 2011 Exigível a Longo Prazo 7.608.827 5.863.649 8.006.127 6.257.046 Depósitos 17a. 4.282.800 2.630.686 4.266.656 2.609.900 Depósitos interfinanceiros 392.351 74.371 392.351 74.371 Depósitos a prazo 3.890.449 2.556.315 3.874.305 2.535.529 Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 972.156 1.270.402 1.072.281 1.371.534 Recursos de letras imobiliárias 106.173 38.381 106.173 38.381 Recursos de debêntures 20. 99.711 99.672 Recursos de aceites cambiais 414 1.460 Obrigações por títulos e valores mobiliários no exterior 19. 865.983 1.232.021 865.983 1.232.021 Obrigações por Empréstimos 21. 31.030 54.169 31.030 54.169 Empréstimos no exterior 31.030 54.169 31.030 54.169 Obrigações por Repasses do País - Instituições Oficiais 22. 4.767 4.767 BNDES 267 267 Ministério da Agricultura - FUNCAFÉ 4.500 4.500 Obrigações por Repasses do Exterior 21. 802.562 549.452 802.562 549.452 Instrumentos Financeiros Derivativos 6b. 70 258.818 70 258.818 Instrumentos Financeiros Derivativos 70 258.818 70 258.818 Outras Obrigações 1.520.209 1.095.355 1.833.528 1.408.406 Fiscais e previdenciárias 23. 438.048 353.580 496.599 400.377 Dívida subordinada 26. 918.912 741.775 918.912 741.775 Diversas 163.249 35 Diversas - FIDC 25. 417.982 266.254 Resultados de Exercícios Futuros 27. 19.851 29.220 20.098 29.762 Patrimônio Líquido 28. 2.010.176 2.035.059 2.009.183 2.030.111 Capital Social Realizado 1.434.206 1.434.206 1.434.206 1.434.206 De domiciliados no país 1.290.833 1.213.551 1.290.833 1.213.551 De domiciliados no exterior 143.373 220.655 143.373 220.655 Reservas de lucros 634.563 600.853 633.570 595.905 ( ) Ações em tesouraria (58.593) (58.593) Total do Passivo 17.819.056 17.720.456 17.781.279 18.054.861 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 11

Demonstrações Financeiras 2012/2011 Demonstrações de resultados dos Semestres findos em 30 de junho de 2012 e 2011, exceto lucro líquido por ação do capital social BICBANCO MÚLTIPLO Nota 2012 2011 2012 2011 Receitas da Intermediação Financeira 1.333.664 1.054.866 1.381.319 1.106.183 Operações de crédito 30a. 805.392 1.108.644 859.929 1.145.697 Operações de arrendamento mercantil 30.956 46.453 Resultado de títulos e valores mobiliários 30b. 212.151 204.118 174.313 171.930 Resultado com instrumentos financeiros derivativos 30c. 119.338 (230.284) 119.338 (230.285) Resultado de câmbio 30d. 196.736 (27.622) 196.736 (27.622) Resultado de aplicações compulsórias 47 10 47 10 Despesas da Intermediação Financeira (1.075.272) (660.357) (1.062.732) (663.817) Captação no mercado 30e. (659.172) (536.395) (657.926) (536.213) Empréstimos, cessões e repasses 30f. (206.064) 79.766 (206.064) 79.766 Operações de venda ou de transferências de ativos financeiros (30.048) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 9a. (179.988) (203.728) (198.742) (207.370) Resultado Bruto da Intermediação Financeira 258.392 394.509 318.587 442.366 Outras Receitas (Despesas) Operacionais (180.155) (182.785) (229.540) (245.444) Receitas de prestação de serviços 18.257 11.440 20.981 13.154 Rendas de tarifas bancárias 15.341 25.045 15.341 25.047 Despesas de pessoal 30i. (97.318) (87.858) (103.212) (92.795) Despesas tributárias 30k. (24.706) (31.623) (26.807) (34.226) Resultado de participações em controladas 15. 13.706 40.263 Outras despesas administrativas 30j. (71.912) (68.398) (92.661) (75.575) Outras receitas operacionais 30g. 7.041 12.626 8.240 16.698 Outras despesas operacionais 30h. (40.564) (84.280) (51.422) (97.747) Resultado Operacional 78.237 211.724 89.047 196.922 Resultado não operacional 30m. (388) (675) (397) 376 Resultado Antes da Tributação e Participações Sobre o Lucro 77.849 211.049 88.650 197.298 Imposto de renda 29c. (29.856) (56.072) (36.713) (65.867) Contribuição social 29c. (15.942) (31.334) (20.371) (35.741) Ativo fiscal diferido - Impostos e contribuições 29c. 47.716 43.127 49.152 70.002 Participações estatutárias no lucro (13.190) (16.860) (13.190) (16.860) Lucro Líquido do Período 66.577 149.910 67.528 148.832 Número de Ações Integralizadas (mil) 28. 252.904 252.904 Lucro por Ação do Capital Social - R$ 0,26 0,59 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 12

DemoNstrações do valor adicionado dos Semestres findos em 30 de junho de 2012 e 2011 BICBANCO MÚLTIPLO 2012 2011 2012 2011 1. Receitas 1.163.712 823.002 1.187.627 868.520 1.1 Intermediação Financeira 1.333.664 1.054.866 1.381.319 1.106.183 1.2 Prestação de Serviços 33.598 36.485 36.322 38.201 1.3 Provisão p/ devedores duvidosos - Reversão/(Constituição) (179.988) (203.728) (198.742) (207.370) 1.4 Outras (23.562) (64.621) (31.272) (68.494) 2. Despesas de Intermediação Financeira 895.284 456.629 863.990 456.447 3. Insumos Adquiridos de Terceiros 42.790 43.396 63.898 53.785 3.1 Materiais, energia e outros 17.094 16.196 20.138 17.869 3.2 Serviços de terceiros 28.156 30.649 44.272 34.903 3.3 Perda (Recuperação) de valores ativos (2.460) (3.449) (512) 1.013 4. Valor Adicionado Bruto (1-2-3) 225.638 322.977 259.739 358.288 5. Depreciação, amortização e exaustão 7.910 10.797 8.317 11.283 6. Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade (4-5) 217.728 312.180 251.422 347.005 7. Valor Adicionado Recebido em Transferência 13.767 40.292 61 29 7.1 Resultado de equivalência patrimonial 13.706 40.263 7.2 Outras 61 29 61 29 8. Valor Adicionado a Distribuir (6+7) 231.495 352.472 251.483 347.034 9. Distribuição do Valor Adicionado 231.495 352.472 251.483 347.034 9.1 Pessoal 95.569 90.335 100.472 94.488 9.1.1 Remuneração direta 80.600 78.490 84.274 81.541 9.1.2 Benefícios 8.825 7.411 9.741 8.202 9.1.3 F.G.T.S. 6.144 4.434 6.457 4.745 9.2 Impostos, taxas e contribuições 54.002 103.764 67.528 94.708 9.2.1 Federais 46.291 98.225 58.930 88.677 9.2.2 Estaduais 442 324 534 364 9.2.3 Municipais 7.269 5.215 8.064 5.667 9.3 Remuneração de capitais de terceiros 15.347 8.463 15.955 9.006 9.3.1 Aluguéis 15.347 8.463 15.955 9.006 9.4 Remuneração de capitais próprios 66.577 149.910 67.528 148.832 9.4.1 Juros sobre capital próprio 52.000 52.000 52.000 52.000 9.4.2 Lucros retidos 14.577 97.910 15.528 96.832 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 13

Demonstrações Financeiras 2012/2011 demonstração dos Fluxos de caixa dos Semestres findos em 30 de junho de 2012 e 2011 - Método Indireto BICBANCO MÚLTIPLO 2012 2011 2012 2011 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Lucro Líquido 66.577 149.910 67.528 148.832 Ajustes ao Lucro Líquido 181.484 176.466 220.242 222.277 Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa 179.988 203.728 198.742 207.370 Depreciações e amortizações 7.910 10.797 8.317 11.283 (Reversão) outras (224) (450) (224) (450) Provisão/(Reversão) com processos cíveis, trabalhistas e fiscais 1.793 (1.339) 3.585 (1.528) Resultado de participações em controladas (13.706) (40.263) (Ganho)/perda na venda de imobilizado 937 (72) 937 (72) (Ganho) na venda bens não de uso próprio (474) (1.194) (495) (1.741) Perda na venda de diferido 101 Amortização de ágio de investimento 5.260 5.259 5.260 5.259 Outros 4.120 2.055 Lucro Líquido Ajustado 248.061 326.376 287.770 371.109 (Aumento)/redução em aplicações interf. de liquidez (148.469) 30.442 (21.382) (8.253) (Aumento)/redução em títs. vals. mob. e instr. fin. deriv. (388.376) 48.917 (552.611) (52.674) (Aumento) em relações interfinanceiras e interdependências (20.147) (10.566) (20.147) (10.566) (Aumento) em op. de créd. e de arrend. merc. (585.794) (250.098) (269.093) (314.941) (Aumento) em outros créditos e outros valores e bens (750.873) (142.303) (748.583) (188.880) Aumento/(redução) em depósitos (427.899) 612.287 (432.491) 603.900 Aumento em captações no mercado aberto 40.627 6.544 42.283 10.377 Aumento/(redução) em outras obrigações 477.553 (418) (41.508) (11.780) Aumento/(redução) em result. de exerc. futuros (927) 13.792 (1.075) 14.334 Caixa Líquido Proveniente/Utilizado nas Atividades Operacionais (1.556.244) 634.973 (1.756.837) 412.626 Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos Redução em títulos e valores mobiliários 7.760 24.217 108.998 140.510 Alienação de bens não de uso próprio 32.027 10.370 32.359 15.915 Alienação de investimentos 129 Alienação de imob. de uso e de arrend. 40 127 40 252 Aquisição de bens não de uso próprio (113.152) (38.965) (114.316) (42.973) Aquisição de investimentos (50) (50) (129) Aquisição de imob. de uso e de arrend. (29.786) (6.847) (30.159) (7.034) Aplicação no intangível (1.482) (930) (1.817) (1.238) Caixa Líquido Proveniente/Utilizado nas Atividades de Investimentos (104.643) (12.028) (4.945) 105.432 Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos Aumento em recursos de emissão de títulos 216.608 308.113 215.316 312.589 Aumento em obrigações p/ empréstimos e repasses 449.895 112.521 449.895 112.521 Aumento/(redução) em dívidas subordinadas 61.001 (175.774) 61.001 (175.774) Dividendos pagos (6.500) (17.500) (6.500) (17.500) Juros sobre capital próprio pagos (52.000) (52.000) (52.000) (52.000) Caixa Líquido Proveniente/Utilizado nas Atividades de Financiamentos 669.004 175.360 667.712 179.836 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa (991.883) 798.305 (1.094.070) 697.894 Saldo inicial de caixa e equivalentes 3.774.833 2.083.120 3.891.564 2.083.262 Saldo final de caixa e equivalentes 2.782.950 2.881.425 2.797.494 2.781.156 Aumento (Redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa (991.883) 798.305 (1.094.070) 697.894 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 14

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido dos Semestres findos em 30 de junho de 2012 e 2011 EM milhares de Reais Nota Capital social Reservas de lucros Ações em Tesouraria Legal Estatutária Lucros acumulados Saldos em 01 de janeiro de 2011 1.434.206 58.419 462.024 1.954.649 Dividendos de exercícios anteriores 28c. (17.500) (17.500) Recompra de ações Lucro líquido do semestre 149.910 149.910 Destinações do lucro: Remuneração sobre capital próprio 28c. (52.000) (52.000) Reservas 28d. 7.495 90.415 (97.910) Saldos em 30 de junho de 2011 1.434.206 65.914 534.939 2.035.059 Mutações do semestre 7.495 72.915 80.410 Saldos em 01 de janeiro de 2012 1.434.206 (58.593) 70.046 556.440 2.002.099 Dividendos de exercícios anteriores 28c. (6.500) (6.500) Lucro líquido do semestre 66.577 66.577 Destinações do lucro: Remuneração sobre capital próprio 28c. (52.000) (52.000) Reservas 28d. 3.329 11.248 (14.577) Saldos em 30 de junho de 2012 1.434.206 (58.593) 73.375 561.188 2.010.176 Mutações do semestre 3.329 4.748 8.077 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Total 15

Demonstrações Financeiras 2012/2011 Notas explicativas às demonstrações financeiras 1. Contexto operacional O Banco Industrial e Comercial S.A. (BICBANCO) é uma sociedade anônima de capital aberto, constituída em 29 de dezembro de 1938 e autorizada pelo Banco Central do Brasil (BACEN) a operar na forma de Banco Múltiplo, desenvolvendo suas operações através das carteiras: comercial, investimentos, crédito imobiliário e câmbio. Por meio de empresas controladas atua nos mercados: de arrendamento mercantil, de crédito, financiamentos e investimentos, administração de fundos de investimentos, distribuição e corretagem de câmbio e valores mobiliários. 2. Apresentação das INformações FINANCEIRAS a) Apresentação das informações financeiras As demonstrações financeiras individuais do Banco Industrial e Comercial S.A. (BICBANCO MÚLTIPLO), incluída a dependência no exterior, e as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Industrial e Comercial S.A. e suas controladas, os fundos de investimentos em direitos creditórios e o Empreendimento Controlado em Conjunto (), foram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações - Lei nº 6.404/76, alterada pelas Leis n os 11.638/07 e 11.941/09, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do BACEN e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), quando não conflitante com as normas do BACEN. Desde 2008, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC emite pronunciamentos relacionados ao processo de convergência contábil internacional, porém nem todos foram homologados pelo Banco Central do Brasil. Desta forma, o BICBANCO, na elaboração das suas demonstrações financeiras, individuais e consolidadas, adotou os seguintes pronunciamentos, já homologados pelo BACEN: a) CPC 01 - Redução ao valor recuperável de ativos - Resolução CMN nº 3.566/08; b) CPC 03 - Demonstrações dos fluxos de caixa - Resolução CMN nº 3.604/08; c) CPC 05 - Divulgação sobre partes relacionadas - Resolução CMN nº 3.750/09; d) CPC 10 - Pagamento baseado em ações - Resolução CMN nº 3.989/11; e) CPC 25 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes - Resolução CMN nº 3.823/09; f) CPC 23 - Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erro - Resolução CMN nº 4.007/11; e g) CPC 24 - Evento Subsequente - Resolução CMN nº 3.973/11. As demonstrações financeiras foram concluídas pela administração em 13 de agosto de 2012 e aprovadas para divulgação pelo Conselho de Administração em 13 de agosto de 2012. b) Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas incluem o BICBANCO MÚLTIPLO, e as empresas controladas (conforme quadro abaixo), os FIDCs e a BRASILFactors, as quais foram elaboradas de acordo com a Lei nº 6.404/76, e alterações introduzidas pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 e normas da CVM e CMN, quando aplicável, apresentando as operações de arrendamento mercantil pelo método financeiro, com a reclassificação do imobilizado de arrendamento para rubrica de operações de arrendamento mercantil, deduzido do valor residual antecipado. Os saldos patrimoniais e os resultados originados de transações entre as empresas foram eliminados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas. Participação - 2012 e 2011 % BIC Arrendamento Mercantil S.A. 100 BIC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. 100 BIC Informática S.A. 100 BIC Administradora de Cartões de Crédito S/C Ltda. 100 Sul Financeira S.A. Crédito, Financiamentos e Investimentos 100 Sul Financeira Promotora de Vendas Ltda. 100 Sul Financeira Cobrança Ltda. 100 BRASILFactors (*) 40 (*) Consolidado a partir de dezembro/11 16

Notas explicativas às demonstrações financeiras b.1) Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios - FIDCs Em conformidade com as normas da CVM, na condição de originador dos recebíveis cedidos aos FIDCs, Fundo de Investimento em Direitos Creditórios BICBANCO Crédito Consignado (BICBANCO Crédito Consignado), Fundo de Investimento em Direitos Creditórios BICBANCO Saúde Garantida (BICBANCO Saúde Garantida) e Fundo de Investimento em Direitos Creditórios Crédito Corporativo, foram consolidadas as informações contábeis dos referidos FIDCs. Além dos referidos FIDCs, as informações financeiras consolidadas incluem até 31 de dezembro de 2011 as informações contábeis do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios SF - Multisegmentos, cujo originador dos recebíveis cedidos é a controlada Sul Financeira S.A. Crédito, Financiamentos e Investimentos que possui a totalidade das cotas subordinadas desse Fundo. O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios SF - Multisegmentos foi encerrado em 29 de março de 2012. Os FIDCs foram constituídos na forma da instrução CVM nº 409/04, com as características de condomínio fechado, oriundos de operações de empréstimos e com prazos de duração indeterminados, tendo o BICBANCO e sua subsidiária subscrito a totalidade das cotas subordinadas, sendo que as cotas seniores foram subscritas por investidores qualificados. Nas demonstrações financeiras individuais, o investimento em cotas subordinadas está registrado na rubrica Ativo Realizável a Longo Prazo - Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos - Carteira própria. Os FIDCs do BICBANCO apresentavam as seguintes posições patrimoniais consolidadas em 30 de junho de 2012 e 2011: Jun/2012 Jun/2011 Ativo Disponibilidades 33 17 Títulos públicos federais 222.125 140.787 Cotas de fundos de investimentos 10.787 Direitos creditórios 410.857 283.033 ( ) Provisão para devedores duvidosos (15.575) (29.471) Outros valores 97 Total do Ativo 617.440 405.250 Passivo Obrigações 397 259 Patrimônio Líquido 617.043 404.991 Cotas seniores 429.211 288.697 Cotas subordinadas 187.832 116.294 Total do Passivo 617.440 405.250 b.2) Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) - BRASILFactors O BICBANCO, em 25 de abril de 2011, assumiu o compromisso de participação de 40% no capital da BRASILFactors S.A., uma joint venture, que terá como demais acionistas o FIMBank PLC (40%) e a International Finance Corporation - IFC (20%). As atividades principais da empresa são voltadas aos serviços de factoring e forfaiting, compreendendo a aquisição de recebíveis do mercado doméstico e internacional, tendo por mercado alvo as empresas pequenas e médias. Por ser constituída sob a forma de joint venture (Empreendimento Controlado em Conjunto) o BICBANCO, como empreendedor, reconhece seu investimento na entidade através da consolidação proporcional. Dessa forma as informações contábeis da BRASILFactors são consolidadas, pelo percentual de participação detido, ou seja 40%, nas demonstrações financeiras do Banco. 17