Custos para Controle: Custo Padrão
Aspectos Gerais da Disciplina O que é Gestão de Custos? Diferença entre Gestão e Contabilidade Contabilidade: tem origem no francês comptabilité: obrigação de dar contas, com a idéia de responsabilidade. Gestão vem do Latim GESTIO, que significa a ação de administrar ou dirigir. 2
Rememorando Conceitos Básicos Terminologia de Custos Gasto: sacrifício financeiro que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos. Desembolso: pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. 3
Rememorando Conceitos Básicos Terminologia de Custos Investimento: gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente. Custo: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Custos é também um gasto, só que reconhecido como custo no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços) para a fabricação de um produto ou execução de um serviço; 4
Rememorando Conceitos Básicos Terminologia de Custos Despesa: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que têm essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Envolvem atividades de apoio. Perda: Bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. Ex.: Perda com incêndio, obsoletismo de estoque. 5
Rememorando Conceitos Básicos Classificação de Custos: Quanto ao produto Custos Diretos: são apropriados diretamente a determinados objetos de custeio, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão de obra, energia elétrica consumida pela máquina, etc.) Custos Indiretos: quando os custos não podem ser alocados, através de uma medida objetiva, a determinado objeto de custeio. Qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária. 6
Rememorando Conceitos Básicos Classificação de Custos: Quanto ao volume de produção Custos Variável : quando o total variar em proporção direta com o volume de produção. (ex.: MP, MOD) Custos Fixo: quando o total NÃO variar (tanto) com o volume de produção.(ex.: aluguel do imóvel da fábrica, Seguros da fábrica). 7
Rememorando Conceitos Básicos Classificação de Custos: outras nomenclaturas Custos Primários: Soma de matéria-prima com mão de obra, apenas (não confundir com os Custos Diretos). Custos de Transformação: soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas, etc. 8
Rememorando Conceitos Básicos Esquema básico de classificação dos custos 9
Rememorando Conceitos Básicos Delineamento de um Sistema de Custeio requer um completo entendimento Estrutura organizacional da empresa Procedimento ou processo de manufatura Tipo de informação de custo desejada e exigida pela administração 10
Rememorando Conceitos Básicos Um Sistema de Custo deve ser aperfeiçoado de forma que: Calcule o custo das vendas; Proporcione um meio de avaliar os inventários; Auxilie controle e na administração da empresa; Meça a eficiência de homens, materiais e peças; Ajude a eliminar o desperdício e, como consequência, reduza o custo; Proporcione comparação com outras empresas; Auxilie no estabelecimento dos preços de venda; Forneça dados para diversos processos analíticos. 11
Exercício de Fixação! 12
CONTROLE EM CUSTOS Significado de Controle Quando podemos dizer, em uma partida de futebol, que um time esta exercendo o controle da partida? 13
CONTROLE EM CUSTOS Quando posso dizer que tenho controle da minha situação financeira? 1) Conheço bem a origem e o valor de cada RECEITA e o destino de cada DESPESA 2) Estão elas dentro dos valores e limites que deveriam estar 3) Quando algumas delas se desviam do comportamento que deveria ter, tenho eu conhecimento rápido disso 4) Sou capaz de identificar também rapidamente a razão do desvio 5) Tomo alguma atitude para corrigir esses desvios 14
CONTROLE EM CUSTOS CONTROLAR significa conhecer a realidade, compará-la com o que deveria ser, tomar conhecimento rápido das divergências e suas origens e tomar atitudes para sua correção. Uma empresa tem Controle dos seuscustos e Despesas quando conhece os que estão sendo incorridos, verifica se estão dentro do que era esperado, analisa as divergências e toma medidas para correção de tais desvios. 15
CONTROLE EM CUSTOS Possuir um bom sistema de custos é condição não suficiente, mas necessária. 16
CONTROLE EM CUSTOS Hebert Simon: Racionalidade Limitada É a limitação do tomador de decisões de dominar a complexidade do mundo, de compreender todas as informações, de dominar o tempo, como também o lado cognitivo. As informações são imperfeitas e incompletas, não se tem um conjunto completo de alternativas conhecidas e o tomador de decisão deve escolher a primeira alternativa minimamente aceitável. 17
CONTROLE EM CUSTOS Para refletir Você esta trabalhando na empresa X que lhe remunera R$1.000,00 por mês. Você gosta dos seus colegas de trabalhos, o clima organizacional é bom, você tem um cargo de relativa responsabilidade e autoridade. Como você desenvolveu um bom trabalho, a empresa Y lhe fez uma proposta: R$ 2.000,00 por mês. Apesar de apreciar as funções do cargo, você não tem o conhecimento aprofundado de como é cultura da empresa, desconhece perfil do seus colegas de trabalho, etc Você aceitaria? Nós temos uma racionalidade que é limitada, e os gerentes também! 18
PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS DO CONTROLE As pessoas, geralmente, não gostam de ser controladas. Enxergam o Sistema de Custos como uma forma de a direção da empresa espioná-los e controla-los. 19
CONTROLE EM CUSTOS: CUSTOS POR PRODUTO versus CUSTOSPOR DEPARTAMENTO Em qual é mais fácil exercer o controle? Forma usual (sem controle): Custos Indiretos -uma forma aceitável de rateio: são apropriados a Departamentos para posteriormente caírem sobre os produtos. Custos Diretos: são alocados diretamente aos bens e serviços elaborados 20
CONTROLE EM CUSTOS: CUSTOS POR PRODUTO versus CUSTOSPOR DEPARTAMENTO Não seria mais lógico fazermos as análises por Departamentos (ou células de produção), já que sobre estes a identificação da pessoa responsável é imediata, enquanto que muitas vezes não existe uma pessoa responsável pelo Produto? Os Custos Diretos seriam temporariamente apropriados aos Departamentos, e destes aos produtos em função de medição, e não de rateio. 21
CONTROLE EM CUSTOS: CUSTOS POR PRODUTO versus CUSTOSPOR DEPARTAMENTO Ex.: A Fundição talvez tenha recebido os seguintes Custos no mês: 22
CUSTOS PORRESPONSABILIDADE (CUSTOSCONTROLÁVEIS) Custeio por Responsabilidade é a separação dos Custos incorridos pelos diferentes níveis de responsabilidade. Pode ser classificado como Custos Controláveis e Não Controláveis. Custos Controláveis: Aqueles são os que estão diretamente sob responsabilidade e controle de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar. Custos Não Controláveis: Estão fora da responsabilidade e controle da pessoa responsável pelo setor Não significa que Custos Não controláveis estejam fora da responsabilidade da empresa 23
Ex.: CUSTOS PORRESPONSABILIDADE (CUSTOSCONTROLÁVEIS) - 80.000 sal. chefe - 60.000 Man. Prev. 24
Bases de Comparação Ex.: Departamento de Fundição 25
Estimativa em Custos São melhorias técnicas introduzidas nos custos médios passados, em função de determinadas expectativas quanto a prováveis alterações de alguns custos. Ex.:modificações no volume de produção, na qualidade de materiais ou do produto, introduções de tecnologias diferentes etc. 26
EXERCÍCIO PROPOSTO A empresa Pokky, produtora de chocolates e bombons, utiliza um sistema de controle de custos no qual compara os custos projetados com os reais, apura as variações, e implementa ações corretivas dos desvios. Para determinado período, a previsão havia sido feita para uma estimativa de produção de 200.000 unidades, mas foram produzidas apenas 160.000. Sabendo-se que não houve inflação nos períodos considerados, pede-se para calcularas variações, em $ e em %, para todos os elementos de custos. Indicar se a variação é favorável (F) ou desfavorável (D) 27
EXERCÍCIO PROPOSTO 28
Exemplo A empresa CaféBom, produtora de café solúvel, utiliza um sistema de controle de custos bastante simples. Sua produção em abril foi consideravelmente superior à de março, com um acréscimo de 36% no volume, devido a uma inesperada demanda de exportação. Os custos totais de um de seus departamentos, Purificação, cresceram. Seu relatório de custos é o seguinte (em $): 29
Exemplo 30
Sabendo que não houve inflação nos períodos considerados, pede-se calcular para os meses de março e de abril: 1. O valor dos custos controláveis 2. O valor dos custos não controláveis 3. A variação, em $ e em %, para todos os elementos de custo. 31
Custo Padrão Por meio da antecipação de resultados futuros, podemos dar suporte à gestão empresarial, decidindo sobre análise de viabilidade econômica e financeira. Podemos, ainda: 1) definir, claramente, a responsabilidade e obtenção de compromisso pelos controladores do custo; 2) Avaliar o desempenho e eficácia operacional; 3) Substituir o custo real (custo acontecido), pois este não possui validades estratégicas, servindo apenas para atender as necessidades legais e fiscais. 32
Custo Padrão A grande finalidade do Custo-Padrão é o controle, tendo como objetivo o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. Uma outra grande finalidade do Custo- Padrão, decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada para efeito de controle, é o efeito psicológico sobre o pessoal. 33
Tipos de Custo Padrão 1 Custo-Padrão Ideal Custos de se fabricar em um ambiente perfeito, sem surpresas, erros, ou falhas (custos de laboratório). Ex.: Melhor MP possível, Eficiência da MOD, 100% da capacidade da empresa, sem paradas. 2 Custo-Padrão corrente Mais válido e prático, diz respeito ao valor que a empresa fixa com custo de produção para o próximo período para um determinado produto ou serviço. Buscam-se padrões de custos e produção que, mesmo calculados cientificamente, consideram as eventuais condições de imperfeições ambientais, empresariais e de mercado. 34
Tipos de Custo Padrão 3 Custos Estimados parte da hipótese de que a média do passado é um número válido, e apenas introduz algumas modificações esperadas, tais como: volume de atividades, mudanças de equipamentos etc. 35
Fixação do Padrão A fixação final do custo Padrão não deve ser imposta à empresa totalmente, mas apenas a certos produtos ou departamentos ou para certos tipos de custos; Deve acontecer de maneira gradual A base de considerar quantidades físicas e valores monetários, quer de mão-de-obra, KW/h, horas/máquinas, etc. (ou seja, usar indicadores tangíveis). 36
Análise das Variações Compreende-se, como variação, qualquer afastamento de uma variável em relação a um parâmetro preestabelecido. 37
Tipos de Variações Variações de preços: qualquer desvio entre o preço estabelecido e o preço realizado. Fórmula: (PR PP) x QP Variações de quantidades: é a relação entre a quantidade de insumo estabelecida para a produção sob análise e aquela efetivamente incorrida. Fórmula: (QR QP) x PP Variação mista: ocorre o efeito das variações de preço na variação de quantidades, Fórmula: (PR PP) x (QP QP) 38
Tipos de Variações Exemplo: Lista de materiais para a produção de 1 unidade do produto X: Dado coletado na Contabilidade: Produção do período 3.000 unidades Material consumido: Material - 45.500kg Preço de aquisição : Material - $12,50 39