Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD2537-Águas em Ambientes Urbanos.

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Transcrição:

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD2537-Águas em Ambientes Urbanos Novembro 2008 Grupo 12 Fabricio H. Fernandes 4957314 Raphael F. Daibert 3633210 Marcos V. Carvalho 5073637

O crescimento das cidades e conseqüentemente a impermeabilização da superfície provocou um maior volume no escoamento pluvial, na sua vazão e no volume que chega as canalizações. Tal controle na drenagem deve a princípio ser realizado na fonte, no lote e muitas vezes geram conflitos de interesses, cabendo ao município saber administrar a questão através do seu código de obras ou do plano diretor.

Exemplos de medidas de controle de drenagem na fonte e no lote. Principais Características. Mostrar a Importância das Medidas de Controle de Drenagem.

Pavimentos Permeáveis Trata-se de superfícies porosas. Permitem infiltração de parte do escoamento superficial, direcionando-a para uma camada de reserva sob o terreno. Esta camada é formada por pedras, de granulométrica diferenciada.

Utilização: Passeios, estacionamentos, quadras esportivas ou ainda ruas de pouco tráfego.

Construído abaixo do nível do terreno das edificações, a fim de armazenar temporariamente água de chuva das áreas impermeabilizadas próximas a ele. Em concreto, alvenaria, dentre outros, ou ainda escavados no solo e preenchidos com brita. As principais funções do Micro-reservatório são: Controle do escoamento das águas pluviais. Minimização dos efeitos da impermeabilização do solo. Recuperação de parte da capacidade de amortecimento da bacia.

Reservatório mantido seco nas estiagens com finalidade de laminar os picos de escoamento superficial, liberando lentamente os volumes afluentes. Escavado ou ainda uma pequena barragem de terra ou de concreto. Não devem receber esgoto cloacal, tais estruturas devem passar por uma correta destinação dos esgotos domésticos à montante.

Áreas isoladas de terreno destinadas à função de infiltração no solo dos excessos pluviais para ela destinados. Há um vertedor de emergência e, para preservação do fundo, um dreno enterrado no leito.

As principais vantagens desse tipo de bacia são: controle de picos para grandes períodos de retorno, seu uso potencial como bacia de sedimentação durante a fase de construção do loteamento, custo acessível.

Um reservatório construído para não secar entre uma enxurrada e outra, retendo água constantemente em parte do seu volume. Destinados ao controle de cheias e a melhorar a qualidade da água das enxurradas.

Tipo de tanque estanque construído abaixo do solo, com paredes em concreto impermeável. Permitindo o aproveitamento da superfície para outras finalidades, como uma praça, área verde gramada ou terreno de esporte. Funciona como uma bacia de detenção impermeável a céu aberto, amenizando o escoamento pluvial nela introduzido por efeito de laminação controlado na saída por orifício e válvula no fundo.

Deve estar equipada com dispositivos de proteção contra poluição e aporte de sólidos (sedimentos e lixo) e dispositivos contra emissão de gases tóxicos que possam se formar.

Faixas de solo gramadas ou arborizadas utilizadas para reduzir a velocidade da água e infiltrar parte dos escoamentos oriundos das superfícies impermeáveis urbanas, tais como estacionamentos e outras superfícies. As faixas menores devem ser colocadas a montante do sistema de drenagem. Amortecerem cheias freqüentes, podem assumir o papel de parque, para lazer e prática esportiva da população e prevenção contra invasões.

Funciona como um reservatório que armazena temporariamente águas pluviais incidentes, liberandoa gradualmente para a rede pluvial, através de um dispositivo de regulação de vazão associado a uma vazão máxima. Telhados com menor inclinação, ditos planos são os ideais para a aplicação desta medida de controle compensatória. As principais vantagens de um controle deste tipo de controle local do escoamento pluvial são: economia na rede pluvial, diminuição de riscos de inundação no lote e uma conveniente adequação nas áreas urbanizadas.

As desvantagens temos o aumento da freqüência de manutenção do telhado, a restrição de uma inclinação máxima de 2%, o que pode limitar a arquitetura em alguns casos, e a maior dificuldade de adaptação em telhado já existente, o que tem alto custo.

As medidas mostradas são de extrema importância, comprovam serem fundamentais para manter o equilíbrio gerado pela urbanização descontrolada. Falta mostrar à população as causas e origens dos problemas, ou seja, a educação partir desde a escola até os meios de comunicação sobre as reais causas de inundações e enchentes localizadas.

Depende das prefeituras terem quadro técnico competente e que saiba compreender os problemas encontrados no seu município e utilizar esse conhecimento na adequação dos imóveis, de novos empreendimentos e ter um plano diretor planejado e não atendendo a interesses de determinados setores. Também é preciso que os habitantes cobrem os seus representantes no executivo e legislativo e se organizem em associações para a discussão do zoneamento e crescimento urbano local.

Tucci, Carlos - Inundações Urbanas, Simpósio Brasileiro de Desastres Naturais, 35-70. Tucci, Carlos Gestão de Inundações Urbanas, Porto Alegre, Brasil, 49-145. Moura, Thales Augustos Estudo Experimental de Superfícies Permeáveis, Dissertação Mestrado. Revista Techne - Edição 116, Novembro 2006, Versão Digital. ARAUJO, P.; TUCCI, C.E.M.; GOLDENFUM, J. 1999. A avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na redução de escoamento superficial, RBRH, V5 n.3 p 21-28