PRÁTICA EM PROJETOS DE GD DEMAREST ASPECTOS JURÍDICOS RELEVANTES SOBRE A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA. PERCEPÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA
A COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Ambiente de Contratação Regulada (ACR) Ambiente de Contratação Livre (ACL) Compradores: Distribuidoras (consumidores cativos) Contratos resultantes de leilões Compradores: Consumidores livres, especiais, Geradores e Comercializadores Contratos livremente negociados Mercado de Curto Prazo Liquidação das Diferenças Todos agentes podem ficar credores ou devedores 3
Fontes Renováveis (geração dos créditos) REN 482 (REVISADA PELA REN 687) Distribuidora (mesma área de concessão) Consórcio ou empreendimentos do mesmo proprietário CNPJ CNPJ (utilização dos créditos) Consumo R$/MWh -Contratos de arrendamento (ou aluguel) entre o gerador e proprietário do consumo -
MITOS E VERDADES
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Em análise conceitual, a Geração Distribuída foi criada para ser um modelo regulatório simples, mas a prática exige um conhecimento técnico e jurídico especializado para que o projeto, ao mesmo tempo: 1 Atenda às exigências regulatórias (REN ANEEL 482/12) 2 Seja viável sob o ponto de vista do financiador/investidor. 3 Traga as salvaguardas necessárias para o Consumidor - Projeto em seu nome, mas sobre o qual não terá qualquer ingerência.
VISÃO CONSUMIDOR
DOS RISCOS INERENTES AO CONSUMIDOR Em razão da impossibilidade de compra e venda de energia direta pelo consumidor cativo, os contratos que irão estruturar o projeto de Geração Distribuída não poderão prever remuneração por meio de R$/MWh (Art. 6-A REN ANEEL 482/12). Os projetos acabam sendo desenvolvidos por meio de estrutura contratual complexa, que garanta, ao mesmo tempo: (i) remuneração justa ao Desenvolvedor; (ii) que o pagamento do Consumidor não acabe aumentando seu gasto com energia elétrica no Mercado Cativo (Benefício Mínimo);
DOS RISCOS INERENTES AO CONSUMIDOR Viabilidade regulatória do projeto de GD ser aceito pela Distribuidora; Responsabilidade por dano ao sistema elétrico (artigos 11 e 12 REN 482/12) fica a cargo do consumidor; (i) ressarcimento ao sistema - REN 414/10, art 164, II); (ii) não utilização dos créditos ou cobrança retroativa de tarifas; (iii) suspensão fornecimento (deficiência técnica ou segurança - REN 414/10, art 170); Responsabilidade civil, ambiental, trabalhista, imobiliária relativa ao projeto de GD, principalmente na hipótese de Autoconsumo Remoto.
DOS RISCOS INERENTES AO CONSUMIDOR Riscos na concatenação dos instrumentos jurídicos e definição clara das responsabilidades e obrigações, principalmente nos projetos nos quais as figuras do Operador/Mantenedor, Construtor, Fornecedor e/ou Prestador de Serviços sejam pessoas jurídicas distintas.
VISÃO DESENVOLVEDOR DO PROJETO
DOS RISCOS INERENTES AO DESENVOLVEDOR DO PROJETO Sob o ponto de vista dos Projetistas/Desenvolvedores, tem se verificado propostas com: Garantia de benefício econômico mínimo incompatível com a capacidade dos parques solares/eólicos; Payback esperado de curto tempo de retorno desse tipo de incompatível essa expectativa; e Utilização de contratos que não atendem à regulação e/ou padrões que não estão alinhados com as especificidades de cada projeto (divisão de central geradora para enquadramento na GD Art. 4, parágrafo 3, REN ANEEL 482/12).
DOS RISCOS INERENTES AO DESENVOLVEDOR DO PROJETO Falta de financiabilidade ou inviabilidade econômica do projeto: contratos que não preveem condições atrativas e seguras para o investidor que irá aportar capital para viabilizar o negócio, ou quebra do projeto (penalidade); Inexistência de análise e previsão contratual em relação às oscilações de carga por parte do consumidor (consumo mínimo); e Risco regulatório (ANEEL e MME). Alteração do modelo?
PROJETO GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Contrato 1 Locação/Arrendamento dos terrenos: remuneração fixa Remuneração Arrendamento (posse) Locação (equipamentos) Contrato de O&M Serviços de O&M Contrato 2 Locação/Arrendamento dos equipamentos: remuneração fixa/variável Contrato 3 O&M: remuneração variável - efetiva energia compensada /penalidades
CONCLUSÃO GD é economicamente viável e seguro para a redução dos custos com a tarifa de energia; Existe regulação que permite a sua implementação e indicação que não haverá alteração, ao menos com efeitos retroativos", que possa inviabilizar os projetos de Geração Distribuída implantados no País; e Partes precisam possuir conhecimentos técnicos, jurídicos e regulatórios sobre a matéria para viabilizar financeira e economicamente os projetos e reduzir e alocar corretamente os risco jurídicos inerentes à GD a fim de evitar disputas e conflitos que certamente trarão custos adicionais e não desejáveis aos projetos.
Pedro Henrique Dante Demarest Advogados phdante@demarest.com.br tel : 55 11 3356 2065
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