COMO AJUDAR QUEM PERDEU PESSOAS QUERIDAS OPÇÕES DE LOGO 1. Psicotraumatologia Clínica 2. PSICOTRAUMATOLOGIA CLÍNICA
psicotraumatologia clínica
Todos já perdemos ou perderemos pessoas queridas e, geralmente, nós não nos sentimos preparados para ajudar familiares, amigos e colegas que atravessam a dor da morte de alguém importante em suas vidas. Este guia de orientações psicológicas tem por objetivo facilitar a comunicação sobre o tema da morte para pessoas de todas as idades, preparando o leitor a ajudar - na prática aqueles que enfrentam situações de luto. Os conteúdos não estão vinculados a qualquer crença religiosa. Aqueles que perdem pessoas queridas com frequência, vivenciam o sentimento de desamparo. Por essa razão, o seu apoio pode ser muito importante na recuperação do bem estar psicológico daquele que sofre a perda.
Primeiros passos Para você que quer ajudar alguém que perdeu uma pessoa querida, ou um familiar, um amigo, sugerimos os seguintes passos: Entenda a situação É absolutamente natural que uma pessoa diante de uma perda sinta tristeza, raiva, medo, culpa, dor, revolta, impotência e apresente sensações físicas como secura na boca, insônia, enjôos, tonturas dor de cabeça, taquicardia, formigamento, tremores. Comunique isso a ela. Acolha a dor Procure estar ao lado e acolha a expressão de todos os sentimentos da pessoa que sofre, pois isso conforta a pessoa. Chorar é saudável, deixe que a pessoa faça isso se ela quiser, sem criticá-la: Escute 80% e fale 20%. Busque um contato físico adequado Segurar a mão, abraçar, colocar a mão sobre os ombros geralmente ajudam a pessoa se sentir amparada. Tente perceber se a sua iniciativa é bem recebida. psicotraumatologia clínica
Não tente minimizar a dor Procure evitar frases do tipo: Você deve fazer isto, você não deve ficar assim, tente esquecer, assim deixou de sofrer, seja forte pelos filhos, foi a vontade de Deus, é a lei da vida, Deus escreve certo por linhas tortas. Embora pareçam ajudar, essas frases podem inibir a livre expressão dos sentimentos necessária para à superação do trauma. Ao invés disso, tente frases do tipo: Conte comigo, estou ao seu lado, o que eu posso fazer por você. Reconheça sua própria dor Lembre-se que você também pode se emocionar com a situação. Caso isso aconteça, a expressão espontânea dos seus sentimentos de tristeza e pesar poderá mostrar que você se importa com quem sofreu a perda e que ela não está sozinha na sua dor. Continue sendo solidário Normalmente que sofre uma perda recebe apoio apenas nos primeiros dias. Faça a diferença. Tente manter-se presente oferecendo ajuda em situações práticas (cancelamento de contas, providências legais, comunicação de falecimento, etc) e em tarefas cotidianas (transporte escolar, idas ao mercado, tarefas domésticas, etc). Se necessário, indique ajuda de profissionais especializados (psicólogos, médicos), incentive o retorno às atividades saudáveis. Para mais informações leia sobre o assunto no blog/psicotraumatologia.
Mortes em emergências e desastres Após a ocorrência de um desastre ou catástrofe, muitas perdas podem acontecer (entes queridos, vizinhos, animais de estimação, a moradia, local de trabalho, escola, etc) assim como a quebra da confiança no futuro e a sensação de que o mundo não é mais um lugar seguro. A sua ajuda pode fazer a diferença. psicotraumatologia clínica Primeiras horas Seja breve: A orientação para promover a segurança e o bem estar das pessoas que você ajuda deve ser clara e objetiva. Informe Ligue para Policia Militar (190), Bombeiros (193) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (192). Ajude na estabilidade fisiológica Evite a desidratação, as infecções e a epidemia. Tanto quanto possível alivie a dor e mantenha a pessoa consciente até o socorro especializado chegar. Promova condições básicas de segurança: Se a evacuação for necessária, mantenha a calma, ajude no deslocamento para uma área segura e não se aproxime de linhas elétricas.
Primeiros dias/semanas Acolha: Deixe que a pessoa conte e reconte sua história com a natural expressão emocional. Suporte: Ouça quais são as necessidades da pessoa para que você possa auxiliar. Proteção: Ajude a pessoa encontrar um lugar seguro para ficar com alguma privacidade aonde se possa relaxar e dormir mesmo que seja por pouco tempo. Objetivos: Ajude na organização das prioridades formulando objetivos a curto (1 mês) e médio prazo (2 meses), assim como o que deve ser feito para concretizá-los. Lembre que o sono e a alimentação são necessidades básicas para recuperação da saúde física e mental. Recursos pessoais: favoreça a lembrança das capacidades que a própria pessoa têm para seguir em frente e ajudar a si mesmo. Sensibilize a esperança e a confiança. Conexão: ajude a pessoa manter contato com sua família, amigos, grupos de ajuda (apoio social) e se necessário indique profissionais especializados (veja blog/psicotraumatologia).
Comunicação da morte para crianças Muitos pais, familiares e cuidadores não sabem como agir com as crianças que perdem pessoas queridas. Considere essas possibilidades abaixo, que certamente ajudarão as crianças a processarem a perda de uma pessoa amada. Antes do falecimento de uma pessoa querida, se possível, aproveite pequenas mortes (insetos, pássaros, animais de estimação) como oportunidades para a criança elaborar representações da morte e compreender o ciclo da vida. Escolha um momento adequado para informar a morte da pessoa querida à criança e tenha coerência entre suas expressões verbais, emocionais e comportamentais. Prepare-se para comunicar a morte com brandura, simplicidade e franqueza. Preste atenção às perguntas específicas da criança e responda com simplicidade, respeitando o vocabulário que a mesma compreenda. Use a palavra morte. Ouças as interpretações da própria criança sobre a morte antes das suas explicações e construa a conversa a partir das referências que ela trouxe. psicotraumatologia clínica
Confira periodicamente as interpretações das crianças a respeito da morte e converse sobre o tema com freqüência. Fale da morte e seu significado em qualquer ocasião que as crianças sintam necessidade. Evite o silêncio. Aceite e acolha as expressões emocionais da criança sem tentar suprimi-las. Considere que a criança pode comunicar a dor da perda por diversos comportamentos e não apenas em palavras. Reações de agressividade, medo, isolamento, perda de sono e apetite podem ocorrer. Converse sobre a transitoriedade de outros elementos e situações da vida (plantas, peixes, dia e noite,etc.). Em seguida, dê exemplos de amigos, familiares ou o seu próprio que também perderam pessoas queridas há algum tempo e hoje estão bem. Ofereça possibilidades (desenhos/pinturas, brincadeiras com personagens/bonecos, histórias infantis lidas sobre o tema, veja blog/psicotraumatologia) para manifestação e reconhecimento dos sentimentos que a própria criança vivencia. O entendimento alivia a dor. Traga as boas lembranças da pessoa que morreu por meio de fotos, desenhos, histórias sobre hábitos, personalidade e momentos prazerosos vividos em família. Favoreça a continuidade dos sentimentos positivos ligados a pessoa querida e diga que ela estará sempre presente nos exemplos, aprendizados e nas memórias que ela deixou. Tranqüilize a criança quanto à própria segurança e procure manter a estrutura familiar e as rotinas dos filhos. Cultive a religiosidade e a espiritualidade nos filhos e compartilhe suas crenças religiosas de maneira coerente e tranqüila. Caso o sofrimento da criança for muito intenso por mais de 2 semanas, considere procurar ajuda profissional especializada (veja blog/psicotraumatologia).
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