Rodrigo Andrade de Almeida ROTEIRO DE ESTUDOS. Direito Civil. Responsabilidade Civil. Volume

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Transcrição:

Rodrigo Andrade de Almeida ROTEIRO DE ESTUDOS Direito Civil D Volume 4 Civil www.rodrigoandrade.pro.br Versão 3.0 2018.1

Rodrigo Andrade de Almeida www.rodrigoandrade.pro.br www.direitolevadoaserio.com.br ROTEIRO DE ESTUDOS Direito Civil Volume 4 Civil Versão 3.0 2018.1 Atualizado em 21/03/2018

APRESENTAÇÃO Este material foi desenvolvido pelo Prof. Rodrigo Andrade, para ser utilizado durante as aulas presenciais de Civil. Como o próprio nome o indica, trata-se de um roteiro de estudos: sua finalidade é dinamizar as aulas, deixando já à sua mão os slides utilizados pelo professor e os dispositivos normativos correlatos, de modo a que você possa se concentrar em fazer suas anotações e esclarecer eventuais dúvidas, ao invés de se preocupar em copiar o que está na lousa. Ao longo das aulas, o professor projetará diversos slides. Cada infográfico neste roteiro corresponde a um slide projetado durante os encontros presenciais. Abaixo de cada infográfico, você encontrará a transcrição dos dispositivos constitucionais, legais e jurisprudenciais relacionados ao assunto ali tratado. Eventualmente, podem constar excertos doutrinários ou outras informações complementares. Em meio aos assuntos, haverá exercícios que deverão ser realizados em sala, durante as aulas. No momento adequado, o professor o instruirá a respeito deles. Esses exercícios têm como objetivo auxiliá-lo ou auxiliá-la na adequada compreensão da matéria, bem como facilitar o processo de aprendizagem, sempre que possível, através de atividades de natureza lúdica. Ao final de cada bloco de assuntos, você encontrará exercícios de fixação, que deverão ser respondidos em casa, e levados para as aulas de revisão em sala, onde serão corrigidos. Sempre que possível, haverá também, ao final de cada unidade, questões de concursos públicos, para que você possa desenvolver a habilidade de responder a questões de múltipla escolha e já possa ir se preparando para provas, como o Exame de Ordem e concursos das mais variadas carreiras. Para que tenha melhor proveito deste material, sugere-se que você o imprima, encaderne e leve para todas as aulas. Assim, poderá facilmente acompanhar o desenvolvimento dos assuntos ao longo do período letivo, o que facilitará sobremaneira seus estudos. É óbvio que este material não substitui o estudo dos livros da melhor doutrina, que será oportunamente indicada ao longo do texto, nem dispensa sua presença nas aulas presenciais: é indispensável que você estude com afinco as lições dos grandes mestres, e leve suas inquietações para os encontros presenciais, a fim de que você, seus colegas e seu professor possam, juntos, construir o conhecimento. Com isso, o Prof. Rodrigo Andrade espera que você possa aproveitar ao máximo o convívio e as atividades propostas neste Roteiro de Estudos. Salvador, 27 de fevereiro de 2017. RODRIGO ANDRADE

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 2 INTRODUÇÃO... 4 O que é a Civil... 4 Metodologia... 4 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS... 5 1.1 Jurídica... 5 1.2 Espécies de no Direito Civil... 6 1.3 Características da Civil... 8 FUNDAMENTO E FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL... 9 2.1 Fundamento da Civil... 9 2.2 Funções da Civil... 9 ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL... 10 3.1 Conduta... 10 3.2 Dano... 11 3.3 Nexo de Causalidade...12 3.4 Culpa...12 CASOS ESPECIAIS DE RESPONSABILIDADE EXTRANEGOCIAL... 14 4.1 por Fato de Terceiro... 14 4.2 por Fato da Coisa... 17 CASOS ESPECIAIS DE RESPONSABILIDADE NEGOCIAL... 19 5.1 do Transportador... 19 5.2 das Instituições Financeiras... 19 5.3 do Empreiteiro, Construtor e Incorporador... 19 5.4 do Profissional de Saúde... 19 5.5 do Advogado... 19 INDENIZAÇÃO...21

INTRODUÇÃO O que é a Civil O Brasileiro começa sua Parte Especial com a disciplina das relações jurídicas obrigacionais. A Civil é uma das disciplinas do Direito das Obrigações e trata, essencialmente, da responsabilidade extranegocial, ou seja, da obrigação de reparar um dano, imputada a alguém em razão da violação do dever geral de não causar danos. Trata-se de uma das disciplinas do Direito Civil em que há mais dissenso entre os autores, em especial por conta de sucessivas inovações doutrinárias que nos últimos anos vêm se verificando. Tal fato demonstra a necessidade de um estudo sério e criticista sobre a matéria, o que se pretende levar a cabo ao longo do período letivo. Metodologia Além do clássico método expositivo, a presente Civil será abordada por meio dos mais diferenciados métodos, sempre com o intuito de proporcionar, para o estudante, a melhor e mais eficiente experiência de aprendizagem. Assim, por exemplo, este Roteiro de Estudos é composto por inúmeros exercícios, que contemplam desde questões de concursos públicos a atividades lúdicas, como caça-palavras, palavras cruzadas, exercícios de associação e questões discursivas, a serem resolvidas durante os encontros em sala de aula, individual ou coletivamente. A abordagem do conteúdo programático do componente curricular Civil contemplará, ainda, o emprego de metodologias ativas, aqui entendidas como o processo de ensino e aprendizagem cuja principal característica é a inserção do estudante como principal agente responsável por sua própria aprendizagem, comprometendo-se ativamente com o desenvolvimento das competências cognitivas, técnicas e comportamentais indispensáveis à sua formação. Dentre as inúmeras ferramentas disponíveis, serão especificamente empregados o método do Estudo de Caso, a Aprendizagem Baseada em Problemas ou PBL (acrônimo para Problem-Based Learning) e a Metodologia para Projetos.

Conceitos Introdutórios 5 Unidade 1 CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 1.1 Jurídica INFOGRÁFICO 1: RESPONSABILIDADE JURÍDICA Ação Considerada moralmente censurável Juízo de imputação Atribuição da ação a um agente, como seu autor verdadeiro Juízo de retribuição Imposição do dever de responder pelo ato INFOGRÁFICO 2: RESPONSABILIDADE JURÍDICA Bem jurídico Fato Jurídico Jurídica Penal Civil Administrativa Ambiental Tributária

Conceitos Introdutórios 6 1.2 Espécies de no Direito Civil INFOGRÁFICO 3: RESPONSABILIDADE NO DIREITO CIVIL BRASILEIRO Espécies Culpa Norma Jurídica Violada Respons. Subjetiva Respons. Objetiva Respons. Negocial Respons. Extranegocial Respons. pela Confiança Dano causado por ato culposo Dano causado, mesmo sem culpa (risco da atividade) Inadimplemento da obrigação prevista no negócio jurídico Violação direta de uma norma legal Violação de um dever anexo Arts. 186 e 187 c/c 927 (caput) Art. 927, parágrafo único Arts. 389 et seq. c/c 395 et seq. Arts. 186 a 188 c/c 927 et seq. Arts. 421 e 422 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster. Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor. Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos. Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.

Conceitos Introdutórios 7 Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. INFOGRÁFICO 4: DISTINÇÕES ENTRE AS RESPONSABILIDADES NEGOCIAL E EXTRANEGOCIAL Negocial Extranegocial Gradação da culpa Extensão da reparação Exercício da autonomia Capacidade dos agentes Regime da mora Ônus da prova Prescrição Foro competente Em alguns casos, a gradação da culpa pode resultar na isenção da obrigação de indenizar (art. 392) As partes podem estipular cláusula de não indenizar, ou limitativas da responsabilidade As partes podem estipular cláusula de não indenizar, ou limitativas da responsabilidade Exige-se capacidade do agente para celebrar o negócio jurídico. A mora é contada desde o inadimplemento ou interpelação (art. 397). Cumpre ao réu provar que está adimplente ou fato extintivo da obrigação Os prazos variam muito, a depender do tipo de tutela pretendida Domicílio do réu (CPC, art. 46) A reparação é medida pela extensão do dano (art. 944), independentemente do grau de culpa do agente A reparação é medida pela extensão do dano (art. 944) A reparação é medida pela extensão do dano, não podendo o agente limitar a responsabilidade. O incapaz pode ter de responder pelos danos que causar. A mora é presumida desde a ocorrência do evento (art. 398); Súmula 54 (STJ) Cumpre ao autor provar os pressupostos da responsabilização civil do réu Os prazos serão três anos (CC art. 206, 3º, V) ou cinco (CDC, art. 27). Local em que o fato ocorreu (CPC, art. 53, IV, a; V) Art. 206. Prescreve: [...] 3º Em três anos: [...] V - a pretensão de reparação civil; Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor. Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial. Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou. Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. Código de Processo Civil Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado

Conceitos Introdutórios 8 no foro de qualquer deles. 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. Art. 53. É competente o foro: [...] IV - do lugar do ato ou fato para a ação: a) de reparação de dano; [...] V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves. Código de Defesa do Consumidor Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. Súmula da Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça Enunciado 54. Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual (DJ 01/10/1992, p. 16.801). 1.3 Características da Civil INFOGRÁFICO 5: CARACTERÍSTICAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Características da Civil Autonomia entre a responsabilidade civil e penal (art. 935) Solidariedade de todos os co-autores (art. 942) Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.

Fundamento e Funções da Civil 9 Unidade 2 FUNDAMENTO E FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL 2.1 Fundamento da Civil INFOGRÁFICO 6: FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL Fundamento da Civil Culpa Dano Prudência Ênfase no exercício irresponsável da autonomia privada Ênfase na situação da vítima do dano Ênfase no dever de cuidar de outro Retribuição Reparação Prevenção 2.2 Funções da Civil INFOGRÁFICO 7: FUNÇÕES DA RESPONSABILIDADE CIVIL Função Preventiva Reparatória Punitiva Precaucional Restituição Retorno ao status quo ante Indenização Pagamento da importância equivalente ao valor do bem Compensação Compensação do bem ou direito não apreciável economicamente Ausência de cautela Não incide quando é possível a restituição integral ao status quo ante Função socioeducativa: condutas semelhantes não serão toleradas

Elementos da Civil 10 Unidade 3 ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL INFOGRÁFICO 8: ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Elementos Conduta Dano ou Prejuízo Nexo de Causalidade Culpa 3.1 Conduta INFOGRÁFICO 9: CONDUTA Conduta Requisitos Espécies Voluntariedade Ilicitude Positiva Negativa INFOGRÁFICO 10: VOLUNTARIEDADE Voluntariedade Ações Conscientes Movimento físico em resposta a comandos sob o completo controle da ação e seus efeitos pelo ser humano Ações Inconscientes Movimento físico não acompanhado de sensação de controle Atos reflexos Atos instintivos Atos automáticos Impulsos nervosos involuntários, normalmente associados à defesa do organismo Possibilidade de condicionamento a posteriori Nenhum controle da consciência na execução dos movimentos físicos Atendem a necessidades orgânicas. Não são aprendidos ou condicionados, mas podem ser racionalmente controlados Inconscientes, aprendidos com base na repetição Inicialmente conscientes, tornam-se minimamente conscientes depois de aprendidos

Elementos da Civil 11 INFOGRÁFICO 11: ILICITUDE Ilicitude Elementos Espécies Excludentes Elemento Objetivo Antijuridicidade Elemento Subjetivo Imputabilidade Norma Violada Típico Atípico Tipologia Ato ilícito em sentido estrito Abuso de direito Estado de necessidade Com culpa do lesado Sem culpa do lesado Legítima defesa Exercício regular de um direito Terceiro inocente Legítima defesa de terceiro Estrito cumprimento do dever legal Legítima defesa putativa 3.2 Dano INFOGRÁFICO 12: DANO Dano Indenizável Violação de um interesse jurídico de uma pessoa Certeza do dano Subsistência do dano Natureza do dano Patrimonial Dano emergente Lucro cessante Moral Direto ou Indireto Reparabilidade Violação do bem jurídico tutelado Pessoa Jurídica Dano moral coletivo Espécies Dano reflexo Direto Indireto Perda de uma chance Interesses violados Danos difusos Danos coletivos Danos individuais homogêneos Formas de reparação Reposição natural Prestação pecuniária

Elementos da Civil 12 3.3 Nexo de Causalidade INFOGRÁFICO 13: NEXO DE CAUSALIDADE Nexo de Causalidade Teoria da Equivalência de Condições Teoria da Causalidade Adequada INFOGRÁFICO 14: ATENUANTES E EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE Nexo de Causalidade Atenuantes da Excludentes da Causas Concorrentes Excludentes de Ilicitude Fato Exclusivo da Vítima Agente + Vítima (art. 945) Agente + Terceiro Fato de Terceiro Caso Fortuito ou de Força Maior Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, eqüitativamente, a indenização. Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 3.4 Culpa INFOGRÁFICO 15: CULPA Culpa Elementos Formas de Manifestação Voluntariedade da Conduta Dolo Negligência Violação de um dever de cuidado Imprudência

Elementos da Civil 13 INFOGRÁFICO 16: MODOS DE APRESENTAÇÃO DA CULPA Modos de Apresentação da Culpa Culpa in vigilando Culpa in custodiendo Falta de vigilância da conduta de outrem Falta de vigilância de coisa Culpa in eligendo Culpa in comittendo Má escolha de preposto ou representante Violação de um dever jurídico por ato positivo Culpa in omittendo Culpa in contrahendo Violação de um dever jurídico por ato negativo Violação da boa-fé objetiva na formação do contrato

Casos Especiais de Extranegocial 14 Unidade 4 CASOS ESPECIAIS DE RESPONSABILIDADE EXTRANEGOCIAL INFOGRÁFICO 17: PANORAMA Casos Especiais de Extranegocial por Fato Próprio por Fato de Terceiro por Fato da Coisa Incapaz: responsabilidade subsidiária (art. 928) Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 4.1 por Fato de Terceiro INFOGRÁFICO 18: RESPONSABILIDADE DO RESPONSÁVEL PELO INCAPAZ do responsável pelo incapaz Hipóteses (art. 932) Características Indenização equitativa (art. 928, p. ún) Pais, pelos filhos menores em sua companhia (I) objetiva (art. 933) Tutores e curadores pelos menores em sua companhia (II) Culpa in vigilando Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. Parágrafo único. A

Casos Especiais de Extranegocial 15 indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. INFOGRÁFICO 19: RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR OU COMITENTE do Empregador ou Comitente Hipóteses (art. 932, III) Características Regresso (art. 934) Atos do empregado, serviçal e preposto No exercício do trabalho ou emrazão dele objetiva (art. 933) Culpa in eligendo Solidária (art. 942, p. ún) Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932.

Casos Especiais de Extranegocial 16 INFOGRÁFICO 20: RESPONSABILIDADE DO HOSPEDEIRO do Hospedeiro Hipóteses (art. 932, IV) Características Regresso (art. 934) Atos do hóspede, morador ou educando Hospedagem onerosa objetiva (art. 933) Culpa in vigilando Solidária (art. 942, p. ún) Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. INFOGRÁFICO 21: RESPONSABILIDADE DO BENEFICIADO POR PRODUTO DO CRIME do Beneficiado por produto do crime Hipóteses (art. 932, V) Características Recebeu gratuitamente produto do crime Não participou do crime objetiva (art. 933) Solidária (art. 942, p. ún) Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro,

Casos Especiais de Extranegocial 17 mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. INFOGRÁFICO 22: RESPONSABILIDADE DO MORADOR DE EDIFÍCIO do morador de edifício Hipóteses (art. 938) Características Coisa caída de edifício objetiva (art. 933) Culpa in vigilando Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 4.2 por Fato da Coisa INFOGRÁFICO 23: RESPONSABILIDADE PELO FATO DO ANIMAL Pelo Fato do Animal Hipóteses (art. 936) Características Exceções Dono ou detentor do animal objetiva (art. 933) Culpa in custodiendo Culpa da Vítima Força Maior Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.

Casos Especiais de Extranegocial 18 INFOGRÁFICO 24: RESPONSABILIDADE PELO FATO DO EDIFÍCIO OU CONSTRUÇÃO Pelo Fato do Edifício ou Construção Hipóteses (art. 937) Características Ruína de prédio ou construção Falta de reparos evidentemente necessários objetiva (art. 933) Culpa in omittendo Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.