A CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA E A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA

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Transcrição:

A CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE GEOGRAFIA E A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA Jonisson Santana Santos jonisson.al@hotmail.com Angela Maria Araújo Leite (Orientadora) angeleite@bol.com.br Universidade Estadual de Alagoas PIBID/CAPES Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL CONSIDERAÇÕES INICIAIS O objetivo deste artigo é discutir sobre problemáticas que assolam professores de geografia do ensino básico tais como a formação continuada e a contextualização do ensino enquanto metodologia que deve ser seguida pelos mesmos, tendo em vista que a ciência geográfica está sempre se atualizando. A geografia que estuda a relação entre homem e espaço, quando posta em sala de aula, tem o objetivo de formar cidadãos, então cabe ao docente saber a forma mais específica para colocar em prática tais objetivos, mas, é justamente nesse momento onde os mesmos sentem a maior dificuldade, ou seja, são desafios desencadeados através da falta de recurso pedagógico que a escola não oferta, problemas financeiros, sociais e a própria metodologia. Dentro dessa perspectiva, é fácil de debater sobre a formação inicial que cria algumas lacunas entre os discentes, onde futuramente os mesmos encontrarão dificuldades em cima desses espaços que não foram construídos. Logo, o professor para recompensar essas lacunas perdidas, deve manter-se sempre atualizado com a formação continuada. Tendo em vista que a mudança é presente, a formação continuada torna-se uma necessidade do docente, principalmente do professor de geografia que deve sempre está se atualizando com novo conhecimentos e metodologias capazes de propiciar

formas mais simples de trabalhar assuntos que trazem certas dificuldades, como é o caso da cartografia que é mal vista por muitos alunos justamente por muitos professores terem dificuldade de transmitir esse conhecimento. Em cima dessa problemática que foi bastante percebida pelos alunos bolsistas do subprojeto Cartografia: Uma proposta para o ensino de Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID, inserido na Universidade Estadual de Alagoas UNEAL esse artigo também traz a discussão sobre a necessidade de contextualizar um assunto para melhor transmitir um conhecimento. A cartografia enquanto ciência, não está distante das pessoas e quando estudada no ensino básico, o docente deve transmiti-la de uma forma sucinta já que a mesma tem importância tanto para o conhecimento da ciência geográfica quanto para a vida social. O professor de geografia e sua formação O professor de geografia, em meio escolar, deve mostrar a importância da sua ciência e estimular o lado crítico dos alunos. Mas, para que isso ocorra é necessário que o mesmo ponha em prática um lado pedagógico que conquiste o alunado e que possa concretizar tais objetivos. É nesse momento que o professor sente dificuldade, pois muitos não conseguem encontrar na formação inicial tais caminhos para realizar esses objetivos. Segundo Garcia Blanco (2003), A formação inicial de professores deveria responder às demandas oriundas dos setores envolvidos e formar profissionais capazes de desenvolver suas tarefas no âmbito de sua própria e contínua aprendizagem e desenvolvimento profissional. (GARCIA BLANCO, 2003, p.52)

Um momento de discussão na formação inicial poderia envolver métodos e práticas dinâmicas que pudessem estimular o aluno para a aula, assim como facilitaria o foco do professor na sala de aula. É no momento das práticas pedagógicas que são trabalhadas as possibilidades de aulas mais dinâmicas que possam proporcionar ao discente um maior estímulo durante as aulas, assim como oferecer conteúdos que possa despertar a criticidade dos alunos. Segundo uma pesquisa realizada durante o funcionamento do PIBID/UNEAL numa escola parceira do projeto, situada na cidade Arapiraca-AL, os alunos estavam cansados das aulas monótonas, fato esse que marca o desgaste da disciplina trabalhada em sala de aula e acaba desestimulando os alunos. Essas aulas monótonas são marcadas apenas pelo o uso do livro didático e o quadro de giz. Muitos alunos cobravam aula de campo, e muitos não souberam opinar o que queriam para uma aula mais atrativa. De acordo com essa realidade, percebe-se que muitos professores não se preocupam com o que está passando, ou melhor, de que forma está passando um conhecimento de suma importância para os discentes, isso está relacionado à falta de interesse por um aperfeiçoamento que esteja voltado para as práticas pedagógicas que conquistem a atenção dos alunos e se tornar, ele próprio, professor, mais dinâmico. Muitos não se preocupam em desenvolver técnicas que possa ser de ajuda mútua entre docente e discente, ou quando tem um aperfeiçoamento ele está ligado ao campo do saber teórico. Essas questões estão ligadas a falta de influências positivas, voltadas para o saber atuar que deveria está atrelada a sua formação. Nesse sentido, vale a máxima, comum e de prática corrente, de que quem sabe pode ensinar, independente de sua preparação para atuar efetivamente. Esse aprendizado superficial da ciência geográfica vai culminar na falta de interesse do aluno pela ciência, onde o mesmo vai denominar a matéria como algo extenuante e que não proporciona nenhum aprendizado para o seu crescimento.

Deve-se levar em conta que a geografia é a ciência formadora de cidadãos, e que ela não pode ser mais trabalhada como algo decorativo e ter uma participação mínima na construção de um aluno. Para que tal fato se realize, é necessário que o docente aprenda novos métodos e coloque-os em prática de acordo com as necessidades apresentadas e do nível de aprendizagem existente, ou não. Para tanto é necessário a sua preparação, para que possa trabalhar o seu foco da melhor maneira possível, pois uma sala de aula apresenta diversos problemas, onde o mesmo terá que saber atuar no seu campo de trabalho, tendo assim um melhor aproveitamento e participação dos alunos. A importância da formação continuada para o curso de licenciatura em Geografia A busca pela qualificação profissional é notória entre os professores, porém muitos não procuram uma área voltada para metodologias que possibilitem uma dinâmica que consequentemente vai proporcionar uma condição de aula mais rica. Libâneo (1998) acredita que os momentos de formação continuada levam os professores a uma ação reflexiva. Uma vez que, após o desenvolvimento da sua prática, os professores poderão reformular as atividades para um próximo momento, repensando os pontos positivos e negativos ocorridos durante o desenrolar da aula, buscando assim melhorias nas atividades e exercícios que não se mostraram eficientes e eficazes no decorrer do período de aula.logo os professores encontrarão, na formação continuada, as lacunas existentes na formação inicial. Para que ele possa ir atrás de tal aperfeiçoamento é necessário que o docente tenha uma ideologia sobre a educação que possibilite abrir espaço para a busca do novo. Como afirma Behrens (1996, p. 24) Na busca da educação continuada é necessário ao profissional que acredita que a educação é um caminho para a transformação social. Em cima de tal ideia, o professor buscará atualidades, novos caminhos, novas práticas pedagógicas, tentando alcançar a

transformação do meio em que vive e atua, mais especificamente, com a efetivação da cidadania, a partir dos alunos a que atende em sua ação pedagógica. Cartografia e Geografia na escola Muitos alunos sentem dificuldades em aprender certos conceitos da ciência geográfica, isso pelo fato do professor trabalhar com contextos distantes dos discentes, isso é um fato perceptível quando se trabalha cartografia, onde o professor quando não domina o assunto vai se limitar apenas ao uso do livro didático e trabalhando com questões distantes da realidade do alunado. Partindo da ideia sobre a cartografia inserida no ensino fundamental, percebe-se que a mesma precisa de métodos que consigam passar os conceitos de forma mais clara e objetiva. A realidade da cartografia nas séries finais do ensino fundamental vem ganhando um grande destaque pelo fato da mesma possuir um déficit em sua aprendizagem, onde os discentes não conseguem fazer relação entre teoria e prática no assunto estudado. Segundo Mizukami (2002), os profissionais da área da educação precisam de algumas bases de conhecimentos, uma delas compreende os conhecimentos científicos dentro da área de atuação, outra engloba os conhecimentos da profissão relacionados à docência e aos instrumentos para que ocorra a construção do conhecimento, e a base de conhecimentos pela experiência onde o professor passa a conhecer as maneiras adequadas para a sua atuação dentro da sala de aula. Logo quem trabalha com a educação além de se preocupar com o conhecimento, tem também que se preocupar com as metodologias que impliquem em um aprendizado mais eficaz. Bomfim (1997) afirma que nas escolas do Brasil e do mundo, percebe-se que o ensino de geografia mantém ainda uma prática tradicional, tanto no ensino fundamental quanto

no ensino médio. Para a maioria dos alunos, a aprendizagem da geografia se resume a memorização, sem fazer referência às experiências sócio-espaciais. O ensino da cartografia, nas séries finais do ensino fundamental, requer um dinamismo por parte dos professores, onde eles possam passar isso da forma mais compreensível e mais atraente possível, porém o que se tem notado é que essa forma de trabalho não está presente nos docentes, onde muitas vezes pulam o assunto porque não conseguem dominar, ou ele é mal visto diante os discentes. Outro problema preocupante é a questão da formação do professor que atua com a disciplina de Geografia, onde muitas vezes é formado em outra área, fazendo com que a mesma não seja vista com qualidade e habilidades necessárias. São professores que pegam Geografia para complementação de carga horária, mesmo que seu conhecimento sobre a mesma se limite ao que estudou(?) em sua vida escolar. Foram realizadas algumas atividades, sobretudo trabalhar de uma forma dinâmica onde pudesse despertar um interesse entre os alunos e que os mesmos colocassem em prática todo conhecimento adquirido. Algumas atividades desenvolvidas pelos bolsistas proporcionaram aos discentes outra visão da cartografia. No trabalho de campo, foram utilizados folhas de papéis e trena, com o objetivo de medir uma praça sucateada e transcrevê-la para o papel, tornando assim o papel da proporção/ escala na construção do mapa. A representação do espaço geográfico pode-se dar através de cartas, plantas, croquis, mapas, globos, fotografias, imagens de satélites, gráficos, perfis topográficos, maquetes, textos e outros meios que utilizam a linguagem cartográfica. A alfabetização cartográfica é necessária para a compreensão da localização e interpretação de mapas, para isso se faz necessário saber usar métodos que conquiste os alunos para que se possa ter uma aula mais atrativa e dinâmica. As mais diferentes informações disponíveis ao ser humano são transmitidas principalmente através dos sons e dos signos gráficos, sendo a linguagem o meio de comunicação fundamental

(Almeida, 2011). A partir dessa informação constata-se que é importante ter uma noção desses signos, logo a alfabetização cartográfica entra como indispensável nos dias atuais e com uma importância que não pode ser desconsiderada. A importância da contextualização Contextualizar é trabalhar o conteúdo de uma forma mais fácil, para que isso ocorra o professor deve ter domínio sobre o que vai ensinar, tanto no conhecimento teórico quanto na metodologia empregada. A escola, enquanto ambiente de conhecimento, deve proporcionar ao professor condições materiais necessárias para o desenvolvimento de suas ações e práticas em sala de aula e fora dela, contribuindo assim com o sucesso do processo de ensino e aprendizagem. Trabalhar com a realidade do aluno, ou seja, com o cotidiano é mais interessante, pois eles estão aprendendo assuntos sem fugir da realidade deles. A cartografia, que está presente em todos os lugares, proporciona ao professor inúmeras atividades que trabalhem com o conteúdo segundo a realidade do aluno. Pedir para que os alunos façam o trajeto da casa até a escola é uma forma de se trabalhar a cartografia, nessa atividade se trabalha, escala, referências, títulos, legendas e outros conceitos. Fazer uma aula de campo também proporciona essa ideia de contextualização, pois ao se localizar no espaço já se trabalha com cartografia. São bem dinâmicas e que certamente terá um grande impacto para o aprendizado do aluno. Explorar o ambiente escolar, mapear o bairro da escola e medição de praças entram como possibilidades de se trabalhar com cotidiano do aluno, não necessitando de recursos financeiros, especialmente onde não são disponibilizados, fato bastante comum em escolas públicas.

Contextualizar é possibilitar um novo olhar ao meio em que se vive, construir aprendizado a partir do mundo conhecido e percebido pelo aluno, onde trabalhar com o cotidiano mostra que aquilo se aprende em sala de aula tem aplicação prática em nossas vidas CONSIDERAÇÕES FINAIS O aprimoramento de novas técnicas e metodologias nem sempre é algo preferido pelos docentes, logo percebemos que a forma de trabalhar na sala influencia o aprendizado do aluno. Na geografia isso ocorre constantemente, já que essa disciplina é vista pelos alunos como uma matéria decorativa, causando desinteresse. A busca pela formação continuada, voltada para novas formas de se trabalhar o conhecimento, culminará em aulas dinâmicas e de fácil compreensão, principalmente para a cartografia ensinada na geografia, que requer uma flexibilidade que não é encontrada na formação inicial, transmitindo assim um novo olhar para a geografia. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Rosângela Doin De. Cartografia Escolar. In: In: ALMEIDA, Regina Araújo De. Cartografia Escolar, A cartografia tátil no ensino de geografia: Teoria e Prática. P. 119-144, Contexto, 2011. BOMFIM, Natanael Reis, A imagem da Geografia e do Ensino de Geografia pelos Professores da Séries Iniciais. P. 107-116, 2006. Unesp. BEHRENS, Marilda Aparecida. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba, PR: Champagnat,1996. FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A Cartografia no Ensino de Geografia: Construindo os Caminhos do Cotidiano. Francisco Beltrão: Grafit, 1997.

GARCÍA BLANCO, M.M. A formação inicial de professores de matemática: fundamentos para a definição de um curriculum. In: FIORENTINI,D.(Org). Formação de professores de matemática: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas, SP, Mercado de Letras, 2003. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora? novas exigências educacionais e profissões docente. São Paulo: Cortez, 1998. MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Formação de professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos: Ed. UFSCar, 2002.