A CARTOGRAFIA TÁTIL NA EDUCAÇÃO ESCOLAR
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- Edson Leal Freire
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1 A CARTOGRAFIA TÁTIL NA EDUCAÇÃO ESCOLAR Kelytha Cavalcante Silva* Maraiza Lima da Rocha (Acadêmicas do curso de Geografia, Universidade Estadual de Goiás Campus Porangatu) Resumo: Trata-se de um estudo reflexivo que apesenta a abordagem do uso da cartografia tátil no ambiente escolar, sendo um estudo de campo com abordagem sintética, realizado em Escola Municipal Eusébio Martins da Cunha e Escola Estadual Dona Gercina Borges Teixeira e por meio de consulta bibliográfica referentes às funções e atribuições do professor na instrução e direcionamento de alunos com deficiência visual. Compreende-se que a cartografia tátil torna-se mais acessível o conteúdo não apenas de geografia, mas de áreas afins. Constatou-se que na implantação da Cartografia tátil existem alguns desafios, entretanto muitas vantagens que podem facilitar o aprendizado do aluno. Palavras-chave: Cartografia tátil. Deficiência visual. Ensino. Introdução Este trabalho tem como objetivo proporcionar uma abordagem sobre o estudo da cartografia tátil e sua importância dentro da instituição escolar. Nesta totalidade destacam-se, as instituições de ensino Escola Municipal Euzébio Martins da Cunha e Escola Estadual Dona Gercina Borges Teixeira, onde foi realizada experiências como alunas bolsistas, proporcionando a assimilação de inúmeras informações a respeito da deficiência visual, principalmente ligadas ao material utilizado na prática do ensino de Geografia e as táticas que o professor utiliza para transmitir o conteúdo da disciplina à aluna VY. Um ponto importante com relação à cartografia Tátil são os critérios utilizados na escolha de temas para elaboração dos mapas, pois existem distinções importantes entre os mapas convencionais e táteis. A partir desta experiência e informaçõe sem material bibliográfico, desejo destacar os aspectos mais importantes em relação à cartografia voltada para deficientes visuais, tanto do ponto de vista do aprendizado como no processo de inclusão social.
2 Material e Métodos O presente trabalho trata-se de um estudo de campo, realizado por meio do acompanhamento de uma aluna bolsista na Escola Municipal Euzébio Martins da Cunha, tendo uma abordagem analítica, pois abordou práticas desenvolvidas pelos profissionais de educação à respeito de alunos com deficiência visual, bem como a didática utilizada nas aulas para possibilitar o conhecimento dos mesmos, para isso foi imprescindível consultas bibliográficas em autores como: Silva e Arruda (2009), Vasconcellos (1993) e Simielli (2007), respeitando as citações dos autores e direitos autorais e divulgacionais. Resultados e Discussão No Brasil, a comunicação visual cartográfica foi estruturada por vários autores, com objetivo de ressaltar as tendências em cursos e as suas relações com a cartografia tátil. Os Mapas táteis é a principal ferramenta cartográfica que utiliza a percepção tátil como forma de representação do espaço geográfico. Sendo a forma de conduzir às informações espaciais a aluna com deficiência visual, os mapas possuem características distintas no processo das informações nos campos político, social e cultural (SILVA e ARRUDA, 2009). A atividade pedagógica envolve a disciplina de Geografia na grade curricular de ensino, o objetivo é propiciar ao educando a instauração necessária ao desenvolver-se de suas potencialidades como elemento de realização, o objetivo é dar-lhe condições de inclusão no ensino de educação regular. São realizadas atividades específicas nas áreas de orientação de mapas de localização, gráficos. O desenvolvimento do Estágio no 6 ano, onde foi observado como o conteúdo de geografia era aplicado, podendo ser analisado que é uma disciplina que utiliza muito da visão e da observação das imagens para a descrição dos elementos. A partir disso, pode-se analisar a forma que a professora utiliza para transmitir esse conhecimento aos alunos, associando as deficiências encontradas (baixa visão e cegueira).
3 Com as observações feitas sobre a amplitude das aulas na vida social do aluno, onde ele descrevia fatores sociais como assuntos presentes no dia a dia, na qual a geografia está presente, ou com a questão de localização, onde mora descreve a importância de saber onde estão e para onde vão. Segundo Vasconcelos (1993), a forma como a geografia adapta o aluno pode ser vista através de outras maneiras como a aplicação de matérias como maquetes, mapas e descrição de imagens. Além das observações destaca-se a atuação e importância da cartografia referente ao espaço vivido, a modificação e o desenvolvimento da matéria e a forma que podem ser aplicados, onde primeiramente eram mapas artesanais feitos com texturas de materiais que encontramos no dia a dia, como sementes, cordão, EVA, dentre tantos outros. Figura 1: Cartografia Tátil. Fonte: A Cartografia Tátil que trata de um segmento específico que trabalha com a elaboração e produção de material didático que são utilizados no setor de educação, que funcionam como instrumento para facilitar a mobilidade do portador de deficiência visual. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) a Alfabetização Cartográfica é fundamental para que os alunos possam continuar sua formação iniciada nas primeiras séries e, posteriormente, trabalhar com a representação gráfica, o aluno precisa aprender os elementos básicos da representação cartográfica para que possa efetivamente ler mapas, a partir disto pode-se entender que o mapa tátil contribui para a locomoção e para a mobilidade de pessoas com deficiência visual e serve como instrumento de orientação e localização de objetos e
4 lugares, e dentro disso pode-se perceber que a cartografia como um produto e instrumento de representação dos fenômenos geográficos, possui grande relação com as outras ciências, que aparecem de forma explícita ou subtendida. Conforme Simielli (2007), o mapa tátil é de grande importância para cegos, sua leitura não é uma habilidade natural, precisa de preparação e necessita da alfabetização cartográfica nas escolas, onde muitos professores não utilizam os mapas táteis com os alunos por falta de iniciativa, também porque muitos vêem a pessoa com deficiência visual como incapaz de entender mapas, esquemas e figuras táteis. Para a confecção dos mapas, é importante selecionar a informação, verificar o método de produção e a escala mais adequados, selecionar e limitar o número de símbolos, abordarem as informações escritas, usar legenda, usar símbolos contrastantes na textura, forma, altura e cor, representar a escala e o norte, utilizar informações gravadas e sons. Pode-se considerar os mapas táteis, um instrumento não só para a geografia, mas sim para outros conteúdos também. Considerações Finais O presente trabalho procurou mostrar uma parte da grande representatividade que a cartografia tátil tem dentro da educação, na área da geografia. Todavia conclui-se que a escolha do tema desenvolvido, está relacionado à cartografia tanto como ciência quanto como técnica, e até mesmo como arte, que sempre se baseou, quase que exclusivamente, seu objetivo central, é transmitir informações geográficas através das representações contidas nos mais variados documentos cartográficos, seja através dos signos, convenções, cores, gráficos, dentre outros. As perspectivas são de levar informação e conhecimento sobre a geografia, pois ainda há poucos trabalhos relacionados à educação a partir da cartografia tátil. A idéia de educação geográfica está vinculada na possibilidade de uma linguagem própria da Geografia que precisa ser apreendida e explicitada a partir da necessidade de decifrar, explicar e intervir no espaço. De certa forma, tem relação direta com os conceitos e conteúdos de ensino.
5 Referências SILVA, RR ARRUDA. LMS; A Cartografia Tátil na educação escolar.10 Encontro Nacional de Prática de Ensino em Geografia, SIMIELLI, M. E. R., Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A. (org). A Geografia na sala de aula. 8 ed. São Paulo: Contexto, VASCONCELOS, R. A. Cartografia tátil e o deficiente visual: uma avaliação das etapas de produção e uso dos mapas Tese (Doutorado em Geografia Física) Programa de Pós-Graduação em Geografia Física, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.
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