ROTEIRO DE VISITA. Festas. O Sagrado e o Profano 4



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Transcrição:

Chapéus de Guerreiro e Coroas de Reisado. Acervo Museu Afro Brasil ROTEIRO DE VISITA Festas. O Sagrado e o Profano 4

Festas: O Sagrado e o Profano O Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil convida você a conhecer algumas obras de seu acervo por meio de um roteiro virtual. A exposição de longa duração do Museu Afro Brasil está organizada em seis Núcleos: África, Áfricas; Trabalho e escravidão; Festas: o Sagrado e o Profano; Religiosidade afro-brasileira; História e Memória e Artes plásticas: a mão afro brasileira. Cada um desses núcleos aborda uma temática que se apresenta aos visitantes por meio de pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, têxteis, documentos e objetos que contribuem para que o visitante conheça a história nacional, a partir da perspectiva afro-brasileira. Nesse roteiro sobre Festas. 0 Sagrado e o Profano, você terá oportunidade de conhecer obras que representam a tradição das celebrações festivas presentes na cultura popular brasileira em três importantes festas nacionais. Muitas das festas populares brasileiras, como a Congada e o Maracatu, remetem ao período colonial e eram consideradas espaços de sociabilidade aproveitados pelos africanos escravizados para celebrarem suas tradições e manterem suas identidades culturais. Mas, lembre-se, esse roteiro é apenas um ponto de partida, um convite para que você conheça o Museu Afro Brasil. Boa Visita!

Exposição de Longa Duração. Museu Afro Brasil FESTAS No tempo em que o Brasil era uma colônia de Portugal, os habitantes dos povoados e vilas dedicavam determinados dias do ano à realização de festas religiosas. Essas festas aconteciam nas ruas, muitas delas na forma de cortejos. A música, o teatro, a dança e a beleza das vestes e objetos, como mastros, estandartes, andores e bandeiras, compunham um grande espetáculo itinerante. Foi a partir dessas celebrações religiosas que nasceu a maioria dos festejos populares que conhecemos hoje. Os africanos escravizados e seus descendentes encontraram nessas celebrações festivas um modo de preservar muitas de suas tradições.

Litografia colorida à mão. JOHANN MORITZ RUGENDAS, Festa do Rosário,1835. Festa do Rosário A festa de Nossa Senhora do Rosário é um exemplo dessas celebrações. Nela, dois escravos eram eleitos rei e rainha do Congo e seguiam com seu cortejo festivo até a igreja onde eram coroados, ao som do batuque. Rei e rainha estão presentes hoje no maracatu, folguedo que foi incorporado pelo carnaval e que mantém a forma de cortejo, a exemplo da festa de Nossa Senhora do Rosário.

Convidamos você a observar a imagem ao lado e descobrir os elementos dessa Festa do Rosário registrada em 1835. Procure identificar as construções, a vegetação e os personagens. Os personagens estão fazendo coisas diferentes. O que são? Agora, aproxime seu olhar das pessoas. Veja como estão vestidas, que movimentos estão fazendo. Qual delas estão calçadas? E quais estão descalças? JOHANN MORITZ RUGENDAS, Festa do Rosário,1835. Litografia colorida à mão. Você sabia que: No período da escravidão no Brasil, os escravos não podiam andar calçados. Essa era uma forma utilizada para tentar diferenciar o escravo do negro liberto. Concentre-se nas figuras centrais. Pela vestimenta e postura, é possível saber quem são? Observe o grupo mais à direita. Procure identificar os instrumentos que estão tocando. Você poderia afirmar que esta imagem representa uma festa? Por que?

MARACATU O maracatu, folguedo de tradição afrobrasileira característico do carnaval pernambucano, está historicamente vinculado ao nosso passado colonial marcado pela escravização de diversos povos africanos. Os grupos de maracatu se autodenominam nações, mas não são apenas agremiações que desfilam durante o carnaval, pois seus integrantes estão intimamente ligados à vida religiosa dos terreiros de Xangô (culto afro-pernambucano); além disso, cantam e dançam em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos negros. Dona Santa-Rainha do Maracatu Elefante Recife, PE, década de 1940 Fotografia - RD

O cortejo do Maracatu Os personagens do maracatu comprovam a associação dessa festa popular com as coroações de reis negros, prática que também remete ao Brasil do período colonial. Os escravos, reunidos em irmandades e protegidos por um santo católico, coroavam seus reis e rainhas e assim os reverenciavam publicamente em dias de festa. Rei e rainha do maracatu desfilam protegidos por um guarda-sol (ou pálio), acompanhados de seu séquito de príncipes, princesas, damas de honra, embaixadores e outros nobres ricamente trajados. As damas do paço carregam as calungas, bonecas que simbolizam os antepassados africanos e/ou os orixás que têm grande importância no interior de cada grupo. Baianas e caboclos se juntam ao cortejo real, que pode reunir centenas de pessoas. Boneca Calunga. Acervo Museu Afro Brasil

As nações de maracatus desfilam com seus estandartes que simbolizam cada nação. Muitas delas são representadas em seu estandarte por um animal. A exemplo das nações Elefante e Leão Coroado. São animais bordados em bandeiras de tecido vermelho ou dourado que contém, ainda, os motivos e as iniciais que sintetizam e expressam as marcas visuais de cada nação. Elas são empunhadas pelo portaestandarte que segue à frente da animado cortejo. O ESTANDARTE Acervo Museu Afro Brasil

Os batuqueiros (percussionistas) são responsáveis pela execução musical, tanto no Maracatu de Baque Solto como no Maracatu de Baque Virado. No baque virado os instrumentos são gonguê (agogô de uma campânula percutido com vareta), caixa-deguerra, alfaia, xequerê (chocalho) que produzem o toque característico dos maracatus de nação. Por sua vez, os maracatus rurais ou de baque solto utilizam zabumbas, tarol, caixa-de-guerra, além dos instrumentos de sopro. Acervo Museu Afro Brasil

Estandarte Observe a imagem ao lado e descubra as informações que ela apresenta. Qual o nome da Nação de Maracatu simbolizada neste estandarte? Quando será que ela foi fundada? Em qual carnaval este estandarte desfilou? Quais cores você observa nesse estandarte? Elas foram escolhidas com um sentido. O vermelho é símbolo da realeza. E o que o dourado simboliza? Que outros símbolos você descobriu no estandarte? Acervo Museu Afro Brasil Procure saber: Como o estandarte era carregado? Quem o carregava? O que o estandarte simboliza no contexto do cortejo do Maracatu?

Manuel Eudócio Rodrigues. Figuras de Reisado. Alto do Moura, Caruaru. PE Cerâmica Pintada Coleção Particular A FESTA DO BOI

A FESTA DO BOI Outras festas de origem europeia foram preservadas, sobretudo graças a comunidades negras. O boi e a burrinha do presépio natalino se transformaram em personagens do bumba-meu-boi, dança dramática bem humorada que hoje está associada aos festejos de São João. Contado e recontado através dos tempos, na tradição oral nordestina, e depois espalhado pelo Brasil, o auto do boi possui tantos nomes quanto enredos diferentes: Bumba-Meu-Boi, no Rio Grande do Norte, Alagoas e Maranhão; Boi Bumbá, no Pará e Amazonas. Boi Calemba ou Bumbá em Pernambuco; no Ceará, é Boi de Reis, Boi Surubim e Boi Zumbi. Na Bahia é Boi Janeiro, Boi Estrela do Mar, Dromedário e Mulinha-de-Ouro. N o Paraná e em Santa Catarina, Boi de Mourão ou Boi de Mamão. Em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Cabo Frio é Bumba ou Folguedo do Boi; no Espírito Santo, Boi-de-Reis; no Rio Grande do Sul, Bumba, Boizinho, ou Boi Mamão; em São Paulo, Boi de Jacá e Dança do Boi. Burrinha. Acervo Museu Afro Brasil

A história do Boi A história que apresentamos foi baseada em versões contadas e encenadas no estado do Maranhão, local onde se apresenta o maior número de Bois no Brasil A história acontece numa fazenda no interior do Brasil e tudo começa quando Pai Francisco, empregado da fazenda, se desespera porque Mãe Catirina, sua mulher que esta grávida, cisma em comer língua de boi; mas não é qualquer boi: ela queria comer a língua de Mimoso, o novilho preferido do coronel dono da fazenda. Então, Pai Francisco resolve cumprir as suas obrigações de pai e marido roubando o boi para satisfazer os desejos da mulher. Mas o Coronel percebe que o boizinho sumiu e ordena ao vaqueiro que descubra o que aconteceu com o bicho. O vaqueiro procura em toda a vizinhança sem encontrar o touro bonito e tampouco o ladrão, por isso chama as índias para ajudar, porque elas conhecem bem o mato e não têm medo de cobra de duas cabeças. As índias, armadas de arco e flecha, atravessam rios e florestas, mas não acham nenhum rastro do boi. É nesta hora que o coronel, depois de ficar sabendo dos desejos esquisitos de Mãe Catirina, manda chamar Pai Francisco que, depois de muita confusão, resolve confessar o roubo. Exposição de Longa Duração. Museu Afro Brasil O pajé ressuscita o boi, o Coronel decide perdoar Pai Francisco e fazer uma grande festa para comemorar a volta de Mimoso. Você já tinha ouvido falar na história do Boi Mimoso? O que mais chamou sua atenção nessa história?

Museu Afro Brasil Parque Ibirapuera- Portão 10 04094-050 São Paulo/ SP Fone: (11) 3320-8900 Terça a domingo, das 10 às 17hs Quintas-feiras e sábados entradas gratuitas www.museuagrobrasil.org.br