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Transcrição:

UNASUL/CMRE/RESOLUÇÃO/Nº 28/2012 MEDIANTE A QUAL É RESOLVIDO APRESENTAR PARA A APROVAÇÃO DO CONSELHO DE CHEFAS E CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS A AGENDA DE AÇÕES PRIORITÁRIAS VISTO: Que o artigo 8 do Tratado Constitutivo da UNASUL, alínea b), estabelece entre as atribuições do Conselho de Ministros das Relações Exteriores, propor projetos de Decisão ao Conselho de Chefes de Estado e de Governo; CONSIDERANDO: Que o Conselho Sul-americano de Desenvolvimento Social, reunido na cidade de Lima, República do Peru, nos dias 19 e 20 de novembro de 2012, concluiu a elaboração da Agenda de Ações Sociais Prioritárias. Que a referida Agenda foi instruída pelo Conselho de Chefas e Chefes de Estado e de Governo da UNASUL, na reunião extraordinária realizada na cidade de Lima, República do Peru, em 28 de julho de 2011, através da Declaração de 28 de julho: Compromisso da UNASUL contra a Desigualdade. O CONSELHO DE MINISTRAS E MINISTROS DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS, RESOLVE: Artigo 1. - Artigo 2.- Propor ao Conselho de Chefas e Chefes de Estado e de Governo da UNASUL a adoção e implementação do documento Agenda de Ações Sociais Prioritárias da UNASUL, o qual é parte integrante da presente Resolução. Recomendar que o Conselho de Chefas e Chefes de Estado e de Governo da UNASUL instrua o Conselho Sul-americano de Desenvolvimento Social para que, com o apoio da Secretaria Geral, continue a implementação com vistas a incluir elementos complementários à Agenda de Ações Sociais Prioritárias, coordenadamente com as outras instâncias setoriais. Lima, 29 de novembro de 2012

AGENDA DE AÇÕES SOCIAIS PRIORITÁRIAS 1. INTRODUÇÃO As contribuições do Conselho Sul-americano de Desenvolvimento Social (CSDS) à Agenda de Acções Sociais Prioritárias (a Agenda) estruturam-se em base à Declaração de 28 de julho de 2011, do Plano de Ação 2012-2014 (o Plano) e das entradas dadas na segunda reunião da sua Instância Executiva, realizada na cidade de Cusco, em 3 de agosto de 2012. A Agenda pretende concentrar os esforços do CSDS em algumas metas de interesse compartilhadas entre os países membros da UNASUL. A execução dos objetivos da política nesta Agenda, deve ser enquadrada em indicadores e resultados claramente identificáveis que acompanhem tanto às agendas nacionais quanto aos acordos da CSDS. Também é necessária uma estratégia de identificação de mecanismos de acompanhamento e avaliação, através de um sistema de aprendizado contínuo, contribuindo para verificar o progresso no cumprimento dos resultados prioritários da política social e retroalimentar o disenho e implantação das políticas no âmbito do desenvolvimento e inclusão social [1]. Da mesma forma, questões prioritárias devem ser acompanhados por um trabalho contínuo de promoção de assistência técnica, troca de experiências e uma base comum de conhecimentos entre os países membros da UNASUL, a fim de promover a articulação das políticas sociais de cidadãos e sinergias regionais em favor dos resultados prioritários identificados. A elaboração de uma agenda de Ações Sociais Prioritárias deve ser concebida contemplando as políticas sociais de forma transversal, incorporando estratégias integrais de erradicação da pobreza e as suas causas. Nesse sentido com esta proposta serão estabelecidos os mecanismos necessários para gerar e incorporar as contribuições de outros conselhos ministeriais sectoriais. As políticas sociais devem ter entre os seus principais desafios o de garantir o acesso aos direitos sociais, previstos nas leis e constituições dos países membros da UNASUL. Assim como o de promover ações para gerar a autonomia dos cidadãos para torná-los protagonistas de seu próprio desenvolvimento. [1] Ol Peru sugere como exemplo de políticas que articulam atores e estabelecem mecanismos para avaliar as estratégias nacionais "Crescer para incluir" e "Conhecer para incluir". 2. AÇÕES SOCIAIS PRIORITÁRIAS É de interesse comum aos países da UNASUL dar prioridade aos objectivos de política social associados à "erradicação da pobreza, vulnerabilidade e exclusão e a de quebrar a transmissão intergeracional de desigualdade" [2]. Também considerar "as pessoas como sujeitos de direitos e protagonistas corresponsáveis dos processos sociais, políticos e econômicos das nossas nações," contribuindo para a construção de uma identidade e cidadania sul-americanas [3]. Alguns Estados-Membros consideram a coeresponsabilidade na política social, como um foco de direitos e deveres. A seguinte proposta de questões a serem priorizadas na Agenda é gerada a partir do Plano de Ação e os eixos que o enquadram. Ação 1: Erradicação da desnutrição crônica infantil. A erradicação da desnutrição crônica infantil na região é diretamente ligada ao exposto nos eixos e ao trabalhado pelos grupos de trabalho da CSDS relacionados com esta questão. Os compromissos asumidos, bem como as ações planejadas pelos países, são baseados, com especial ênfase, no desenvolvimento da primeira infância, com o

objetivo de promover condições favoráveis para o seu desenvolvimento integral. Devem-se salientar também o cuidado na primeira infância que, de não ser dado corretamente, pode restringir as oportunidades do indivíduo e da sua família, ao não agir sobre fatores estruturais que geram a transmissão entre as gerações da pobreza, a desigualdade e as deficiências no desenvolvimento físico e mental. A erradicação da desnutrição infantil crônica na região é um grande desafio, cujo sucesso deve estar ligado para atender a nutrição e a saúde das crianças, desde a fase da gestação da mãe, a amamentação e o consumo de micronutrientes, bem como incentivar o acesso à segurança alimentar. Ação 2: Promover a consolidação de sistemas de proteção e promoção social para o pronto desenvolvimento abrangente de crianças, meninos, meninas e adolescentes e populações em situação de vulnerabilidade. A CSDS, a partir de seu Plano de Ação 2012-2014 e actas das reuniões dos seus órgãos, éestá comprometida com a promoção de estratégias que promovam o desenvolvimento integral da pessoa, dando atenção prioritária aos grupos vulneráveis. Neste sentido, as ações sociais a serem realizadas no âmbito do Plano e da Agenda, também visam a proteção e desenvolvimento integral das crianças, meninas e adolescentes, mulheres em situação de vulnerabilidade, adultos e idosos, pessoas com deficiência, povos, nacionalidades e comunidades, conforme o caso, no sistema [2] 28 De julho declaração: compromisso da UNASUL contra a desigualdade. [3] Status do Conselho Sul-americano de Desenvolvimento Social. [4] Tratado da UNASUL. com deficiência, povos, nacionalidades e comunidades, conforme o caso, no sistema jurídico de cada Estado Membro. O intercâmbio na construção das redes ou sistemas de proteção e promoção social, que tem, entre outras ações, os programas de transferência de dinheiro com corresponsabilidade como uma experiência excepcional para a superação da pobreza, bem como programas relacionados a esta prioridade, devem ser a estrutura que orienta as ações neste tópico. Assim também merecem ser destacadas as ações de erradicação do trabalho infantil que permitam o pleno desenvolvimento das crianças. Ação 3: Alcançar uma maior inclusão econômica, social e produtiva, considerando, entre outros, o acesso aos serviços públicos e a geração de oportunidades econômicas e produtivas. Conforme o exposto no Plano, a inclusão econômica, dentro de uma economia social para a geração de oportunidades, também faz parte da erradicação das lacunas de oportunidades de acesso à inclusão produtiva. É necessário incentivar a "cooperação económica e comercial para atingir o avanço e a consolidação de um processo inovador, dinâmico, transparente, justo e equilibrado que inclua um acesso efetivo, promovendo o crescimento e o desenvolvimento económico que para superar as assimetrias através da complementação das economias dos países da América do Sul, bem como a promoção do bem-estar de todos os setores da população e a erradicação da pobreza" [4]. É preciso reconhecer que a inclusão econômica e produtiva envolve uma combinação de fatores, especialmente relacionados à promoção de oportunidades de acesso ao trabalho, ao mercado e ao desenvolvimento de capacidades produtivas, bem como a qualidade, ao acesso a serviços financeiros,

segurança alimentar, serviços básicos e infraestrutura e promover a educação financeira. É necessário destacar que o trabalho é uma atividade fundamental na vida dos seres humanos tanto para o desenvolvimento das suas capacidades pessoais, quanto para o da sua família e o da sua comunidade. Desta forma, torna-se o melhor organizador e integrador social, sendo a ferramenta mais eficaz para combater a pobreza e distribuir riqueza. Neste sentido, promover a Economia Social e/ou Solidária y/ou Comunal resulta propício para a geração de trabalho e renda numa perspectiva democrática, solidária, justa, horizontal, organizacional e participativa. Para efeitos de promoção e reforço de esta ação, é necessário abordar os seguintes desafios como região sul-americana: o fortalecimento das iniciativas de inclusão financeira; o impulso para o desenvolvimento de projetos produtivos e de infraestrutura nas fronteiras; a avaliação de iniciativas de sucesso na região em matéria produtiva; a promoção de programas de treinamento para equipes de técnicos e atores das iniciativas de economia social, e/ou solidária e/ou comunal; o reforçamento da qualidade e da escala na produção dos setores da economia social, e/ou solidária e/ou comunal; a geração de espaços para a comercialização e a formação de redes e produtivas. Acção 4: Promover iniciativas que facilitem o acesso oportuno e suficiente de alimentos saudáveis e de qualidade, e o acesso a serviços que garantam o desenvolvimento integral para o gozo de uma vida plena. As ações que visam a erradicação da pobreza, a desnutrição infantil crônica, a segurança alimentar e a participação não podem avançar com sucesso sem um acompanhamento de políticas e programas que procurem atender as necessidades básicada população, especialmente aquelas relacionados ao acesso aos serviços básicos de qualidade e a uma dieta saudável. Neste sentido, os países da UNASUL comprometidos com a segurança alimentar e nutricional, o desenvolvimento e a inclusão social propõem: Impulsionar o desenvolvimento rural, o que inclui o reconhecimento da agricultura familiar e a contribuição das comunidades camponesas e dos pescadores artesanais, dos povos indígenas oriundos e afro-descendentes e a contribuição dos seus conhecimentos ancestrais, a herança alimentar e os desafios impostos pelas mudanças climáticas; promover o desenvolvimento de sistemas de segurança alimentar e nutricionais para articularem a ação do Estado e promoverem a participação das partes interessadas e dos atores envolvidos. Também propõe-se promover o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, contribuindo para a consolidação de sistemas agro-alimentares, em conformidade com políticas de segurança alimentar de cada Estado; priorizar a ação do Estado na luta contra a fome e a malnutrição orientada à primeira infância, a sua família e a sua Comunidade e aos grupos vulneráveis; promover estratégias de comunicação e de educação alimentar e nutricional; desenvolver mecanismos eficientes para aumentar a disponibilidade nacional e regional de alimentos, o maior acesso aos alimentos, estimulando o crescimento económico das famílias rurais, amelhorando a distribuição e o consumo de alimentos de qualidade; promover a ação intersetorial e intergovernamental, para que a população no processo de inclusão possa acessar simultaneamente aos serviços de água, saneamento, eletricidade, telefonia e canais de comunicação; promover o desenvolvimento dos programas de alimentação escolar que fornecem acesso para crianças em idade escolar, para dietas equilibradas, assegurando o pleno desenvolvimento numa fase da vida que capacita ao indivíduo a atingir seu potencial humano completo; impulsionar o intercâmbio de iniciativas para o acesso à água potável em regiões semi áridas (por exemplo, a construção de cisternas e de reservatórios de armazenamento de água de chuva) para fortalecer a

agricultura familiar, permitir a geração de renda e evitar o consumo de água não potável para que gere doenças nas crianças. Ação 5: Promover a participação dos cidadãos em condições de igualdade e o pleno exercício dos seus direitos. A participação cidadã, neste sentido, é importante, desde a concepção de políticas sociais de inclusão até a sua implantação em cada país. Devem-se promover mecanismos que impulsionem o diálogo e o acompanhamento para a prestação de contas, transparência, acesso à informação e consulta para a definição de prioridades desde áreas locais até nível nacional. O cidadão, a família e a Comunidade devem ser não só receptores, mas atores principais dos benefícios dos programas. Essa participação, incluindo aos atores em situação de vulnerabilidade acrescida, deve ser parte da estratégia de desenvolvimento de cada país, complementando e incidindo nas outras prioridades sociais, abordando as exigências para a inclusão dos diferentes setores das populações da região.