PÓS-GRADUAÇÃO - UFJF DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE E EXERCÍCIO FÍSICO Prof. Dr. Emerson Filipino Coelho
ÁREA DE ATUAÇÃO GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA - UFJF PÓS-GRADUAÇÃO EM ATIVIDADES MOTORAS MESTRE EM PSICOFISIOLOGIA DO EXERCÍCIO - UGF DOUTOR CIÊNCIAS DA SAÚDE - UFRJ PÓS DOUTORANDO - CIÊNCIAS DA SAÚDE - UFRJ COORDENADOR DO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO FÍSICA E GINÁSTICA LABORAL DA ARCELORMITTAL - JF DESDE 2001 E DA UFJF DESDE 2009. PROFESSOR ADJUNTO DA FAMINAS - MURIAÉ COORDENADOR DA PÓS LATU SENSU - UNIVERTIX emersoncoelho@hotmail.com
REGULAÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS extrínsecas + - intrínsecas Hipotálamo T3- triiodotironina T4- tiroxina T 3, T 4 TRH - + TSH + Tireóide Hipófise anterior TSH - tireotropina
HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE Área pequena, com apenas 4g. Cérebro 1.200g.
HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE
TIREÓIDE
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO A maioria das funções do hipotálamo se relaciona com a HOMEOSTASE PAPEL REGULADOR Sistema Nervoso AUTÔNOMO Sistema ENDÓCRINO, além de controlar processos motivacionais como a FOME, A SEDE E O SEXO
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO O hipotálamo posterior controla o SISTEMA SIMPÁTICO peristaltismo gastrointestinal dilatação da pupila FC PA
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO O hipotálamo anterior controla o S. PARASSIMPÁTICO peristaltismo gastrointestinal, constrição da pupila, FC PA
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL O hipotálamo é informado da temperatura corporal pelos TERMORRECEPTORES PERIFÉRICOS e também por neurônios localizados no hipotálamo anterior O hipotálamo funciona como um TERMOSTATO capaz de detectar as variações de temperatura do SANGUE e ativa os mecanismos de PERDA ou de CONSERVAÇÃO do calor
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL Hipotálamo + Sistema Límbico + Área Pré Frontal = regulação de processos emocionais como: Ansiedade, raiva, medo, prazer, sexualidade...
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ÁGUA (Metabolismo de água e sais minerais) O centro da sede funciona através da concentração do sangue no organismo. concentração sanguínea ela rouba líquido dos tecidos, concentração ela manda líquido para os tecidos. ou anti diurético (HAD),
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE REGULAÇÃO DA DIURESE O hormônio antidiurético, também chamado vasopressina, age aumentando a absorção de água nos túbulos renais e, conseqüentemente diminuindo a eliminação de água pela urina (diurese)
SIST. ENDÓCRINO - HORMÔNIOS TIREOIDIANOS sist. endócrino é responsável pela regulação e coordenação dos PROCESSOS FISIOLÓGICOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS mensageiros químicos do SIST. ENDÓCRINO
ESPECIFICIDADE DA AÇÃO HORMONAL A maioria dos hormônios desempenha seu efeito sobre um órgão-alvo específico. Receptor hormonal específico HORMÔNIO Receptor Hormonal
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS EFEITOS Metabolismo energético e crescimento consumo de O 2 tecidos - efeito calorigênico taxas do metabolismo basal absorção glicose no intestino. síntese e secreção de colesterol
TESE DE DOUTORADO 16/02/2011 CINÉTICA DA CURVA DA RESPOSTA VENTILATÓRIA AO EXERCÍCIO DE PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO ANTES E APÓS A REPOSIÇÃO DE LEVOTIROXINA EMERSON FILIPINO COELHO Orientadores: Prof. Dr. Mário Vaisman Profa. Dra. Fátima Palha de Oliveira (in memoriam)
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS REGULAÇÃO frio + - estresse Hipotálamo T3, T4 TRH - + Hipófise anterior TSH + Tireóide
INFLUÊNCIA DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS NOS SISTEMAS CARDIO-PULMONAR E VASCULAR O fenótipo cardíaco é extremamente sensível a mudanças nos níveis séricos de T 3 e T 4. DANZI, S., KLEIN, I. (2004) Thyroid hormone and the cardiovascular system. Minerva Endocrinologist, v.29, pp. 139-150
INFLUÊNCIA DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS NOS SISTEMAS CARDIO-PULMONAR E VASCULAR Os hormônios tireoidianos controlam a expressão de certos genes do miocárdio, regulando a disponibilidade de cálcio, que afeta tanto a função sistólica quanto a diastólica. Uma das principais transcrições gênicas reguladas por esses hormônios estão relacionadas às proteínas do retículo sarcoplasmático, mecanismo pelo qual os agonistas beta-adrenérgicos exercem uma função inotrópica + no coração. Moolman (2002). Cardiovasc J South Afr. 13(4): 159-63. Klein & Danzi (2007). Circulation. 116: 1725-35.
INFLUÊNCIA DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS NOS SISTEMAS CARDIO-PULMONAR E VASCULAR Os hormônios tireoidianos promovem alterações cardiovasculares, hemodinâmicas e metabólicas que impactam diretamente na capacidade de realização de exercício físico. (WASSERMAN et al. 2005)
INTRODUÇÃO TIREÓIDE HIPÓFISE HIPOTÁLAMO GUYTON e HALL (2006)
INTRODUÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO HIPOTIREOIDISMO V - Hipotireoidismo: Diagnóstico (2009).
INTRODUÇÃO - HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO - HS Caracterizado por: Alterações mínimas na função da tireóide (TSH e T 4 normal) mas podendo ter consequências compatíveis com hipotireoidismo clínico ou primário. do risco de doenças cardiovasculares mortalidade TSH (>4,0 μui/ml) e T 4 (0,8 a 1,9 ng/dl) Ochs et al. 2008 Ann Intern Med. 148(11): 832-45, Razvi et al. 2008 J Clin Endocrinol Metab. 98(8): 2998-3007.
INTRODUÇÃO - HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO Alterações Disfunções Orgânico-Funcionais Estudos Cardiovascular e Hemodinâmica Metabólicas e musculares Contratilidade Cardíaca Frequência Cardíaca Débito Cardíaco Resistência Vasc. Periférica Pressão Arterial Diastólica Variabilidade da FC Período de pré-ejeção Rigidez arterial Ativ. enzimática mitocondrial Capacidade do met. oxidativo Sensibilidade à insulina Dislipidemia Biondi et al. (1999) Monzani et al. (2001) Kahaly et al. (2002) Fazio et al. (2004) Kahaly & Dillman (2005) Dagre et al. (2005) Hamano; Inoue (2005) Mainnenti et al. (2007) Akcakoyun et al. (2009) Nagasaki et al. (2006) Galeta et al. (2006) Cabral et al. (2009) Amati et al. (2009) Palmieri et al. (2004) Klein & Danzi (2007) Biondi & Cooper (2008) Reuters et al. (2006)
INTRODUÇÃO - HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS / EXERCÍCIO tolerância ao esforço Fadiga precoce (BIONDI & COOPER, 2008) (AKBAR et al., 2004) resistência vascular sistêmica contratilidade miocárdica (BIONDI & COOPER, 2008) recuperação da FC e PAD MAIS LENTA, (AKCAKOYUN et al., 2010) (MAINENTI et al., 2007) FC pico VO 2máx LA (KAHALY, 2000) (CARACCIO et al., 2005) CAPACIDADE DE REALIZAR EXERCÍCIO
HIPOTIREOIDISMO E EXERCÍCIO FÍSICO
INTRODUÇÃO Evolução do HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO PARA CLÍNICO A taxa de risco de progressão do HS ao hipotireoidismo manifesto aumenta com a idade, sexo feminino, e na presença de anticorpos antitireoidianos positivos (anti TPO +). O único fator independente que se associa a progressão para hipotireoidismo foi a concentração do TSH, com taxa TSH >10 miu/l. Vanderpump MP. et al (1995) Clin Endocrinol;43:55-68. Surks et al. (2004) JAMA; 291(2): 228-38. Biondi & Cooper, (2008) Endocr Rev. 29(1): 76-131. V - Hipotireoidismo: Diagnóstico (2009).
Evolução do HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO
PREVALÊNCIA Pode chegar a 20%, dependendo da população e da faixa etária investigada, sendo mais frequente em mulheres idosas (SURKS et al., 2004). No Brasil foi detectada uma prevalência de 10% de positividade para ATPO circulantes em mulheres com mais de 35 anos e de 12,3% de hipotireoidismo, incluindo a forma clínica e subclínica (Sichieri et al. 2007)
INTRODUÇÃO Efeito L-T 4 no HS em exercício O retorno à condição de eutireoidismo, por meio L-T 4, reverte os comprometimentos cardiovasculares, o que pode acarretar melhorias da capacidade funcional. Níveis de TSH Ergômetros (KAHALY, 2000; MONZANI et al., 2001; FAZIO et al., 2004; PALMIERI et al., 2004; YAZICI et al., 2004; TURHAN et al., 2006; RAZVI et al., 2007; KLEIN & DANZI, 2007; BIONDI & COOPER, 2008). Alguns autores Protocolos confirmam que a normalização do TSH melhora a capacidade funcional no HS (BELL et al., 1985; FORFAR et al., 1985; Falta de grupo controle Aptidão física KAHALY, 2000); outros, não (CARACCIO et al., 2005); Terceiros demonstram ligeira melhora (AREM et al., 1996; BRENTA et al., 2003) ou benefícios somente em esforço submáximo (MAINENTI et al., 2009)
PROBLEMA Existem benefícios da reposição de L-T 4 em indivíduos com HS. POR OUTRO LADO Poucas evidências científicas sobre o impacto L-T 4 na capacidade funcional no HS em exercício. Biondi & Cooper, (2008) Endocr Rev. 29(1): 76-131. Papi et al. 2007 Curr Opin Endocrinol Diabetes Obes. 14:197 208.
CAPACIDAE FUNCIONAL INTERAÇÃO DOS SISTEMAS CAPTAÇÃO TRANSPORTE UTILIZAÇÃO O 2 (WASSERMAN et al. 2005)
Atuação Hormônios Tireoidianos HS & EXERCÍCIO FÍSICO Contratilidade Cardíaca Débito Cardíaco Volume Sistólico Síntese Protéica Atividade Mitocondrial Metabolismo do Glicogênio RVP Capacidade Vital (WASSERMAN et al. 2005)
CINÉTICA DAS CURVAS DE VENTILAÇÃO Retratam a velocidade da resposta dos dos sistemas envolvidos no fornecimento de O 2 ao músculo em exercício. VE, VO 2 e VCO 2 ERGOESPIROMETRIA Wasserman et al. (2005) Jones & Poole (2005)
ERGOESPIROMETRIA - MONITORAÇÃO O volume é medido através do PNEUMOTACÓGRAFO externo conectado via linhas de ar (mangueiras) ao sensor (interno) de volume espirado do VO2000
ERGOESPIROMETRIA - MONITORAÇÃO Cosmed K4b2
JUSTIFICATIVA Esta tese se justifica pela detecção da escassez de literatura científica específica e pela contribuição inédita do impacto da reposição de L-T 4 na cinética ventilatória de VE, VCO 2 e VO 2 em portadores de HS em exercício.
JUSTIFICATIVA A análise da cinética do O 2 é uma importante ferramenta na avaliação diagnóstica e prognóstica de doenças e pode ser obtido em teste ou valores submáximo, e não depende da motivação do avaliado. Ela pode ser usada: na estratificação de riscos e Na verificação de efeitos: terapias medicamentosas e do treinamento físico. (BRUNNER-LA ROCCA et al., 1999; POOLE et al., 2005; WASSERMAN et al., 2005; KEMPS et al. 2009).
OBJETIVO GERAL Analisar a capacidade funcional de pacientes com HS, através da cinética das curvas de VE, VCO 2 e VO 2 por ergoespirometria, geradas no estado prétratamento e após seis meses de normalização do TSH pela reposição de L-T 4.
OBJETIVOS ESPECIFICOS Analisar o impacto da L-T 4 na cinética das curvas de VE, VCO 2 e VO 2 em pacientes com HS: * durante o exercício * na recuperação pacientes com HS versus mulheres saudáveis pacientes HS (L-T 4 ) versus não tratadas
MATERIAIS E MÉTODOS AMOSTRA As pacientes foram encaminhadas ao ambulatório de endocrinologia do Hospital (HUCFF/UFRJ). O recrutamento ativo e passivo frente aos casos prevalentes, somando 23 mulheres HS e 21 mulheres saudáveis. DOSAGENS HORMONAIS Ensaio imunométrico por quimiluminescência (3a. Geração); Aparelho automático Immulite 2000 Kit para dosagem de TSH e T 4 livre: DPC (Diagnostic Products Corporation) TSH: valores de referência: 0,4-4,0 uui/ml. T 4 livre: valores de referência: 0,8-1,9 ng/dl.
MATERIAIS E MÉTODOS CRITÉRIOS DE INCLUSÃO GRUPO (HS) Feitas 2 dosagens (com intervalo mínimo de 4 semanas) TSH 4,0 UI/ml; T 4 livre normal (0,8 a 1,9 ng/dl).
MATERIAIS E MÉTODOS CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Uso de drogas e doenças que interferem na função tireoidiana. Uso de L-T 4
DELINEAMENTO DO ESTUDO pacientes com HS versus mulheres saudáveis pacientes HS (L-T 4 ) versus não tratadas
ERGÔMETRO - PROTOCOLO ESTEIRA Balke modificado velocidade constante de 4,8 km/h de 3% de inclinação a cada 2min Recuperação: velocidade constante de 3,0 km/h sem inclinação por 3min.
ANÁLISE ESTATÍSTICA Quando os pressupostos de normalidade e homogeneidade de variâncias foram atendidos: teste t-student para amostras independentes. uma vez não atendidos os pressupostos paramétricos, optou-se pelo teste não-paramétrico de Mann-Whitney. Variáveis categóricas (tabagismo, menopausa, sedentarismo) foram analisadas pelo teste Qui-Quadrado. O efeito do tratamento com L-T 4 sobre a cinética das variáveis ventilatórias nas pacientes foi avaliado pela diferença das médias das variáveis de cada grupo (pós - pré) pelo teste Mann-Whitney. Correlações entre variáveis foram feitas pelo teste de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5%
FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS E DE MODELAGEM DE CURVA DAS VARÁVEIS VENTILATÓRIAS software SPSS 16.0 for Windows (Statistical Package for the Social Sciences). Matlab R12, versão 6.0.0.0.88 release 12.
Parâmetros de Análise da Cinética do VO 2 durante o Exercício e Recuperação T ½ = Tempo necessário para se alcançar 50% da variação do VO 2 T63%(Ƭ) = Tempo necessário para se alcançar 63% da variação do VO 2 VE/VCO 2 slope = Inclinação da curva de eficiência respiratória OUES = Inclinação da eficiência do consumo O 2 (VO 2 / VE) ΔVO 2 /ΔT = Relação entre consumo O 2 em função do tempo ΔVE, ΔVO 2, ΔVCO 2 Amplitude de variação das variáveis ventilatórias ΔVO 2 /Δt slope = Inclinação da curva da relação VO 2 /Tempo
VO2 (ml/kg/min) EXEMPLO DE CINÉTICA DE CURVA DURANTE A ERGOESPIROMETRIA 40 Pico 35 Δ = Pico - Pré 30 25 20 y = 6,5ln(x) + 6,1 15 10 Ƭ VO 2 (63% Δ) ΔVO 2 /Δt slope 5 0 Pré T 1/2 VO 2 (50% Δ) Tempo (min/s)
VO 2 (L/min) VO2 (ml/min) EXEMPLO DE CINÉTICA DE CURVA DURANTE A ERGOESPIROMETRIA 3000 2500 2000 1500 y = 1624ln(x) - 3727 1000 OUES VO 2 /VE 500 0 15 25 35 45 55 Log VE (L/min) Ventilação-Minuto (L/min) OUES = Inclinação da eficiência do consumo O 2 (VO 2 / VE). OUES A EFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
VE (L/min) Ventilação-Minuto (L/min) EXEMPLO DE CINÉTICA DE CURVA DURANTE A ERGOESPIROMETRIA 60 50 40 30 20 10 0 y = 17,0x + 5,5 VE/VCO 2 slope 0,5 1 1,5 2 2,5 VCO 2 (L/min) VE/VCO 2 slope = Inclinação da curva de eficiência respiratória VE /VCO 2 slope A EFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
Cinética da Curva de Recuperação do VO 2 T 1/2 VO 2 rápido a recuperação
VO 2 (L/min) VO 2 (L/min) Cinética da Curva de Recuperação do VO 2 Exemplo de 1 Mulher Saudável Exemplo de 1 Paciente com HS 2.2 2 1.8 1.6 1.4 1.2 Recuperação A = 1,3 K-1 = 43,4 C = 0,8 Desvio = 0,2 Inclinação Desvio = 0.2 1.4 Constante de Tempo 1.3 1.2 1.1 1 0.9 Recuperação A = 0,6 K-1 = 67 C = 0,7 Desvio = 0.3 Desvio = 0,3 1 0.8 0.8 0.7 0 50 100 150 Tempo (s) Tempo (s) 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 Tempo (s) Tempo (s)
RESULTADOS COMPARAÇÃO: pacientes com HS versus mulheres saudáveis pacientes HS (L-T 4 ) versus não tratadas QUANTO: Características do grupos: idade, peso, altura, TSH, T 4 Variáveis de pico Variáveis de cinética durante o teste ergoespirométrico Variáveis de cinética na recuperação (após teste)
RESULTADOS: pacientes com HS versus mulheres saudáveis CARACTERÍSTICAS: * O nível de significância adotado foi de (p<0,05)
RESULTADOS: pacientes com HS versus mulheres saudáveis VALORES PICO DO EXERCÍCIO: * O nível de significância adotado foi de (p<0,05)
DISCUSSÃO: pacientes com HS versus mulheres saudáveis Contratilidade miorcárdica disfunção PAD da resistência vascular periférica Débito Cardíaco O inadequado suporte cardiovascular parece ser um dos principais fatores envolvidos na intolerância ao esforço no HS. resistência ao fluxo sanguíneo compromete a eficiência das trocas gasosas no músculo Fc pico similar (AKCAKOYUN et al., 2010). FC pico (FOLDES et al., 1987; KAHALY, 2000; KAHALY et al., 2002).
RESULTADOS: pacientes com HS versus mulheres saudáveis DURANTE O EXERCÍCIO: Diferenças não significativas (p>0,05)
Tempo (s) RESULTADOS: pacientes com HS versus mulheres saudáveis DURANTE O EXERCÍCIO: 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 T 1/2 VO 2 ƬVO 2 TT1/2 VOVO2 2 tau Ƭ VO VO2 2 Pacientes com HS Mulheres Saudáveis Diferenças não significativas (p>0,05)
RESULTADOS: pacientes com HS versus mulheres saudáveis CINÉTICA DA RECUPERAÇÃO: Diferenças não significativas (p>0,05)
DISCUSSÃO : pacientes com HS versus mulheres saudáveis CINÉTICA DA RECUPERAÇÃO: A significância clínica desta investigação reside no fato de que a velocidade de recuperação dos parâmetros ventilatórios tem sido apontada pela literatura como fatores de morbi-mortalidade (SCRUTINIO et al., 1998; OCHS et al., 2008).
DISCUSSÃO : pacientes com HS versus mulheres saudáveis CINÉTICA DA RECUPERAÇÃO: Em média, as pacientes com HS levaram (T 1/2 VO 2rec 71s) e (ƬVO 2rec 103s) para recuperar 50% e 63% do VO 2pico. Os valores encontrados são similares aos de pacientes com apnéia obstrutiva do sono; transplantados cardíacos e pessoas com insuficiência cardíaca congestiva branda (TANABE et al., 2000; NANAS et al., 2010 ; GRASSI et al., 1997) Porém, são inferiores aos de pacientes com cardiomiopatia dilatada; insuficiência cardíaca crônica e cirrose (TERZIYSKI et al., 2008; DE GROOTE et al, 1996; COHEN-SOLAL et al., 1997; TANABE et al., 2000; SCRUTINIO et al., 1998)
CONCLUSÃO : pacientes com HS versus mulheres saudáveis CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS PICO TSH IMC T 4 = Duração pico Inclinação pico Fc pico ( = VO 2pico ) aptidão física SIMILAR VARIÁVEIS DURANTE VARIÁVEIS rec =T 1/2 VO 2 = ƬVO 2 SIMILARES (T 1/2 VO 2rec, ƬVE rec e tempo rec) SIMILARES
CONCLUSÃO: pacientes com HS versus mulheres saudáveis INDICAM LEVE COMPROMETIMENTO CAPACIDAE FUNCIONAL INTERAÇÃO DOS SISTEMAS o estágio brando da doença UTILIZAÇÃO TRANSPORTE CAPTAÇÃO O 2
CONCLUSÃO HS versus mulheres saudáveis As pacientes HS apresentaram menor tolerância ao esforço; porém, o mesmo comportamento da cinética da resposta ventilatória durante o exercício e na recuperação.
CONCLUSÃO HS (L-T 4 ) versus HS não tratadas Conclui-se que a reposição de L-T 4 normalizou os níveis de TSH, mas não foi capaz de melhorar a cinética da resposta ventilatória durante o exercício e na recuperação, quando analisada por ergoespirometria.
CONCLUSÃO HS (L-T 4 ) versus HS não tratadas Existem resultados promissores da reposição de L-T 4 na melhoria das alterações orgânico-funcionais, porém a terapia medicamentosa parece não ser suficiente por si só para a melhoria da capacidade funcional no HS.
CONCLUSÃO O caráter subclínico da doença tireoidiana não foi suficiente para comprometer a capacidade funcional, considerando as variáveis de cinética analisadas.
CONCLUSÃO As variáveis de cinética do exercício e da recuperação são parâmetros promissores para o entendimento da intolerância ao esforço no HS e na identificação de variáveis: diagnósticas e prognósticas
SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES Novos estudos são necessários utilizando maior número de pacientes, em diferentes níveis de disfunção tireoidiana, a fim de observar se de fato a reposição de L-T 4 influencia o comportamento da cinética da resposta ventilatória, por ergoespirometria.
SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES Para a análise da cinética da resposta ventilatória durante o exercício em pacientes com disfunção tireoidiana, recomenda-se a utilização de protocolo submáximo e que contemple carga constante e progressiva em um único teste. É preciso investigar ainda a influência da aptidão física e do treinamento físico nas respostas ventilatórias ao esforço no HS.
DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE Desvio Metabólico Hiper Estimulação Simpática Hipo
HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDISMO INTRODUÇÃO TIREÓIDE HIPÓFISE HIPOTÁLAMO GUYTON e HALL (2006)
HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDSMO
HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDISMO
HIPOTIREOIDSMO
HIPOTIREOIDSMO
HIPERTIREOIDISMO
Na suspeita de hipertireoidismo
Na suspeita de hipertireoidismo TSH
Na suspeita de hipertireoidismo TSH Normal Praticamente exclui hipertireoidismo
Na suspeita de hipertireoidismo Baixo TSH Normal Praticamente exclui hipertireoidismo
Na suspeita de hipertireoidismo Baixo TSH Normal Alto T4 ou T4 livre Normal Praticamente exclui hipertireoidismo
Na suspeita de hipertireoidismo Baixo TSH Normal Alto T4 ou T4 livre Normal Praticamente exclui hipertireoidismo Hipertireoidismo
Na suspeita de hipertireoidismo Baixo TSH Normal T4 ou T4 livre Alto Normal Hipertireoidismo Praticamente exclui hipertireoidismo T3 ou T3 livre Alto Normal
Na suspeita de hipertireoidismo Baixo TSH Normal T4 ou T4 livre Alto Normal Hipertireoidismo Praticamente exclui hipertireoidismo T3 ou T3 livre Alto Normal Toxicose por T3
Na suspeita de hipertireoidismo Baixo TSH Normal T4 ou T4 livre Alto Normal Hipertireoidismo Praticamente exclui hipertireoidismo T3 ou T3 livre Toxicose por T3 Alto Normal Exclui hipertireoidismo
HIPERTIREOIDISMO 0,1% população 2% das mulheres 0,2% dos homens Doença de Graves é a mais comum Bócio multinodular, adenoma tóxico, tireoidite subaguda
HIPERTIREOIDISMO Suor Perda de peso ou ganho Anxiedade Diarréia Intolerância ao calor Taquicardia Tremor Fadiga Irregularidade menstrual Fraqueza
HIPERTIREOIDISMO Hiperestimulação Simpática!!! Sintomas Perda de Peso Fraqueza Muscular Intolerância ao Calor Ansiedade Arritmia Contratilidade VE Fração de Ejeção Tratamento Hormonal Atividade Simpática Bloqueadores
HIPERTIREOIDISMO Tratamento Drogas antitireoidianas ß-bloqueador Iodo inorgânico Radioiodo Cirurgia
HIPERTIREOIDISMO
PROJETO DE PÓS-DOUTORADO Efeito do Treinamento Aeróbio sobre a Capacidade Funcional de Pacientes com Hipotiroidismo Subclínico FRANCISCO ZACARON WERNECK EMERSON FILIPINO COELHO Orientadores: Prof. Mário Vaisman Prof. Jorge Roberto Perrout de Lima
INTRODUÇÃO Exercício Físico Treinamento Músculo Coração Pulmão Músculo Coração Pulmão Capacidade Funcional Hipotiroidismo Subclínico TSH e T4 Cinética das Trocas Gasosas Baixa Tolerância ao Esforço
PROBLEMA O treinamento aeróbio melhora a capacidade funcional de pacientes com hipotiroidismo subclínico? Literatura sobre Hipotireoidismo Subclínico: 1) Resposta cardiopulmonar ao exercício (BELL et al., 1985; FORFAR et al., 1985; AREM et al., 1996; KAHALY, 2000; BRENTA et al., 2003; CARACCIO et al., 2005; MAINENTI et al., 2009; 2010) 2) Cinética das Trocas Gasosas (COELHO et al., 2011) 3) Treinamento Físico e Capacidade Funcional (? )
JUSTIFICATIVA Estudo inédito Entendimento das adaptações fisiológicas ao treinamento Prescrição de exercícios Benefícios Tratamento Não-Medicamentoso
OBJETIVOS Geral: Analisar o efeito do treinamento aeróbio sobre a capacidade funcional de pacientes com hipotireoidismo subclínico, especificamente sobre a cinética das trocas gasosas, mensurada através da ergoespirometria. Específico: Analisar a cinética das trocas gasosas, as características antropométricas, cardiopulmonares, ecocardiográficas e o perfil de humor de pacientes com HS comparados a pacientes eutireoidianos e mulheres sem comprometimento tireoidiano, verificando diferenças entre os grupos nas respostas ao treinamento aeróbio.
DELINEAMENTO DO ESTUDO
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA PACIENTES / HIPO E HIPER -TIREOIDISMO Existe CARÊNCIA DE ESTUDOS envolvendo o efeito do treinamento. Evidências aqui demonstradas, identificam características e COMPROMETIMENTOS FUNCIONAIS NESTES PACIENTES que se ASSEMELHAM a pacientes CARDÍACOS E PULMONARES. Devemos estar atentos às seguintes características do programa de exercícios: TIPO: exercício aeróbio e/ou resistido; INTENSIDADE: moderada, podendo ser monitorada pela PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO; FREQUÊNCIA: 3 a 5 vezes por semana; DURAÇÃO: pelos menos 30 minutos por sessão.
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA PACIENTES / HIPO E HIPER -TIREOIDISMO Atenção especial deve ser dada quanto a HIDRATAÇÃO. Outro aspecto importante é que cerca de 40% dos pacientes com HIPO apresentam HIPERTENSÃO DIASTÓLICA, e dependendo dos níveis pressóricos por vezes tomam medicação anti-hipertensiva. RISCO DE QUEDAS devido a característica de fraqueza muscular e da maior resistência à insulina, o que pode provocar ligeira HIPOGLICEMIA.
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA PACIENTES / HIPO E HIPER -TIREOIDISMO Sob o ponto de vista da SAÚDE, a LIMITADA capacidade funcional observada nestes pacientes podem restringir as atividades diárias ou até mesmo impedir que eles se tornem fisicamente ativos, comprometendo sua qualidade de vida. Por isso, a PRÁTICA de EXERCÍCIOS FÍSICos deve ser ESTIMULADA, reconhecendo a importância do mapeamento da resposta dos parâmetros VENTILATÓRIOS EM ESFORÇO, que possibilita uma prescrição de treinamento mais ajustada, INDIVIDUALIZADA e adequada.
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA PACIENTES / HIPO E HIPER -TIREOIDISMO CONTROLAR FC FREQUENCÍMETRO PA - APARELHO DE PRESSÃO GLICOSE GLICOSÍMETRO LACTATO - LACTÍMETRO BORG - ESCALA DE PERCEPÇÃO DE ESFORÇO
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA PACIENTES / HIPO E HIPER -TIREOIDISMO CONSIDERAÇÕES FINAIS A literatura disponível carece de informações relativas ao efeito do treinamento físico, não havendo recomendações científicas para a prescrição de exercícios físicos para esta população especial. Neste sentido, recomenda-se utilizar as diretrizes de prescrição similares àquelas para pacientes CARDÍACOS.
HIPOTIREOIDISMO E EXERCÍCIO FÍSICO LEITURA RECOMENDADA
HIPOTIREOIDISMO E EXERCÍCIO FÍSICO LEITURA RECOMENDADA
obrigado