O ENSINO SISTEMÁTICO DA VÍRGULA ASSOCIADO AO ENSINO DA SINTAXE

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Transcrição:

Página 33 de 507 O ENSINO SISTEMÁTICO DA VÍRGULA ASSOCIADO AO ENSINO DA SINTAXE Geisa Gomes Vieira Araújo (ProfLetras/CNPq/UESB) Vera Pacheco (ProfLetras/PPGLin/UESB) Marian Oliveira (ProfLetras/PPGLin/UESB) RESUMO Esta pesquisa retrata a tamanha relevância da vírgula para o entendimento de um texto escrito. Ela foi motivada a partir de observações informais feitas com alunos do 8 ano do Colégio Municipal Aprígio Ferreira Leão, município de Matina, na Bahia, que ou não usam nenhuma vírgula em seus textos ou a empregam de maneira insuficiente e inadequada. Desenvolvida com um grupo teste e um controle, objetiva-se que após a aplicação de oficinas, que abordam sistematicamente as regras para o uso da vírgula associadas ao ensino da sintaxe, o grupo teste consiga mostrar melhorias em relação ao emprego da vírgula. PALAVRAS-CHAVE: Sintaxe, Texto, Vírgula. INTRODUÇÃO Sabendo que um texto escrito requer muitos cuidados para que os leitores o entendam, vários aspectos precisam ser levados em conta, entre eles a pontuação, em especial, o uso da vírgula. Assim, após o diagnóstico inicial do não uso ou usos inadequados e insuficientes da vírgula nos textos de uma turma de 8 ano, deu-se a motivação para a elaboração desta pesquisa. A hipótese do trabalho é a de que a ausência e/ou o uso inadequado da vírgula comprometem o conteúdo do texto escrito por estes alunos. Em nossas

Página 34 de 507 considerações e análises, propomos um diálogo entre o que propõem os PCNs (1997) e gramáticos como Cunha e Cintra (1985) e Bechara (2009), autores como Pacheco (2006; 2008) e Oliveira (2015), entre outros, quanto ao uso e emprego da vírgula. Espera-se que, após a aplicação das oficinas propostas na etapa de intervenção, os alunos possam usar com mais frequência e adequadamente a vírgula. Neste trabalho, apresentam-se resultados parciais com base em atividades diagnósticas aplicadas. MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa será desenvolvida por meio de oficinas, um procedimento com atividades sistematicamente planejadas que visa uma maior eficiência no ensino-aprendizagem (nesse caso, da vírgula) e com objetivos previamente traçados; Ela contará com três etapas, a saber: diagnóstico inicial, intervenção didática e diagnóstico final. O universo pesquisado é formado por alunos de uma turma do 8 (grupo teste) e uma 9 ano (grupo controle) do ensino fundamental de uma escola pública, do município de Matina, Bahia. O diagnóstico inicial foi composto, respectivamente, de uma produção textual, uma entrevista e uma lista de questões que deveriam ser respondidas individualmente pelos alunos dos dois grupos. Para isso utilizou-se cinco aulas de cinquenta minutos. O objetivo é avaliar o conhecimento que possuem os dois grupos e a visão que têm acerca do tema em estudo e, no caso específico do grupo teste, objetiva também avaliar o conhecimento anterior à intervenção didática. A produção textual se deu após a escuta do conto Sherazade e as mil e uma noites. Foi solicitado a eles que recontassem o conto e as orientações dadas foram que fizessem uma narração com o máximo de detalhes que eles conseguissem lembrar e que após a conclusão do rascunho, relessem seus textos e passassem a limpo na folha entregue pela professora. Nela, em nenhum momento se tocou no assunto vírgula, a fim de que os alunos agissem com naturalidade, demonstrando o que verdadeiramente sabiam, justamente por isso que foi a primeira atividade.

Página 35 de 507 A entrevista a ser respondida por escrito pelos alunos almejava coletar o conhecimento deles sobre pontuação em geral e a vírgula, em particular, com perguntas sobre quais regras conheciam para o uso da vírgula, quais as funções da vírgula, se já haviam se deparado com alguma situação em que uma simples vírgula ou a ausência dela ocasionou equívocos, entre outras. O conjunto de exercícios compôs-se das várias regras e empregos da vírgula com questões de marcar e discursivas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como esta pesquisa encontra-se na fase de análise das atividades diagnósticas inicias, serão expostos apenas os resultados parciais destas. Na primeira atividade foi solicitado que os alunos recontassem um conto. Já de posse dos textos foi possível perceber usos que não seguiam uma regra aparente, constituindo-se num emprego aleatório da vírgula. Em outras ocorrências da vírgula, notamos que o emprego foi orientado pela impressão da necessidade de pausa, o que ocasionou a separação entre o sujeito e o predicado da oração, por exemplo, que, apesar de ser uma das primeiras regras para o emprego da vírgula, constitui-se numa infração bastante corriqueira em textos produzidos por alunos da educação básica. Apesar de alguns alunos demonstrarem certo conhecimento das regras, entre eles: vírgula para enumerar ou separar elementos com mesma função sintática, antes de conjunção adversativa, antes de pois e porque e antes de conjunções conclusivas, também se observou que esses mesmos alunos não virgulam de forma fixa, ou seja, às vezes virgulam, às vezes não usam nada, noutras usam um outro sinal; ou não usaram todas as vírgulas necessárias em suas produções e cometeram equívocos como separar verbo de seu respectivo complemento, sujeito do predicado, uma vírgula só para tentar marcar as intercalações e vírgula antes do e.

Página 36 de 507 Houve também dois alunos do grupo teste e dois do controle que não usaram vírgula alguma em suas produções textuais. A diferença dos do grupo teste para o controle foi que os últimos produziram textos maiores e tentaram dividi-los em parágrafos. Apesar de os grupos teste e controle não estarem no mesmo grau de escolaridade, após as análises foi possível perceber que não há muita diferença entre eles, tanto é que os critérios que usaram para virgular foram praticamente os mesmos. A segunda atividade aplicada foi a entrevista. Curiosamente, nela, apenas 50% dos alunos, tanto do grupo teste quanto do controle, afirmaram sentir dificuldade na vírgula. Acreditamos que essa resposta foi motivada pela consciência da dificuldade deles no emprego dos demais sinais de pontuação. Em suas repostas também ficou evidente a confusão que eles fazem entre regras e função no emprego da vírgula. Nas questões de múltiplas escolhas o percentual de acerto foi mais satisfatório, embora, no contraste com os resultados das outras atividades, possamos inferir que o conhecimento do alunado sobre o emprego da vírgula não está efetivamente cristalizado. CONCLUSÃO A fase do diagnóstico foi crucial e relevante, pois revelou o que efetivamente os alunos conhecem sobre o uso da vírgula. Nota-se que embora eles não admitam, totalmente, seu desconhecimento, nas atividades realizadas ficou nítido o pouco domínio que têm quanto em emprego adequado desse sinal. De posse desses resultados, o pesquisador poderá pensar em atividades que possam contribuir para diminuir as dificuldades apresentadas pelo grupo teste. REFERÊNCIAS BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa/ Evanildo Bechara. - 37. ed. rev. ampl. Conforme Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

Página 37 de 507 BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília :144p. 1997. CUNHA, C; CINTRA, L. Breve gramática do português contemporâneo. -1ª ed. Lisboa : João Sá da Costa, 1985, 486 p. OLIVEIRA, Elisângela Santos de Andrade. Os sinais de pontuação e a representação de aspectos prosódicos na escrita e na leitura de alunos do nono ano do ensino fundamental. 195f. [Dissertação de mestrado em Letras]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2015. PACHECO, Vera. Estudos da Língua(gem). Questões de Fonética e Fonologia: uma homenagem a Luiz Carlos Cagliari. Percepção dos sinais de pontuação enquanto marcadores prosódicos, Vitória da Conquista, n. 3, p. 205-232, Jun. 2006.. Alfa. Informações visuais e percepção prosódica: a contribuição dos sinais de pontuação, São Paulo, 52 (2), p. 503-519, 2008.