PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS PPRA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO HU/UFS Vencimento: Área: Revisão: Out/11 ARACAJU 01 P.P.R.A



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Transcrição:

Pág. 1 de 192 P.P.R.A AMBIENTAIS REVISÃO DO PPRA COM AS ADEQUAÇÕES DA NR-32 VIGÊNCIA: OUTUBRO DE 2010 A OUTUBRO DE 2011 Aracaju-Se Outubro/2010

Pág. 2 de 192 SUMÁRIO 1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA... 4 2. INTRODUÇÃO... 5 3. OBJETIVOS DO PPRA... 5 3.1. Objetivo Específico... 6 4. INFORMAÇÕES GERAIS DO HOSPITAL... 6 4.1.1. Resumo do Número de Servidor/Órgão... 9 4.2. Fatores que Motivaram este Trabalho/NR-9... 9 5. CONCEITOS BÁSICOS... 10 6. APLICAÇÃO... 12 7. ESTRUTURA DO PROGRAMA... 12 8. FLUXOGRAMA DO PPRA... 13 8.1. Planejamento Anual... 13 8.2. Estratégias e Metodologia de Ação... 13 8.3. Registros e Informes legais... 14 9. DESENVOLVIMENTO DO PPRA... 14 10. RECONHECIMENTO... 16 10.1. Identificação dos Agentes... 16 10.2. Pesquisa de Dados... 17 10.3. Localização das Fontes Geradoras de Risco/Setores de Trabalho... 17 10.4. Medidas de Proteção Coletiva... 17 10.5. Utilização do EPI... 17 11. RESPONSABILIDADES PELAS AÇÕES... 18 12. DISPOSIÇÕES FINAIS... 18 12.1. Cronograma de Implantação do PPRA... 18 12.2. Implantação das Medidas de Controle... 18 12.3. Mecanismo de Avaliação e Controle... 19 12.3.1. Itens de controles (IC) do desenvolvimento do PPRA... 19 13. AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE EXPOSIÇÃO AOS RISCOS AMBIENTAIS... 19 13.1. Identificação dos Setores/Agentes de Riscos Ambientais... 20 13.2. Descrições dos Locais de Trabalho/Avaliações Qualitativa e Quantitativa... 31 14. DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES/RISCOS AMBIENTAIS... 96 14.1. Estabelecimento dos GHER - Critério Qualitativo... 96

Pág. 3 de 192 14.2. ATRIBUIÇÕES DE CARGOS/UFS... 99 14.3. Atribuições de Cargos das Atividades X Exposição e Medidas Preventivas... 100 14.4. Caracterização do GHER Possíveis Riscos à Saúde... 139 15. INVENTÁRIO DOS PRODUTOS QUÍMICOS... 144 16. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL POR FUNÇÃO... 171 17. ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE RISCOS... 174 17.1. Metodologia de Análise e Avaliação do Potencial de Risco/AIHA.... 174 17.2. Análise e Avaliação do Potencial/Grau de Risco dos GHER s (Físico)... 176 17.3. Análise e Avaliação do Potencial/Grau de Risco dos GHER s (Químico)... 177 17.4. Análise e Avaliação do Potencial/Grau de Risco dos GHER s (Biológico)... 177 18. TABELA DE GRAU DE PRIORIDADE APÓS AVALIAÇÕES DOS RISCOS... 178 19. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS/CONTROLE... 179 20. ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES REALIZADAS DO PPRA... 180 20.1. Sugestão de Conteúdos para Capacitação - NR-32... 181 21. RESPONSABILIDADES... 182 22. CONCLUSÃO... 183 23. COORDENADOR DO PROGRAMA... 184 24. ELABORAÇÃO TÉCNICA DO PPRA... 184 BIBLIOGRAFIA... 185 APÊNDICE 1: AVALIAÇÃO QUANTITATIVA - IBUTG... 186 ANEXO 1: PERFIL DE SENSIBILIDADE DAS BACTÉRIAS/SCIH HU... 187 ANEXO 4: INFORMAÇÕES DO CNEN... 191

Pág. 4 de 192 1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RAZÃO SOCIAL NOME DE FANTASIA LOCAL DE ATUAÇÃO FUNDACAO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - HU ARACAJU/SE CNPJ 13.031.547/0002-87 CNAE 86.10-1 GRAU DE RISCO (NR 4) ATIVIDADE PRINCIPAL ENDEREÇO RESPONSÁVEL PELA OPERACIONALIZAÇÃO DO PPRA 03 (três) Atividades de atendimento hospitalar Rua Cláudio Batista, s/n, Santo Antônio-Aracaju/Se CEP: 49.060-100 Sandra Maria Dórea Diretora administrativa TELEFONE/FAX (79) 2105-1700/1725 Nº DE EMPREGADOS 587 HORÁRIO DE TRABALHO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PPRA Horário administrativo/escala de revezamento Genilson Vieira dos Santos Engº de Seg. do Trabalho CREA 12890/D E MAIL/TELEFONE (79) 8804-6393/9916-5602 eng.gvdossantos@hotmail.com Cristina Maria Falcão Teti Enfª. do Trabalho COREN/SE 37334 (79) 9982-8700 cristinateti@gmail.com Obs.: O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do HU é 85.31-7- Educação Superior Graduação, Grau de Risco = 2 Conforme as atividades desenvolvidas pelo hospital, consideramos o CNAE 86.10-1 e Grau de Risco = 3 NOTA: CONFORME A LEI 9.610/98 DIREITOS AUTORAIS/PROIBIDO A CÓPIA PARCIAL OU TOTAL DO PPRA, SEM A PERMISSÃO POR ESCRITO DO AUTOR.

Pág. 5 de 192 2. INTRODUÇÃO As rotinas de Prevenção de Acidentes e de manutenção da integridade física e mental do homem dependem, em grande parte, do ambiente em que este vai desenvolver suas atividades, haja vista o trabalhador permanecer por grande parte de sua vida no ambiente de trabalho ou a serviço da empresa, inclusive nos percursos de ida e vinda do trabalho para o lar e vice-versa. O conjunto de atitudes, posturas e ações propostas, necessita essencialmente da participação integrada de todos os envolvidos, na solução dos problemas ambientais, auxiliando a direção da empresa quanto ao reconhecimento, avaliação e controle sistemático dos riscos detectados. Antes do inicio das atividades laborais, recomendamos a leitura e divulgação deste Programa para todos os trabalhadores envolvidos, informando-os sobre os riscos, os perigos inerentes e quais os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC s) que serão necessários aos serviços, bem como, os Equipamentos de Proteção Individual (EPI s) utilizados para evitar os acidentes e/ou doenças ocupacionais. A empresa deve se enquadrar na Norma regulamentadora nº 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA. A avaliação do desenvolvimento do cronograma de atividades do PPRA deverá ocorrer sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, seguindo a Norma Regulamentadora de nº 09. Após publicação da NR-32, em 11.11.2005, faz-se necessário modificar a visão do PPRA, que deverá estar voltado para as adequações necessárias, pois é a Norma específica para estabelecimentos de saúde. O PPRA foi revisado no mês de outubro de 2010. 3. OBJETIVOS DO PPRA Visa a preservação da saúde e a integridade física dos colaboradores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle das ocorrências de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Foi estabelecido à periodicidade anual para revisão e adequação do mesmo, sendo acompanhado mensalmente pelo Coordenador responsável e pela CIPA, e

Pág. 6 de 192 que a cada modificação dentro do período estabelecido sofrerão modificações que constarão na data da revisão deste programa. 3.1. Objetivo Específico Controlar os riscos ambientais existentes no local de trabalho com adoção de medidas e ações efetivas; Monitorar a exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais existentes no local de trabalho; Planejar as ações e as medidas de controle a serem implementadas com base nas avaliações qualitativas e/ou quantitativas; Preservar o meio ambiente. 4. INFORMAÇÕES GERAIS DO HOSPITAL A Universidade Federal de Sergipe (UFS) é uma universidade nova que vivencia fase de grande crescimento. Ela tem como missão produzir, disseminar e conservar conhecimentos; fortalecer a democracia e lutar pela melhoria da qualidade de vida, estreitando seus laços com a comunidade sergipana e investindo fortemente na melhoria da qualidade acadêmica. Com o início do funcionamento do curso de medicina em 1961, ficou acertado que as dependências e os serviços complementares do Hospital de Cirurgia seriam colocados à disposição da Universidade, via convênio, para o ensino da medicina na sua plenitude prática. Com o correr do tempo, avanço tecnológico nem sempre acompanhado e mudanças sucessivas de gerenciamento nos dois lados surgiram os primeiros sinais de insatisfação entre os conveniados. Com o final do convênio entre a UFS e a Fundação de Beneficência Hospital Cirurgia (FBHC) o Reitor, Dr. José Aloísio de Campos, contratou uma firma de engenharia especializada em construção de hospitais, elaborando o projeto de unidade hospitalar com nove andares para ser construído no Campus da Universidade. O projeto foi levado ao Ministério para análise, não merecendo aprovação por conflitar com a política do governo federal que proibia a construção de novos hospitais.

Pág. 7 de 192 O Hospital Sanatório de Aracaju foi construído na década de 40 do século passado, em terreno doado pelo governo estadual ao governo federal. Tinha como finalidade única receber determinados casos de tuberculose pulmonar, obedecendo a critérios técnicos vigentes na época. Com a radical mudança de orientação no tratamento de tuberculose, ditada pelo Ministério da Saúde, os Hospitais Sanatórios foram desativados em todo país, surgindo assim, outra opção para a UFS resolver o seu problema de Hospital. As primeiras negociações foram feitas com o Ministério da Saúde em 1982 que aceitou as argumentações da UFS, firmando convênio com a Universidade. No ano seguinte (1983) transferiu a administração e mudou o nome do Hospital Sanatório de Aracaju para Hospital de Aracaju. E no último trimestre de1984, sendo já na administração do Reitor Profº. Eduardo Antonio Conde Garcia, o hospital de Aracaju passa a ser chamado de Hospital Universitário (HU). Em junho de 1989 ocorre a ruptura do convênio com a FBHC, obrigando o HU a absorver em suas dependências, o ambulatório de Medicina, a parte administrativa do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e a didática como um todo, que funcionava no Hospital Cirurgia. A partir do Convênio com o Ministério da Saúde, a UFS, fazendo uso de recursos do Ministério da Educação, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e da Secretaria de Estado da Saúde, realizou as reformas necessárias na estrutura física do Hospital Universitário. Foram adquiridos novos e modernos equipamentos para garantir bom atendimento no Hospital-Escola. Ocupa área de 50.570 metros quadrados, doada pelo Governo do Estado através da Lei Nº 2.769 de 21 de dezembro de 1989. O Hospital é totalmente integrado ao Sistema Único de Saúde - SUS e abriga em suas dependências, a unidade de Anatomia Patológica, o Núcleo de Processamento de Dados, o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, a Administração, outros pavimentos ocupados por ambulatórios, e o anexo onde se desenvolvem os Serviços Complementares e Diagnósticos, além de 4 pavimentos destinados à admissão, laboratório de análises clínicas, SND, farmácia, CPRH, Centro Cirúrgico, com 3 salas de cirurgia e às enfermarias com capacidade máxima de 100 leitos, incluindo a UTI.

Pág. 8 de 192 O Hospital Universitário atende à população em cerca de 150 mil pessoas carentes de bairros de Aracaju, de municípios do interior de Sergipe e dos Estados circunvizinhos O HOSPITAL UNIVERSITÁRIO possui no seu quadro de pessoal número de servidores conforme a tabela 1, porém, alguns desses servidores são do quadro da UFS, os demais são de outros órgãos, tais como: Secretária de Estado da Saúde SES, Secretária Municipal de Saúde SMS, Ministério da Saúde MS, Ministério da Aeronáutica MA, Ministério Planejamento, Orçamento e Gestão MPOG. Tabela 2: Fonte HU

Pág. 9 de 192 4.1.1. Resumo do Número de Servidor/Órgão Tabela 3: Fonte HU 4.2. Fatores que Motivaram este Trabalho/NR-9 De acordo com a Legislação Nacional do Ministério do Trabalho e Emprego através de Norma Regulamentar NR-9 com texto aprovado pela portaria N 25 da SST/MTE publicada no DOU de 29/12/94 e republicada no DOU de 15/02/95, toda empresa deverá possuir seu levantamento de risco bem como suas recomendações para garantir a saúde e integridade física e mental de seus trabalhadores. Conforme a NR- 9 no item 9.2.1.1: Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, análise global do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

Pág. 10 de 192 5. CONCEITOS BÁSICOS Para melhor compreensão do conteúdo do PPRA, estão definidos, a seguir, alguns conceitos básicos: PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; NR: Norma Regulamentadora; Riscos Ambientais: Em consonância com a própria NR-9, são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador; Agentes físicos: Diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações não ionizantes, radiações ionizantes, infra-som e ultra-som; Agentes químicos: Substância composta ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeira, fumos, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão; Agentes biológicos: Bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoário, vírus, entre outros; Risco potencial: Probabilidade de ocorrência de algum evento indesejável, que cause danos à saúde; NR - 15: Norma Regulamentadora n 15, referente a Atividades e Operações Insalubres, que estabelece os Limites de Tolerância legais para riscos químicos e físicos; Risco Potencial: É a probabilidade de ocorrência de algum evento indesejado que cause danos à saúde. Não há evidências concretas de que o problema esteja ocorrendo; Limites de Tolerância: Entende-se por Limites de Tolerância, a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. Os limites de tolerância mais usados são: TWA: Time Weighted Average, ou média ponderada no tempo, geralmente para oito horas de trabalho/dia;

Pág. 11 de 192 STEL: Short: Term. Exposure Limit, ou limite para exposição de curta duração (15 minutos), que só pode ocorrer 4 (quatro) vezes por dia, com intervalo mínimo de 60 (sessenta) minutos entre uma e outra ocorrência, e a exposição não pode causar efeitos irreversíveis à saúde; IDLH: Immediate Dangerous to Life and Health, ou seja, a concentração imediatamente perigosa à vida e saúde; C: Ceiling: Valor Teto. É a concentração de um determinado agente que não pode ser ultrapassado em momento algum durante a jornada de trabalho; LT: Limites de Tolerância definidos na Norma Regulamentadora n 15 (ver acima). ACGIH: American Conference of Governamental Industrial Hygiene: organização americana que pesquisa Limites de Tolerância. Vale Lembrar que a NR-9, através de seu item 9.3.5.1, determina que quando da ausência de limites de tolerância na NR-15, deverão ser seguidos os da ACGIH; Nível de Ação (NA): Valor acima do qual devem ser iniciadas as ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. Para agentes químicos, o nível de ação é igual a metade do Limite de Tolerância. Para ruído, o nível de ação é um valor de dose de 0,5 (50%); Dose: é a relação entre o tempo de exposição a um determinado nível de pressão sonora e o tempo permitido para exposição a este nível; Nexo-causal: relação causa-efeito entre danos observados na saúde dos trabalhadores e o ambiente ao qual estão expostos; Grupos Homogêneos de Exposição ao Risco: GHER: grupos de trabalhadores expostos de forma semelhante a um determinado agente; NIOSH: National Institute for Occupational Safety and Health: organização americana que pesquisa, entre outras coisas, Limites de Tolerância e metodologias de avaliação de agentes químicos; AIHA: American Industrial Hygiene Association: associação que se preocupa com o ensino e divulgação da higiene Ocupacional, responsável pela metodologia de Grupos Homogêneos de Exposição aos Riscos; Gestão do PPRA: É a estrutura organizacional dentro da empresa que tem como responsabilidades:

Pág. 12 de 192 a) A definição de diretrizes que irão nortear o Programa; b) A análise e aprovação preliminar do Programa e suas conseqüentes necessidades de revisão e ajustes, promovendo encaminhamento do mesmo para aprovação definitiva em nível da Direção do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO; c) A gestão do PPRA será de responsabilidade do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO; d) Agente do PPRA: todo e qualquer empregado da empresa, inclusive de contratadas, devem atuar em cumprimento às Normas, Resoluções e demais orientações relacionadas com a questão (Saúde Ocupacional), especialmente quanto aos procedimentos de segurança e do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual/EPI; O Coordenador do PPRA é o responsável pelo conjunto de atividades de natureza técnica do PPRA que são promovidas e/ou desenvolvidas pelo SESMT - estrutura organizacional da empresa que terá como principal função a emissão de Relatórios específicos para conhecimento e avaliação dos riscos e a promoção das ações, como também a eliminação e/ou redução dos riscos ambientais. De acordo com a NR-4, Quadro II, Dimensionamento dos SESMT, a depender do Grau de Risco e o número de empregados, a empresa cujo estabelecimento não se enquadre no quadro referido acima deverá criar meios para cumprir as ações do programa. 6. APLICAÇÃO Abrange a todos os colaboradores do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO de forma direta, fazendo com que tenham conhecimento dos riscos aos quais estão expostos, com isso passarão a ter mais interesse em participar dos treinamentos promovidos pela empresa sobre as formas de evitar a exposição dos riscos e ajudar na erradicação da fonte do mesmo, trabalhando em conjunto empresa e colaborador. 7. ESTRUTURA DO PROGRAMA Será adotado o mês de Outubro/11 para uma nova atualização no PPRA, e ao completar seis meses de vigência deste programa deverá ser realizada uma reunião entre as seguintes partes: Diretor do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO e todos aqueles interessados na segurança e saúde dos trabalhadores, ver figura 1.

Pág. 13 de 192 O resumo da ata, desta reunião, deverá ser anexado ao PPRA, e este deverá permanecer em local acessível aos colaboradores. Os dados resultantes desse Programa devem ficar arquivados durante 20 (vinte anos), como prevê a NR-9 em seu parágrafo 9.3.8.2. 8. FLUXOGRAMA DO PPRA PPRA Planejamento Anual Estratégias e Metodologias de Ação Registro e Informes Legais Cronograma Metas e Prioridades Educação e Informação Manutenção e Divulgação dos Dados Figura 1: Fonte Autor 8.1. Planejamento Anual O planejamento anual do PPRA está detalhado no Plano de Atividades Anual. 8.2. Estratégias e Metodologia de Ação Para a implantação e desenvolvimento do PPRA serão desenvolvidas as seguintes atividades: 1. Conhecimento das atividades desenvolvidas e processos de trabalho; 2. Definição de estratégia de amostragem e metodologia a ser aplicada para avaliação de cada um dos agentes identificados; 3. Definição dos Grupos Homogêneos de Exposição ao Risco GHER; 4. Envolvimento dos trabalhadores; 5. Definição dos Recursos Humanos e Materiais disponíveis para implantação e manutenção do PPRA; 6. A implantação do PPRA deverá ser acompanhada de ações educativas e de informações a todos empregados através de palestras e treinamento.

Pág. 14 de 192 8.3. Registros e Informes legais Neste módulo do PPRA estarão definidos os aspectos referentes aos registros das avaliações realizadas. 9. DESENVOLVIMENTO DO PPRA Este Programa ao atender as exigências legais atuais contribui também para auxiliar na elaboração do PCMSO, além de ajudar na realização do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) de seus colaboradores. O trabalho desenvolvido contendo suas ações partirá como segue: a) Antecipação de riscos Nesta primeira fase do programa o objetivo consiste na identificação dos possíveis riscos existentes no ambiente de trabalho dos colaboradores desta empresa, e na introdução de medidas de controle necessárias numa tentativa de antecipar-se ao risco ambiental. Há de caracterizar a necessidade de interferir nos parâmetros de execução adaptando-se às condições de segurança como preceitua a filosofia básica de se antecipar aos fatos. Fica, contudo, certificada à Administração que é obrigatório o parecer da Segurança antes de executar qualquer mudança que implique na redução da segurança ou que não seja de domínio das pessoas. b) Reconhecimento dos Riscos - Avaliação Qualitativa O reconhecimento dos riscos ambientais contém os seguintes itens: 1. A sua identificação; 2. A determinação e localização das possíveis fontes geradoras; a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; 3. A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de comprometimento da saúde decorrente do trabalho; 4. A caracterização das atividades e do tipo de exposição; 5. Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, 6. Disponíveis na literatura técnica; 7. A descrição das medidas de controle existentes.

Pág. 15 de 192 c) Avaliações Quantitativas Nesta fase o objetivo será constatar a presença dos agentes elencados na fase anterior, quantificando-os, através de medições, suas respectivas concentrações ou intensidade. Como adequação à NR-32, os relatórios detalhados da CCIH, ou outros órgãos dentro da Unidade Hospitalar que executar essa atividade serão considerados subsídios imprescindíveis à execução do presente trabalho. d) Eleição de áreas prioritárias Para a escolha de uma área como prioritária devemos pesar a gravidade do risco mesmo que o número de pessoas expostas não seja tão representativo. e) Avaliação dos riscos Envolve o monitoramento dos riscos ambientais visando à determinação de sua intensidade, natureza e concentração presentes nos diversos setores do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO e/ou locais de atuação do mesmo, em caso de prestação de serviço, este PPRA abrangerá os riscos das atividades desenvolvidas pelos colaboradores do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. f) Implantação das medidas de controle Medidas de controle são adotadas, para eliminação, neutralização ou minimização dos riscos ambientais, sempre que identificadas as seguintes situações: 1. Identificação, na fase de antecipação, do risco à saúde; 2. Quando os resultados das avaliações quantitativas excederem os limites previstos nas NR-9 e NR-15; 3. Quando ficar caracterizado o nexo causal pela área de medicina do trabalho. g) Prioridades das medidas de controle As prioridades das medidas de controle são definidas da seguinte forma: 1. Que eliminem ou reduzam a utilização ou formação de agentes; 2. Que previnam a liberação ou disseminação desses agentes; 3. Que reduzam os níveis ou concentração desses agentes; 4. Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; 5. Utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

Pág. 16 de 192 Para um controle eficaz e eficiente dos riscos nos ambientes de trabalho é necessário o envolvimento dos encarregados e gerentes de cada área, treinamento do pessoal, utilização, manutenção e reposição adequadas dos EPI. h) Monitoramento dos riscos Será feito periodicamente por um Engenheiro de Segurança e/ou Técnico de Segurança que possa interpretar e confrontar os riscos ambientais antigos e novos, como também, verificar os resultados relativos às medidas de controle. i) Registro de dados Os dados serão registrados e arquivados numa pasta específica vinculada ao programa. Todas as informações ligadas à segurança devem permanecer em arquivo próprio durante no mínimo de 20 (vinte) anos como prevê a NR 9 9.3.8.2. 10. RECONHECIMENTO Esta etapa consiste em identificar e tornar explícito os riscos existentes nos diversos ambientes de trabalho do HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. As informações tratadas nesta etapa versarão sobre: identificação do agente, pessoas expostas ao risco, pesquisa de dados da empresa, localização das fontes geradoras de risco, principais riscos e funções expostas, além de possíveis conseqüências à saúde do trabalhador causadas pela exposição ao risco. A fase de reconhecimento poderá ser revista periodicamente, quando as condições de trabalho e remanejamento de funcionários ocorrerem, principalmente quando as modificações, ampliações ou novas operações na instituição causarem modificações do perfil epidemiológico previamente traçado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar SCIH. 10.1. Identificação dos Agentes Foi realizado visita técnica in loco nos postos de trabalho dos servidores do Hospital Universitário/UFS, com isso, chegou-se aos seguintes riscos: Físicos, Químicos, Biológicos, Ergonômico e de Acidentes. Consideramos pessoas expostas aos riscos, aquele colaborador/servidor que estão diretamente expostos e/ou estejam na trajetória de propagação dos riscos existentes.

Pág. 17 de 192 10.2. Pesquisa de Dados Evidências de afastamentos, sintomas comuns, queixas em relação a determinadas atividades são pistas para levantar a presença de determinado risco. 10.3. Localização das Fontes Geradoras de Risco/Setores de Trabalho As fontes de riscos encontradas possibilitam direcionar o trabalho de prevenção a partir de projetos, equipamentos de segurança e treinamento para reduzir ou eliminar a presença destes riscos. 10.4. Medidas de Proteção Coletiva Quando comprovada a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas forem insuficientes ou encontrar-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotados outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: 1. Medidas de caráter administrativo ou de organização de trabalho; 2. Utilização de Equipamento de Proteção Individual - EPI. 10.5. Utilização do EPI A utilização do EPI deve envolver, no mínimo: 1. Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário; 2. Programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação sobre as limitações ou proteção que o EPI oferece; 3. Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas; 4. Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI s utilizados para os riscos ambientais.

Pág. 18 de 192 11. RESPONSABILIDADES PELAS AÇÕES Ao superior hierárquico (empregador) cabe toda a responsabilidade pelo cumprimento do programa: liberando recursos, cobrando resultados, dando apoio logístico, atuando como orientador para o cumprimento das metas; bem como informar aos trabalhadores sobre os riscos ambientais e meios disponíveis de proteção. Cabe a empresa e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA, o acompanhamento das medidas preventivas e o cumprimento das ações existentes do cronograma anual, quando a empresa possuir. A manutenção das medidas deverá ser uma tarefa dos empregados que devem usar os Equipamentos de Proteção Individual e buscar formas para reduzir a exposição aos riscos através de procedimentos e atitudes prevencionistas, tais como: palestras no próprio ambiente de trabalho, análise de acidentes para corrigir as falhas etc. É estendida aos trabalhadores a responsabilidade em colaborar e participar na implantação e execução do PPRA, além de seguir as orientações recebidas nos treinamentos conforme o cronograma do PPRA; informar ao superior hierárquico direto às ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar em riscos à saúde dos trabalhadores/servidores. 12. DISPOSIÇÕES FINAIS Qualquer tarefa poderá ser interrompida ou cancelada caso seja reconhecido risco grave iminente para a saúde e integridade do trabalhador, bastando para isso que a empresa contratante e a contratada estejam cientes e de acordo. 12.1. Cronograma de Implantação do PPRA O Plano de Atividade deste PPRA para o HOSPITAL UNIVERSITÁRIO será elaborado a cada ano e abrangerá a programação das atividades. 12.2. Implantação das Medidas de Controle A natureza destas medidas requer, por vezes, estudos e avaliações complementares, bem como análise de viabilidade. Entende-se que ao final das avaliações ocorrerão condições para deflagração destas providências.

Pág. 19 de 192 12.3. Mecanismo de Avaliação e Controle Trimestralmente, o PPRA deverá ser avaliado quanto aos riscos ambientais e cumprimento do cronograma de ações. Com base nestas avaliações o coordenador do programa deverá realizar registros em documentos todas as ações a ser tomadas. 12.3.1. Itens de controles (IC) do desenvolvimento do PPRA 1. % de cumprimento do cronograma do PPRA; 2. Nº de atividades realizadas de acordo com o cronograma do PPRA; 3. % de empregados treinados; 4. % de Atividades não realizadas; 5. Taxa de Freqüência de acidentes com e sem afastamentos; 6. Taxa de Gravidade. 13. AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE EXPOSIÇÃO AOS RISCOS AMBIENTAIS A portaria nº 3.311 de 29 de novembro de 1989, estabelece parâmetros norteadores para análise qualitativa do tempo de exposição ao risco, conforme citado abaixo: Exposição Eventual: Exposição média igual ou inferior a 6,25% do tempo laboral, ou seja, entre 25 a 30 min/dia. Exposição Intermitente: Exposição média entre 62,5% a 83,3% ou seja, entre 300 a 400 min/dia. Exposição Habitual e Permanente/Contínua: Exposição média superior a 83,3% do tempo laboral, ou seja, superior a 401 min/dia. Para a AIHA (American Industrial Hygiene Association), considera-se Exposição Desprezível/Insignificante/Ocasional em condições normais de trabalho, o contato dos trabalhadores com o agente durante a execução das atividades é praticamente inexistente.

Pág. 20 de 192 13.1. Identificação dos Setores/Agentes de Riscos Ambientais SETOR/ÁREA RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS ERGONÔMICOS RISCOS DE ACIDENTES FONTES DE EMISSÕES DOS AGENTES IDENTIFICADOS 1 - DIREÇÃO GERAL (F1) Ruído. ---------------- (B1) Fungos. (E1) Postura inadequada (vício 2-DIREÇÃO SAÚDE 3-DIREÇÃO ADMINISTRATIVA DE de postura); (E2) Movimentos repetitivos. (A1) Queda do mesmo do nível. (F1) Ar em funcionamento; (B1) Sistema de refrigeração; (E1) Postura incorreta (mobília, vício de postura); (E2) Uso de computador (digitação); (A1) Piso molhado e/ou escorregadio. 4 - SESMT 5 COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM 6 COORDENAÇÃO DE APOIO ADMINISTRATIVO 7 COORD. DE ORÇAMENTO E FINANÇAS 8 COORD. DE SERVIÇOS AMBULATORIAIS 9 COORD. DE INFORMÁTICA

Pág. 21 de 192 SETOR/ÁREA RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS ERGONÔMICOS RISCOS DE ACIDENTES FONTES DE EMISSÕES DOS AGENTES IDENTIFICADOS 10 CCBS (F1) Ruído. ---------------- (B1) Fungos. (E1) Postura inadequada (vício 11 UNIDADE DE de postura); FATURAMENTO (E2) Movimentos repetitivos. 12 UNIDADE DE SERVIÇO SOCIAL (A1) Queda do mesmo do nível. (F1) Ar em funcionamento; (B1) Sistema de refrigeração; (E1) Postura incorreta (mobília, vício de postura); (E2) Uso de computador (digitação); (A1) Piso molhado e/ou escorregadio. 13 UNIDADE DE REGISTO E CONT. DE PESSOAL 14 - UNIDADE DE CUSTOS 15 UNIDADE DE COMPRAS 16 UNIDADE DE CONTABILIDADE 17 UNIDADE DE RESIDÊNCIA MÉDICA 18 UNIDADE DE INTERNAÇÃO