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Transcrição:

124. 125 09 RELATÓRIOS E PARECERES

RELATÓRIO E CONTAS 2005 RELATÓRIO E PARECER DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO I - INTRODUÇÃO Em cumprimento das funções que lhe estão consignadas na Lei e nos Estatutos, a Comissão de Fiscalização elaborou o presente Relatório e Parecer, sobre o Relatório e Contas da CP - Caminhos de Ferro Portugueses, EP, relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005, cuja versão final lhe foi hoje apresentada. A CP, com a natureza jurídica de empresa pública, foi criada pelo Decreto-Lei nº. 109/77, de 25 de Março, que aprovou igualmente os respectivos Estatutos, pelos quais ainda hoje se rege e que nunca foram adaptados ao regime definido no capítulo III do Decreto-Lei nº. 558/99, de 17 de Dezembro, nos termos do artigo 35.º deste diploma. Os membros do actual Conselho de Gerência iniciaram funções em Outubro de 2005, com excepção do seu presidente e um vogal que transitaram do anterior órgão de gestão e que se encontram em funções desde Outubro de 2004. Como factos relevantes ocorridos em 2005, destacam-se: Confirmação da inversão da tendência da procura global iniciada em 2004, tanto em termos de passageiros como de mercadorias, sem considerar a Linha de Sintra que foi afectada pelo encerramento do Túnel do Rossio; Melhoria dos Resultados operacionais, antes de Subsídios, em cerca de 14,5 milhões de euros; Redução do prejuízo em cerca de 68,6 milhões de euros, comparativamente com 2004; Realização de concurso público para o fornecimento de 15 locomotivas eléctricas, com hipótese de opção de mais 10, principalmente destinadas ao transporte de mercadorias. II - ACTIVIDADE DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO A Comissão de Fiscalização reuniu ordinariamente pelo menos uma vez por mês, tendo elaborado os Relatórios Trimestrais a que está obrigada, nos termos da lei e dos estatutos, os quais foram remetidos às tutelas, à Inspecção-Geral das Finanças e ao órgão de gestão da CP. No decorrer do exercício de 2005, a Comissão de Fiscalização acompanhou a gestão da Empresa através de reuniões e contactos com o Conselho de Gerência, bem como com outros responsáveis Directivos e de Serviços, tendo sido solicitados e obtidos os esclarecimentos necessários. Foram analisadas as actas das reuniões daquele Conselho, tendo sido obtida e examinada a documentação de suporte das decisões tomadas. Foram também analisados os Instrumentos Previsionais de Gestão para 2006 e acompanhada a execução dos Orçamentos de Tesouraria, de Exploração e de Investimentos. Os processamentos contabilísticos foram examinados pelo Revisor Oficial de Contas, Vogal desta Comissão, que emitiu a competente Certificação Legal das Contas, referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2005. III ACTIVIDADE DA EMPRESA O Relatório Anual de Gestão, apresentado pelo Conselho de Gerência da CP, refere com clareza a forma como decorreu a actividade da Empresa durante o exercício de 2005. O Conselho de Gerência propõe que os Resultados Líquidos do Exercício, no montante de 196.826.874 euros negativos, sejam transferidos para a conta Resultados Transitados. Relativamente à actividade produtiva da empresa é de realçar os seguintes aspectos: - Os indicadores dos tráfegos referidos no Relatório do Conselho de Gerência, mostram um aumento de 6,0% na receita estatística global, o qual resulta do incre-

126. 127 mento de 8,8% na receita estatística de passageiros e da quebra de 0,8% na receita estatística de mercadorias; - Houve uma evolução positiva de 2,4% em unidades de tráfego (UK), essencialmente influenciada pelo aumento de 6,2% em toneladas quilómetro (TK), uma vez que houve estagnação em passageiros quilómetro (PK); - Do efeito conjugado do aumento da procura e da redução de efectivos, resultou um aumento de 10,5% da produtividade física do factor trabalho (UK/Efectivo médio); - No tráfego de passageiros houve uma diminuição de 2,2% nos passageiros transportados (P), após um ligeiro aumento no ano anterior, e a estagnação nos passageiros quilómetro (PK), mas um aumento de 8,8% na receita estatística. A estrutura do tráfego de passageiros manteve a mesma característica de domínio do tráfego urbano. - No tráfego de mercadorias houve um aumento de 0,3% e 6,2%, respectivamente, nas toneladas transportadas (T) e nas toneladas quilómetro (TK), acompanhados da diminuição de 0,8% da receita estatística. Um grupo de cinco tráfegos continua a representar mais de 70% da receita líquida. - O índice de estrutura de tráfego (PK/UK) manteve o predomínio dos passageiros, que representaram 58,5% do tráfego global. Estes indicadores dos tráfegos mostram uma evolução globalmente positiva da procura.. IV - ANÁLISE DAS CONTAS 1. A CP regista um Resultado líquido de 196,8 milhões de euros negativos, no exercício de 2005, o qual diminuiu em cerca de 68,6 milhões de euros, comparativamente com o exercício anterior, em consequência da melhoria dos resultados extraordinários (59 milhões de euros) e dos resultados operacionais (18,5 milhões de euros), não obstante o agravamento dos resultados financeiros (9 milhões de euros). 2. Para a melhoria dos resultados operacionais contribuiu o aumento de 14,4 milhões de euros (+8,9%) da receita do transporte de passageiros e a redução de 4,2 milhões de euros dos custos operacionais (-1%). O comportamento bastante favorável dos resultados extraordinários deveu-se à influência fortemente negativa das regularizações extraordinárias ocorridas em 2004 e relacionadas com o Acordo celebrado com a REFER nesse ano. 3. A principal rubrica de custos (Custos com pessoal) diminuiu cerca de 7,5% (-12,1 milhões de euros), por efeito da redução de cerca de 7,3% no número médio de efectivos a cargo da CP e da diminuição de cerca de um terço (-6,2 milhões de euros) dos encargos com indemnizações ao pessoal por rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. Retirando este efeito, os Custos com pessoal e as Remunerações, por efectivo médio a cargo da CP, aumentaram 3,5% e 3,8%, respectivamente. 4. O programa de investimentos realizado no exercício totalizou 54.928 milhares de euros (115.914 milhares de euros em 2004) e incidiu essencialmente na beneficiação do material circulante (41.380 milhares de euros). Estes investimentos foram financiados por recurso a empréstimos bancários (35.286 milhares de euros), pelo PIDDAC (15.795 milhares de euros) e por fundos comunitários (3.847 milhares de euros). 5. Apesar da melhoria verificada nos resultados da empresa, a sua situação económica e financeira continua a ser bastante desequilibrada: - Capitais próprios negativos em cerca de 1,4 mil milhões de euros, apesar de apresentar um capital estatutário de cerca de 2 mil milhões de euros;

RELATÓRIO E CONTAS 2005 - Prejuízos acumulados de cerca de 3,7 mil milhões de euros; - Persistência de resultados operacionais e financeiros fortemente negativos e por conseguinte de elevados prejuízos, não obstante a evolução verificada em 2005; - Passivo no montante de 2,9 mil milhões de euros, sendo que 2,6 mil milhões de euros é constituído por dívidas a terceiros, as quais vão se renovando e aumentando de ano para ano, prevalecendo do seu estatuto de Empresa Pública. Do exposto ressalta a importância da contratualização das obrigações de serviço público cometidas à CP, por forma a clarificar as relações financeiras com o Estado e dotar a Empresa dos meios financeiros necessários ao desenvolvimento sustentado da sua actividade. V - PARECER Atento ao exposto, a Comissão de Fiscalização considera de aprovar o Relatório e Contas da CP referentes ao exercício de 2005, com a ênfase expressa na Certificação Legal das Contas, bem como a proposta de aplicação de resultados formulada pelo Conselho de Gerência. A Comissão de Fiscalização, finalmente, regista com apreço a disponibilidade manifestada não só pelos responsáveis dos diferentes Serviços mas, também, pela generalidade do pessoal desta Empresa Pública. Lisboa, 04 de Maio de 2006 A COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO O Presidente (Dr. Issuf Ahmad) Vogal ROC (ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC representada por Dr. José Luís Areal Alves da Cunha) Vogal (Engº Carlos Fernando Moreira de Carvalho)

128. 129 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS Introdução 1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas da CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2005, (que evidencia um total de 1.459.009.768 euros e um total de capital próprio negativo de 1.444.590.901 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 196.826.874 euros), as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, e o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluíu: - a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. em 31 de Dezembro de 2005, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. 8. É também nosso parecer que a informação financeira constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras. Ênfase 9. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo sete, chamamos a atenção para a situação seguinte:

RELATÓRIO E CONTAS 2005 9.1. Tal como está evidenciado nas demonstrações financeiras e se refere na nota 48.10. do Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados, o capital está perdido na sua totalidade, pelo que a continuidade da empresa está dependente da obtenção de resultados positivos no futuro e das medidas que vierem a ser adoptadas pelo Estado. Lisboa, 4 de Maio de 2006 ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS Sociedade de Revisores Oficiais de Contas representada por José Luís Areal Alves da Cunha

RELATÓRIO E CONTAS 2005 RELATÓRIO DE AUDITORIA Ao Conselho de Gerência de CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. Introdução 1-Examinámos as demonstrações financeiras da CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2005, (que evidencia um total de 1.459.010 milhares de euros e um total de capital próprio negativo de 1.444.591 milhares de euros, incluindo um resultado líquido negativo de 196.827 milhares de euros), as Demonstrações dos resultados, por naturezas e por funções, e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos. 2-Estas demonstrações financeiras foram preparadas no contexto de desenvolvimento da actividade da empresa tal como descrita nas notas introdutórias do Anexo, decorrendo do mesmo, nomeadamente, os valores líquidos de imobilizações e de amortizações do exercício, bem como a estrutura de financiamento por capitais próprios e empréstimos obtidos e correspondentes encargos financeiros. Responsabilidades 3-É da responsabilidade do Conselho de Gerência a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. 4-A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. 19 de Abril de 2006 Âmbito 5-O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria emitidas pelo IFAC, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras, não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Gerência, utilizadas na sua preparação; (ii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iii) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e (iv) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. 6-O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. 7-Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 8-Em nossa opinião as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da CP - Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. em 31 de Dezembro de 2005, e o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Ênfase 9-Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para o facto do nosso relatório de auditoria, datado de 31 de Março de 2005, incluir uma reserva por desacordo que, dado o assunto em questão ter sido resolvido neste exercício, não se aplica às presentes Demonstrações Financeiras. Lisboa, 19 de Abril de 2006 Price Waterhouse Coopers representada por: José Manuel Oliveira Vitorino, R.O.C.

FICHA TÉCNICA Edição: CP - Comboios de Portugal, EP Coordenação Editorial: Direcção de Marca e Comunicação Design e Coordenação Gráfica: DNA Brand Management (Young & Rubicam Brands) Impressão: Fergráfica - Artes Gráficas, SA