ANO XXIV ª SEMANA DE MARÇO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 12/2013

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Transcrição:

ANO XXIV - 2013-3ª SEMANA DE MARÇO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 12/2013 PIS/PASEP/COFINS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO DO PIS/PASEP E DA COFINS - MP Nº 609/2013 BENEFÍCIOS DA CESTA BÁSICA... Pág. 220 ASSUNTOS SOCIETÁRIOS SOCIEDADES ANÔNIMAS - PUBLICAÇÕES LEGAIS... Pág. 223

PIS/PASEP/COFINS Sumário ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO DO PIS/PASEP E DA COFINS MP nº 609/2013 Benefícios da Cesta Básica Introdução Produtos da Cesta Básica Alíquota Zero do PIS/PASEP e da COFINS Crédito Presumido e Suspensão Arts. 8º e 9º da Lei nº 10.925/2004 Suspensão de PIS/PASEP e COFINS Art. 32 da Lei nº 12.350/2010 Crédito Presumido de PIS/PASEP e COFINS Art. 33 da Lei nº 12.350/2010 Crédito Presumido de PIS/PASEP e COFINS Art. 34 da Lei nº 12.350/2010 Crédito Presumido de PIS/PASEP e COFINS Art. 56 da Lei nº 12.350/2010 Crédito Presumido de PIS/PASEP e COFINS Art. 6º da Lei nº 12.599/2012 Saldo de Créditos Presumidos Dos Bens Classificados Nos Códigos 01.04, 02.04 e 0206.80.00 da NCM 1. INTRODUÇÃO Por intermédio da Medida Provisória nº 609, de 8 de Março de 2013 (DOU de 08.03.2013 Edição Extra), foram introduzidas algumas alterações na Legislação do PIS/PASEP e da COFINS, cujas alterações mais relevantes abordaremos neste trabalho. 2. PRODUTOS DA CESTA BÁSICA ALÍQUOTA ZERO DO PIS/PASEP E DA COFINS De acordo com o art. 1º da MP nº 609/2013, ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno dos seguintes produtos que compõem a cesta básica: a) carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal classificados nos seguintes códigos da TIPI: a.1) 02.01, 02.02, 0206.10.00, 0206.2, 0210.20.00, 0506.90.00, 0510.00.10 e 1502.10.1; a.2) 02.03, 0206.30.00, 0206.4, 02.07, 02.09 e 0210.1 e carne de frango classificada no código 0210.99.00; e a.3) 02.04 e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos classificadas no código 0206.80.00; b) peixes e outros produtos classificados nos seguintes códigos da TIPI: b.1) 03.02, exceto 0302.90.00; e b.2) 03.03 e 03.04; c) café classificado nos códigos 09.01 e 2101.1 da TIPI; d) açúcar classificado no código 1701.14.00 da TIPI; e) óleo de soja classificado na posição 15.07 da TIPI e outros óleos vegetais classificados nas posições 15.08 a 15.14 da TIPI; f) manteiga classificada no código 0405.10.00 da TIPI; g) margarina classificada no código 1517.10.00; h) sabões de toucador classificados no código 3401.11.90 Ex 01 da TIPI; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Março - 12/2013 220

Nota: a partir da publicação da MP nº 609/2013 (art. 3º), os sabões de toucador classificados no código 3401.11.90 Ex 01 da TIPI não estarão mais sujeitos as normas da Lei nº 10.147/2000. i) produtos para higiene bucal ou dentária classificados na posição 33.06 da TIPI; e Nota: a partir da publicação da MP nº 609/2013 (art. 3º), os produtos para higiene bucal ou dentária classificados na posição 33.06 da TIPI não estarão mais sujeitos as normas da Lei nº 10.147/2000. j) papel higiênico classificado no código 4818.10.00 da TIPI. 3. CRÉDITO PRESUMIDO E SUSPENSÃO ARTS. 8º E 9º DA LEI Nº 10.925/2004 A partir da data de publicação da Medida Provisória Nº 609/2013 (arts. 2º e 9º), o crédito presumido e a suspensão prevista nos arts. 8º e 9º da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, não mais se aplica aos produtos classificados nos códigos 03.02, 03.03, 03.04, 0405.10.00, 15.07, 15.08 a 15.14, 1517.10.00 e 1701.14.00, 02.04 e 0206.80.00 da TIPI. 4. SUSPENSÃO DE PIS/PASEP E COFINS ART. 32 DA LEI Nº 12.350/2010 De acordo com o art. 5º da MP nº 609/2013, foram incluídos na suspensão DO PIS/PASEP e da COFINS a partir da publicação da MP nº 609/2013, os animais vivos classificados nas posições 01.04 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, quando efetuada por pessoa jurídica, inclusive cooperativa, vendidos para pessoas jurídicas que produzam mercadorias classificadas nos códigos 02.04, 0206.80.00 da NCM. A suspensão tratada acima, aplicar-se-á nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5. CRÉDITO PRESUMIDO DE PIS/PASEP E COFINS ART. 33 DA LEI Nº 12.350/2010 A partir da publicação da MP nº 609/2013 (art. 5º da MP nº 609/2013), as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias classificadas nos códigos 02.04, 0206.80.00 da NCM, destinadas a exportação, poderão descontar da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS devidas em cada período de apuração crédito presumido, calculado sobre o valor dos bens classificados nas posições 01.04 da NCM, adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física, conforme o art. 33 da Lei nº 12.350/2010. 6. CRÉDITO PRESUMIDO DE PIS/PASEP E COFINS ART. 34 DA LEI Nº 12.350/2010 De acordo com o art. 34 da Lei nº 12.350/2010, com a redação dada pelo o art. 5º da MP nº 609/2013, a pessoa jurídica tributada com base no lucro real que adquirir para industrialização produtos cuja comercialização seja fomentada com as alíquotas zero da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS previstas nas alíneas a e c do inciso XIX do art. 1º da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, poderá descontar das referidas contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido determinado mediante a aplicação, sobre o valor das aquisições, de percentual correspondente a 40% (quarenta por cento) das alíquotas previstas no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, observado o seguinte: a) é vedada a apuração do crédito nas aquisições realizadas por pessoa jurídica que industrializa os produtos classificados nas posições 01.02, 01.04, 02.01, 02.02 e 02.04 da NCM ou que revende os produtos referidos acima; b) o direito ao crédito presumido somente se aplica aos produtos adquiridos com alíquota zero das contribuições, no mesmo período de apuração, de pessoa jurídica residente ou domiciliada no País, observado o disposto no 4º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no 4º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Março - 12/2013 221

c) o disposto acima não se aplica no caso de o produto adquirido ser utilizado na industrialização de produto cuja receita de venda seja beneficiada com suspensão, alíquota zero, isenção ou não incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, exceto na hipótese de exportação. 7. CRÉDITO PRESUMIDO DE PIS/PASEP E COFINS ART. 56 DA LEI Nº 12.350/2010 De acordo com o art. 56 da Lei nº 12.350/2010, com a redação dada pelo o art. 6º da MP nº 609/2013, a pessoa jurídica tributada com base no lucro real que adquirir para industrialização produtos cuja comercialização seja fomentada com as alíquotas zero da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS previstas na alínea b do inciso XIX do art. 1º da Lei nº 10.925, de 23 de julho de 2004, poderá descontar das referidas contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido determinado mediante a aplicação, sobre o valor das aquisições, de percentual correspondente a 12% (doze por cento) das alíquotas previstas no caput do art. 2º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, observado o seguinte: a) é vedada a apuração do crédito presumido nas aquisições realizadas por pessoa jurídica que industrializa os produtos classificados nas posições 01.03 e 01.05 da NCM ou que revende os produtos referidos acima; b) o direito ao crédito presumido somente se aplica aos produtos adquiridos com alíquota zero das contribuições, no mesmo período de apuração, de pessoa jurídica residente ou domiciliada no País, observado o disposto no 4º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no 4º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003; c) o disposto acima não se aplica no caso de o produto adquirido ser utilizado na industrialização de produto cuja receita de venda seja beneficiada com suspensão, alíquota zero, isenção ou não incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, exceto na hipótese de exportação. 8. CRÉDITO PRESUMIDO DE PIS/PASEP E COFINS ART. 6º DA LEI Nº 12.599/2012 De acordo com o art. 6º da Lei nº 12.599/2012, com a redação pelo o art. 7º da MP nº 609/2013, a pessoa jurídica tributada no regime de apuração não cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS poderá descontar das referidas contribuições, devidas em cada período de apuração, crédito presumido calculado sobre o valor de aquisição dos produtos classificados no código 0901.1 da TIPI utilizados na elaboração dos produtos classificados nos códigos 0901.2 e 2101.1 da TIPI destinados a exportação. Considera-se exportação a venda direta ao exterior ou a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. O disposto acima não se aplica a empresa comercial exportadora. 9. SALDO DE CRÉDITOS PRESUMIDOS DOS BENS CLASSIFICADOS NOS CÓDIGOS 01.04, 02.04 E 0206.80.00 DA NCM De acordo com o art. 8º da MP nº 609/2013, o saldo de créditos presumidos apurados na forma do 3º do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, relativo aos bens classificados nos códigos 01.04, 02.04 e 0206.80.00 da NCM, existentes na data de publicação da MP nº 609/2013, poderá: a) ser compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, observada a legislação específica aplicável à matéria; ou b) ser ressarcido em dinheiro, observada a legislação específica aplicável à matéria. O disposto acima aplica-se aos créditos presumidos que tenham sido apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação, observado o disposto nos 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Fundamentos Legais: os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Março - 12/2013 222

ASSUNTOS SOCIETÁRIOS Sumário 1. Introdução 2. Edital de Convocação 3. Dispensa do Edital de Convocação 4. Aviso Aos Acionistas 5. Dispensa do Aviso Aos Acionistas 6. Atas e Extrato de Atas 7. Balanço e Demonstrações Financeiras 8. Artigo 294 9. Veiculação Das Publicações Legais 10. Uso de Caracteres Nas Publicações Obrigatórias 1. INTRODUÇÃO SOCIEDADES ANÔNIMAS Publicações Legais Na presente matéria trataremos das publicações obrigatórias às Sociedades Anônimas, por força da Lei nº 6.404/1976, destacando prazos, casos de dispensa, jornais para sua veiculação e os demais requisitos impostos pelo legislador. Nosso objetivo é orientar, de forma rápida e clara, os responsáveis pela regularidade destas publicações na companhia. Ressaltamos que o panorama a ser delineado é genérico, cabendo às instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil observar as normas específicas expedidas por esse órgão; assim como, no caso das companhias abertas, deverão ser seguidas as orientações da CVM - Comissão de Valores Mobiliários. 2. EDITAL DE CONVOCAÇÃO O artigo 124 da Lei nº 6.404/1976 prevê que a convocação far-se-á mediante anúncio publicado por 3 (três) vezes, no mínimo, contendo: a) local, data e hora da assembleia; b) a ordem do dia; e c) no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria. A primeira convocação deverá ser feita na companhia fechada com 8 (oito) dias de antecedência, no mínimo, contado o prazo da publicação do primeiro anúncio e, na companhia aberta, com 15 (quinze) dias de antecedência. Caso não se realize a assembleia, deverá ser publicado novo anúncio. Na companhia fechada, com 5 (cinco) dias de antecedência, e na companhia aberta com 8 (oito) dias de antecedência. Ressaltamos que não são admitidos anúncios prevendo, desde logo, uma segunda convocação, sendo obrigatória a publicação de novo anúncio. 3. DISPENSA DO EDITAL DE CONVOCAÇÃO O artigo 124, em seu 4º, contempla a hipótese de dispensa do edital de convocação, qual seja: a assembleia que reunir todos os acionistas será considerada regular, dispensando-se a publicação do edital. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Março - 12/2013 223

O legislador utiliza a expressão todos os acionistas, o que nos leva a uma interpretação bastante abrangente, que não restringe apenas aos acionistas com direito a voto. 4. AVISO AOS ACIONISTAS Os administradores devem comunicar, até 1 (um) mês antes da data marcada para a realização da assembleia geral ordinária, por anúncios publicados por 3 (três) vezes, no mínimo, que se acham à disposição dos acionistas os documentos referidos no artigo 133 da Lei das S.A., quais sejam: a) relatório da administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do exercício findo; b) a cópia das demonstrações financeiras; c) o parecer dos auditores independentes, se houver; d) o parecer do Conselho Fiscal, inclusive votos dissidentes, se houver; e e) demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na ordem do dia. 5. DISPENSA DO AVISO AOS ACIONISTAS Os 4º e 5º estabelecem 2 (duas) hipóteses em que esta publicação será dispensada: a) quando a assembleia geral reunir a totalidade dos acionistas, está dispensada da publicação dos anúncios (Art.133, 4º); ou b) a empresa que publicar o Balanço e demonstrações financeiras até 1 (um) mês antes da data marcada para a realização da assembleia geral ordinária (Art.133, 5º). 6. ATAS E EXTRATO DE ATAS Segundo Legislação específica, todas as atas de assembleia das Sociedades Anônimas devem ser publicadas. O artigo 130, 1º, da Lei das S.A. afirma que a ata poderá ser lavrada na forma de sumário dos fatos ocorridos, e conter a transcrição apenas das deliberações tomadas. Seguindo o mencionado dispositivo legal, agora em seu 3º, o mesmo diz que, se a ata não for lavrada na forma permitida pelo 1º, poderá ser publicado apenas o seu extrato, com o sumário dos fatos ocorridos e a transcrição das deliberações tomadas. Sendo assim, apenas para a ata que não foi lavrada na forma de sumário é facultada a publicação de um extrato. 7. BALANÇO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A publicação do Balanço e das demais demonstrações financeiras deverá ocorrer até 5 (cinco) dias antes da Assembleia Geral Ordinária. Lembramos que a assembleia geral que reunir a totalidade dos acionistas poderá considerar sanada a inobservância do referido prazo, continuando obrigatória a publicação dos documentos antes da realização da assembleia. 8. ARTIGO 294 Nas disposições gerais da Lei nº 6.404/1976 encontramos o artigo 294, que trata de hipóteses específicas de dispensa do edital de convocação e do balanço. Art. 294 - A companhia fechada que tiver menos de vinte acionistas, com patrimônio líquido inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), poderá: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Março - 12/2013 224

I - convocar assembléia geral por anúncio entregue a todos os acionistas, contra-recibo, com a antecedência prevista no art.124; (estando, portanto, dispensada de publicar o edital de convocação) II - deixar de publicar os documentos de que trata o art.133 (Balanço e demais demonstrações financeiras), desde que sejam, por cópias autenticadas, arquivados no registro de comércio juntamente com a ata da assembléia que sobre eles deliberar. 9. VEICULAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES LEGAIS O artigo 289 da supracitada lei estabelece que as publicações legais deverão ser feitas no órgão oficial da União ou do Estado ou do Distrito Federal, conforme o lugar em que esteja situada a sede da companhia, e em outro jornal de grande circulação editado na localidade em que está situada a sede da companhia. 10. USO DE CARACTERES NAS PUBLICAÇÕES OBRIGATÓRIAS A Lei nº 8.639/1993 disciplinou o uso de caracteres nas publicações obrigatórias, estabelecendo que o tipo de letra deve ser, no mínimo, de corpo 6 (seis), e o título deve ser do tipo 12 (doze) ou maior, sendo que o descumprimento dessa determinação será objeto de exigência pela Junta Comercial. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE Março - 12/2013 225