COMUNICAÇÃO NA ERA DO BIG DATA
Sorria, você está sendo monitorado Numa sociedade em que praticamente tudo é digital, nossos passos podem e são rastreados, monitorados, compilados e analisados para fins, em geral, comerciais. É a era do chamado big data, o gigantesco universo de informações geradas a todo minuto, que podem ser mineradas para traçar perfis de consumo, de comportamento, de engajamento em causas.
Para indústria do marketing, o big data pode ser uma verdadeira mina de ouro, desde quer se conte com as ferramentas e a inteligência necessária para se extrair dessa massa informe de dados, correlações relevantes para o negócio.
O fenômeno da Big Data Na década de 90, a Amazon, já oferecia produtos com base no histórico de compras de seus clientes. Prova que a habilidade de empresas e marcas de analisar dados e, a partir deles, chegar a conclusões que impactem o comportamento de compra do consumidor e tragam mais resultados aos negócios não é novidade.
Porém, a popularização da internet e o surgimento das mídias sociais elevaram a análise de dados a um novo patamar. Agora, as informações de comportamento e interesse das pessoas não são registradas apenas quando navegam por um site dos milhares existentes. Elas são identificadas também quando realizam pesquisas em buscadores, como o Google, com o uso do GPS, sensores de localização de veículos, pelos celulares, tablets, redes sociais, etc.
A mudança no volume de dados produzidos no mundo veio acompanhada do surgimento de novas tecnologias, que aumentaram a capacidade de analisá-los e entendê-los. Essa revolução marcada pela abundância de informações que crescem exponencialmente, vinda de formas diversas, foi chamado de Big Data. Para alguns é o grande volume de dados que são gerados e armazenados; para outros, é a variedade dessas informações; outros acreditam que é a velocidade de análise. Acredito que a big data é a soma disso tudo. Daniel Hoe Diretor de Novos Negócio e Marketing da SAS
O estudo Big data in Big Companies, realizado pela SAS em parceria com o Instituto Internacional de Analytics, destaca histórias de sucesso de companhias nas quais a utilização do big data é fundamental para acelerar os negócios. O resultado mostrou que além de investir em ferramentas capazes de armazenar e analisar os dados, elas também estão conseguindo gerar inteligência para os negócios.
A pesquisa captou que as companhias estão investindo em big data principalmente para reconhecer tendências, mover o marketing de massa para o personalizado e criar ações aproveitando a mobilidade em tempo real.
Big Data Brasil No Brasil, apesar de o país ser campeão na utilização das redes sociais, por exemplo, a visão das empresas ainda é fazer essa análise de informações de maneira manual. Leva mais tempo e até ela conseguir digerir tudo, muitas vezes a tendência que poderia ser aproveitada para alguma ação já passou. Daniel Hoe Diretor de Novos Negócio e Marketing da SAS
No Brasil as empresas ainda estão começando a surfar essa onda. Está tudo ainda no estágio inicial. As agências do WPP todas estão seguindo essa onda. Fernando Taralli Presidente da VML A questão é que, no mercado brasileiro, leva-se de três a cinco anos para uma nova tendência virar realidade.
Engatinhando na análise Por meio das propriedades dos clientes, dos veículos de mídia, das grandes plataformas de busca e social, é gerado um volume espetacular de dados. Esses dados permitem a personalização da comunicação com o consumidor para aumentar a interação.
Como aplicar O big data é uma evolução de tecnologias usadas há décadas para analisar o comportamento do consumidor, só que com mais velocidade e capacidade de processamento. Hoje, é possível analisar um volume maior de dados praticamente em tempo real.
Outro componente é a mobilidade. Os smartphones permitem às empresas saber não só as preferências do consumidor como onde ele está graças ao aparelho GPS e aos dispositivos móveis. Essa dinâmica permite que as empresas façam segmentações a partir dos cookies, que são identificados a partir dos computadores ou nos logins nas redes sociais.
Tornar a verba de mídia mais eficiente é outra aplicação na qual as marcas estão interessadas. Graças ao volume incrível de dados na web, é possível gerenciar a compra de mídia com base nesses números. No caso das campanhas, é o primo do Real Time Bidding. Você consegue comprar mídia em tempo real, selecionando com quem quer falar e pagando o que acha justo. É aí que entram as trandings desks (mesas de compras). Abel reis Presidente da Agência Click
De quem são esses dados? Os especialistas são unânimes em afirmar que as informações devem ser das empresas. Mas é possível comprar dados de terceiros para misturar com os da marca para gerar novos aprendizados. Apesar de as empresas terem seus bancos de dados, o que sabemos é que eles são perecíveis, na medida em que as necessidades mudam. Por isso, precisam ser constantemente acompanhados e analisados. Eduardo Bicudo Presidente da Wunderman
Grato pela presença Fonte: Meio & Mensagem 26/08/2013 www.ciencianasnuvens.com.br