LISTA 1 Professora: Raysa SÉRIE: 3ª série DATA: / / Gramática Exercícios de fixação Estrutura e Processos de formação de palavras Carnava lia Repique tocou O surdo escutou E o meu corasamborim Cui ca gemeu, sera que era meu, quando ela passou por mim? [...] ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento). No terceiro verso, o voca bulo corasamborim, que e a junc a o corac a o + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compo em uma escola de samba e a situac a o emocional em que se encontra o autor da mensagem, com o corac a o no ritmo da percussa o. 1) (ENEM 2010) Essa palavra corresponde a um(a) a) estrangeirismo, uso de elementos lingui sticos originados em outras li nguas e representativos de outras culturas. b) neologismo, criac a o de novos itens lingui sticos, pelos mecanismos que o sistema da li ngua disponibiliza. c) gi ria, que compo e uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla. d) regionalismo, por ser palavra caracteri stica de determinados falantes da língua. e) termo te cnico, dado que designa elemento de a rea a de atividade. A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a partir XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa (1808) e, particularmente com a Independência, Portugal deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas. (ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006) 2) (ENEM 2014) Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do Brasil porque a) deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imigração. b) transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as indígenas e as europeias. c) promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o africano, o indígena e o europeu. d) guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do Brasil e os do português de Portugal. e) tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de outros países que também tiveram colonização portuguesa. Deliverando Pagina 1 de 6
Muita gente parece achar que a u ltima flor do La cio, ale m de inculta e apesar de bela, como Bilac a descreveu, e pobre demais: precisa de injec o es frequentes de outros idiomas, de prefere ncia o ingle s. Sa o aqueles que nunca estacionam seus carros: parqueiam-nos. Suas amadas jamais te m encantos: sa o cheias de glamour. Emoc o es sa o trips, e o pessoal fica down em vez de deprimido, o que na o e nada o.k. Uma turma, sem du vida, muito over. outdoors? E quem entende a nossa importac a o dos billboards americanos (anu ncios em grandes cartazes ao ar livre), batizando-os de Combater as importac o es bobocas ou simplesmente desnecessa rias na o e simples. Existem as necessa rias. Nenhum vocabula rio e imuta vel, fechado. Toda sociedade absorve experie ncias e criac o es de outros povos, e nem sempre dispo e de expresso es que definam as novidades necessa rias. Muitas vezes, e preciso adotar simultaneamente o termo e a atividade ou a coisa. Na o ha nada errado em surfar e andar de skate este, mesmo sem ter virado esqueite, diferentemente do esqui. Ou comer uma pizza, tomar um sake. E seria insensato rejeitar o bar dos ingleses ou a sauna dos finlandeses (embora tenhamos tomado a liberdade de chamar de sauna tambe m o banho turco). convenientes. Enfim, e ta o importante zelar pelo nosso vocabula rio como na o rejeitar aquisic o es indispensa veis ou obviamente A importac a o de palavras e indispensa vel quando trazemos para o dia a dia algo de novo. Quando o futebol veio da Inglaterra, trouxe na bagagem o co rner, o gol, o pe nalti, o chute. O zagueiro fomos buscar, sabe-se la por que, da Espanha. Dos Estados Unidos adquirimos o motel, e na o mudamos o nome mesmo quando especializamos sua finalidade: la, mote is na o sa o usados so para encontros amorosos, como aqui. Ha um caso estranho: aportuguesamos o knock out ingle s, transformando-o em nocaute, mas preservamos a abreviatura KO. Va -se entender. A regra deveria ser o bvia: importar o indispensa vel, por se -lo. E evitar o absurdo de usar expresso es estrangeiras gratuitamente. Ha o bvia diferenc a entre aceitar um termo sem equivalente nacional e trazer outro, que tem apenas o suposto encanto (na o o charme, claro) de tornar a comunicac a o mais sofisticada ou elegante. Ressuscito este arrazoado provocado por praga recente: o Rio (ou o Brasil inteiro, sei la ) esta cheio de estabelecimentos que entregam compras em domici lio apregoando em cartazes que fazem a tal delivery. Sa o fornecedores de pizzas, sandui ches e outras comidinhas (para os que na o sabem o que seja uma comidinha, informo, resignado: e o que voce s chamam de fast food). Pagina 2 de 6
Sera possi vel que esses comerciantes esta o convencidos de que o servic o anunciado em ingle s torna-se mais confia vel? O alimento delivered chega mais depressa e mais quentinho? Na o acredito. Deve ser besteira mesmo, exemplo triste de uma mentalidade colonizada, dos dois lados do balca o. (GARCIA, Luiz. O Globo) O texto revela a postura do cronista diante do uso indiscriminado de estrangeirismos em nosso vocabula rio. Determine de que maneira tal postura e caracterizada na crônica. 3) Em tom de humor, o cronista aponta algumas possi veis justificativas para essa opc a o por termos estrangeiros. Cite duas delas. 4) Explique, considerando a abordagem do texto, o significado da passagem final da crônica exemplo triste de uma mentalidade colonizada, dos dois lados do balca o. Leia a charge. (www.acharge.com.br.) 5) A charge ironiza a) a velocidade na cobrança de impostos do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo formado por hibridismo. b) a carga tributa ria que recai sobre o cidada o brasileiro. O ti tulo conte m um substantivo composto a partir de imposto e do radical grego -metro. c) o método de cobrança de impostos do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo composto a partir dos substantivos imposto e metro. d) a falta de dinheiro do cidada o brasileiro. O ti tulo conte m um substantivo derivado de imposto com o acre scimo do sufixo -metro. e) a intensidade dos impostos cobrados do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo formado a partir de um verbo. 6) Leia a seguinte mensagem publicitária, referente a carros, e responda ao que se pede: POTÊNCIA, ROBUSTEZ E TRAÇÃO 4WD. PORQUE TEM LUGARES QUE SÓ COM ESPÍRITO DE AVENTURA VOCÊ NÃO CHEGA. a) A mensagem está redigida de acordo com a norma padrão da língua escrita? Se você julga que sim, justifique; se acha que não, reescreva o texto, adaptando-o à referida norma. Pagina 3 de 6
b) Se a palavra só fosse excluída do texto, o sentido seria alterado? Justifique sua resposta. 7) Apresentamos, a seguir, considerações sobre o processo de formação de algumas palavras da língua portuguesa. Assinale a afirmativa INCORRETA: a) O neologismo "BLOGUEIRA", embora tenha sua base de formação a partir de um empréstimo lingüístico, segue um padrão morfológico e ortográfico característico da língua portuguesa. b) A palavra "BLOGUEIRA" comprova que a apropriação de estrangeirismos é um mecanismo de empobrecimento do processo de formação de palavras do português. c) A exemplo de "BLOGUEIRA", palavras como "FUNQUEIRA" e "MARQUETEIRA" revelam mudanças, por influência de estrangeirismos, que contribuem para o enriquecimento do português. d) O sufixo {-ANTE} em "cadeirante" designa uma ação, assim como em "acompanhante", mas sua anexação se dá a radicais de palavras de classes morfológicas distintas. e) A formação da palavra "CADEIRANTE", a exemplo do que ocorre em "FICANTE", "FEIRANTE" e "ESTRESSANTE", atesta um mecanismo altamente produtivo de construção lexical em português. Leia o anúncio. 8) Sobre o anúncio, responda: (Veja, 24.06.2009.) a) Explique que relação de sentido há entre os termos aperfeiçoamento e perfeição na construção da mensagem publicitária. b) A palavra aperfeiçoamento deriva do verbo aperfeiçoar, que, por sua vez, deriva de perfeição. Indique o processo de formação usado em cada caso. 9) (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição? a) desagradável - complemente b) vaga-lume - pé-de-cabra c) encruzilhada - estremeceu d) supersticiosa - valiosas e) desatarraxou - estremeceu Leia o texto abaixo. Deram-me esta bela gravata... como um presente de desaniversário! Por favor, me perdoe... disse Alice, muito confusa. Não estou ofendido, e você não precisa se desculpar disse Humpty Dumpty. O que quero dizer, senhor, é... o que é um presente de desaniversário? Um presente oferecido quando não é seu aniversário, naturalmente. [...]. Bem, isso demonstra que há trezentos e sessenta e quatro dias por ano em que você pode receber presentes de desaniversário. Certamente concordou Alice. E somente um em que você consegue receber presentes de aniversário, percebe? Esta é que é a glória! CARROLL, Lewis. Alice no país do espelho. Porto Alegre: L&PM, 2004. p. 115-117. 10) O texto acima apresenta uma palavra não dicionarizada, mas que pode ser facilmente compreendida por qualquer falante de português. Transcreva essa palavra e explique seu processo de formação a partir de outros exemplos da Pagina 4 de 6
língua portuguesa. 11) (EPCAR) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada: ( ) aguardente 1) justaposição ( ) casamento 2) aglutinação ( ) portuário 3) parassíntese ( ) pontapé 4) derivação sufixal ( ) os contras 5) derivação imprópria ( ) submarino 6) derivação prefixal ( ) hipótese a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1 d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6 b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6 e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6 c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6 12) (AMAN) Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese: a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer b) solução, passional, corrupção, visionário c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo 13) (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por: a) derivação d) composição b) onomatopeia e) prefixação c) hibridismo 14) (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as palavras são de um mesmo radical: a) noite, anoitecer, noitada d) festa, festeiro, festejar b) luz, luzeiro, alumiar e) riqueza, ricaço, enriquecer c) incrível, crente, crer 15) (UF-SC) Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição, aglutinação e parassíntese: a) varapau - girassol - enfaixar b) pontapé - anoitecer - ajoelhar c) maldizer - petróleo - embora d) vaivém - pontiagudo - enfurece e) penugem - plenilúdio despedaça 16) (ETF-SP) Assinalar a alternativa correta quanto à formação das seguintes palavras: girassol; destampado; vinagre; irreal. a) sufixação; parassíntese; aglutinação; prefixação b) justaposição; prefixação e sufixação; aglutinação; prefixação c) justaposição; prefixação e sufixação; sufixação; parassíntese d) sufixação; parassíntese; derivação regressiva; sufixação Pagina 5 de 6
e) aglutinação; prefixação; aglutinação; justaposição 17) (MACK) As palavras entardecer, desprestígio e oneroso, são formadas, respectivamente, por: a) prefixação, sufixação e parassíntese b) sufixação, prefixação e parassíntese c) parassíntese, sufixação e prefixação d) sufixação, parassíntese e prefixação e) parassíntese, prefixação e sufixação 18) Na propaganda ao lado, a palavra lambuzation e formada pela palavra de origem portuguesa (lambuzar); e pelo sufixo inglês ation (de corporation). Esse processo de formação é classificado como a) Siglonimização. b) Abreviação. c) Hibridismo. d) Derivação imprópria. e) Derivação prefixal. Pagina 6 de 6