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Transcrição:

O 18 o Balanço Energético do Estado de Minas Gerais - BEEMG - Ano Base 2002, foi elaborado pela Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, através da Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas, no âmbito do Conselho Estadual de Energia - CONER, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico SEDE e secretariado pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial INDI.

A Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG - apresenta o 18 o Balanço Energético do Estado de Minas Gerais, que atualiza a série histórica dos principais energéticos que compõem a matriz estadual, incorporando os dados do período de 1978 a 2002 e passando a adotar a mesma metodologia do Balanço Energético Nacional. Documento técnico essencial para o tratamento das questões energéticas nos mais diferenciados níveis, o 18 o BEEMG é uma importante ferramenta de análise e planejamento que a CEMIG disponibiliza na expectativa de continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Estado.

CAPÍTULOS 1. INTRODUÇÃO... 3 2. ESTRUTURA ENERGÉTICA EM 2002 2.1 Matriz energética de Minas Gerais... 7 2.2 Evolução da Demanda de Energia em Minas Gerais e no Brasil 1978/2002... 13 2.3 Análise do Intercâmbio Externo de Energia 1978/2002... 19 2.4 Fluxo Energético em 2002... 25 3. OFERTA E CONSUMO DE ENERGIA - 1978/2002 3.1 Evolução da Oferta e do Consumo de Energia por Fonte... 33 3.2 Evolução do Consumo Final por Setor... 59 4. BALANÇO DOS CENTROS DE TRANSFORMAÇÃO... 83 5. BALANÇO DOS GASES SIDERÚRGICOS... 91 6. DADOS E INFORMAÇÕES UTILIZADAS... 99 ANEXO A: MASSAS ESPECÍFICAS E PODERES CALORÍFICOS INFERIORES... 141 ANEXO B: TABELA DE CONVERSÃO PARA tep... 145 ANEXO C: BALANÇOS ENERGÉTICOS CONSOLIDADOS... 149 EQUIPE DE ELABORAÇÃO... 177

Capítulo 1 Introdução

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Este 18 O Balanço Energético do Estado de Minas Gerais - Ano Base 2002, elaborado pela Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG, apresenta informações sobre a matriz energética estadual, e consolida a série histórica do período 1978-2002. A metodologia utilizada baseia-se em trabalhos semelhantes, em especial no Balanço Energético Nacional - BEN, editado pelo Ministério de Minas e Energia, e em Balanços Energéticos de outras Unidades da Federação. O documento completo pode ser acessado através da Internet no endereço http://www.cemig.com.br. Pela primeira vez, adotou-se o fator de 0,086 tep/mwh para a conversão da energia hidráulica e da eletricidade, e o poder calorífico inferior (PCI) na conversão dos combustíveis para tep. Essa mudança acompanha uma tendência do BEN e de diversas instituições internacionais, e traz como principal conseqüência a redução da participação relativa da energia hidráulica na matriz energética. A estrutura estadual da demanda de energia (consumo final, consumo dos centros de transformação e perdas), por fonte e por setor econômico, é apresentada no capítulo 2, que também mostra a evolução da participação mineira na demanda total de energia do Brasil. Verifica-se a grande participação - da ordem de 61,5% - do setor industrial na demanda total de energia de Minas Gerais (tabela 2.1.1), e que a demanda total de energia no Estado cresceu 2,4% de 2001 para 2002, enquanto o PIB de Minas Gerais cresceu 2,0%, conforme a Fundação João Pinheiro. Observa-se também que importantes mudanças vêm ocorrendo nas participações das diversas fontes. A participação da energia hidrelétrica na demanda estadual (tabela 2.2.3) era de 12,8% em 1992, atingindo 15,1% em 1999, e voltando a 13,3% em 2002, enquanto o declínio da siderurgia a carvão vegetal reduziu a participação da fonte Lenha e Derivados de 40,2% para 30,9%. No mesmo período, os derivados de petróleo e o gás natural, fontes importadas e não-renováveis, passaram de 25,5% para 33,2% da demanda total. Constata-se que, em 2002, Minas Gerais utilizou 13,9% da energia do Brasil (tabela 2.2.1), sendo 51,7% de fontes renováveis, valor superior à média nacional de 40,0%. Carente de energéticos de origem fóssil, como petróleo, gás natural e carvão mineral, o Estado tem nas fontes renováveis grandes oportunidades no desenvolvimento de novos mercados, recuperando o dinamismo nas atividades florestais, buscando a auto-suficiência na produção de álcool e explorando seu potencial hidráulico, solar e eólico. O capítulo 3 apresenta, na forma de tabelas e gráficos, a evolução da oferta e do consumo de cada fonte de energia primária e secundária, desde a origem até o consumo final, bem como a evolução do consumo em cada setor econômico. Nos capítulos 4 e 5, são mostrados os balanços dos centros de transformação de energia e os dados de produção e consumo de gases siderúrgicos, fonte energética que ainda apresenta importante potencial de utilização em Minas Gerais. Informações sobre os energéticos em suas unidades físicas e detalhes da metodologia utilizada são mostrados no capítulo 6. Nos anexos, são apresentadas as massas específicas e os fatores de conversão para tep (tonelada equivalente de petróleo) dos diversos energéticos, e as matrizes dos balanços energéticos consolidados de Minas Gerais, de 1978 a 2002. 5

Capítulo 2 Estrutura Energética em 2002 2.1 Matriz Energética de Minas Gerais

CAPÍTULO 2 ESTRUTURA ENERGÉTICA EM 2002 2.1 Matriz Energética de Minas Gerais Para a composição da demanda total de energia no Estado de Minas Gerais, todos os energéticos aparecem, convertidos para tep, em suas formas primárias. A demanda total inclui, além do consumo final, o consumo no setor energético, as perdas na distribuição e armazenagem e os energéticos que, apesar de darem entrada nas unidades industriais, não puderam ser devidamente aproveitados. A demanda total de energia em Minas Gerais, em 2002, alcançou 27,48 milhões de tep, valor equivalente a 13,9% da demanda total de energia no Brasil. No período 1978-2002, a demanda cresceu, no Estado, a uma taxa média de 2,4% ao ano, e a variação no Brasil foi de 2,7% ao ano. A Figura 2.1.1 mostra o balanço global de energia em 2002, considerando o somatório de todos os energéticos após a conversão para tep. Figura 2.1.1 Minas Gerais - Balanço global de energia - 2002 A importação de energéticos em Minas Gerais ocorre em função, principalmente, da necessidade de suprimento de petróleo, carvão mineral e derivados. A exportação inclui a energia elétrica e alguns derivados de petróleo. As participações na demanda total de energia das diversas fontes e para os setores econômicos são apresentadas na Figura 2.1.2. No setor Industrial, estão incluídos os centros de transformação de energia (Refinaria, Carvoarias, etc.), os energéticos não-aproveitados e o consumo final não-energético, itens que no Anexo C aparecem separadamente. Os setores Comercial e Público e as Perdas na Distribuição e Armazenagem foram agregados no item Outros Setores e Perdas. 9

O item Outras Fontes inclui a energia proveniente das outras fontes primárias de energia, tais como a cana-de-açúcar, o licor negro e os resíduos de biomassa industriais e agrícolas. Tabela 2.1.1 Minas Gerais - Demanda de energia por fonte e por setor - 2002 % Lenha e Energia Petróleo, Carvão Outras Setor Derivados Hidráulica Gás Natural Mineral e Fontes Total e Derivados Derivados Industrial 6.014 1.909 3.317 4.157 1.491 16.888 70,8 52,4 36,4 100,0 72,1 61,5 Residencial 2.345 584 701-58 3.688 27,6 16,0 7,7-2,8 13,4 Transportes - 2 4.608-509 5.119-0,1 50,6-24,6 18,6 Agropecuário 34 158 454 - - 646 0,4 4,3 5,0 - - 2,4 Outros Setores e Perdas 107 989 31-9 1.136 1,3 27,2 0,3-0,4 4,1 Total 8.500 3.642 9.111 4.157 2.067 27.477 30,9 13,3 33,2 15,1 7,5 100,0 Figura 2.1.2 Minas Gerais - Demanda de energia por fonte e por setor - 2002 Fontes energéticas Setores Carvão mineral e derivados 15,1% Outras fontes 7,5% Lenha e derivados 30,9% Residencial 13,4% Transportes 18,6% Agropecuário 2,4% Petróleo, gás natural e derivados 33,2% Energia hidráulica 13,3% Outros setores e perdas 4,1% Industrial 61,5% A fonte Petróleo, Gás Natural e Derivados foi a de maior participação na demanda total de energia do Estado em 2002, correspondendo a 33,2% do total; em segundo lugar, veio a fonte Lenha e Derivados, com 30,9% do total. A fonte Carvão Mineral e Derivados compareceu com 15,1%, e a Energia Hidráulica e Outras Fontes participaram com 13,3% e 7,5%, respectivamente. 10

Figura 2.1.3 Minas Gerais - Demanda de energia por fonte e por setor - 2002 Energia Hidráulica 3.642 Lenha e Derivados 8.500 Petróleo, Gás Natural e Derivados 9.111 Carvão Mineral e Derivados 4.157 Outras Fontes 2.067 16.888 Industrial 3.688 Residencial 5.119 Transportes 646 Agropecuário 1.136 Outros Setores e Perdas Analisando-se setorialmente a matriz energética, observa-se que o setor Industrial foi o que apresentou a maior demanda, respondendo por 61,5%; o setor Transportes vem em segundo lugar, representando 18,6%, seguido pelo setor Residencial, com 13,4%. O setor Agropecuário teve uma participação de 2,4%, e Outros Setores e Perdas (Comercial, Público e Perdas) representaram 4,1% do total. Ainda com relação aos dados do ano de 2002, merecem destaque os seguintes pontos: do total da demanda estadual de energia, 51,7% referem-se às fontes renováveis de energia, e os restantes 48,3%, às fontes não-renováveis; em 2002, pelo segundo ano consecutivo, o Estado foi importador de eletricidade, em conseqüência da crise nacional de geração hidrelétrica. A importação líquida foi de 7.015 GWh (tabela 6.5.2.1), correspondendo a 17,8% de toda a eletricidade produzida; nas hidrelétricas das Concessionárias de Serviço Público, a produção de eletricidade atribuída ao Estado atingiu 32.293 GWh (tabela 6.5.1.1); o consumo de gás natural automotivo passou de 47 em 2001 para 61 em 2002, tendo, portanto, um crescimento de 29,8% no consumo (tabela 3.2.6); 11

o consumo de coque de petróleo aumentou 40,7% com relação a 2001, atingindo 823 mil m 3 (tabela 6.4.4.2), tendo ocorrido principalmente nos ramos Cimento, Cal e Ferro Gusa e Aço Integrado; os gases siderúrgicos não aproveitados totalizaram 797 (Figura 5.5), representando 34,7% do total produzido; a título de comparação, esse valor é 15,0% superior ao consumo de GLP verificado no setor Residencial; em 2002, Minas Gerais importou a totalidade (tabelas 6.2.1.1, 6.2.2.1 e 6.2.2.2) do carvão mineral consumido no Estado, correspondendo a 4.157, 3,7% a mais do que em 2001; das fontes alternativas renováveis, a solar e a eólica ainda participam de forma pouco expressiva na Matriz Energética estadual. A biomassa, porém, tem significativa participação: o consumo de lenha e carvão vegetal vem decrescendo desde 1989, com uma pequena retomada nos últimos anos (figura 2.2.3). Observa-se que as fontes lenha e derivados são as que têm a maior participação nas demandas dos setores industrial (35,6%) e residencial (63,6%) evidenciando a grande importância de seus energéticos para o Estado de Minas Gerais. Em 2002, Minas Gerais importou 27,0% (1.248 mil t) do carvão vegetal consumido (tabelas 6.1.2.1 e 6.1.2.2); o consumo de álcool etílico em Minas Gerais foi de 1.038 mil m 3 (tabelas 6.6.4.1 e 6.6.4.2) e a produção cresceu 23,9% em relação ao ano de 2001, sendo que o Estado precisou importar 41,3% de suas necessidades desse energético. Em 2002, foram produzidas 4.200 mil t de bagaço de cana (tabela 6.6.2.1), consumidos, principalmente, na produção de vapor de processo e vapor para geração de eletricidade no setor sucro-alcooleiro; foram consumidos 502 de licor negro e de resíduos de biomassa industriais e agrícolas (tabela 6.7.1), correspondendo a 1,8% da demanda de energia total do Estado. 12

2.2 Evolução da Demanda de Energia em Minas Gerais e no Brasil - 1978/2002

2.2 Evolução da Demanda de Energia em Minas Gerais e no Brasil - 1978/2002 A Tabela 2.2.1 mostra a evolução das estruturas energéticas de Minas Gerais e do Brasil. Na análise do comportamento da demanda, ao longo do período 1978-2002, observam-se três intervalos distintos. O primeiro, de 1978 a 1980, apresentou em Minas Gerais uma taxa média de crescimento da demanda de 7,7% ao ano, enquanto em termos nacionais o crescimento foi de 4,2%, condizentes com o alto desempenho das economias mineira e brasileira na época. Tabela 2.2.1 MG - milhão tep Minas Gerais e Brasil - Evolução da demanda de energia por fonte BR - milhão tep MG/BR - % FONTE DE ENERGIA 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Lenha e Derivados Energia Hidráulica Petróleo, Gás Natural e Derivados Carvão Metalúrgico e Coque Carvão Energético Derivados da Cana-de-Açúcar Outras Fontes Primárias (com Urânio) TOTAL 7,29 8,66 7,72 9,69 10,77 11,44 12,23 10,77 10,20 9,35 9,41 9,80 9,58 8,66 8,04 7,69 7,55 8,58 8,26 8,50 29,79 31,08 29,11 33,34 32,77 32,57 32,95 28,54 26,70 25,09 24,79 24,85 23,27 21,98 21,67 21,26 22,13 23,06 22,44 23,54 24,5 27,9 26,5 29,1 32,9 35,1 37,1 37,7 38,2 37,3 38,0 39,4 41,2 39,4 37,1 36,2 34,1 37,2 36,8 36,1 1,20 1,66 1,76 2,01 2,33 2,72 2,88 2,87 2,97 2,98 3,11 3,24 3,36 3,48 3,69 3,85 3,88 4,05 3,59 3,64 8,82 11,06 12,10 14,31 16,57 18,66 19,50 20,05 21,05 21,26 22,58 23,60 24,87 25,99 27,46 28,44 28,62 29,98 26,28 27,64 13,6 15,0 14,5 14,0 14,1 14,6 14,8 14,3 14,1 14,0 13,8 13,7 13,5 13,4 13,4 13,5 13,6 13,5 13,7 13,2 5,47 5,40 4,69 4,06 4,94 5,25 5,46 5,63 5,92 5,93 6,18 6,50 6,95 7,65 8,29 8,44 8,92 8,72 9,11 9,11 54,26 56,50 52,25 48,96 57,53 60,63 61,73 61,99 63,03 65,49 67,97 71,90 76,21 82,74 88,88 92,78 94,95 97,47 99,96 100,31 10,1 9,6 9,0 8,3 8,6 8,7 8,8 9,1 9,4 9,1 9,1 9,0 9,1 9,2 9,3 9,1 9,4 8,9 9,1 9, 1 1,22 1,59 1,51 1,62 2,10 3,15 3,02 2,80 3,24 3,36 3,55 3,31 3,53 3,54 3,42 3,73 3,20 3,72 3,89 4,07 3,88 4,66 3,85 6,18 7,04 8,50 8,45 7,60 8,53 8,61 9,19 9,36 9,95 10,45 10,61 10,53 10,03 11,05 10,70 11,20 31,4 34,1 39,2 26,2 29,8 37,1 35,7 36,8 38,0 39,0 38,6 35,4 35,5 33,9 32,2 35,4 31,9 33,7 36,4 36,3-0,07 0,31 0,28 0,30 0,19 0,12 0,09 0,17 0,11 0,14 0,14 0,15 0,14 0,12 0,15 0,11 0,10 0,12 0,09 1,18 1,22 2,24 2,27 3,07 2,34 2,28 1,95 2,43 2,06 1,82 1,97 1,97 1,91 2,04 1,78 2,58 2,66 2,63 1,80-5,7 13,8 12,3 9,8 8,1 5,3 4,6 7,0 5,3 7,7 7,1 7,6 7,3 5,9 8,4 4,3 3,8 4,6 5, 0 0,32 0,50 0,58 0,86 1,24 1,23 1,22 1,21 1,33 1,18 1,18 1,25 1,27 1,37 1,51 1,59 1,59 1,41 1,34 1,57 7,15 9,12 11,44 15,99 18,14 19,54 19,35 18,99 19,94 20,34 20,19 22,67 22,77 23,89 25,38 25,28 25,23 20,77 22,94 24,98 4,5 5,5 5,1 5,4 6,8 6,3 6,3 6,4 6,7 5,8 5,8 5,5 5,6 5,7 5,9 6,3 6,3 6,8 5,8 6, 3 0,16 0,28 0,29 0,33 0,35 0,41 0,36 0,39 0,40 0,36 0,31 0,35 0,34 0,41 0,45 0,46 0,52 0,53 0,52 0,50 0,56 1,01 1,18 2,28 1,81 2,17 2,47 2,72 2,76 3,09 3,13 3,05 3,83 3,87 4,45 4,97 5,36 6,24 8,41 8,65 28,6 27,7 24,6 14,5 19,3 18,9 14,6 14,3 14,5 11,7 9,9 11,5 8,9 10,6 10,1 9,3 9,7 8,5 6,2 5,8 15,66 18,16 16,86 18,85 22,03 24,39 25,29 23,76 24,23 23,27 23,88 24,59 25,18 25,25 25,52 25,91 25,77 27,11 26,83 27,48 105,64 114,65 112,17 123,33 136,93 144,41 146,73 141,84 144,44 145,94 149,67 157,40 162,87 170,83 180,49 185,04 188,90 191,23 193,36 198,12 14,8 15,8 15,0 15,3 16,1 16,9 17,2 16,8 16,8 15,9 16,0 15,6 15,5 14,8 14,1 14,0 13,6 14,2 13,9 13,9 Devido à recessão econômica ocorrida no início dos anos oitenta, a demanda de energia mineira, em 1981, apresentou queda de 8,1%, e a do Brasil, queda de 4,1% em relação a 1980. No segundo intervalo, de 1981 a 1989, a demanda mineira apresentou um crescimento médio anual de 5,3%, atingindo em 1989 o valor de 25,29 milhões tep. Em 1990, apresentou uma queda de 6,0% em relação ao ano anterior, definindo-se assim o terceiro intervalo, 1990-2002. Somente em 1997 a demanda de energia voltou a superar o valor alcançado em 1989. Nos últimos cinco anos, a taxa média de crescimento da demanda de energia em Minas Gerais foi de 1,5% ao ano, sendo que 2001 apresentou uma queda de 1,0% em relação a 2000. Acompanhando-se a evolução da demanda de energia em Minas Gerais por setor, mostrada na Tabela 2.2.2 e Figura 2.2.1, observa-se que o setor Industrial alcançou a demanda máxima em 1989, quando alcançou uma participação de 69,8%. Nos últimos anos, as participações dos setores têm mantido níveis relativamente estáveis. 15

Tabela 2.2.2 Minas Gerais - Evolução da demanda de energia por setor milhão tep % SETOR 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Industrial 9,22 10,51 11,39 10,14 10,30 10,60 12,28 13,88 14,72 15,00 16,86 17,64 16,07 16,03 15,28 15,51 15,98 15,89 15,62 15,38 15,85 15,52 16,52 16,36 16,89 58,9 61,3 62,7 60,8 61,1 62,5 65,2 67,2 66,8 67,1 69,1 69,8 67,6 66,2 65,7 65,0 65,0 63,1 61,9 60,3 61,2 60,2 60,9 61,0 61,5 Residencial 3,31 3,31 3,30 3,28 3,23 3,20 3,14 3,11 3,09 3,09 3,08 3,12 3,09 3,12 3,13 3,16 3,20 3,29 3,28 3,33 3,26 3,31 3,61 3,73 3,69 21,1 19,3 18,2 19,7 19,2 18,9 16,7 15,1 14,0 13,8 12,6 12,3 13,0 12,9 13,5 13,2 13,0 13,1 13,0 13,1 12,6 12,8 13,3 13,9 13,4 Transportes 2,59 2,71 2,77 2,55 2,58 2,38 2,51 2,72 3,22 3,17 3,28 3,30 3,39 3,81 3,63 3,93 4,00 4,51 4,83 5,19 5,21 5,30 5,24 5,15 5,12 16,5 15,8 15,3 15,3 15,3 14,0 13,3 13,2 14,6 14,2 13,5 13,1 14,3 15,7 15,6 16,5 16,3 17,9 19,1 20,3 20,1 20,6 19,3 19,2 18,6 Agropecuário 0,20 0,23 0,25 0,28 0,28 0,28 0,31 0,33 0,35 0,38 0,39 0,39 0,39 0,41 0,40 0,41 0,46 0,47 0,45 0,50 0,52 0,52 0,54 0,56 0,65 1,3 1,3 1,4 1,7 1,7 1,7 1,6 1,6 1,6 1,7 1,6 1,5 1,6 1,7 1,7 1,7 1,9 1,9 1,8 2,0 2,0 2,0 2,0 2,1 2,4 Outros e Perdas 0,34 0,40 0,45 0,43 0,47 0,50 0,61 0,62 0,65 0,72 0,78 0,84 0,82 0,86 0,83 0,87 0,95 1,02 1,07 1,12 1,07 1,12 1,20 1,03 1,13 2,2 2,3 2,5 2,6 2,8 3,0 3,2 3,0 3,0 3,2 3,2 3,3 3,5 3,6 3,6 3,6 3,9 4,1 4,2 4,4 4,1 4,4 4,4 3,8 4,1 Total 15,66 17,16 18,16 16,68 16,86 16,96 18,85 20,66 22,03 22,36 24,39 25,29 23,76 24,23 23,27 23,88 24,59 25,18 25,25 25,52 25,91 25,77 27,11 26,83 27,48 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Figura 2.2.1 Minas Gerais - Evolução da participação dos setores na demanda de energia 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Industrial Residencial Transportes Agropecuário Outros e Perdas A Tabela 2.2.3, a Figura 2.2.2 e a Figura 2.2.3 mostram a evolução da demanda estadual de energia por fonte primária. Observa-se que a fonte Lenha e Derivados foi, até 1996, a de maior demanda no Estado, tendo sido superada devido ao declínio da siderurgia a carvão vegetal. Nos últimos anos, vem mantendo sua participação relativa em torno dos 30%. A participação relativa da fonte Petróleo, Gás Natural e Derivados decresceu no decorrer do período 1978-1989, voltando a crescer em 1990. Nos últimos anos, tem oscilado em torno dos 33%. O crescimento da Energia Hidráulica deu-se a uma taxa média de 4,7% ao ano, verificando-se a participação máxima de 15,1% em 1999. Em 2002, a Energia Hidráulica respondeu por 13,3% da demanda total de energia do Estado. A participação do Carvão Mineral e Derivados cresceu de 7,8% até um máximo de 15,5%, em 1993, atingindo 15,1% em 2002. A demanda de Derivados da Cana-de-açúcar cresceu significativamente no período 1978-1987, a uma taxa média de 16,9% ao ano, atingindo uma participação de 5,9% na demanda estadual de energia. De 1987 a 1995, manteve-se estabilizada, perdendo participação na matriz. Em 2002, essa participação foi de 5,7%. 16

Tabela 2.2.3 Minas Gerais - Evolução da demanda de energia por fonte milhão tep % FONTE DE ENERGIA 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Lenha e Derivados 7,29 7,94 8,66 8,08 7,72 8,21 9,69 10,52 10,77 10,31 11,44 12,23 10,77 10,20 9,35 9,41 9,80 9,58 8,66 8,04 7,69 7,55 8,58 8,26 8,50 46,6 46,3 47,7 48,4 45,8 48,4 51,4 50,9 48,9 46,1 46,9 48,4 45,3 42,1 40,2 39,4 39,9 38,1 34,3 31,5 29,7 29,3 31,7 30,8 30,9 Energia Hidráulica 1,20 1,44 1,66 1,68 1,76 1,82 2,01 2,21 2,33 2,49 2,72 2,88 2,87 2,97 2,98 3,11 3,24 3,36 3,48 3,69 3,85 3,88 4,05 3,59 3,64 7,7 8,4 9,1 10,1 10,4 10,7 10,7 10,7 10,6 11,1 11,2 11,4 12,1 12,3 12,8 13,0 13,2 13,3 13,8 14,5 14,9 15,1 14,9 13,4 13,3 Petróleo, Gás Natural e 5,47 5,54 5,40 4,84 4,69 4,14 4,06 4,26 4,94 5,13 5,25 5,46 5,63 5,92 5,93 6,18 6,50 6,95 7,65 8,29 8,44 8,92 8,72 9,11 9,11 Derivados 34,9 32,3 29,7 29,0 27,8 24,4 21,5 20,6 22,4 22,9 21,5 21,6 23,7 24,4 25,5 25,9 26,4 27,6 30,3 32,5 32,6 34,6 32,2 34,0 33,2 Carvão Metalúrgico e 1,22 1,56 1,59 1,19 1,51 1,36 1,62 1,95 2,10 2,48 3,15 3,02 2,80 3,24 3,36 3,55 3,31 3,53 3,54 3,42 3,73 3,20 3,72 3,89 4,07 Coque 7,8 9,1 8,8 7,1 9,0 8,0 8,6 9,4 9,5 11,1 12,9 11,9 11,8 13,4 14,4 14,9 13,5 14,0 14,0 13,4 14,4 12,4 13,7 14,5 14,8 Carvão Energético - 0,01 0,07 0,18 0,31 0,32 0,28 0,33 0,30 0,26 0,19 0,12 0,09 0,17 0,11 0,14 0,14 0,15 0,14 0,12 0,15 0,11 0,10 0,12 0,09 0,0 0,1 0,4 1,1 1,8 1,9 1,5 1,6 1,4 1,2 0,8 0,5 0,4 0,7 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,5 0,6 0,4 0,4 0,5 0,3 Derivados da 0,32 0,46 0,50 0,48 0,58 0,80 0,86 1,03 1,24 1,31 1,23 1,22 1,21 1,33 1,18 1,18 1,25 1,27 1,37 1,51 1,59 1,59 1,41 1,34 1,57 Cana-de-Açúcar 2,0 2,7 2,8 2,9 3,4 4,7 4,6 5,0 5,6 5,9 5,0 4,8 5,1 5,5 5,1 4,9 5,1 5,0 5,4 5,9 6,1 6,2 5,2 5,0 5,7 Outras Fontes 0,16 0,21 0,28 0,23 0,29 0,31 0,33 0,36 0,35 0,38 0,41 0,36 0,39 0,40 0,36 0,31 0,35 0,34 0,41 0,45 0,46 0,52 0,53 0,52 0,50 Primárias 1,0 1,2 1,5 1,4 1,7 1,8 1,8 1,7 1,6 1,7 1,7 1,4 1,6 1,7 1,6 1,3 1,4 1,4 1,6 1,8 1,8 2,0 2,0 1,9 1,8 Total 15,66 17,16 18,16 16,68 16,86 16,96 18,85 20,66 22,03 22,36 24,39 25,29 23,76 24,23 23,27 23,88 24,59 25,18 25,25 25,52 25,91 25,77 27,11 26,83 27,48 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Figura 2.2.2 Minas Gerais - Evolução da participação das fontes de energia na demanda total 0% 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Lenha e derivados Energia hidráulica Petróleo, gás natural e derivados Carvão metalúrgico e coque Carvão energético Derivados da cana-de-açúcar Outras fontes primárias A Figura 2.2.4 destaca a demanda das fontes renováveis e não-renováveis de energia em Minas Gerais. A demanda das fontes renováveis, durante todo o período analisado, foi sempre superior à demanda das fontes não-renováveis, devido à grande participação da fonte Lenha e Derivados e da Energia Hidráulica na demanda estadual de energia. Em 2002, as fontes renováveis corresponderam a 51,7% da demanda de energia do Estado. 17

14000 Figura 2.2.3 Minas Gerais - Evolução da demanda de energia por fonte 12000 10000 8000 Petróleo, gás natural e derivados Lenha e derivados 6000 4000 2000 Carvão mineral e derivados Energia hidráulica Derivados da cana-de-açúcar 0 Outras fontes primárias (*) 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos (*) licor negro e resíduos de biomassa industriais e agrícolas 30000 25000 Figura 2.2.4 Evolução da demanda total de energia - Fontes renováveis e não-renováveis Outras fontes primárias Derivados da cana-de-açúcar Energia hidráulica 20000 15000 Renováveis Lenha e derivados 10000 Carvão mineral e derivados 5000 Não-renováveis Petróleo, gás natural e derivados 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 18

2.3 Análise do Intercâmbio Externo de Energia - 1978/2002

2.3 Análise do Intercâmbio Externo de Energia - 1978/2002 A Tabela 2.3.1 e a Figura 2.3.1 apresentam a evolução da dependência externa de energia de Minas Gerais ao longo do período 1978-2002. Observa-se que a demanda crescente dos energéticos importados fez com que, ao longo do tempo, a dependência relativa aumentasse significativamente, ultrapassando os 50% a partir de 2001. A importação de eletricidade pelo Estado também vem crescendo ao longo dos anos, e, em 2001, o saldo (importação - exportação) foi positivo pela primeira vez no período, ou seja, o Estado importou mais do que exportou. As importações e exportações do Estado são mostradas na Tabela 2.3.2, Tabela 2.3.3, Tabela 2.3.4, Figura 2.3.2, Figura 2.3.3 e Figura 2.3.4. Tabela 2.3.1 Minas Gerais - Evolução da dependência externa de energia SETOR 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Produção de Energia Primária (a) 14611 15915 16538 16124 15722 16158 16741 14619 14644 13685 13513 14274 15214 13289 13448 13262 13229 14036 11669 12586 Demanda Total de Energia (b) 16963 18846 20657 22026 22364 24386 25287 23759 24226 23271 23881 24595 25176 25250 25523 25905 25772 27113 26834 27477 Dependência Externa (c) = (b) - (a) 2352 2931 4119 5902 6642 8228 8546 9140 9582 9586 10368 10321 9962 11961 12075 12643 12543 13077 15165 14891 Dependência Externa (c)/(b) - % 13,9 15,6 19,9 26,8 29,7 33,7 33,8 38,5 39,6 41,2 43,4 42,0 39,6 47,4 47,3 48,8 48,7 48,2 56,5 54,2 Fonte: CEMIG - 17º BEE Figura 2.3.1 Minas Gerais - Evolução da dependência externa de energia 30000 25000 Demanda 20000 15000 10000 Dependência externa Produção 5000 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 21

Tabela 2.3.2 Minas Gerais - Evolução das importações de energia FONTE DE ENERGIA 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Petróleo 3753 4381 4654 6090 6245 6454 6964 6763 6804 6822 6769 6327 6740 6274 6928 6270 6890 6654 6843 6562 Gás Natural - - - - - - - - - - - - - 60 147 177 269 287 331 369 Carvão Energético 444 265 273 334 295 178 99 94 149 123 141 136 152 136 116 149 111 99 120 90 Carvão Metalúrgico 1292 1566 2034 2195 2672 2897 2739 2625 2903 2810 3030 3100 3092 2993 2784 2925 2756 3154 3225 3292 Lenha - - - - - - - 39 22-11 - - - - - - - - - Derivados de Petróleo 1467 1327 1451 1404 1553 1409 1593 1646 2250 1845 2278 2320 2380 3124 2353 2264 2605 2413 2624 2777 Óleo Diesel 663 701 774 882 937 942 862 971 1647 1447 1759 1568 1633 1981 1472 1472 1399 1509 1496 1626 Óleo Combustível 339 210 200 68 196 196 318 232 181 74 67 211 242 479 218 313 475 355 475 421 Gasolina 248 256 314 294 259 98 204 232 254 144 234 282 297 353 335 102 340 180 252 371 GLP 206 150 161 152 151 162 185 195 166 176 216 250 200 301 325 374 387 367 401 359 Querosene 11 10 2 8 10 11 24 16 2 4 2 9 8 10 3 3 4 2 - - Coque Metalúrgico 6 26 70-16 222 231 59 382 464 481 307 408 483 383 687 569 528 596 901 Eletricidade 13 12 32 315 620 556 808 873 875 788 974 989 1090 1143 1256 1233 1219 1226 2284 2003 Carvão Vegetal 227 215 303 470 450 720 747 703 675 636 806 805 763 431 233 472 445 575 806 788 Álcool Etílico 129 134 208 249 276 299 322 287 368 362 430 360 442 424 336 282 292 369 254 224 Outras Fontes Secundárias 71 81 74 72 96 76 67 58 60 72 70 79 12 5 - - - - 154 399 Produtos Não-Energéticos 80 92 67 102 61 57 58-77 1 - - - - - - - - - - Total 7482 8099 9166 11231 12284 12868 13628 13147 14565 13923 14990 14423 15079 15073 14536 14459 15156 15305 17237 17405 18000 15000 12000 Figura 2.3.2 Minas Gerais - Evolução das importações de energia Demais fontes Eletricidade Lenha e derivados Carvão mineral e derivados 9000 6000 3000 Petróleo, gás natural e derivados 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 22

Tabela 2.3.3 Minas Gerais - Evolução das exportações de energia FONTE DE ENERGIA 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Carvão Energético 9 49-13 2 - - - - - - - - - - - - - - - Urânio (U 3 O 8 ) 2322 1400 1011 367 1152 179 353 46 - - - - 1227 - - - - - - - Lenha - - - - - - - 1 - - - - - - - - - - - - Derivados de Petróleo 1195 1800 1942 1848 1789 1876 2060 1917 2528 2305 2515 2108 2049 1810 858 317 361 312 598 577 Óleo Diesel 642 837 870 1079 1077 1067 1183 1125 1651 1173 1229 1169 1000 947 220 50 104 104 103 206 Óleo Combustível 145 34 145 206 214 251 298 282 278 381 501 336 345 145 78 - - - - - Gasolina 289 786 778 383 348 342 367 327 407 607 641 456 570 568 404 117 85 17 282 156 GLP - 13 16 22 5 43 24 22 25 8-5 6 - - - - - - - Querosene 119 130 133 158 145 173 188 161 167 136 144 142 128 150 156 150 172 191 213 215 Eletricidade 1391 1806 1713 2039 1339 1592 1561 1211 1670 1593 1683 1699 1734 1361 1674 1630 1633 1620 1313 1400 Carvão Vegetal 20 62 25 34 45-59 30 12 1 - - - - - - - - - - Álcool Etílico - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Outras Fontes Secundárias - - - 633 1026 950 1013 929 791 519 482 410 127-131 42 306 297 209 462 Produtos Não-Energéticos - - - - - - - 10 - - - - 30-51 66 65 - - - Total 4937 5117 4691 4934 5353 4597 5046 4144 5001 4418 4680 4217 5167 3171 2714 2055 2365 2229 2120 2439 Fonte: CEMIG - 17º BEE Figura 2.3.3 Minas Gerais - Evolução das exportações de energia 6000 5000 4000 3000 2000 Urânio e outros energéticos Derivados de petróleo 1000 Eletricidade 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 23

Tabela 2.3.4 Minas Gerais - Evolução das importações líquidas de energia FONTE DE ENERGIA 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Petróleo 3753 4381 4654 6090 6245 6454 6964 6763 6804 6822 6769 6327 6740 6274 6928 6270 6890 6654 6843 6562 Gás Natural - - - - - - - - - - - - - 60 147 177 269 287 331 369 Carvão Energético 435 216 273 321 293 178 99 94 149 123 141 136 152 136 116 149 111 99 120 90 Carvão Metalúrgico 1292 1566 2034 2195 2672 2897 2739 2625 2903 2810 3030 3100 3092 2993 2784 2925 2756 3154 3225 3292 Urânio (U 3 O 8 ) -2322-1400 -1011-367 -1152-179 -353-46 - - - - -1227 - - - - - - - Lenha - - - - - - - 38 22-11 - - - - - - - - Derivados de Petróleo 272-473 -491-444 -236-467 -467-271 -278-460 -237 212 331 1314 1495 1947 2244 2101 2026 2200 Óleo Diesel 21-136 -96-197 -140-125 -321-154 -4 274 530 399 633 1034 1252 1422 1295 1405 1393 1420 Óleo Combustível 194 176 55-138 -18-55 20-50 -97-307 -434-125 -103 334 140 313 475 355 475 421 Gasolina -41-530 -464-89 -89-244 -163-95 -153-463 -407-174 -273-215 -69-15 255 163-30 215 GLP 206 137 145 130 146 119 161 173 141 168 216 245 194 301 325 374 387 367 401 359 Querosene -108-120 -131-150 -135-162 -164-145 -165-132 -142-133 -120-140 -153-147 -168-189 -213-215 Coque Metalúrgico 6 26 70-16 222 231 59 382 464 481 307 408 483 383 687 569 528 596 901 Eletricidade -1378-1794 -1681-1724 -719-1036 -753-338 -795-805 -709-710 -644-218 -418-397 -414-394 971 603 Carvão Vegetal 207 153 278 436 405 720 688 673 663 635 806 805 763 431 233 472 445 575 806 788 Álcool Etílico 129 134 208 249 276 299 322 287 368 362 430 360 442 424 336 282 292 369 254 224 Outras Fontes Secundárias 71 81 74-561 -930-874 -946-871 -731-447 -412-331 -115 5-131 -42-306 -297-55 -63 Produtos Não-Energéticos 80 92 67 102 61 57 58-10 77 1 - - -30 - -51-66 -65 - - - Total 2545 2982 4475 6297 6931 8271 8582 9003 9564 9505 10310 10206 9912 11902 11822 12404 12791 13076 15117 14966 Obs.: Importações líquidas - quantidades sem sinal Exportações líquidas - quantidades negativas - Figura 2.3.4 Minas Gerais - Evolução das importações líquidas de energia 16000 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 24

2.4 Fluxo Energético em 2002

2.4 Fluxo Energético em 2001 A apresentação dos fluxos permite a identificação dos blocos de energia que foram produzidos, importados, exportados, transformados e consumidos no Estado. Para todos os fluxos, adotou-se a unidade tep - tonelada equivalente de petróleo. Energia Hidráulica e Eletricidade A fonte Energia Hidráulica respondeu por 13,3% da demanda de energia de Minas Gerais em 2002. A Figura 2.4.1 mostra o fluxo da energia elétrica desde a geração, tanto de origem hidráulica quanto térmica, até o consumo final. As usinas hidrelétricas foram responsáveis por 89,5% da energia elétrica gerada. O restante foi gerado em usinas térmicas e na usina eólica do Morro do Camelinho. Os principais combustíveis usados nas termelétricas foram o óleo combustível, os gases siderúrgicos, o bagaço de cana, e o licor negro, resíduo da indústria de celulose. Operando segundo as regras do sistema interligado, Minas Gerais importa e exporta energia elétrica para outros estados, verificando-se, em 2002, uma importação líquida de 603, correspondente a 17,8% da geração estadual. Excluída a exportação, foram distribuídos 4.000 mil tep de energia elétrica, e perdidos no sistema elétrico 11,8% desse total. Foram entregues aos consumidores, efetivamente, um total de 3.527, dos quais 64,3% foram consumidos pelo setor Industrial e 16,6% pelo setor Residencial. Figura 2.4.1 Minas Gerais - Fluxo energético da fonte energia hidráulica e eletricidade - 2002 Combustíveis 878 Produção de energia hidráulica 3.039 Usinas - 3.917 Eletricidade gerada 3.397 Importação 2.003 Distribuição: 5.400 Industrial (*) 2.267 Exportação 1.400 Perdas nas usinas Outros: 160 térmicas: 520 Público: 217 Comercial: 299 Perdas: 473 Residencial: 584 (*) Inclui os consumos dos centros de transformação 27

Lenha e Derivados O fluxo da fonte Lenha e Derivados em Minas Gerais, desde a sua produção e transformação em carvão vegetal até o consumo final, está mostrado na Figura 2.4.2. Essa fonte energética supriu 30,9% da demanda total do Estado em 2002. Dos 7,7 milhões de tep de lenha produzidos, as carvoarias absorveram 58,2%, tendo o Estado importado mais outros 788 de carvão vegetal de outros estados. Dos 2.891 de carvão vegetal destinados ao setor Industrial, 59,5% foram consumidos pelo ramo Ferro Gusa Não Integrado. Figura 2.4.2 Minas Gerais - Fluxo energético da fonte lenha e derivados - 2002 Variação de estoques: 1 Produção de lenha 7.701 Carvoarias: 4.484 Carvão vegetal 2.212 Importação 788 Variação de estoques: 4 Distribuição: 3.218 Distribuição: 3.004 Residencial 2.328 Perdas 2.272 Industrial 2.891 Outros (*): 62 Perdas na distrib. e armazenagem: 93 Industrial: 828 Outros setores e ajustes: 20 (*) Setores comercial e agropecuário, destilarias e centrais elétricas autoprodutoras 28

Petróleo, Gás Natural e Derivados A Figura 2.4.3 retrata o fluxo da fonte Petróleo, Gás Natural e Derivados em Minas Gerais em 2002, fonte responsável por 33,2% da demanda total de energia do Estado. Toda a demanda de petróleo bruto é atendida por importações, trazendo-se o óleo cru até a Refinaria Gabriel Passos - REGAP, em Betim. A refinaria produziu 6.177 de derivados, dos quais 1.039 foram exportados, tendo o Estado importado mais 3.176. Da quantidade disponível de derivados de petróleo e gás natural, 48,2% foram consumidos no setor Transportes, notadamente na modalidade rodoviária. Figura 2.4.3 Minas Gerais - Fluxo energético da fonte petróleo, gás natural e derivados - 2002 Importação de petróleo 6.562 Produção de derivados pela refinaria: 6.177 Derivados de petróleo entregues pela refinaria 6.014 Importação de derivados de petróleo: 3.176 Importação de gás natural 369 Distribuição de gás natural e derivados de petróleo: 9.559 Industrial 2.425 (*) Exportação 1.039 Transportes 4.608 Autoconsumo: 163 Comercial e público: 31 Variação de estoques e Consumo não energético: 290 ajustes na transformação: 385 Agropecuário: 454 Residencial: 701 Ajustes e variação de estoques: 11 (*) Inclui os consumos dos centros de transformação 29

Carvão Mineral e Derivados Minas Gerais não possui reservas de carvão mineral, importando de outros estados e de outros países todo o carvão energético e carvão metalúrgico que utiliza em suas unidades industriais. A Figura 2.4.4 retrata o fluxo dessa fonte energética, que respondeu por 15,1% da demanda estadual de energia em 2002. O ramo Ferro Gusa e Aço Integrado respondeu por 81,1% do consumo de carvão energético. O carvão metalúrgico foi consumido, em sua maior parte, na forma de coque, tendo como maior consumidor o ramo Ferro Gusa e Aço Integrado. Figura 2.4.4 Minas Gerais - Fluxo energético da fonte carvão mineral e derivados - 2002 Importação de carvão mineral 3.382 Importação 901 Coque 1.961 Coquerias: 2.679 Alcatrão e gás: 630 Variação de estoques: 88 Distribuição de coque: 2.862 Distribuição de carvão: 615 Industrial 2.421 Industrial 533 (*) Industrial 615 Centrais elétricas: 258 Não-energéticos de Autoconsumo coquerias: 145 coqueria e ajustes na Variação de estoques: 38 transformação: 88 (*) Inclui autoconsumo de gás na coqueria Consumo não-energético: 39 Centrais elétricas: 58 30

Derivados da Cana-de-Açúcar A Figura 2.4.5 mostra o fluxo energético dos derivados da cana-de-açúcar, fonte responsável por 5,7% da demanda de energia de Minas Gerais em 2002. Foram produzidos 894 de bagaço de cana, consumidos, principalmente, na produção de vapor de processo e de vapor para geração de eletricidade nas destilarias de álcool e usinas de açúcar. A partir do caldo de cana e do melaço, foram produzidos 331 de álcool etílico, sendo necessária a importação de 224 para completar o suprimento do mercado consumidor. Figura 2.4.5 Minas Gerais - Fluxo energético da fonte derivados da cana-de-açúcar - 2002 Produção de bagaço de cana 894 Produção de caldo de cana e melaço: 450 Destilarias: 717 Álcool etílico e não-energético: 390 Importação de álcool: 224 Distribuição: 614 Industrial 440 Perdas 327 Transportes 509 Centrais elétricas: 187 Perdas: 9 Consumo não-energético: 93 Variação de estoques: 3 31

Outras Fontes Primárias O fluxo energético de resíduos industriais e agrícolas em Minas Gerais está mostrado na Figura 2.4.6. Foram produzidos 502 em 2002, dos quais 77,9% corresponderam ao aproveitamento do licor negro no ramo Papel e Celulose, energético usado na produção de vapor para o processo industrial e para a autoprodução de eletricidade. Em termos da demanda estadual de energia, essa fonte respondeu por apenas 1,8%. Figura 2.4.6 Minas Gerais - Fluxo energético de outras fontes primárias - 2002 Produção de outras fontes primárias 502 Distribuição: 502 Industrial 252 Centrais elétricas autoprodutoras: 192 Residencial 58 32

Capítulo 3 Oferta e Consumo de Energia - 1978/2002 3.1 Evolução da Oferta e do Consumo de Energia por Fonte

CAPÍTULO 3 OFERTA E CONSUMO DE ENERGIA 3.1 Evolução da oferta e do consumo de energia Tabela 3.1.1 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Petróleo Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total 3849 4409 4659 5977 6297 6550 6944 6778 6948 6860 6831 6638 6707 6241 6875 6284 6847 6734 6853 6619 Importação 3753 4381 4654 6090 6245 6454 6964 6763 6804 6822 6769 6327 6740 6274 6928 6270 6890 6654 6843 6562 Variação de estoques 96 28 5-113 52 96-20 15 144 38 62 311-33 -33-53 14-43 80 10 57 Consumo total 3849 4409 4659 5977 6297 6550 6944 6778 6948 6860 6831 6638 6707 6241 6875 6284 6847 6734 6853 6619 Centros de transformação 3849 4409 4659 5977 6297 6550 6944 6778 6948 6860 6831 6638 6707 6241 6875 6284 6847 6734 6853 6619 Refinarias de petróleo 3849 4409 4659 5977 6297 6550 6944 6778 6948 6860 6831 6638 6707 6241 6875 6284 6847 6734 6853 6619 7500 Figura 3.1.1 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Petróleo 6000 4500 3000 Centros de transformação 1500 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 35

Tabela 3.1.2 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Gás natural Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total - - - - - - - - - - - - - 60 147 177 269 287 331 369 Importação - - - - - - - - - - - - - 60 147 177 269 287 331 369 Consumo total - - - - - - - - - - - - - 60 147 177 269 287 331 369 Centros de transformação - - - - - - - - - - - - - - 14 13 18 15 28 52 Refinarias de petróleo - - - - - - - - - - - - - - 14 13 18 15 19 18 C. elétricas de serv. público - - - - - - - - - - - - - - - - - - 9 34 Consumo final - - - - - - - - - - - - - 60 133 164 251 272 303 317 Consumo final energético - - - - - - - - - - - - - 60 133 164 251 272 303 317 Transportes - total - - - - - - - - - - - - - - - - 3 17 47 61 Rodoviário - - - - - - - - - - - - - - - - 3 17 47 61 Industrial - total - - - - - - - - - - - - - 60 133 164 248 255 256 256 Cimento - - - - - - - - - - - - - - - 8 18 26 14 10 Cal - - - - - - - - - - - - - - - 11 39 46 37 24 Ferro gusa e aço integrado - - - - - - - - - - - - - 20 67 65 60 63 71 82 Outros da siderurgia - - - - - - - - - - - - - - 1 1 1 2 4 4 Não ferr./out. metalurgia - - - - - - - - - - - - - - - 2 4 4 8 11 Alimentos e bebidas - - - - - - - - - - - - - 1-3 4 5 6 6 Têxtil - - - - - - - - - - - - - 3 4 4 7 13 14 14 Papel e celulose - - - - - - - - - - - - - 16 18 22 28 29 28 30 Cerâmica - - - - - - - - - - - - - 10 20 27 32 38 37 39 Outros - - - - - - - - - - - - - 10 23 21 55 29 37 36 36

Tabela 3.1.3 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Carvão energético Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 138 143 154 138 117 149 111 99 120 90 Importação 444 265 273 334 295 178 99 94 149 123 141 136 152 136 116 149 111 99 120 90 Exportação -9-49 - -13-2 - - - - - - - - - - - - - - - Variação de estoques -114 50 22-26 -38 14 23-22 -13-3 7 2 2 1 - - - - - Ajustes -2 17 33 - - - - - - - - - - - - - - - - - Consumo total 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 138 143 154 138 117 149 111 99 120 90 Consumo final 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 138 143 154 138 117 149 111 99 120 90 Consumo final energético 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 138 143 154 138 117 149 111 99 120 90 Industrial - total 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 138 143 154 138 117 149 111 99 120 90 Cimento 305 279 306 286 244 189 117 92 81 15 12 9 10 8 9 57 41 8 17 5 Ferro gusa e aço integrado - - - - - - - - 77 88 118 123 119 99 98 82 60 80 92 73 Ferroligas 13-16 - - - - - 9 4 6 11 5 5 2 2 2 2 3 - Mineração e pelotização - - - - - - - - 1 - - - 20 26 8 8 8 9 8 12 Química - 2 4 5 5 1 - - 2 3 2 - - - - - - - - - Cerâmica - - - 1 2 1 4 1 1 - - - - - - - - - - - Outros 1 2 2 3 4 1 1 1 - - - - - - - - - - - - 350 Figura 3.1.2 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Carvão energético 300 250 200 150 100 50 Setor industrial 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 37

Tabela 3.1.4 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Carvão metalúrgico Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total 1274 1533 1998 2289 2645 2844 2824 2701 2881 2901 3039 3077 3081 3030 3040 2999 2764 3154 3225 3204 Importação 1292 1566 2034 2195 2672 2897 2739 2625 2903 2810 3030 3100 3092 2993 2784 2925 2756 3154 3225 3292 Variação de estoques -18-33 -36 94-27 -53 85 76-22 91 9-23 -11 37 256 74 8 - - -88 Consumo total 1274 1533 1998 2289 2645 2844 2824 2701 2881 2901 3039 3077 3081 3030 3040 2999 2764 3154 3225 3204 Centros de transformação 1274 1533 1998 2289 2645 2844 2824 2701 2881 2901 2865 2815 2812 2756 2793 2729 2581 2683 2697 2679 Coquerias 1274 1533 1998 2289 2645 2844 2824 2701 2881 2901 2865 2815 2812 2756 2793 2729 2581 2683 2697 2679 Consumo final - - - - - - - - - - 174 262 269 274 247 270 183 471 528 525 Consumo final energético - - - - - - - - - - 174 262 269 274 247 270 183 471 528 525 Industrial - total - - - - - - - - - - 174 262 269 274 247 270 183 471 528 525 Ferro gusa e aço integrado - - - - - - - - - - 174 262 269 274 247 270 183 471 528 525 3500 Figura 3.1.3 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Carvão metalúrgico 2800 Setor industrial 2100 1400 Centros de transformação 700 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos Tabela 3.1.5 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Urânio (U 3 O 8 ) Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Produção 2322 1400 1011 367 1152 179 353 46 - - - - 1227 - - - - - - - Exportação -2322-1400 -1011-367 -1152-179 -353-46 - - - - -1227 - - - - - - - Consumo total - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 38

Tabela 3.1.6 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Energia primária não-renovável Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total 5442 6225 6985 8561 9197 9586 9890 9573 10000 9871 10008 9858 9942 9469 10179 9609 9991 10274 10529 10282 Produção 2322 1400 1011 367 1152 179 353 46 - - - - 1227 - - - - - - - Importação 5489 6212 6961 8619 9212 9529 9802 9482 9856 9755 9940 9563 9984 9463 9975 9521 10026 10194 10519 10313 Exportação -2331-1449 -1011-380 -1154-179 -353-46 - - - - -1227 - - - - - - - Variação de estoques -36 45-9 -45-13 57 88 91 144 116 68 295-42 6 - - - - - - Ajustes -2 17 33 - - - - - - - - - - - 204 88-35 80 10-31 Consumo total 5442 6225 6985 8561 9197 9586 9890 9573 10000 9871 10008 9858 9942 9469 10179 9609 9991 10274 10529 10282 Centros de transformação 5123 5942 6657 8266 8942 9394 9768 9479 9829 9761 9696 9453 9519 8997 9682 9026 9446 9432 9578 9350 Refinarias de petróleo 3849 4409 4659 5977 6297 6550 6944 6778 6948 6860 6831 6638 6707 6241 6889 6297 6865 6749 6872 6637 Coquerias 1274 1533 1998 2289 2645 2844 2824 2701 2881 2901 2865 2815 2812 2756 2793 2729 2581 2683 2697 2679 Centrais Elét. Serv. Público - - - - - - - - - - - - - - - - - - 9 34 Consumo final 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 312 405 423 472 497 583 545 842 951 932 Consumo final energético 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 312 405 423 472 497 583 545 842 951 932 Transportes - total - - - - - - - - - - - - - - - - 3 17 47 61 Rodoviário - - - - - - - - - - - - - - - - 3 17 47 61 Industrial - total 319 283 328 295 255 192 122 94 171 110 312 405 423 472 497 583 542 825 904 871 Cimento 305 279 306 286 244 189 117 92 81 15 12 9 10 8 9 65 59 34 31 15 Cal - - - - - - - - - - - - - - - 11 39 46 37 24 Ferro gusa e aço integrado - - - - - - - - 77 88 292 385 388 393 412 417 303 614 691 680 Ferroligas 13-16 - - - - - 9 4 6 11 5 5 2 2 2 2 3 - Outros da siderurgia - - - - - - - - - - - - - - 1 1 1 2 4 4 Mineração e pelotização - - - - - - - - 1 - - - 20 26 8 8 8 9 8 12 Não ferr./out. metalurgia - - - - - - - - - - - - - - - 2 4 4 8 11 Química - 2 4 5 5 1 - - 2 3 2 - - - - - - - - - Alimentos e bebidas - - - - - - - - - - - - - 1-3 4 5 6 6 Têxtil - - - - - - - - - - - - - 3 4 4 7 13 14 14 Papel e celulose - - - - - - - - - - - - - 16 18 22 28 29 28 30 Cerâmica - - - 1 2 1 4 1 1 - - - - 10 20 27 32 38 37 39 Outros 1 2 2 3 4 1 1 1 - - - - - 10 23 21 55 29 37 36 12000 Figura 3.1.4 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Energia primária não-renovável 10000 Setor industrial 8000 6000 4000 Centros de transformaç 2000 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 39

Tabela 3.1.7 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Energia hidráulica Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total 3193 3801 3888 4053 3214 3753 3637 3205 3768 3784 3818 3948 4006 3698 4110 4243 4293 4446 2622 3039 Produção 3193 3801 3888 4053 3214 3753 3637 3205 3768 3784 3818 3948 4006 3698 4110 4243 4293 4446 2622 3039 Consumo total 3193 3801 3888 4053 3214 3753 3637 3205 3768 3784 3818 3948 4006 3698 4110 4243 4293 4446 2622 3039 Centros de transformação 3193 3801 3888 4053 3214 3753 3637 3205 3768 3784 3818 3948 4006 3698 4110 4243 4293 4446 2622 3039 C. elétricas serv. público 3110 3726 3805 3976 3135 3676 3565 3138 3696 3709 3737 3865 3943 3630 4014 4043 4046 4216 2392 2777 C. elétricas autoprodutoras 83 75 83 77 79 77 72 67 72 75 81 83 63 68 96 200 247 230 230 262 Figura 3.1.5 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Energia hidráulica 5000 4000 3000 2000 1000 Centros de transformação 0 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 40

Tabela 3.1.8 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Lenha Setor 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Oferta total 8072 9648 10386 10393 9906 10893 11517 10090 9534 8743 8647 9079 8824 8245 7720 7249 7123 8021 7439 7702 Produção 8072 9648 10386 10393 9906 10890 11508 10055 9525 8738 8636 9078 8824 8245 7719 7248 7121 8019 7437 7701 Importação - - - - - - - 39 22-11 - - - - - - - - - Exportação - - - - - - - -1 - - - - - - - - - - - - Variação de estoques - - - - - 3 9-3 -13 5-1 - - 1 1 2 2 2 1 Consumo total 8072 9648 10386 10393 9906 10893 11517 10090 9534 8743 8647 9079 8824 8245 7720 7249 7123 8021 7439 7702 Centros de transformação 5168 6771 7494 7471 7055 8044 8644 7274 6733 5960 5860 6284 5959 5445 5024 4586 4427 4950 4204 4502 C. elétricas autoprodutoras - - 10 27 25 23 30 26 39 35 27 38 41 33 50 32 38 38 59 16 Carvoarias 5161 6762 7465 7441 7028 8019 8612 7245 6693 5923 5832 6245 5916 5411 4972 4552 4388 4910 4143 4484 Destilarias 7 9 19 3 2 2 2 3 1 2 1 1 2 1 2 2 1 2 2 2 Consumo final 2904 2877 2892 2922 2851 2849 2873 2816 2801 2783 2787 2795 2865 2800 2696 2663 2696 3071 3235 3200 Consumo final energético 2904 2877 2892 2922 2851 2849 2873 2816 2801 2783 2787 2795 2865 2800 2696 2663 2696 3071 3235 3200 Residencial 2479 2410 2354 2307 2264 2220 2211 2141 2116 2092 2084 2075 2068 2011 1978 1857 1881 2188 2376 2328 Comercial 11 10 8 7 7 7 7 7 7 7 7 8 9 9 9 9 9 10 10 10 Agropecuário 11 9 13 14 15 14 14 10 17 16 16 28 27 23 23 25 25 27 28 34 Transportes - total - - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - - - - Hidroviário - - - - - 1 - - 1 - - - - - - - - - - - Industrial - total 403 448 517 594 565 607 641 658 660 668 680 684 761 757 686 772 781 846 821 828 Cal 80 100 85 112 106 108 101 85 69 61 83 79 87 68 55 56 60 60 65 54 Ferroligas 24 31 24 28 27 35 53 59 56 47 46 48 59 65 51 107 117 148 130 164 Mineração e pelotização 6 8 13 6 6 6 6 4 6 4 2 2 3 2 2 2 2 3 2 2 Não ferr./out. metalurgia 2 2 4 4 2 4 3 1 - - - - - - - - - - - - Química 12 18 29 21 21 20 24 35 42 45 53 65 58 43 25 24 27 27 28 32 Alimentos e bebidas 104 101 104 104 89 98 133 128 130 136 131 134 150 173 162 169 175 185 185 187 Têxtil 24 29 43 44 56 62 55 54 42 41 32 33 28 28 30 30 32 34 31 35 Papel e celulose 18 22 51 77 76 60 63 76 74 79 82 85 83 82 63 65 65 77 65 48 Cerâmica 126 128 152 186 170 198 190 203 228 245 240 226 278 281 285 306 290 298 301 292 Outros 7 9 12 12 12 16 13 13 13 10 11 12 15 15 13 13 13 14 14 14 12000 Figura 3.1.6 Minas Gerais - Evolução da oferta e do consumo de energia Lenha 10000 8000 6000 Demais setores consumidores de lenha Setor residencial 4000 2000 Centros de transformação 0 78 79. 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 Anos 41