INVESTIGAÇÃO DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM PORTO ALEGRE

Documentos relacionados
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

Quadro 1 Coberturas Vacinais do Calendário Básico de Vacinação da Criança < 1 ano de idade, ,Porto Alegre, RS.

Relatório 98/99. Programa Prá-Crescer. Equipe de Informação. Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde CGVS Secretaria Municipal da Saúde / PMPA

PORTARIA Nº. 5, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2006.

Cadastro de Bens Patrimoniais Relação de Mobiliário - Não Baixados

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Dra. Tatiana C. Lawrence PEDIATRIA, ALERGIA E IMUNOLOGIA

Editorial. Análise da Influenza em Porto Alegre, no período de 2009 a 2013

Nota Informativa 06/10/2015

CAPACITAÇÃO AGENTE COMUNITÁRIOS

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Unidade de Saúde Endereço CENTRO US Modelo Av. Jerônimo de Ornelas, 55 - Bairro Santana CENTRO US Santa Cecília Rua São Manoel, Bairro Santa

Informe Técnico Sarampo e Rubéola

Ministério da Saúde SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE PORTARIA CONJUNTA Nº 20, DE 25 DE MAIO DE 2005.

SCIH NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS COMPULSÓRIAS

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Secretaria da Saúde

Trabalho Final Atividades Integradoras IV. Aline dos Santos Novaes Martins

VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Gerência de Epidemiologia e Informação Secretaria Municipal de Saúde

Calendário de Vacinação da Criança

PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014

Informe Técnico. Assunto: Informe sobre a situação do sarampo e ações desenvolvidas - Brasil, 2013.

ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

Vigilância das Doenças Preveníveis por Imunização Vacinação do Profissional de Saúde

E I P D I EM E IO I L O OG O I G A

SUS SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Módulo: Nível Superior Dezembro/2014 GVDATA

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL

ATUAL CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM PORTO ALEGRE

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 1.946, DE 19 DE JULHO DE 2010

Vacinação em prematuros, crianças e adolescentes

SBP - Calendário ideal para a Criança SBP lança Calendário de Vacinação 2008

Neonatologia para Concursos de Enfermagem

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 011/2014

INFORME EPIDEMIOLÓGICO 002/2017

VACINAS A SEREM DISPONIBILIZADAS PARA AS CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE NA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO 2016.

INFORME TÉCNICO 001/2016

MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV

CENTRO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A SITUAÇÃO DA INFLUENZA NO RS 24/06/11

EDITORIAL FEBRE DE CHIKUNGUNYA: NOVO DESAFIO PARA A VIGILÂNCIA

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

Calendário. ideal para Adolecentes

Especialidade: Infectologia

Meningite: O que você PRECISA SABER

Fonte de Publicação: Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 1 set Seção I, p

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Vigilância de sarampo e rubéola

Alteração da tipologia do indicador passando a ser específico para municípios (o Sistema SISPACTO terá procedimentos ambulatoriais de média

Vigilância da Leishmaniose Visceral. (calazar, esplenomegalia tropical, febre Dundun)

VACINAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE JOSÉ GERALDO LEITE RIBEIRO SES//FCM/FASEH-MG

REVISÃO VACINAS 15/02/2013

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 001/2015

ABORDAGEM DOS CONTEÚDOS SOBRE INFECÇÃO HOSPITALAR NO CURSO DE ENFERMAGEM: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE AS IES DO PARANÁ E DA UNIOESTE 1

Danielle Guedes, Talita Wodtke e Renata Ribeiro

Imunização: Como se sair bem mesmo com tantas atualizações Prof.ª Natale Souza

CARTILHA DE VACINAÇÃO. Prevenção não tem idade. Vacine-se!

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

Vacinas do Calendário de Imunização do Estado de São Paulo 2011 Vaccines included in the Immunization Schedule for the State of São Paulo 2011

Atualização Imunização 2017

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Sala de Vacina. Afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm; Verificar a temperatura 2 vezes ao dia;

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 36 de 2009

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade

Vacinas. Tem na Previnna? Ao nascer 1 mês. 24 meses 4 anos. 18 meses 2 anos/ 12 meses. 15 meses. 5 meses. 4 meses. 8 meses. 3 meses. 6 meses.

João Henrique Kolling (UBS HCPA/Sta Cecilia) Maria Ines Azambuja Filiação (UFRGS) Alzira Lewgoy (UFRGS) Equipe do Projeto InterSossego

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013

Boletim semanal de Vigilância da Influenza/RS Semana epidemiológica 37/2016

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Nota Informativa nº001/2017

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical 2016/2017

E DITORIAL. Adelaide Kreutz Pustai Enfermeira da EVDT/CGVS/SMS

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES Nº 001/2017

Índice dos Boletins Epidemiológicos de Porto Alegre de 2014 a 1996

HOSPITAL DE CLÍNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Vigilância sindrômica: Síndromes febris ictero-hemorrágicas Síndromes respiratórias

Prefeitura do Município de Bauru Secretaria Municipal de Saúde

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO CRIANÇA ATÉ 6 ANOS DE IDADE

Histórico. Imunização. Tipos de Imunização. Imunização ativa 14/09/2009

Vacinação de Grupos Especiais. Helena Keico Sato Diretora Técnica Div de Imunização/CVE/CCD/SES-SP

Profilaxia da Raiva Humana

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 31 de 2009

Desafios, gargalos e perspectivas em vacinas e vacinações no Brasil

Título do Trabalho: Autores: Instituição: Introdução

NOTA TÉCNICA. Vigilância da Influenza ALERTA PARA A OCORRÊNCIA DA INFLUENZA E ORIENTAÇÃO PARA INTENSIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE E PREVENÇÃO

Portaria nº de 03 de novembro de 2016

Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01 a 14/01) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ)

Novo informe epidemiológico mostra redução de 73% dos casos de dengue no Pará

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, 2009

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO PARA O ESTADO DE SÃO PAULO

em Porto Alegre desde sua implantação.

DENGUEDEDENGUE BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE. Dengue é um grave problema de saúde pública enfrentado em diversos países.

Fmnm..D. Em atenção ao expediente em referência, seguem anexas as informações prestadas pela Secretaria de de Vigilância Epidemiológica.

Doenças Infecciosas e Transmissão de Doenças: Conceitos Básicos

Vigilância Epidemiológica

Transcrição:

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. ANO XII NÚMERO 44 NOVEMBRO DE 2010 EDITORIAL Muitos foram os elogios ao boletim epidemiológico anterior que foi a edição especial sobre a população negra. Agradecemos os elogios, mas reforçamos que o boletim foi inteiramente elaborado pela Coordenação da Área Técnica e Saúde da População Negra da Assessoria de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde. Neste boletim destacamos a investigação da leishmaniose visceral canina realizada pela Equipe de Vigilância de Zoonoses. A mudança de um perfil epidemiológico sempre precisa ser destacada, pois determina as ações de diagnósticos clínicos e laboratoriais. Buscaremos manter atualizadas as informações resultantes dos inquéritos realizados na população canina e demais dados sobre esta questão. A varicela há muito vem se mostrando de alta endemicidade na cidade de Porto Alegre.Com um trabalho contínuo de orientação às escolas infantis houve a sensibilização para a notificação de surtos que tiveram um aumento importante no ano de 2010.Infelizmente, também houve a ocorrência de dois registros de óbitos no Sistema de Mortalidade (SIM) relacionados a este agravo. A vacina contra a varicela não está no calendário básico de imunização, somente indicada para controle de surtos em ambientes hospitalares como descrito nas normas fornecidas pela Secretaria Estadual de Saúde e publicada nesta edição. Nesta edição também se encontram publicadas as planilhas de 2007 e 2008 por serviço de saúde dos casos investigados na vigilância da gestante HIV + e criança exposta. Trabalho este que abrange todos os níveis de assistência, integrando a atenção primária, a assistência especializada, as maternidades, os laboratórios, a vigilância epidemiológica, os programas e a política das DST/AIDS da Secretaria Municipal de Saúde. E, todos estes atores ficam felizes ao ver os resultados que podem atingir em uma boa assistência que impacta na transmissão vertical do HIV. A implantação das vacinas Meningocócica C Conjugada e Pneumocócica 10 valente no calendário básico de vacinação da criança é um ganho na prevenção de agravos transmissíveis de alta letalidade como as meningites. Na próxima edição do boletim será publicada a tabela final comparativa dos casos notificados, investigados e confirmados das doenças de notificação compulsória em relação ao ano de 2009 e 2010. A tabela desta edição se refere aos casos até a semana epidemiológica 48, ou seja, até o mês de novembro. INVESTIGAÇÃO DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM PORTO ALEGRE *Autoria: Equipe de Vigilância de Zoonoses, Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose causada pelo protozoário Leishmania chagasi nas Américas, transmitida através da picada de fêmeas infectadas do inseto vetor (flebotomíneo) e tem como reservatórios principais animais silvestres (raposas e marsupiais) e o cão na área urbana. A enfermidade canina tem precedido a ocorrência de casos humanos e a infecção em cães tem sido mais prevalente que no homem. No Brasil, a LV é muito importante devido à incidência e alta letalidade em indivíduos não tratados e crianças desnutridas (Rabello et al. 2003). Caracterizada inicialmente como uma doença eminentemente rural, mais recentemente vem se expandindo para áreas urbanas tornandose crescente problema de saúde pública no país. A transmissão ocorria em vários municípios brasileiros, exceto na Região Sul, onde não havia registro das espécies de flebotomíneos até então incriminadas como vetoras, Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva) e Lutzomyia cruzi (Mangabeira) (Brasil, 2006). No entanto, em 2008, a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) foi diagnosticada em um cão do município de São Borja. No mesmo ano, um levantamento entomológico realizado na cidade registrou, pela primeira vez na região Sul, a presença de Lu. Longipalpis e corroborou na confirmação da autoctonia do caso canino (Souza et al., 2009). Outros levantamentos de flebotomíneos, em diferentes municípios da fronteira com a Argentina, em 2009, também demonstraram a infestação desse vetor na área urbana de Barra do Quaraí, Uruguaiana, Itaqui, Garruchos, Pirapó e Porto Xavier (Souza et al., 2010) Ainda em 2009, cinco casos humanos de LV, foram confirmados em São Borja, com um óbito. Em 2010, duas pessoas contraíram a doença (fonte CEVS¹/LACEN²/SES³/RS).

Nos dois últimos anos, em outras cidades do RS, dentre elas, Santa Cruz do Sul e Viamão, que estão localizadas longe da fronteira oeste, também foram identificados casos de LVC através de exames sorológicos (ELISA) e imunofluorescência indireta (RIFI) (fonte CEVS/LACEN/SES/RS). Porém, nas amostras caninas coletadas não foi caracterizada a espécie de Leishmania e nessas cidades também não foram capturadas as supracitadas espécies vetoras. Em agosto de 2010, em Porto Alegre, no bairro Lageado, foi notificado um caso suspeito de LVC. Tratava-se de uma cadela, raça labrador, adulta que apresentava sinais clínicos da doença. O caso foi confirmado laboratorialmente através de provas sorológicas (ELISA e RIFI) e por cultivo parasitológico 4 (fonte LACEN/RS e FIOCRUZ/RJ ). No mesmo local, por exames sorológicos (ELISA e RIFI), também foi provada a infecção em outro cão macho, raça são bernardo, adulto oligossintomático. A residência dos casos caninos está localizada em área periurbana com presença de mata nativa. Coletas de flebotomíneos foram feitas pelo Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores, usando três armadilhas luminosas (tipo CDC), nos meses de setembro, outubro e novembro de 2010, nessa casa, para conhecer as espécies passíveis de transmitir a LV e ajudar na corroboração ou refutação da transmissão autóctone. Foram capturados 47 flebotomíneos e três espécies foram determinadas: Nyssomyia neivai (51,1%), Pintomyia fischeri (34%) e Migonemyia migonei (14,9%). Com relação à importância epidemiológica, essas espécies já foram bastante e s t u d a d a s e i n c r i m i n a d a s p r i m á r i a o u secundariamente na veiculação da Leishmaniose Tegumentar Americana em diversos estados brasileiros. No entanto, em pesquisas recentes, duas delas também foram implicadas na participação da infecção do agente etiológico visceral. Ny. neivai já foi encontrada infectada com Leishmania infantum chagasi em Corinto, MG, e poderia estar envolvida na manutenção do ciclo silvestre da LV na região (Saraiva, 2009). A espécie Mi. migonei foi sugerida como participante no ciclo de transmissão da LV no município de São Vicente Férrer, PE, por apresentar maior predominância em todos os ecótopos estudados, inclusive no intradomicílio e peridomicílio (Guimarães et al., 2010). Também em La Banda, Argentina, Mi. migonei somou 93% dos exemplares coletados, manteve um ciclo de transmissão na população canina e foi considerado o suposto vetor da Leishmaniose Visceral Humana (Salomón et al., 2010). Portanto, nessa área de ocorrência da LVC, em Porto Alegre, novas coletas de flebotomíneos serão efetuadas com o objetivo de estudar a infecção natural nesses insetos, para incriminação da(s) espécie(s) vetora(s), compreender o ciclo de transmissão e desencadear ações de controle e educação em saúde para a população da área de risco. Também como medidas de vigilância e controle, o Núcleo de Vigilância de População Animal está realizando inquérito sorológico nos cães que se encontram próximos ao local onde houve confirmação dos casos caninos, além de orientação daquela população. 1 CEVS Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul 2 LACEN/RS Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul 3 SES Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul 4 FIOCRUZ/RJ Fundação Instituto Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro REFERÊNCIAS Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica 2006. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral, MS, Brasília, il., 120p. Guimarães, VCFV; Costa, PL; Silva, FJ; Rodrigues, EHG; Brandão Filho, SP 2010 Flebotomíneos em área de ocorrência de Leishmaniose Tegumentar e Leishmaniose Visceral no município a de São Vicente Férrer, Pernambuco. In: Anais da 26 Reunião de Pesquisa Aplicada em a Doença de Chagas e 14 Reunião de Pesquisa Aplicada em Leishmanioses. Uberaba, MG, p. 251. Rabello A, Orsini M, Disch 2003. Leishmania/HIV co-infection in Brazil: an appraisal. Ann Trop Med Parasitol 97: 17-28. Salomón, OD; Quintana, MG; Bezzi, G; Morán, ML; Betbeder, E; Valdéz, DV 2010. Lutzomyia migonei as putative vector of visceral leishmaniasis in La Banda, Argentina. Acta Tropica 113: 84-87. Saraiva L, Carvalho GM, Gontijo CM, Quaresma PF, Lima AC, Falcão AL, Andrade Filho JD 2009. Natural infection of Lutzomyia neivai and Lutzomyia sallesi (Diptera: Psychodidae) by Leishmania infantum chagasi in Brazil. J Med Entomol. 46(5):1159-63. Souza, GD; Santos, E, Andrade Filho, JD 2009. The first report of the main vector of visceral leishmaniasis in America, Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae), in the state of Rio Grande do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, 104(8): 1181-1182. Souza, GD; Santos, E; Rangel, S; Tartarotti, AL; Anjos, CB. 2010. Levantamento entomológico de Lutzomyia longipalpis (Psychodidae: Phlebotominae) para vigilância da leishmaniose visceral em municípios da região oeste do Rio Grande do Sul. In: Resumos do XLVI Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (CD). Foz do Iguaçu, PR, s.p. *Equipe técnica Núcleo de Vigilância de Roedores e Vetores Núcleo de Vigilância de População Animal Biól. Getúlio Dornelles Souza Méd. Vet. Karen de Medeiros Dabdab Biól. Maria Inês M. R. Bello Méd. Vet. Sonia Maria Mottin Duro Biól. Liane Oliveira Fetzer Méd. Vet. Márcio de Oliveira Carreño Biól. Maria Mercedes Bendati Méd. Vet. Helen Albrecht Biól. Maria Angélica Weber Ag. Fisc. Renata Ferreira Casanova Méd. Vet. Luiz Felippe Kunz Jr. Méd. Vet. Rosa Maria Jardim Silveira de Carvalho Serv. Gerais Carlos Fernandes Flores 02 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

ATUAL SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA VARICELA EM PORTO ALEGRE A varicela é uma doença viral primária aguda, altamente contagiosa e, por conseqüência, exige que se tenha um olhar de vigilância sobre este agravo. Conhecendo os padrões de ocorrência da doença, detectando surtos e implementando medidas de controle, quando possível, pretende-se minimizar o impacto desta doença. A vigilância epidemiológica de Porto Alegre foi municipalizada no ano de 1995, sendo que neste mesmo ano ocorreu a implantação da notificação para a varicela. Mesmo que a varicela não esteja incluída na relação nacional das doenças de notificação compulsória, o município de Porto Alegre vem acompanhando o comportamento desta infecção. Uma análise Sônia Regina Coradini - Enfermeira EVDT/CGVS da série histórica deste agravo no município, no período de 1995 a 2000, foi publicada no Boletim Epidemiológico nº 09/2000. Além da notificação individual de cada caso, tem ocorrido notificação de surtos, especialmente, entre os alunos de escolas infantis e regulares. Estes surtos colocam em risco grupos de maior vulnerabilidade tais como gestantes, pessoas com alterações i m u n o l ó g i c a s e, t a m b é m, u n i d a d e s hospitalares. Até a semana epidemiológica de nº 48, do ano de 2010, há o registro de 2347 casos individuais notificados. A distribuição dos casos e sua incidência nos últimos anos estão demonstradas no gráfico abaixo. 3500 250,00 3000 200,00 nºcasos 2500 2000 1500 1000 150,00 100,00 nº de casos /100.000 hab 500 50,00 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Número de casos 369 2344 2964 3159 2458 2625 2395 3327 2029 2347 Taxa de Incidência( casos/100000hab) 26,87 169,43 212,61 224,89 172,05 182,17 164,82 232,62 141,28 166,46 0,00 Fonte: PMPA/SMS/CGVS/EVDT/SINAN * até a SE 48 Gráfico 1- Distribuição dos casos de varicela e o coeficiente de incidência em Porto Alegre no período de 2001 a 2010*. Percebe-se na figura acima um aumento da incidência da varicela em 2010 em relação ao ano de 2009. Contudo, a série histórica mostra uma incidência alta em anos anteriores no município de Porto Alegre. No ano de 2010, chama a atenção a notificação da ocorrência de 2 óbitos por complicações decorrentes da varicela com idades de 4 e 10 anos respectivamente. Em uma avaliação retrospectiva do SIM (Sistema de Mortalidade) até o ano de 2005, somente o ano de 2007 tem um registro de óbito por varicela em uma criança de 6 anos de idade. Acompanhando as notificações dos surtos, observou-se um aumento da varicela em relação aos anos anteriores. Em 2008 e 2009 são 09 surtos notificados em cada ano. Já em 2010, até a semana epidemiológica 48, foram notificados 22 surtos. Diante da ausência da vacina de uso regular na rede pública, é importante que profissionais estejam alertados a este aumento de numero de casos, notificando-os, bem como mantendo as medidas necessárias para o controle deste evento. As medidas estão descritas na nota técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES), apresentada na integra neste Boletim. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 03

CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NOTA TÉCNICA SOBRE OCORRÊNCIA DE VARICELA NO RS 30/11/10 A Varicela ou Catapora é uma doença altamente transmissível, causada por um vírus varicela-zoster. Acomete, principalmente, crianças entre um e dez anos, porém pode ocorrer em pessoas suscetíveis (não imunes) em qualquer idade. Os sintomas iniciais são a febre e erupções maculopapulares (manchas na pele) seguidas de vesículas, disseminadas em todo o corpo, que provocam coceira e evoluem para crostas até a cicatrização. A transmissão é por contato direto de pessoa a pessoa através de secreções respiratórias (ao falar, espirrar ou tossir) ou pelo contato com as lesões infectadas na pele. O período de maior transmissibilidade inicia-se dois dias antes do aparecimento das vesículas e vai até a fase de crosta. O período de incubação varia de duas a três semanas, com média de 12 dias. Na maioria das vezes, principalmente em crianças, a doença evolui sem conseqüências mais sérias. Contudo, a varicela pode ter evolução grave e até causar o óbito, sendo consideravelmente maior o risco quando ocorre em adultos e pessoas com imunodeficiência. As complicações podem variar desde infecção secundária das lesões de pele, pneumonia, encefalite, complicações hemorrágicas, hepatite, artrite, Síndrome de Reye, até relatos de infecção invasiva severa por estreptococos do grupo A. A varicela pode ocorrer durante o ano todo, porém observa-se um aumento do número de casos no período que se estende do fim do inverno até a primavera (agosto a novembro), sendo comum, neste período, a ocorrência de surtos em creches e escolas. No Estado, são notificados a cada ano entre 10 e 20 mil casos, com cerca de 89% dos casos ocorrendo em menores de 15 anos. Em 2009, foram notificados 12.889 casos no RS e em 2010 até o momento 10.970 casos, mantendo o padrão observado nos outros anos. Apesar da doença cursar com baixa letalidade, entre um e três óbitos são detectados anualmente. VACINAÇÃO EM SURTOS De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), a vacina contra a varicela está disponível apenas para bloqueio de surtos em ambiente hospitalar, nos comunicantes suscetíveis imunocompetentes maiores de um ano de idade, até 120 h após o contato. Comunicantes: pessoas com contato íntimo e prolongado, por mais de uma hora, em ambiente fechado. Suscetíveis: pessoas sem referência de ter tido a doença(diagnóstico clínico ou informação verbal), ou não ter sido vacinado INDICAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA CONTRA VARICELA ZOSTER A imunoglobulina específica contra varicela zoster (IGHVZ) é preparada com o soro de pacientes que foram infectados com o vírus da varicela zoster e contém elevados títulos de anticorpos. A IGHVZ é recomendada para uso em comunicantes suscetíveis que apresentem risco aumentado de varicela grave ou complicações, em situações de pós-exposição. Consideram-se as seguintes indicações: crianças e adultos imunodeprimidos; gestantes suscetíveis; RNs de mães que apresentam varicela nos últimos cinco dias antes e até 48 horas após o parto; RNs prematuros 28 semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela; RNs prematuros < 28 semanas de gestação e/ou abaixo de 1000g, independente de história materna de varicela. De acordo com o Manual para os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), essa imunoglobulina deverá ser administrada até 96 horas do contato com o caso índice. ORIENTAÇÕES GERAIS afastar as crianças com varicela da creche ou escola até o 7º dia após o aparecimento das lesões ou até que todas as lesões tenham evoluído para crostas; manter cuidados adequados de higiene, incluindo banho diário; manter as unhas das mãos das crianças doentes bem aparadas, para evitar lesões que propiciem infecção por bactérias; procurar um serviço de saúde para avaliação e orientação; não administrar aspirina para crianças com varicela, pois esta pode causar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por quadro neurológico e alterações no fígado; administrar imunoglobulina às gestantes sucetíveis contato com casos de varicela. NOTIFICAÇÃO A Varicela é doença definida como Notificação de Interesse Nacional e casos suspeitos devem ser notificados às Secretarias Municipais de Saúde, sendo a Ficha de Notificação Individual digitada no SINAN- NET. Ocorrendo aumento do número de casos que torne operacionalmente inviável a digitação da ficha individual, pode ser utilizada a Ficha de Notificação de Surto, especificando o provável local de contágio. Garantir que ao menos 10% dos casos estejam digitados como Notificação Individual. 04 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

Informações sobre a vigilância da gestante HIV+ e criança exposta pela gestação/parto em Porto Alegre Lisiane M. W. Acosta/EVDT/CGVS Carolina Von Muhlen Corsetti/Estagiária EVDT/CGVS Aimara Santos dos Santos/Estagiária EVDT/CGVS Jaqueline Machado Ewald/ Estagiária EVDT/CGVS Uma das grandes conquistas da saúde frente à epidemia da aids é a prevenção da transmissão vertical. Ações efetivas diminuem o risco da transmissão de 20% para índice menores que 1% e, Porto Alegre, sendo uma das capitais do Brasil com maior incidência de aids, tem muito que agir nesta prevenção. A Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis faz um grande esforço na detecção de casos, acompanhando as crianças expostas pela gestação/parto por um período de até 24 meses, digitando e analisando os casos em dois diferentes sistemas de informação a fim de acompanhá-los nos momentos de pré-natal e parto da criança. Este trabalho é realizado de forma conjunta com vários serviços de saúde da cidade. Em virtude deste esforço, percebe-se a tendência de diminuição da transmissão vertical ao longo dos anos, contudo, a exposição das crianças se mantém, ou seja, 2% dos nascidos na cidade são exposto ao HIV, uma média de 400 gestantes por ano. 30 7 Taxa de Exposição (NV exposto ao HIV por 100 NV) % 25 20 5.1 5.1 5.8 4.4 Criança infectada e óbitos por HIV Taxa de Transmissão Vertical do HIV ( infectado e obitos por HIV em 100 exposta) % 6 5 n de casos 15 3.8 4 4 3 % 10 2.1 2.2 2 5 2.4 2.1 2.1 2.3 1.9 2.2 1.7 1.9 1 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 0 Fonte: SINAN/EVDT/CGVS/SMS/POA * Dados sujeitos a revisão Gráfico 1 Distribuição da taxa de crianças expostas ao HIV na gestação/parto e taxa de transmissão vertical do HIV em Porto Alegre, período de 2002 a 2009. Considerando a complexidade deste trabalho que une serviços da atenção primária em saúde (APS) da cidade, serviços especializados como os SAEs (Serviços de Assistência Especializada), maternidades, laboratórios e vigilância, mas levando em consideração a territorialização que é um pressuposto do SUS, os casos de gestantes HIV+ e crianças expostas pela gestação/parto estão distribuídos por serviços de saúde da APS em Porto Alegre nas tabelas a seguir nos anos de 2007 e 2008 respectivamente. Para uma análise mais completa, as tabelas possuem variáveis importantes deste processo como a realização do pré-natal, forma de contaminação e encerramento do caso. Esta informação visa à análise de cada serviço de saúde do seu próprio território em relação aos seus casos de Gestantes HIV e crianças expostas. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 05

Gestantes HIV+ e Criança Exposta em 2007/2008 nas Unidades e Gerências de Saúde. Unidades de Saúde TOTAL 2007 GESTANTE GEST C/PN GEST S/PN OU IGN ABORTO NATIMORTO INFECTADA/ OBITO PERDA NÃO INFECTADA SEGUIMENTO Gerência Centro GD1 TOTAL 37 30 7 0 1 3 22 11 UNIDADE DE SAUDE SANTA CECILIA 2264382 3 3 0 0 0 2 0 1 CENTRO DE SAUDE SANTA MARTA 2237334 25 20 5 0 1 1 15 8 PSF SEM DOMICÍLIO 5463890 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTA MARTA(PSF) 5463874 NA NA NA NA NA NA NA NA CENTRO DE SAUDE MODELO 2264390 9 7 2 0 0 0 7 2 Gerência Noroeste/Hum-Naveg-Ilhas GD2 TOTAL 47 33 14 4 1 3 24 15 UNIDADE DE SAUDE ILHA DA PINTADA 2237113 1 1 0 0 0 0 1 0 CENTRO DE SAUDE VILA IAPI 2237385 9 5 4 2 1 1 5 0 UNIDADE DE SAUDE NAZARE (PSF) 2237504 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE FARRAPOS 2264285 6 3 3 0 0 2 2 2 CENTRO DE SAUDE NAVEGANTES 2264331 5 3 2 0 0 0 3 2 UNIDADE DE SAUDE ILHA DOS MARINHEIROS 2264366 5 5 0 0 0 0 3 2 UNIDADE DE SAUDE DIRETOR PESTANA 2264374 8 6 2 0 0 0 4 4 UNIDADE DE SAUDE VILA IPIRANGA 2264811 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE JARDIM ITU 2265079 4 3 1 0 0 0 2 2 UNIDADE DE SAUDE VILA FLORESTA 2265109 1 0 1 1 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE HOSPITAL CONCEIÇÃO 2265168 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SANTISSIMA TRINDADE 2265176 4 3 1 1 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE BATISTA FLORES 2264900 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE MARIO QUINTANA (PSF) 3437159 1 1 0 0 0 0 0 1 Gerência Norte/Eixo Baltazar GD3 TOTAL 46 40 6 3 2 0 24 17 UNIDADE DE SAUDE ASSIS BRASIL 2237245 4 4 0 0 0 0 2 2 UNIDADE DE SAUDE SAO BORJA (PSF) 2237423 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE BECO DOS COQUEIROS(PSF) 2264218 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS I 2265214 4 4 0 0 1 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS II (PSF) 2264250 4 4 0 0 0 0 3 1 UNIDADE DE SAUDE ASA BRANCA (PSF) 2264617 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE NOVA BRASILIA 2264633 3 2 1 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE NOVA GLEBA (PSF) 2264641 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE VILA ELIZABETE 2264676 4 4 0 0 0 0 2 2 UNIDADE DE SAUDE SARANDI 2264684 2 2 0 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE SANTA ROSA 2264692 5 3 2 1 0 0 3 1 UNIDADE BASICA DE SAUDE RAMOS 2264706 7 6 1 0 1 0 4 2 UNIDADE DE SAUDE JENOR JARROS (PSF) 2264714 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SAO CRISTOVAO 2264854 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE RUBEM BERTA 2264862 4 3 1 0 0 0 3 1 UNIDADE DE SAUDE PLANALTO (PSF) 2264919 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE COSTA E SILVA 2265087 3 3 0 1 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE PARQUE DOS MAIAS 2265095 2 1 1 1 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE JARDIM LEOPOLDINA 2265125 3 3 0 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA APARECIDA 2265206 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTA FÉ (PSF) 3321428 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTA MARIA (PSF) 3321401 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE ESPERANÇA-CORDEIRO(PSF) 5377978 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTO AGOSTINHO(PSF) 3927997 NA NA NA NA NA NA NA NA Gerência Leste-Nordeste GD4 TOTAL 58 46 12 4 0 1 34 19 UNIDADE DE SAUDE MILTA RODRIGUESI (PSF) 2237237 4 4 0 0 0 0 2 2 UNIDADE DE SAUDE JARDIM CARVALHO (PSF) 2237946 2 2 0 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE JAR PROTASIO ALVES (PSF) 2237954 NA NA NA NA NA NA NA NA CENTRO DE SAUDE BOM JESUS 2264188 16 11 5 1 0 0 11 4 UNIDADE DE SAUDE JARDIM DA FAPA (PSF) 2264196 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE MATO SAMPAIO (PSF) 2264765 3 3 0 0 0 0 3 0 UNIDADE DE SAUDE VILA BRASILIA (PSF) 2264773 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE VILA PINTO (PSF) 2264781 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE LARANJEIRAS (PSF) 2264803 3 2 1 1 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE TIJUCA (PSF) 2237733 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SAFIRA (PSF) 2264889 2 1 1 1 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SAFIRA NOVA (PSF) 2237911 3 3 0 0 0 0 3 0 UNIDADE DE SAUDE TIMBAUVA (PSF) 2237210 7 6 1 0 0 0 4 3 UNIDADE DE SAUDE MORRO SANTANA 2237792 4 4 0 0 0 0 1 3 UNIDADE DE SAUDE VILA JARDIM 2264846 3 2 1 0 0 1 2 0 UNIDADE DE SAUDE CHACARA DA FUMACA 2264870 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE WENCESLAU FONTOURA (PSF) 2264897 1 0 1 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE VILA SESC 2265133 2 1 1 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE BARAO DE BAGE 2265141 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE DIVINA PROVIDENCIA 2265184 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE COINMA 2265192 0 0 0 0 0 0 0 0 UBS PUC ( CAMPOS APROXIMADO) HOSPITAL 2262568 2 1 1 1 0 0 1 0 GERÊNCIA GLORIA-CRUZEIRO GD5 TOTAL 69 58 11 0 0 4 48 17 UNIDADE DE SAUDE APARICIO BORGES 2237288 2 1 1 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE ORFANOTROFIO (PSF) 2237296 1 (GEMELAR) 1 0 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE CRISTAL 2237318 7 6 1 0 0 1 4 2 UNIDADE DE SAUDE CRUZEIRO DO SUL(PSF) 2237326 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE OSMAR FREITAS (PSF) 2237512 3 3 0 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE GRACILIANO RAMOS (PSF) 2237903 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE SAO GABRIEL (PSF) 2264226 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SANTA TEREZA (PSF) 2264315 10 9 1 0 0 0 8 2 UNIDADE DE SAUDE BELEM VELHO 2264498 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE TRONCO 2264927 5 4 1 0 0 1 2 2 UNIDADE DE SAUDE SANTA ANITA (PSF) 2264935 3 3 0 0 0 1 2 0 UNIDADE DE SAUDE VILA GAUCHA 2264994 3 2 1 0 0 0 3 0 UNIDADE DE SAUDE JARDIM CASCATA 2264951 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE MATO GROSSO (PSF) 2264978 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE PRIMEIRO DE MAIO 2264986 5 5 0 0 0 0 3 2 UNIDADE DE SAUDE ESTRADA DOS ALPES 2265028 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE VILA CRUZEIRO (FEBEM) 2265036 7 6 1 0 0 1 4 2 UNIDADE DE SAUDE GLORIA 2265044 5 5 0 0 0 0 5 0 UNIDADE DE SAUDE ALTO EMBRATEL (PSF) 2265222 3 3 0 0 0 0 2 1 CENTRO DE SAUDE VILA DOS COMERCIARIOS 2693356 8 3 5 0 0 0 5 3 UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS(PSF)3306453 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE DIVISA (ANTIGO 3857883) (PSF) 3979938 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DE BELEM (PSF) 6027725 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE RINCAO (PSF) 5007518 NA NA NA NA NA NA NA NA Gerência Sul /Centro-Sul GD6 TOTAL 51 45 6 0 0 2 33 16 UNIDADE DE SAUDE MORADAS DA HIPICA (PSF) 8013632 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE CAMPOS DO CRISTAL (PSF) 2237539 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE CIDADE DE DEUS (PSF) 2264420 2 0 2 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE MORRO DOS SARGENTOS (PSF) 2264439 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SAO VICENTE MARTIR (PSF) 2264447 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE BECO DO ADELAR 2264463 3 3 0 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE CALABRIA 2264501 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE CAMAQUA 2264528 9 8 1 0 0 0 5 4 UNIDADE DE SAUDE CAMPO NOVO 2264536 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE IPANEMA 2264544 2 1 1 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE JARDIM DAS PALMEIRAS 2264552 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE MONTE CRISTO 2264579 6 6 0 0 0 0 5 1 UNIDADE DE SAUDE TRISTEZA 2264595 7 6 1 0 0 0 4 3 UNIDADE DE SAUDE ALTO EREXIM (PSF) 2264943 8 7 1 0 0 0 6 2 UNIDADE DE SAUDE NONOAI 2265001 7 7 0 0 0 2 4 1 UNIDADE DE SAUDE VILA NOVA IPANEMA 6247938 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE GUARUJA 2693437 NA NA NA NA NA NA NA NA Gerência Partenon/Lomba do Pinheiro GD7 TOTAL 61 55 6 0 0 5 36 20 UNIDADE DE SAUDE MAPA 2237342 6 5 1 0 0 0 4 2 UNIDADE DE SAUDE PANORAMA 2237350 4 4 0 0 0 0 1 3 UNIDADE DE SAUDE BANANEIRAS 2237369 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE SAO JOSE 2237377 5 5 0 0 0 0 4 1 CENTRO DE SAUDE LOMBA DO PINHEIRO 2693402 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE HERDEIROS (PSF) 2237458 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE PITORESCA (PSF) 2237482 2 2 0 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE PANORAMA(PSF) 2237750 2 2 0 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE ESMERALDA (PSF) 2264722 5 4 1 0 0 1 3 1 UNIDADE DE SAUDE SAO PEDRO (PSF) 2264730 5 4 1 0 0 0 3 2 UNIDADE DE SAUDE VICOSA (PSF) 2264757 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE SAO CARLOS 2264838 3 2 1 0 0 0 3 0 UNIDADE DE SAUDE PEQUENA CASA DA CRIANCA 2264269 5 4 1 0 0 1 4 0 UNIDADE DE SAUDE II 8006822 4 3 1 0 0 0 3 1 UNIDADE DE SAUDE V 8006830 3 3 0 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE IV 8006849 3 3 0 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE VI 8006857 6 6 0 0 0 1 3 2 UNIDADE DE SAUDE VII 8006865 1 1 0 0 0 1 0 0 UNIDADE DE SAUDE VIII 8006873 1 1 0 0 0 1 0 0 CENTRO DE SAUDE ESCOLA MURIALDO 8006881 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE III 8006903 2 2 0 0 0 0 0 2 Gerência Restinga/Extremo-Sul GD8 TOTAL 44 39 5 1 1 1 23 18 UNIDADE DE SAUDE 5ª UNIDADE (PSF) 2264234 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE CHACARA DO BANCO (PSF) 2264412 4 4 0 0 0 0 3 1 UNIDADE DE SAUDE PONTA GROSSA I (PSF) 2264455 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE PITINGA (PSF) 2264749 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE CASTELO (PSF) 2693410 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE PAULO VIARO(PSF) NA NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE BELEM NOVO 2264471 4 4 0 0 0 0 3 1 UNIDADE DE SAUDE LAMI 2264560 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE RESTINGA 2264587 22 18 4 1 1 1 9 10 UNIDADE DE SAUDE MACEDONIA 2264609 10 9 1 0 0 0 6 4 Unidades de Saúde TOTAL 2008 GESTANTE GEST C/PN GEST S/PN OU IGN ABORTO NATIMORTO INFECTADA /OBITO PERDA NÃO INFECTADA SEGUIMENTO Gerência Centro GD1 TOTAL 35 26 9 2 1 0 16 16 UNIDADE DE SAUDE SANTA CECILIA 2264382 2 2 0 0 0 0 0 2 CENTRO DE SAUDE SANTA MARTA 2237334 22 14 8 2 0 0 10 10 PSF SEM DOMICÍLIO 5463890 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE SANTA MARTA(PSF) 5463874 NA NA NA NA NA NA NA NA CENTRO DE SAUDE MODELO 2264390 11 10 1 0 1 0 6 4 Gerência Noroeste/Hum-Naveg-Ilhas GD2 TOTAL 44 34 10 5 0 2 13 24 UNIDADE DE SAUDE ILHA DA PINTADA 2237113 0 0 0 0 0 0 0 0 CENTRO DE SAUDE VILA IAPI 2237385 7 5 2 1 0 0 2 4 UNIDADE DE SAUDE NAZARE (PSF) 2237504 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE FARRAPOS 2264285 14 12 2 2 0 1 6 5 CENTRO DE SAUDE NAVEGANTES 2264331 7 5 2 1 0 0 0 6 UNIDADE DE SAUDE ILHA DOS MARINHEIROS 2264366 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE DIRETOR PESTANA 2264374 5 3 2 1 0 0 1 3 UNIDADE DE SAUDE VILA IPIRANGA 2264811 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE JARDIM ITU 2265079 4 3 1 0 0 0 1 3 UNIDADE DE SAUDE VILA FLORESTA 2265109 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE HOSPITAL CONCEIÇÃO 2265168 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SANTISSIMA TRINDADE 2265176 3 2 1 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE BATISTA FLORES 2264900 1 1 0 0 0 1 0 0 UNIDADE DE SAUDE MARIO QUINTANA (PSF) 3437159 0 0 0 0 0 0 0 0 Gerência Norte/Eixo Baltazar GD3 TOTAL 40 33 7 5 4 0 17 14 UNIDADE DE SAUDE ASSIS BRASIL 2237245 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE SAO BORJA (PSF) 2237423 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE BECO DOS COQUEIROS(PSF) 2264218 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS I 2265214 5 4 1 3 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE PASSO DAS PEDRAS II (PSF) 2264250 3 2 1 0 1 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE ASA BRANCA (PSF) 2264617 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE NOVA BRASILIA 2264633 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE NOVA GLEBA (PSF) 2264641 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE VILA ELIZABETE 2264676 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE SARANDI 2264684 3 2 1 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE SANTA ROSA 2264692 3 2 1 1 0 0 1 1 UNIDADE BASICA DE SAUDE RAMOS 2264706 5 4 1 0 1 0 1 3 UNIDADE DE SAUDE JENOR JARROS (PSF) 2264714 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SAO CRISTOVAO 2264854 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE RUBEM BERTA 2264862 7 6 1 1 0 0 4 2 UNIDADE DE SAUDE PLANALTO (PSF) 2264919 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE COSTA E SILVA 2265087 4 4 0 0 1 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE PARQUE DOS MAIAS 2265095 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE JARDIM LEOPOLDINA 2265125 2 1 1 0 1 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA APARECIDA 2265206 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTA FÉ (PSF) 3321428 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTA MARIA (PSF) 3321401 2 2 0 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE ESPERANÇA-CORDEIRO(PSF) 5377978 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE SANTO AGOSTINHO(PSF) 3927997 NA NA NA NA NA NA NA NA Gerência Leste-Nordeste GD4 TOTAL 57(1 GEMELAR) 51(1 GEMELAR) 6 5 3 1 22 27 UNIDADE DE SAUDE MILTA RODRIGUESI (PSF) 2237237 2 2 0 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE JARDIM CARVALHO (PSF) 2237946 4 4 0 0 0 0 1 3 UNIDADE DE SAUDE JARDIM PROTASIO ALVES (PSF) 2237954 NA NA NA NA NA NA NA NA CENTRO DE SAUDE BOM JESUS 2264188 7 6 1 0 1 0 1 5 UNIDADE DE SAUDE JARDIM DA FAPA (PSF) 2264196 6 6 0 0 1 0 3 2 UNIDADE DE SAUDE MATO SAMPAIO (PSF) 2264765 3 2 1 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE VILA BRASILIA (PSF) 2264773 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE VILA PINTO (PSF) 2264781 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE LARANJEIRAS (PSF) 2264803 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE TIJUCA (PSF) 2237733 3 2 1 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE SAFIRA (PSF) 2264889 4( 1 GEMELAR) 4(1 GEMELAR) 0 1 0 0 4 0 UNIDADE DE SAUDE SAFIRA NOVA (PSF) 2237911 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE TIMBAUVA (PSF) 2237210 6 6 0 0 0 0 4 2 UNIDADE DE SAUDE MORRO SANTANA 2237792 2 1 1 1 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE VILA JARDIM 2264846 2 1 1 1 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE CHACARA DA FUMACA 2264870 11 10 1 2 0 0 2 7 UNIDADE DE SAUDE WENCESLAU FONTOURA (PSF) 2264897 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE VILA SESC 2265133 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE BARAO DE BAGE 2265141 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE DIVINA PROVIDENCIA 2265184 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE COINMA 2265192 0 0 0 0 0 0 0 0 UBS PUC ( CAMPOS APROXIMADO) HOSPITAL 2262568 3 3 0 0 1 1 0 1 GERÊNCIA GLORIA-CRUZEIRO GD5 TOTAL 55 43 12 1 3 1 25 25 UNIDADE DE SAUDE APARICIO BORGES 2237288 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE ORFANOTROFIO (PSF) 2237296 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE CRISTAL 2237318 6 1 5 1 1 1 1 2 UNIDADE DE SAUDE CRUZEIRO DO SUL(PSF) 2237326 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE OSMAR FREITAS (PSF) 2237512 3 3 0 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE GRACILIANO RAMOS (PSF) 2237903 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE SAO GABRIEL (PSF) 2264226 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE SANTA TEREZA (PSF) 2264315 3 3 0 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE BELEM VELHO 2264498 4 3 1 0 0 0 4 0 UNIDADE DE SAUDE TRONCO 2264927 5 4 1 0 0 0 1 4 UNIDADE DE SAUDE SANTA ANITA (PSF) 2264935 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE VILA GAUCHA 2264994 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE JARDIM CASCATA 2264951 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE MATO GROSSO (PSF) 2264978 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE PRIMEIRO DE MAIO 2264986 2 1 1 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE ESTRADA DOS ALPES 2265028 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE VILA CRUZEIRO (FEBEM) 2265036 6 4 2 0 0 0 4 2 UNIDADE DE SAUDE GLORIA 2265044 7 7 0 0 0 0 3 4 UNIDADE DE SAUDE ALTO EMBRATEL (PSF) 2265222 0 0 0 0 0 0 0 0 CENTRO DE SAUDE VILA DOS COMERCIARIOS 2693356 13 11 2 0 2 0 5 6 UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS(PSF) 3306453 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE DIVISA (ANTIGO 3857883) (PSF) 3979938 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE NOSSA SENHORA DE BELEM (PSF) 6027725 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE RINCAO (PSF) 5007518 1 1 0 0 0 0 1 0 Gerência Sul /Centro-Sul GD6 TOTAL 31 26 5 2 0 1 9 19 UNIDADE DE SAUDE MORADAS DA HIPICA (PSF) 8013632 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE CAMPOS DO CRISTAL (PSF) 2237539 2 2 0 0 0 0 0 2 UNIDADE DE SAUDE CIDADE DE DEUS (PSF) 2264420 4 3 1 0 0 0 0 4 UNIDADE DE SAUDE MORRO DOS SARGENTOS (PSF) 2264439 1 1 0 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE SAO VICENTE MARTIR (PSF) 2264447 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE BECO DO ADELAR 2264463 4 4 0 0 0 1 0 3 UNIDADE DE SAUDE CALABRIA 2264501 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE CAMAQUA 2264528 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE CAMPO NOVO 2264536 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE IPANEMA 2264544 2 1 1 1 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE JARDIM DAS PALMEIRAS 2264552 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE MONTE CRISTO 2264579 2 1 1 1 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE TRISTEZA 2264595 3 2 1 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE ALTO EREXIM (PSF) 2264943 1 0 1 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE NONOAI 2265001 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE VILA NOVA IPANEMA 6247938 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE GUARUJA 2693437 4 4 0 0 0 0 2 2 Gerência Partenon/Lomba do Pinheiro GD7 TOTAL 55 41 14 2 1 2 17 33 UNIDADE DE SAUDE MAPA 2237342 8 5 3 0 0 1 3 4 UNIDADE DE SAUDE PANORAMA 2237350 6 4 2 1 0 0 0 5 UNIDADE DE SAUDE BANANEIRAS 2237369 4 1 3 0 0 0 0 4 UNIDADE DE SAUDE SAO JOSE 2237377 4 3 1 0 0 0 3 1 CENTRO DE SAUDE LOMBA DO PINHEIRO 2693402 3 3 0 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE HERDEIROS (PSF) 2237458 1 1 0 0 0 0 1 0 UNIDADE DE SAUDE PITORESCA (PSF) 2237482 2 1 1 1 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE PANORAMA(PSF) 2237750 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE ESMERALDA (PSF) 2264722 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE SAO PEDRO (PSF) 2264730 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE VICOSA (PSF) 2264757 3 2 1 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE SAO CARLOS 2264838 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE PEQUENA CASA DA CRIANCA 2264269 10 8 2 0 1 0 0 9 UNIDADE DE SAUDE II 8006822 2 1 1 0 0 1 0 1 UNIDADE DE SAUDE V 8006830 2 2 0 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE IV 8006849 4 4 0 0 0 0 4 0 UNIDADE DE SAUDE VI 8006857 2 2 0 0 0 0 1 1 UNIDADE DE SAUDE VII 8006865 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE VIII 8006873 0 0 0 0 0 0 0 0 CENTRO DE SAUDE ESCOLA MURIALDO 8006881 NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE III 8006903 2 2 0 0 0 0 0 2 Gerência Restinga/Extremo-Sul GD8 TOTAL 36 28 8 0 0 1 16 19 UNIDADE DE SAUDE 5ª UNIDADE (PSF) 2264234 3 3 0 0 0 0 1 2 UNIDADE DE SAUDE CHACARA DO BANCO (PSF) 2264412 3 3 0 0 0 0 3 0 UNIDADE DE SAUDE PONTA GROSSA I (PSF) 2264455 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE PITINGA (PSF) 2264749 1 0 1 0 0 0 0 1 UNIDADE DE SAUDE CASTELO (PSF) 2693410 0 0 0 0 0 0 0 0 UNIDADE DE SAUDE PAULO VIARO(PSF) NA NA NA NA NA NA NA NA NA UNIDADE DE SAUDE BELEM NOVO 2264471 3 3 0 0 0 0 2 1 UNIDADE DE SAUDE LAMI 2264560 2 2 0 0 0 0 2 0 UNIDADE DE SAUDE RESTINGA 2264587 8 4 4 0 0 0 0 8 UNIDADE DE SAUDE MACEDONIA 2264609 16 13 3 0 0 1 8 7 06 BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010

Tabela comparativa do número de casos notificados e investigados até a semana epidemiológica 48 (SE 48) pela Equipe de Vigilância das Doenças Transmissíveis nos anos de 2009 e 2010.* Agravos Total de Casos Casos Residentes em POA Investigados Confirmados Investigados Confirmados 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 Acidentes com animais peçonhentos 82 71 82 71 33 24 33 24 Aids 2123 1703 2123 1703 1703 1299 1703 1299 >13 anos 2080 1664 1673 1273 < 13 anos 43 39 30 26 Atendimento anti-rábico 4378 1792 4378 1792 4378 1792 4378 1792 Botulismo 0 0 0 0 0 0 0 0 Carbunculo ou Antraz 0 0 0 0 0 0 0 0 Caxumba 53 61 NA NA 53 61 NA NA Cólera 1 0 0 0 1 0 0 0 Coqueluche 134 80 78 39 86 44 51 20 Dengue 58 291 14 80 48 292 11 50 Difteria 3 0 0 0 2 0 0 0 Doença de Chagas ( casos agudos) 0 0 0 0 0 0 0 0 Doença de Creutzfeld-Jacob 4 0 0 0 2 0 0 0 Doença Exantemática 60 115 0 7 59 96 0 7 Rubéola 29 86 0 0 59 70 0 0 Sarampo 0 29 0 7 0 26 0 7 Esquistossomose 0 0 0 0 0 0 0 0 Eventos Adversos Pós-vacinação 515 698 515 698 515 698 515 698 Febre Amarela 6 1 1 0 3 0 0 0 Febre do Nilo Ocidental 0 0 0 0 0 0 0 0 Febre Maculosa 0 1 0 0 0 1 0 0 Febre Tifóide 0 0 0 0 0 0 0 0 Gestantes HIV + e Criança Exposta 653 501 653 501 420 335 420 335 Hanseníase 54 32 54 32 19 6 19 6 Hantavirose 8 1 0 0 4 0 0 0 Hepatites Virais 1880 1399 1808 1309 1823 1286 1759 1207 Hepatite A 57 119 53 112 Hepatite B 294 186 277 152 Hepatite C 1442 993 1414 935 Hepatite B+C 14 9 14 6 Hepatite A/B ou A/C 1 2 1 2 Influenza A(H1N1) e/ou SRAG 1603 285 654 0 1015 285 444 0 Leishmaniose Tegumentar Americana 2 3 2 3 2 3 2 3 Leishmaniose Visceral ** 3 0 2 0 0 0 0 0 Leptospirose 241 219 73 62 142 141 43 38 Malaria** 3 6 2 6 1 3 1 1 Meningites 1091 771 920 546 522 404 503 305 Doença meningocócica 24 22 16 9 M. bacteriana 145 74 69 37 M. outras etiologias 92 59 49 36 M. haemophilus 1 4 1 2 M. não especificada 163 138 71 63 M. pneumococo 38 22 24 13 M. tuberculosa 65 24 40 8 M. viral 392 203 232 137 Peste 0 0 0 0 0 0 0 0 Poliomielite/Paralisia Flácida Aguda 13 12 0 0 4 4 0 0 Raiva Humana 0 0 0 0 0 0 0 0 Sífilis Congênita 291 253 291 253 212 185 212 185 Sífilis em gestante 188 156 188 156 144 133 144 133 Síndrome da Rubéola Congênita 1 1 1 0 1 1 1 0 Tétano Acidental 6 2 5 2 3 0 2 0 Tétano Neonatal 0 0 0 0 0 0 0 0 Tuberculose 2659 2208 2659 2208 2106 1681 2106 1681 Casos Novos 2079 1576 1714 1249 Tularemia 0 0 0 0 0 0 0 0 Varicela 1961 2350 NA NA 1961 2347 NA NA Varíola 0 0 0 0 0 0 0 0 Total 18103 13127 15321 11217 NA: Não se aplica/ considerado caso pela notificação * dados sujeitos a revisão **casos confirmados importados BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010 07

Implantação de Novas Vacinas no Calendário Vacinal da Criança. Enfª Patricia Couto Wiederkehr. O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, incluiu no ano de 2010 as vacinas Meningocócica C Conjugada e Pneumocócica 10 valente no calendário básico de vacinação da criança. A implantação da vacina Meningocócica C tem como objetivo prevenir as doenças invasivas provocadas pela bactéria Neisseria Meningitidis do sorogrupo C, que causa infecções graves, muitas vezes, fatais, como a meningite e a sepses. A estratégia de implantação do Ministério da Saúde é vacinar com a Vacina Meningocócica C - Conjugada todas as crianças de 3 meses a menores de 02 anos, com o seguinte esquema: Idade e meses Nº Doses 3 a 9 meses 2 doses (intervalo de 2m entre as doses) 10 e 11 meses 2 doses (intervalo de 2 meses entre as doses) 12 a 24 meses Dose única incompletos Reforço Reforço a partir dos 12meses com intervalo de 2 meses entre as doses Não receberá dose de reforço Não tem reforço A implantação da vacina Pneumocócica 10-Valente (Conjugada) também significou um grande avanço para a saúde pública, uma vez que protegerá as crianças menores de dois anos de idade contra doenças invasivas e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F. A infecção por Streptococcus Pneumoniae é uma importante causa de morbi-mortalidade em todo o mundo e se constitui em uma das prioridades atuais da Saúde Pública. O esquema de vacinação preconizado pelo Programa Nacional de Imunização é de 3 doses, a partir de 2 meses de idade, com uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses de idade. Crianças a partir do 7 mês está indicada duas doses com intervalo de dois meses e uma dose de reforço entre 12 a 15 meses de idade. A partir de 10 meses são apenas 2 doses e não está indicada dose de reforço. A partir de 1 ano até 1A11M29D está indicada dose única. O município de Porto Alegre implantou a vacina Pneumocócica 10-Valente em junho/2010 e a vacina Meningocócica C conjugada em novembro/2010. Os profissionais da Rede Básica de Saúde foram capacitados para este trabalho, e a população tem procurado a vacina que está disponível em todas as Unidades de Saúde da cidade para as crianças menores de 2 anos. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Proposta para introdução da vacina pneumocócica 10-valente no calendário básico de vacinação da criança. Brasília, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. Proposta para introdução da vacina meningogócica C conjugada no calendário básico de vacinação da criança. Brasília, 2010. E X P E D I E N T E 08 SECRETÁRIO MUNICIPAL DA SAÚDE Carlos Henrique Casarteli COORDENADOR DA COORDENADORIA GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Anderson Araújo de Lima CHEFE DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Rosane Simas Gralha MEMBROS DA EQUIPE DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Adelaide Kreutz Pustai / Ana Salete de G. Munhoz / Ana Sir C. Golçalves André Luiz M. da Silva / Ângela M. L. Echevarria / Carla R. B. Vargas / Cerli Cristófio Pereira Débora B. G. Leal / Dimas Alexandre Kliemann / Eliane C. Elias / Eliane de S. Neto Isete Maria Stela / Lisiane M. W. Acosta / Marcelo J. Vallandro / Márcia C. Calixto Márcia C. Santana / Maria Aparecida M. Vilarino / Maria da Graça S. de Bastos Maria de Fátima de Bem / Maria Neves R. Aquino / Marilene R. Mello / Mariloy T. Viegas Maristela Fiorini / Maristele A. Moresco / Naiar S. Marques / Patrícia C. Wiederkehr Patrícia Z. Lopes / Paulina B. Cruz / Rosane Simas Gralha / Simone Sá B. Garcia Sônia Eloisa O. de Freitas / Sônia V. Thiesen / Vera L. J. Ricaldi / Vera R. da S. Carvalho TIRAGEM: 2.000 Exemplares Periodicidade trimestral. Sugestões e colaborações podem ser enviadas para: Av. Padre Cacique nº 372 Bairro Menino Deus - Porto Alegre - RS PABX: (51) 3289.2400 E-mail: epidemio@sms.prefpoa.com.br Esta publicação encontra-se disponível no endereço eletrônico: www.portoalegre.rs.gov.br/sms no formato PDF Prefeitura de Porto Alegre Secretaria Municipal de Saúde Editoração e Impressão: A. R. Ribeiro Pinto Fone: (51) 3364.2576 Distrito Industrial Cachoeirinha/RS BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO - Ano XII, nº 44, Novembro 2010