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Transcrição:

Trem de Alta Velocidade (TAV) - campinas/rio de janeiro O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou, entre dezembro/2009 a junho/2010, a viabilidade técnica e econômica do modelo escolhido para implementação da Estrada de Ferro EF-222, também chamada de Trem de Alta Velocidade (TAV). Esse tipo de sistema ferroviário, utilizado no transporte de passageiros, compreende, em geral, linhas projetadas e construídas para trens capazes de desenvolver velocidades iguais ou superiores a 200 km/h. Por se tratar de concessão precedida de obra pública, o TCU procurou aferir, entre outros, a regularidade, consistência e exatidão dos valores, estudos e licenças relativos aos aspectos técnicos, financeiros e ambientais que caracterizam o empreendimento. As receitas previstas para a concessão somam R$193,3 bilhões, em valores correntes. As obras civis envolvem R$22,9 bilhões, 69% do valor total de R$33,1 bilhões necessários à construção do empreendimento. Entre as obras, estão previstos 90,9 km de túneis, que são responsáveis por R$10,7 bilhões, e 103 quilômetros de pontes e viadutos, que respondem por R$7,11 bilhões. Representação esquemática do traçado referencial e estações Fonte: Relatório Halcrow/Sinergia (http://www.tavbrasil.gov.br/tracado.asp). O serviço expresso do TAV será ofertado entre os municípios do Rio de Janeiro (estação de Barão de Mauá), de São Paulo (estação do Campo de Marte) e de Campinas (localização não definida). O serviço regional de longa e de curta distância inclui estações obrigatórias no Aeroporto de Galeão (RJ), no Vale do Paraíba fluminense (Volta Redonda), no Vale do Paraíba paulista (São José dos Campos), nos Aeroportos de Guarulhos (SP) e de Viracopos (SP). A estação de Aparecida do Norte (SP), apesar de obrigatória, é destinada ao turismo e, por isso, poderá ser usada apenas nos fins de semana e feriados. As estações nos municípios de Resende (RJ) e Jundiaí (SP) são consideradas opcionais no Estudo de Viabilidade Técnica, Econômico-Financeira e Ambiental (EVTE). Além disso, o futuro concessionário poderá definir outras estações caso haja interesse. Principais situações identificadas No decorrer dos trabalhos, o TCU identificou algumas impropriedades, tais como: Insuficiência dos estudos geológico-geotécnicos; Deficiência na definição do traçado referencial; Inconsistências e imprecisões nos quantitativos e nos custos unitários dos serviços.

No tocante aos parâmetros econômico-financeiros, o Tribunal concluiu que a estruturação do projeto apresentou inadequações que poderão ser sanadas por ocasião do edital e minuta de contrato. São elas: Ausência de previsão de serviços de alimentação, banheiros, acesso para cadeira de rodas e espaço de bagagens no TAV; Ausência de previsão de tempo mínimo de viagem análogo ao considerado no EVTE; Ausência de parâmetros especificadores da operação do TAV nas estações localizadas nos aeroportos e entre o Campo de Marte e o Aeroporto Internacional de Guarulhos; Ausência de tarifa-teto que remunerará os serviços regionais, conforme estabelecida no estudo de demanda; Ausência de cláusula tendente a reverter as receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados em prol da modicidade tarifária; e Impropriedade quanto à fórmula para reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Deliberações do TCU O TCU determinou à ANTT que estabelecesse os seguintes itens no edital e na minuta de contrato da concessão: Previsão de oferta de serviços, que poderão incluir vagão restaurante, banheiros, acesso para cadeira de rodas e espaço de bagagens; Parâmetros especificadores da operação do TAV nas estações localizadas nos aeroportos e entre o Campo de Marte e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, de forma a conferir previsibilidade a esse serviço no que atine a tarifa-teto, grade horária etc.; Vedação quanto a pedido de reequilíbrio econômico-financeiro, por parte do contratado, em decorrência da frustração da demanda projetada pelos estudos de viabilidade, bem como o estabelecimento de outros mecanismos que venham a proteger o erário no caso de inviabilidade do empreendimento decorrente de tal frustração; Condições para reequilíbrio econômico-financeiro do contrato a ser firmado de acordo com os parâmetros do Weighted Average Cost of Capital (WACC); Garantias para assegurar a plena execução do contrato e o adimplemento das obrigações assumidas pelo licitante vencedor, dada a complexidade técnica do projeto, o grande vulto do empreendimento, a participação de recursos do BNDES no financiamento da obra e os riscos envolvidos, sobretudo quanto ao nível da demanda projetada; Cláusula tendente a reverter as receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados em prol da modicidade tarifária; Previsão de revisões tarifárias ordinárias, preferencialmente quinquenais, de forma a reverter parte dos benefícios advindos do avanço tecnológico e outros ganhos de eficiência em prol da modicidade tarifária; Valor-teto de R$ 19,977 bilhões para manter a participação percentual de 60,3%, para o financiamento público global do empreendimento, o limite percentual de crédito dos gastos comprovados pela concessionária e as parcelas a serem desembolsadas a título de financiamento público de acordo com a estrutura de capital da proposta vencedora; Cláusula de disclosure tendente a possibilitar à ANTT e ao órgão de controle externo o acesso à documentação comprobatória dos investimentos realizados durante a execução contratual; e Restrições físico-geográficas como medida limitadora da exposição do poder concedente ao risco de sobrecusto ambiental. Acordão TCU nº 1.510/2010-Plenário - 30/06/2010 Relator: Ministro Augusto Nardes Para mais informações, acesse www.tcu.gov.br/controleregulacao Tribunal de Contas da União www.tcu.gov.br 1ª Secretaria de Fiscalização de Desestatização e Regulação sefid-1@tcu.gov.br Tel. 55 (61) 33167384 Fax. 55 (61) 33167545

Concessões de rodovias federais O Programa de Concessões de Rodovias Federais (Procofe) abrange 11.191,1 km de rodovias para concessão total. Cabe ao Tribunal de Contas da União (TCU), por força da Constituição, fiscalizar as concessões dessas rodovias. A 1ª Etapa do Procofe incluiu cinco trechos rodoviários com extensão total de 868,7 km, que tinham sido objeto de pedágio pelo Ministério dos Transportes. Tabela nº 1: Concessionárias da 1ª Etapa do Procofe Rodovias Segmento rodoviário Concessionária Extensão (Km) Investimento Previsto (R$ bilhões) BR-116/RJ/SP Rio de Janeiro - São Paulo NovaDutra - Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S/A 402,0 0,905 BR-101/RJ Ponte Presidente Costa e Silva Ponte - Ponte Rio Niterói S/A 23,3 0,830 BR-040/MG/RJ Juiz de Fora - Rio de Janeiro Concer - Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora - Rio 179,9 0,416 BR-116/RJ Além Paraíba - Teresópolis CRT - Concessionária Entroncamento BR 040/RJ Rio - Teresópolis S/A 142,5 0,150 BR-290/RS Osório - Porto Alegre Entroncamento BR 116/RS (Guaíba) Concepa - Concessionária da Rodovia Osório - Porto Alegre S/A 121,0 0,167 TOTAL 868,7 1,600 A fiscalização da 1ª Etapa do Procofe ocorreu durante a execução contratual, mediante auditorias operacionais, com objetivo de verificar a pertinência dos valores das tarifas cobradas e dos ajustes ocorridos no plano de investimentos e no fluxo de caixa das concessionárias e certificar a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em virtude de reajustes e revisões das tarifas. A 2ª Etapa do Procofe foi concluída em fevereiro e março de 2008 com a assinatura dos contratos de concessão de sete trechos rodoviários. Tabela nº 2: Concessionárias da 2ª Etapa do Procofe Rodovias Segmento rodoviário Concessionária BR-153/SP Divisa MG/SP - Divisa SP/PR Transbrasiliana Concessionária de Rodovia S/A Extensão (Km) Investimento Previsto (R$ bilhões) 321,60 1,5 BR-116/PR/SC Curitiba - Divisa SC/RS Autopista Planalto Sul S/A 412,70 1,9 BR-393/RJ BR-101/RJ Divisa MG/RJ - Entroncamento BR-116 (Via Dutra) Divisa RJ/ES - Ponte Presidente Costa e Silva Rodovia do Aço S/A 200,35 1,1 Autopista Fluminense S/A 320,10 2,3 BR-381/MG/SP Belo Horizonte - São Paulo Autopista Fernão Dias S/A 562,10 3,4 BR-116/SP/PR São Paulo - Curitiba Autopista Régis Bittencourt S/A 401,60 3,8 BR-116/376/ PR e 101/SC Curitiba - Florianópolis Concessionária Autopista Litoral Sul S/A 382,33 3,1 TOTAL 2.600,78 17,3

A fiscalização da 2ª etapa do Procofe ocorreu na fase de outorga das concessões, nos termos da Instrução Normativa TCU nº 46/2004, referente à análise dos estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental (EVTE), com intuito de: a. Assegurar a consistência e robustez do preço máximo de referência da licitação; b. Verificar a fundamentação do EVTE quanto aos investimentos, aos custos operacionais, à rentabilidade, às questões ambientais, entre outros aspectos, a fim de evitar que sejam cobradas tarifas sobrevalorizadas do usuário da rodovia. Principais situações identificadas Abordagem incompleta quanto à obrigatoriedade de recuperação e de proteção do meio ambiente afetado pelas rodovias durante a execução contratual; Inexatidão quanto ao nível de serviço requerido, tais como definição dos critérios, parâmetros, procedimentos e padronizações; Falta de acompanhamento de valores e quantitativos orçados de novos investimentos, o que poderia majorar a tarifa cobrada dos usuários; Cobrança indevida do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) sem previsão legal, o que majorou as tarifas de pedágio até o ano de 1999, correspondente a 5% sobre a receita bruta de pedágio; Alocação de investimentos não previstos originalmente no fluxo de caixa e que não se traduziam em benefícios diretos para os usuários da rodovia. Deliberações do TCU Diante dos achados acima mencionados, o TCU fez algumas determinações e recomendações à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT): Determinações Acordãos Ministro-relator Supressão dos investimentos incluídos indevidamente no fluxo de caixa TCU nº 1.316/2005-Plenário - 31/08/2005 Valmir Campelo Exclusão do ISSQN Identificação das responsabilidades das partes contratuais quanto à recuperação do passivo ambiental; Inclusão de definição dos critérios, parâmetros, procedimentos e padronizações que permitam aferir o nível de serviço de operação da rodovia, a fim de possibilitar maior transparência acerca da qualidade do serviço prestado; Inclusão de cláusula prevendo a revisão periódica da tarifa a fim de repassar os ganhos decorrentes de produtividade e da eficiência tecnológica, o aumento ou a redução extraordinária dos custos e/ou das despesas da concessionária. Recomendações Avaliar o impacto do projeto também sob o ponto de vista dos transtornos causados aos municípios limítrofes à rodovia; Efetuar os ajustes necessários se adotado o modelo HCM (Highway Capacity Manual), em especial para as relações peso/potência, os fluxos livres de veículos leves e pesados e a real proporção do fluxo de veículos pesados, para melhor adequá-lo à realidade brasileira. TCU nº 973/2001-Plenário - 21/11/2001 TCU nº 567/2002-Plenário - 29/05/2002 TCU nº 970/2010-Plenário - 05/05/2010 TCU nº 2.299/2005-Plenário - 13/12/2005 TCU nº 682/2010-Plenário - 07/04/2010 TCU nº 683/2010-Plenário - 07/04/2010 Augusto Sherman José Jorge Augusto Nardes Para mais informações, acesse www.tcu.gov.br/controleregulacao Tribunal de Contas da União www.tcu.gov.br 1ª Secretaria de Fiscalização de Desestatização e Regulação sefid-1@tcu.gov.br Tel. 55 (61) 33167384 Fax. 55 (61) 33167545