Percurso de Aprendizagem com Recurso às TIC

Documentos relacionados
Percurso de Aprendizagem com Recurso às TIC

C406. PLANO DE FORMAÇÃO PARA A CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS TIC Nível TRABALHO FINAL

Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar da Nazaré. Atividade de Enriquecimento Curricular TIC. Pré-Escolar Nenúfares

O PORTFOLIO E A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS. Ana Cláudia Cohen Coelho Ana Paula Ferreira Rodrigues

Relatório Final de Avaliação. Acção n.º 5/2010. Plataformas de Gestão de Aprendizagem (LMS) Modalidade: Curso de Formação

ESCOLA SECUNDÁRIA De Bombarral

Projecto de Apoio à Literacia. Introdução. Pesquisa e tratamento de informação

Biblioteca de Escola Secundária/3ºC de Vendas Novas. Plano de acção Nota introdutória

PLANO DE FORMAÇÃO 2013/2015

Que Serviços de Nova Geração para a Educação? Museu da Electricidade 8 de Julho de 2009

A utilização das TIC e do Magalhães

Relatório Final de Avaliação. Ação n.º 24/2010

Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas D. João II. Guião de Pesquisa

Tarefa 4 - Cenário de Aprendizagem

PLANO DE ACÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Plano Nacional de Leitura

PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICA

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. FR ANCISCO FERNANDES LOPES BIBLIOTECA ESCOLAR PLANO DE ACÇÃO

Melhorar as aprendizagens e consolidar conhecimentos. Colmatar as dificuldades ao nível da compreensão oral e escrita.

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico da ESEG

AVALIAÇÃO DAS BE e a MUDANÇA A ORGANIZACIONAL: Papel do CREM/BE no desenvolvimento curricular.

PLANO TIC E D U C A Ç Ã O P RÉ- E S C O L A R E 1 º C I C L O D O E N S I N O B Á S I C O 2012/2013. O Coordenador TIC. Manuel José Gouveia Alves

TIC e Inovação Curricular História de algumas práticas

Relatório Final de Avaliação. Ação n.º 28/2010

Público-alvo: Interessados em fotografia que pretendam desenvolver competências práticas nas principais áreas profissionais da fotografia.

Plano Anual Curricular TIC - Pré-Escolar -

Plano de Ação Estratégica

Relatório Final de Avaliação. Acção n.º 4/2010. Gestão Integrada da Biblioteca Escolar do Agrupamento. Modalidade: Curso de Formação

Plano TIC 2006/2007. Elaborado por: Equipa TIC

PLANO TIC E D U C A Ç Ã O P RÉ- E S C O L A R E 1 º C I C L O

CONCEPÇÃO DE RECURSOS DIDÁCTICOS PARA FORMAÇÃO EM TELETRABALHO Guia do Formador. Ser teletrabalhador P ERFIL, D ELTAC ONSULTORES E ISPA EM P ARCERIA

Uma história lida por uma história contada

Programa Nacional de Ensino do Português (PNEP) 1.º Ciclo do Ensino Básico

Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas de Arraiolos. Ano lectivo 2009/2010

PLANO TIC. Equipa PTE [2012/2013] Agrupamento de Escolas Elias Garcia

Plano de Acção do Departamento do 1.º Ciclo 2010 / 2011

Plano Anual de Atividades

Serra do Saber. Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Plano de Formação

Plano de Formação da Biblioteca Escolar

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES Outubro / Dezembro 2009

Tecnologias de Computadores

E D U C A Ç Ã O P RÉ- E S C O L A R E 1 º C I C L O D O E N S I N O B Á S I C O

A PROMOÇÃO DA LEITURA E AS BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Ensino e aprendizagem com TIC na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do Ensino Básico

PLANO TIC E D U C A Ç Ã O P RÉ- E S C O L A R E 1 º C I C L O

e-manual Premium Experimente em espacoprofessor.pt CIÊNCIAS NATURAIS 9.º ANO

Designação Local Início Fim Horas

Planificação de Actividades do Serviço de Psicologia e Orientação Ano Lectivo 2011/2012


PLANO TIC 2 º E 3 º C I C L O S D O E N S I N O B Á S I C O E N S I N O S E C U N D Á R I O

FORMAÇÃO ITED. Problemas e Propostas de Solução. 11 de Dezembro de 2007

MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR - INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE MELHORIA CONTÍNUA

Proposta de actividade pedagógica com recurso à plataforma WIZIQ

PLANO DO DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS

Projeto Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar. Agrupamento de Escolas de Arganil Escola Básica 1 de Arganil Turma 3º A

Regulamento da Biblioteca Escolar constante no Regulamento da Escola. Subsecção 4- Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos Educativos

Manual de Utilização MU /2013. Serviços ao Cidadão Académico-eSCA Versão - Docentes

PLANO TIC E D U C A Ç Ã O P RÉ- E S C O L A R E 1 º C I C L O D O E N S I N O B Á S I C O 2012/2013. O Coordenador TIC

Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ESTARREJA 2º ANO DE ESCOLARIDADE / FORMAÇÃO CÍVICA Educação para a Solidariedade e para os Direitos Humanos

Formação Contínua de Pessoal Docente

ACOMPANHAMENTO DA AÇÃO EDUCATIVA RELATÓRIO DA 2ª INTERVENÇÃO

APOIO AO ESTUDO 1º CICLO LINHAS ORIENTADORAS 2015/ INTRODUÇÃO

PLANO DE PROMOÇÃO DE LEITURA DO AGRUPAMENTO

Apresentação da disciplina de Aplicações Informáticas B

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES

Ação de Formação. O Excel: Apoio à Atividade Docente

PLANO DE FORMAÇÃO 2014/2017

Clube dos Monitores da BE-A

PLANO TIC

Plano de Formação Interna 2015/2017

2013/2015 PLANO DE FORMAÇÃO

promovam a reflexão sobre temáticas fundamentais relacionadas com a aprendizagem da Matemática.

Colaboração Instituto Nacional de Estatística. Rede de Bibliotecas Escolares

Plano Anual de Atividades da Biblioteca Escolar 2017/2018

GUIÃO PARA A ELABORAÇÃO DE UM PORTEFÓLIO

UNIDADE 2 CONCEITOS BÁSICOS DE MULTIMÉDIA. Objectivos

e-manual Premium Manual (2 volumes) 4 Mapas Desdobráveis (oferta ao aluno)

Programa Nacional de Ensino do Português (PNEP) 1.º Ciclo do Ensino Básico

Índice. Plano de Acção para a Matemática

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PTE

Questionários aos docentes

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES (90 horas)

Plano Anual Documento Orientador

CONSELHO CIENTÍFICO PEDAGÓGICO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO NAS MODALIDADES DE CURSO, MÓDULO E SEMINÁRIO

CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS NO 1º CICLO Experimentar a Brincar (Ano 2)

Currículo da Oferta de Escola Música

As Professoras: Marilene Rodrigues da Silva Cunha Graça Carla Martins Fonseca

2000 Ano Mundial da Matemática

Sistemas Digitais e Arquitectura de Computadores

GUIA DO FORMANDO. 1. Objetivos Gerais. 2. Objectivos Específicos e Conteúdos Programáticos

Plano de Ação Estratégica

A AVALIAÇÃO DO DANO CORPORAL AO ABRIGO DA PORTARIA N.º 377/2008 DE 26 DE MAIO

PLANIFICAÇÃO MODULAR

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTO ANTÓNIO PLANO DE ACÇÃO


Portugal 2010 O desafio Sociedade do Conhecimento

REFLEXÃO SOBRE A SALA DE AULA DO FUTURO

Transcrição:

C406. Ensino e aprendizagem com TIC na educação pré-escolar e no 1.º ciclo do Ensino Básico (100 e 110) Percurso de Aprendizagem com Recurso às TIC Turma G Formadores: Drª. Eunice Macedo Dr. Carlos Moedas Formanda: Ana Paula Ramos Dias Guifões, 3 de Dezembro de 2010

Índice: 1. Introdução...3 2. Cenário...4 3. Recurso a utilizar...6 4. Percurso de Aprendizagem com Recurso às TIC...8 5. Conclusão...11 2

1. Introdução O trabalho aqui apresentado foi desenvolvido no âmbito da acção de formação Ensino e Aprendizagem com TIC na Educação Pré- Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico, dinamizada pelo Centro de Formação de Associação de Escolas de Matosinhos CFAE. As razões justificativas desta acção assentam no Plano Tecnológico da Educação - PTE, plano aprovado por Resolução do Conselho de Ministros n.º137/2007, inspirado na Estratégia de Lisboa que tem como grande objectivo estratégico colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados na modernização tecnológica do ensino em 2010 e visa contribuir para a melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem e para o reforço das qualificações das novas gerações de portugueses, através da concretização de um conjunto integrado de programas e projectos de modernização tecnológica das escolas. 1 Deste modo, os objectivos a atingir no desenrolar desta acção passaram pela aquisição e aprofundamento dos conhecimentos dos docentes sobre a utilização das ferramentas TIC de forma a compreenderem as suas vantagens, melhorando as suas práticas pedagógicas e consequentemente as aprendizagens dos alunos; pelo conhecimento e a utilização de novas ferramentas e recursos educativos; e pela promoção da reflexão sobre a utilização crítica das TIC em contexto pedagógico e sobre aspectos éticos e de segurança. O trabalho realizado ao longo da acção foi de encontro aos objectivos a atingir surgindo assim este trabalho final que se estrutura da seguinte forma: numa primeira fase é traçado o cenário em que se pretende desenvolver a acção. Essa caracterização identifica todos os elementos pertinentes para reflectir sobre o que é possível trabalhar na sala de aula com os elementos existentes. Na segunda fase é apresentado o recurso a utilizar. Essa apresentação passa por identificá-lo, descrevê-lo, identificar os constrangimentos e as potencialidades encontrados na exploração do mesmo. Identificar, ainda, formas de contornar esses constrangimentos e sobre questões de ética e de segurança. Na terceira fase foi elaborado um percurso de aprendizagem com recurso às TIC que consiste na planificação de uma actividade transdisciplinar e que só será possível de ser desenvolvido através da forte parceria estabelecida entre a professora titular de turma e a professora do apoio socioeducativo. A conclusão pretende reflectir sobre a forma como acção se desenvolveu, do trabalho desenvolvida na mesma e de que forma a utilização crítica das TIC surge como uma mais-valia no desenvolvimento das nossas práticas pedagógicas. 1 Retirado do documento de apresentação da Formação - Plano de Formação para a Certificação de Competências TIC Nível 2 2010. C406.Ensino e aprendizagem com TIC na educação pré-escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico - CFAE Matosinhos 3

2. Cenário Em termos de contexto escolar, a escola em que lecciono como professora titular de turma de uma turma do 4º ano de escolaridade com 20 alunos, situa-se em Guifões, numa freguesia de Matosinhos, e dá resposta essencialmente à população oriunda de dois focos de habitação social. O parque escolar encontra-se em bom estado de conservação. A escola tem duas turmas do Pré-Escolar e sete turmas do 1º Ciclo. O trabalho é desenvolvido com grande articulação entre os diferentes ciclos, anos e turmas. No geral, os alunos são de um nível socioeconómico baixo, com fraco acompanhamento ao nível da sua vivência escolar no entanto têm facilidade no acesso a equipamentos electrónicos. Revelam apetência para as ferramentas TIC e tem-se notado uma grande evolução nesta área nos últimos anos. Para o desenvolvimento da acção planeada o cenário é o que a seguir se apresenta: Tema Passado Nacional - Os Reis de Portugal Cenário Ano de Escolaridade / Nº de alunos Parcerias Conhecimentos prévios dos alunos em TIC 4º Ano 20 Alunos Professora Titular de Turma/ Professora do Apoio Socioeducativo Todos os alunos possuem o computador Magalhães; Doze alunos têm um outro computador em casa com acesso à internet; O acesso à internet é feito sem supervisão parental e essencialmente para a pesquisa de informação (a pedido do professor ou não) e para a realização de jogos. Destacam-se na sala de aula dois alunos que já têm algumas noções básicas ao nível do PowerPoint. A maior parte dos alunos tem impressora, telemóvel e máquina fotográfica que utilizam com muita facilidade. Na escola os alunos acedem à internet essencialmente para a pesquisa de informação diversificada, quer seja pedida pelo professor quer seja por iniciativa própria; 4

Apetência /saberes da professora em TIC Equipamento disponível Acesso à Internet De um modo geral os alunos têm facilidade em manusear os equipamento, bem como com alguns programas (Word); Como professora utilizo frequentemente o computador, a impressora, a máquina fotográfica, o quadro interactivo e o projector. Utilizo estas ferramentas quer na preparação das aulas quer na própria dinamização das mesmas (pesquisar informação, registar momentos importantes da vida escolar, projectar filmes, imprimir trabalhos). Entendo que estas ferramentas são imprescindíveis, para uma efectiva prática pedagógica. No entanto, admito que gostava de ter mais conhecimentos a nível informático na utilização de alguns programas específicos como por exemplo, o Excel. Quatro computadores fixos; um computador portátil; duas impressoras; um quadro interactivo; um vídeo projector; uma máquina fotográfica; um LCD. A ligação à internet é feita através da fibra óptica, a escola possui ainda o sistema de wireless que permite o acesso em todo o edifício escolar. 5

Recurso 3. Recurso a utilizar O recurso seleccionado foi o Centro Virtual do Instituto Camões. Contudo, a análise que de seguida apresentamos recai essencialmente sobre o menu Aprender e sobre as funcionalidades do mesmo. Justificamos a nossa opção pelo facto do Centro Virtual ser um recurso muito abrangente, destinado a um público muito mais vasto do que os alunos na faixa etária em questão. Daí que tenhamos trabalhado apenas sobre a vertente destinada às crianças. Identificação Centro Virtual do Instituto Camões http://cvc.instituto-camoes.pt menu Aprender Descrição É ao mesmo tempo um recurso de pesquisa - permite aceder a textos, livros e informações diversas; e um recurso de produção - permite a realização de uma série de actividades/jogos como jogo da glória, resposta a questionários, jogo da forca, todos eles ligados à Língua Portuguesa. Constrangimentos Este não é um site concebido especificamente para crianças. A página inicial tem muita informação, com caracteres pequenos, poucas imagens e um menu com muitas opções. Podemos considerar que, em termos de disposição e organização, algumas as actividades propostas apresentam um formato pequeno, o que pode dificultar a leitura da mesma. Formas de Numa primeira abordagem a este recurso o aluno necessitaria da orientação de um adulto no sentido compensar esses de canalizar a sua exploração para o menu Aprender, que contém actividades direccionadas para a constrangimentos sua faixa etária. Salvaguardamos contudo que a livre exploração do recurso no seu todo não acarreta riscos, visto a informação disponibilizada ser séria, rigorosa e toda ela orientada para a promoção da Língua Portuguesa. As dificuldades de leitura de algumas actividades fruto do seu formato pequeno, podem ser contornadas utilizando o zoom do ecrã. Potencialidades Ao analisarmos o menu Aprender consideramos as seguintes potencialidades: Imagens atractivas e apropriadas para a faixa etária em questão sem caírem na infantilização; 6

Questões éticas e de segurança As actividades propostas são cativantes porque em termos gráficos, a informação é transmitida de forma simples e clara, com cores sóbrias, sem elementos que dispersem a atenção dos alunos, dando destaque à imagem ou ao som de acordo com o objectivo da própria actividade. Margem para alguma interactividade (escolha de cor de fundo, avançar e recuar nas páginas); Imagem acompanhada por uma leitura expressiva e com recurso a várias vozes; Disposição gráfica bem orientada, sem elementos que desviem a atenção dos alunos; Ao nível dos conteúdos curriculares este recurso permite trabalhar domínios como: a leitura, a compreensão oral, exercícios gramaticais, discriminação auditiva, recontos de histórias, ordenação sequencial da história. Algumas das actividades propostas permitem um trabalho multidisciplinar; Por pertencer a um organismo institucional, este recurso contorna algumas situações que podem representar riscos para a livre exploração dos nossos alunos, nomeadamente publicidade, linguagem e imagens desapropriadas, e links para outros sites. 7

4. Percurso de Aprendizagem com Recurso às TIC A dinamização do percurso de aprendizagem que de seguida apresentamos assenta no pressuposto indispensável de parceria entre a Professora Titular de Turma e a Professora do Apoio Socioeducativo visto ser um percurso que mobiliza bastantes meios, introduz conhecimentos em domínios que à partida os alunos não conhecem, pressupõe o desenvolvimento de várias actividades em simultâneo, um acompanhamento directo e um bom controlo da turma, exigindo uma articulação forte entre estas duas figuras por forma a viabilizar a sua implementação. Pretende-se usar o recurso Centro Virtual do Instituto Camões, numa primeira fase, como estratégia para pré-dispor os alunos para a temática em estudo. Numa segunda fase, o mesmo recurso acabará por dar o mote para a introdução de outros recursos resultando na produção de um trabalho final, da autoria dos alunos. Pela forma como está estruturado, este percurso permite uma abordagem multidisciplinar do tema em estudo, articulando os conteúdos de Estudo do Meio, Língua Portuguesa e das Áreas das Expressões. Permite ainda conciliar a componente curricular com o alargamento das competências dos alunos ao nível das TIC. Percurso de Aprendizagem com Recurso TIC Temática: Os Reis de Portugal Disciplina: Estudo do Meio/ Língua Portuguesa/ Expressões Ano de Escolaridade: 4º N.º de alunos: 20 Espaço: Biblioteca e sala de aula Recursos físicos: Quadro interactivo; computadores; scanners; microfone Recursos digitais: Word Recurso de Pesquisa: http://cvc.instituto-camoes.pt/aprender-portugues/a-ler/era-uma-vez-um-rei.html Recurso de Edição/Publicação: Movie Maker; Gravador de Áudio Calendarização: Desenvolver ao longo do mês de Novembro/ Dezembro num total previsto de 12 sessões Parceria: Professora Titular de Turma e Professora do Apoio Sócioeducativo 8

1º Fase Numa primeira fase o recurso Centro Virtual Camões é utilizado como recurso de pesquisa para proporcionar aos alunos (8 sessões) uma primeira abordagem às figuras Reais de maior relevo histórico. Ao longo de oito sessões, no espaço da biblioteca e com recurso ao quadro interactivo, as professoras apresentam ao grupo turma, de forma alternada, cada um dos oito reis seleccionados a partir da colecção de livros digitais Era uma vez um Rei. Através do recurso os alunos ouvem e acompanham visualmente a história. Para cada história há ainda uma pequena canção que imprime um carácter mais lúdico e descontraído à actividade, cativando a atenção e participação dos alunos. O endereço electrónico deste recurso é facultado aos alunos para que o possam explorar livremente o recurso em casa. Ao longo desta fase os alunos são incentivados a fazer pesquisas individuais em casa através do seu computador Magalhães, via internet ou recorrendo à Diciopédia (para os alunos que não têm acesso à internet em casa), ou através de outros recursos. O objectivo é a recolha de mais informação para além da obtida através do recurso trabalhado. 2º fase Esta fase será desenvolvida na sala de aula. Organizados em grupos de cinco elementos os alunos escolhem uma das oito (1 sessão) figuras Reais trabalhadas e, com base na história ouvida bem como na pesquisa realizada, fazem o reconto da história do rei através de desenhos e de um pequeno texto biográfico. Nesta fase estará disponível para consulta, um computador com acesso à internet para que os alunos possam aceder novamente ao Centro Virtual e esclarecer dúvidas. 3º fase No espaço da Biblioteca, com recurso a quatro computadores, dois scanners, um microfone e o processador de texto Word, (1 sessão) os alunos, mantendo a dinâmica de trabalho em grupo, são distribuídos pelas seguintes tarefas de forma rotativa: Redacção do texto no Word (um grupo); Digitalização dos desenhos (dois grupos) depois de explicado e exemplificado por uma das professoras, os alunos digitalizam autonomamente as restantes imagens; Gravação do texto em formato áudio (um grupo) com a orientação de uma das professoras As gravações são efectuadas num disco amovível. 4ª fase Novamente no espaço da biblioteca as professoras, na preparação prévia da actividade, distribuem pelos quatro 9

(1 sessão) computadores os respectivos registos de imagem e áudio correspondentes a cada grupo de trabalho. Enquanto uma professora, através do quadro interactivo vai, passo a passo, exemplificando a utilização do Movie Maker para a realização de uma pequena animação com base nos desenhos digitalizados e nos registos áudio, os grupos de trabalho vão acompanhando, construindo o seu próprio filme e sendo apoiados mais de perto pela outra professora. 5º fase No encerramento do primeiro período os pais são convidados a virem à escola para uma pequena aula de História, dada (1 sessão) pelos alunos, através dos vídeos produzidos. 10

5. Conclusão Actualmente, são poucas as pessoas que já não recorrem as Tecnologias de Informação e Comunicação no seu dia-a-dia, quer seja a nível pessoal, quer seja a nível profissional. Mas não só os adultos, chega até a ser surpreendente ver a forma como algumas crianças manuseiam tão facilmente essas ferramentas. No entanto, tenho de admitir que foi com alguma relutância que iniciei esta formação. Acreditava, na altura, que ela só me traria algum benefício se fosse para me ensinar a trabalhar com alguns programas mais específicos a nível informático. Admito agora que estava enganada. Esta formação superou às minhas expectativas por vários motivos. Como professora, no meu dia-a-dia de trabalho, utilizo com muita frequência a internet de um modo muito intuitivo: para fazer pesquisas variadas, preparar aulas, projectar um livro ou mesmo realizar jogos com os alunos. Nesta formação aprendi que mediante o tipo de trabalho que podemos realizar nesses recursos a sua denominação é diferente e essa aprendizagem revelou-se muito útil também na comunicação que estabeleço com os meus alunos, sempre que recorremos à internet. Por outro lado, aprendi a trabalhar com o recurso de edição/publicação Windows Movie Maker. Tantas vezes pedi a conhecidos para me montarem os filmes da minha turma, quer fosse de uma visita ou de um passeio, porque me parecia ser tão difícil e profissional realizar aquele tipo de trabalho e, surpreendentemente, com uma sessão de três horas adquiri as competências necessárias para fazer os meus vídeos caseiros. Finalmente, a partilha de informação e a troca de experiências que surgiu entre os vários elementos da acção promoveu situações de aprendizagem onde pudemos adquirir e aprofundar os nossos conhecimentos para aperfeiçoar as nossas práticas. Considerei esta formação, acima de tudo, um espaço de trabalho onde reflectimos conscientemente sobre o que são as TIC, de que forma é que acedemos a elas e com que objectivos específicos, e como é que as podemos operacionalizar na nossa sala de aula com os nossos alunos. Neste sentido, sinto que devo alterar as minhas práticas pedagógicas, uma vez que o trabalho realizado com elas têm sempre a mesma interveniente - a professora, grande parte das vezes os alunos são meramente espectadores. Compreendo agora que é necessário partilhar estas tarefas de forma a co-responsabilizar os alunos no trabalho a efectuar e nos resultados obtidos, bem como torná-los cidadãos educados na utilização das TIC. Concluo desabafando que sempre que acabo uma formação em que sinto que alguma coisa alterou, para melhor, as minhas práticas pedagógicas foi uma formação que valeu a pena. 11