INSPEÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA PROGRAMA ACOMPANHAMENTO EDUCAÇÃO ESPECIAL RESPOSTAS EDUCATIVAS RELATÓRIO Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro 2017
RELATÓRIO DE ESCOLA Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro Concelho Terras de Bouro Código 1 5 0 3 1 9 Data de início da intervenção 20/02/2017 Data de fim da intervenção 23/02/2017 Neste relatório de escola apresentam-se as conclusões mais relevantes relativas às respostas educativas no âmbito da Educação Especial - aspetos mais positivos e aspetos a melhorar -, organizadas em dois campos de análise. Esta apreciação baseia-se na documentação disponibilizada pela escola/agrupamento, na observação dos contextos de desenvolvimento da Educação Especial e nas entrevistas realizadas. Com esta atividade de Acompanhamento pretende-se: Acompanhar a organização e o funcionamento da Educação Especial nas escolas, tendo em conta: o planeamento da Educação Especial; os procedimentos de referenciação e avaliação especializada; a elaboração, execução e avaliação dos programas educativos individuais; a construção das adequações curriculares individuais e dos currículos específicos individuais; o desenvolvimento dos planos individuais de transição e dos processos de integração na vida pós-escolar; a articulação entre os diversos intervenientes, incluindo famílias, serviços e entidades; a gestão dos recursos humanos e materiais quanto à sua adequação, eficácia e racionalidade. o funcionamento das escolas de referência e das unidades especializadas; a articulação com o sistema de Intervenção Precoce na Infância. 1
Apreciar a qualidade das respostas educativas proporcionadas às crianças e jovens com necessidades educativas especiais de caráter permanente e os resultados alcançados, contribuindo para o aperfeiçoamento e a melhoria das práticas das escolas. Acompanhar o funcionamento dos Centros de Recursos TIC para a Educação Especial e sua articulação com as escolas e agrupamentos de escolas. Contribuir para a regulação da organização e funcionamento da Educação Especial. I. PLANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Aspetos mais positivos Aspetos a melhorar Explicitar nos documentos estruturantes as metas e estratégias que o Agrupamento se propõe realizar com vista a apoiar os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente (NEE). Organizar a realização de ações de formação e sensibilização internas, no âmbito da Educação Especial, promotoras da qualificação dos recursos humanos e (in)formação dos pais, encarregados de educação e comunidade em geral. Definir critérios de distribuição do serviço docente, no âmbito da Educação Especial, bem como o perfil para a lecionação da componente da formação académica, no âmbito dos currículos específicos individuais (CEI). Implementar mecanismos de monitorização e autorregulação da Educação Especial, que possibilitem o conhecimento sobre o impacto da ação educativa do Agrupamento junto da comunidade, bem como a conceção, implementação e avaliação de consequentes planos de melhoria. Reforçar o estabelecimento de parcerias, protocolos e processos de colaboração e articulação, que potenciem a organização e concretização de respostas educativas diferenciadas para os 2
alunos com NEE, tendo em atenção o seu nível etário e perfil de funcionalidade. Oferecer iniciativas diversificadas na modalidade de oficinas, clubes e projetos, organizadas pelo Agrupamento ou articuladas com entidades externas, que proporcionem aos alunos com NEE: abertura aos contextos reais de vida, promoção de aprendizagens, estímulo artístico, sociocultural, desportivo, de desenvolvimento pessoal e social. Providenciar a melhoria das acessibilidades às instalações escolares, adequadas e/ou adaptadas a alunos com mobilidade condicionada, especificamente nas escolas básicas de Rio Caldo, Gerês e Valdozende; Jardins de Infância de Carvalheira e Chorense, espaços onde decorreu a observação de contextos de aprendizagem. II - RESPOSTAS EDUCATIVAS E RESULTADOS DOS ALUNOS Aspetos mais positivos Aspetos a melhorar Contemplar na referenciação, quando da iniciativa de docentes, os motivos que a justificam; as respostas educativas já desencadeadas junto da criança/aluno; as evidências específicos, tais como: trabalhos dos alunos, registos de avaliação, relatórios e outros com pertinência relevante. Reforçar a participação e o envolvimento dos pais e encarregados de educação na elaboração ou reformulação dos programas educativos individuais (PEI). Submeter à apreciação dos conselhos de turma/docentes a medida educativa "adequações curriculares individuais", de forma a corresponsabilizar todos os intervenientes implicados no processo educativo dos alunos com NEE. Assegurar na elaboração dos planos individuais de transição (PIT): i) os interesses, desejos, motivações, competências, atitudes e capacidades dos alunos; 3
ii) os valores socioculturais e as expectativas das famílias; iii) a continuação do aperfeiçoamento nas áreas académicas ministradas, articuladas com as atividades de treino laboral; iv) a continuação do desenvolvimento de atividades que contribuam para o enriquecimento da vida dos alunos nas dimensões pessoal e social; v) a ampliação do âmbito das atividades de treino laboral; vi) introdução de conteúdos funcionais apropriados à idade e essenciais à vida presente e futura. vii) a colaboração dos pais e encarregados de educação e representantes da comunidade, implicados na vida e no percurso dos alunos com NEE; viii) a integração de experiências laborais em instituições da comunidade, empresas, serviços públicos ou outras organizações; ix) o encaminhamento para a integração em centros de emprego apoiado ou de atividades ocupacionais; x) a identificação e níveis de responsabilização dos intervenientes envolvidos na sua elaboração, acompanhamento e avaliação; xi) a integração de planos de trabalho, construídos de forma articulada entre a entidade formadora e os docentes de Educação Especial, decorrentes de protocolos celebrados, onde constem: os objetivos, as tarefas, a avaliaçao pelo responsável pelo acompanhamento e monitorização. Reforçar a reflexão sobre os resultados dos alunos com NEE, ao nível dos conselhos de docentes/turma, departamentos curriculares e conselho pedagógico, que potencie a implicação de todos na reorientação da ação educativa. Partilhar com a equipa de autoavaliação do Agrupamento a monitorização específica dos resultados dos alunos com alunos com NEE. Planificar os contextos de aprendizagem, de forma articulada com o docente de Educação Especial, tendo em atenção as especificidades dos alunos, tais como o nível etário e o perfil de funcionalidade. 4
Data 23/02/2017 A Equipa Inspetiva Abílio Fernando Brito Maria de Fátima Marinho Concordo. À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação. Homologo O Subinspetor-Geral da Educação e Ciência A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Norte Maria Madalena Moreira 2017-03-30 Por subdelegação de competências do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência nos termos do Despacho n.º 5942/2016, de 26 de abril, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio de 2016 5