MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

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Art. 2º - A castanha de caju, segundo sua forma de apresentação, será classificada em 02 (dois) grupos, assim denominados:

Transcrição:

a R. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA ANEXO I Principais características da AMÊNDOA DOURO 1. De-f i ni cão Entende-se Dor Amêndoa Douro a amêndoa doce em casca. proveniente de diversas cultivares da "Prunus amygdalus L." e produzida na área geográfica definida no Anexo I I. 2. Obtenção do produto A Amêndoa Douro é obtida das variedades Parada. Casa Nova. Pestaneta, Duro Italiano, José Dias. Duro Estrada. Dona Virtude, Boa Casta. Bonita de S. Brás. Sebastião Guerra, Molar, Amêndoa de Um Grão. Gémea e Verdeal. Ae regras de condução dos pomares, as praticas culturais e as condições a observar na produção são as referidas no respectivo Caderno de Especificações. A amêndoa pode ser comercializada em casca ou descascada (miolo de amêndoa). 3. Características da Amêndoa Douro As características morfológicas e Químicas das amêndoas, cuja composição media consta do Caderno de Especificações, são diferentes conforme a variedade. Para comercialização, não podem ser misturadas diferentes variedades no mesmo lote. 4 - Regras de comercialização Só podem beneficiar do uso da Denominação de Origem as amêndoas que se apresentem com as características de qualidade. calibração. classificação, acondicionamento e rotulagem de acordo com os critérios a seguir definidos: 4.1 Características gerais da amêndoa em casca e do miolo de amêndoa: As amêndoas devem apresentar-se inteiras, sãs, em bom estado de desenvolvimento, limpas, com cor, odor e sabor característicos e isentas de matéria estranha, insectos. ácaros ou bolores ou humidade exterior.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA 4.2 - Classi-Fi cação Para efeitos do uso de Denominação de Origem, as amindoas. em casca ou descascadas. c1assif1cam-se nas seguintes cateqori as: Categoria Extra - Amêndoa em casca ou miolo de amêndoa de qualidade superior, apresentando as características próprias da respectiva variedade, em Dom estado de desenvolvimento, de coloração uniforme, aspecto fresco e praticamente isentas de defeitos. com excepção de ligeiras alterações superficiais, desde que não comprometam a qualidade ou o aspecto geral do produto ou da sua embalagem. Categoria I - Amêndoa em casca ou miolo de amêndoa de boa qualidade, bem desenvolvidas, apresentando as características próprias da respectiva variedade e aspecto fresco, podendo apresentar alguns defeitos desde que não comprometam o aspecto geral e a conservação do produto. No miolo de amêndoa são admitidos defeitos de forma, desenvolvimento e coloração e fainas de tegumento ligeiras e superfi c ia is. 4.3 - Tolerância de categoria Em função da respectiva classificação na categoria Extra e I, são admissíveis as seguintes tolerâncias: Categoria Extra - 5% de frutos defeituosos, incluindo um máximo de 2'/. de amêndoas amargas. Categoria I - 10'/. de frutos defeituosos, incluindo um máximo de 4'/. de amêndoas amargas. 5 - Calibração O calibre é determinado pelo número mínimo e máximo de frutos por quilo. Os lotes devem apresentar-se homogéneos. não devendo a diferença de peso entre os 10 frutos mais pequenos e os 10 frutos maiores de uma amostra de 1 Kg ser superior a 80 g. 5.1 - Tolerância de calibre As tolerâncias de calibre são de 10"/.. 6, Apresentação comercial

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA *S^*0lefa&*<* e/a 'í&ten/o c/*t ^sf&éu^actíxf S>$j?-L*^t>e u a é2eee*&/ze/a S&étnartéat. &n«a e/p %atata*èe> e/a < í c ae/<> A Amêndoa Douro deve ser apresentada em embalagens de rede. ráfia ou serapilheira. A Amêndoa Douro apresenta-se comercialmente nas seguintes formas e embalagens: com casca - embalagens de 250 g; 500 q. 1 kg e 5 kg sem casca (miolo de amêndoa) - embalagens de 100. 250. 500 g. 1. 10. 15 e 25 kg. miolo pelado ou torrado - embalagens de 100, 250. e 500g. 1. 10. 15 e 25 Kg 7 - Rotulagem Sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem de pre-emba1 ados. dela devem constar, ainda. o nome da variedade, categoria e calibre, bem como as menções "Amêndoa Douro - Denominação de Origem" e a marca de certificação aposta pelo respectivo Organismo Privado de Controlo e Certificação. ANEXO II 4REA GEOGRÁFICA DE PR0DUÇS0 A area geográ-fica de produção (produção, tratamento e acondicionamento) está circunscrita aos concelhos de Alfandega da Fé. Moncorvo. Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor. Vila Nova de Foz Côa, São João da Pesqueira (com excepção das freguesias de Riodades e Paredes da Beira), às freguesias de Castelo Branco e Meirinhos, do concelho de Mogadouro, a freguesia de Escalhão, do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e às freguesias de Poço do Canto, Fonte Longa, Meda e Longroiva. do concelho da Meda.

M I N I S T É R I O D A A G R I C U L T U R A I M A I A A INSTITUTO DOS MERCADOS AGRÍCOLAS E INDÚSTRIA AGRO - ALIMENTAR A V I S O RECONHECIMENTO DE ORGANISMO PRIVADO DE CONTROLO E CERTIFICAÇÃO De acordo com o disposto no Despacho Normativo n2 293/93, de 1 de Outubro, o agrupamento "Associação dos Produtores de Amêndoa do Alto Douro" propôs, como Organismo Privado de Controlo e Certificação dos produtos beneficiários da Denominação de Origem "AMÊNDOA DOURO", a "Tradição e Qualidade - Associação Interprofissiona1 para os Produtos Agro-a1imentares de Trás-os-Montes". Verificada a conformidade da candidatura com o disposto nos n s 1, 2 e 3 do Anexo IV do citado Despacho Normativo n2 293/93, e de acordo com o procedimento previsto no seu n 5, torno público o seguinte: 1 - A Tradição e Qualidade - Associação Interprofissional para os Produtos Agro-alimentares de Trás-os-Montes é reconhecida como organismo privado de controlo e certificação dos produtos beneficiários da Denominação de Origem "AMÊNDOA DOURO". 2 - A manutenção deste reconhecimento obriga ao cumprimento do disposto no n 8 do Anexo IV do citado Despacho Normativo n2 293/93 e, nomeadamente, ao envio, para o IMAIAA, até 31 de Janeiro de cada ano, da lista de produtores e transformadores sujeitos ao regime do controlo e certificação, bem como do relatório de actividades desenvolvidas no ano anterior. Instituto dos Mercados Agrícolas e Indústria Agro-Alimentar, (José Armindo Isidoro Cabrita) Rua Podre Antonio Vieira, 1-8.' - Apartado 1887 _ 1018 US80A Codex

N O R M A S D E P R O D U Ç Ã O E T R A N S F O R M A Ç Ã O D A A M Ê N D O A D O U R O

Artigo! 0 A área de produção e transformação da Amêndoa Douro é limitada aos concelhos Alfandega da Fé, Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Vila Flor e as freguesias de Castelo Branco e Meirinhos do concelho de Mogadouro, do Distrito de Bragança; o concelho de Vila Nova de Foz-côa, a freguesia de Escalhão do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e as freguesias de Poço do Canto, Fonte Longa, Meda, Longroiva do concelho de Meda, do Distrito da Guarda; o concelho de São João da Pesqueira à excepção das freguesias de Riodades e Paredes da Beira, do Distrito de Viseu. É uma vasta área que cobre 225 000 ha, constituída por fossas tectónicas ( Vilariça ), vales de erosão profundos (Baixo- Coa, Sabor e Douro Superior ) e zonas planálticas que se situam a cotas entre os 400 e os 600 metros. A disposição orográfica confere-lhe características climáticas próprias, que vão do subatlante-mediterráneo a mediterrâneo semi-árido quando se desce para o Douro. O facto de ser urna zona de montes com zonas planálticas cortada por vales profundos (Douro, Sabor, Côa e Torto) multiplica os contrastes climatéricos. Trata-se de uma zona onde a diversidade das condições topográficas e climáticas imprimiram uma acentuada heterogeneidade cultural, caracterizada por paisagens vitiolivícolas, áreas de amêndoal, consociações de olival x amendoal, cultura cerealífera de sequeiro (alqueive x cereal) e uma diversidade de culturas quer nas áreas de sequeiro, quer no vale mais fértil ( Vale da Vilariça). São no entanto, a amendoeira, a oliveira e a vinha que, dado o seu significado económico merecem os maiores cuidados do agricultor. Os solos desta região são na sua generalidade de origem xistosa e com manchas de granitos bem localizadas, com pequena espessura efectiva, baixa fertilidade, ácidos, apresentando baixos valores de matéria orgânica, baixos volumes de água utilizável e elevado défice hídrico no período estival. Os factores específicos de carácter climático, geológico e edáfico determinam um condicionalismo ambiental próprio à cultura da amendoeira. É este conjunto agro-ecológico, perfeitamente delimitado, onde a amendoeira aparece mesmo como planta espontânea, que associado a técnicas culturais próprias fazem destes solos difíceis dar um produto de qualidade inigualável. Artigo 2 o Definição: A Amêndoa Douro é um produto natural com características personalizadas resultante da conjugação harmoniosa de clima, solo, variedades bem adaptadas e operações culturais próprias.

Características bioquímicas do miolo da amêndoa Humidade: Teor em gordura: Teor em azoto: Teor em proteína: Teor em açucares: Teor em cálcio: Teor em fósforo: 4,70 a 7,7% 56 a 68 % 1,9 a 4,9% 12,3 a 27,6% 2,9 a 4,4 % 175 a 290 mg/loog 475 a 620 mg/loog Artigo 3 o Características morfológicas da amêndoa Espessura: Largura: Altura: 11,25 a 21,3mm 13 a 26,7mm 21 a 45,5mm Características morfológicas do miolo Espessura média: Largura média: Altura média: 6,3 a 9,5mm 10,5 a 15,5mm 19,5 a 29,5mm Artigo 4 o Transformação A transformação da Amêndoa Douro consta das seguintes operações: a) Britagem que poderá ser do tipo industrial ou artesanal. b) Separação casca-miolo que poderá ser feita mecânica ou manualmente. c) Calibragem. d)selecção do miolo (extra e corrente - de acordo com legislação em "vigor) e) Pelagem. f) Torrefacção. g) Embalagem. 2

Artigo5 Acondicionamento e Conservação O acondicionamento da amêndoa e miolo deverá ser sempre efectuado em local seco, arejado e em boas condições higiénicas. Sempre que haja lugar a embalagem da amêndoa em casca e do miolo em natureza, pelado ou torrado esta deve ser efectuada de modo a conservar a pureza e características durante o período normal de armazenamento e consumo. Artigo 6 o Rotulagem e Comercialização Nos rótulos deverá constar obrigatoriamente o nome da D.O., ano de colheita, data às validade, peso, calibre e classificação. O rótulo apor-se-á numa das faces da embalagem. Só é permitida a venda de amêndoa em casca ao consumidor final em embalagens de 250g, SOÔg, lkg e 5kg. Só é permitida a venda de miolo em natureza ao consumidor final em embalagens de loog, 250g, 500% lkg, 5kg, lokg, 15kg e 25kg das classes extra por calibre e corrente. Só é permitida a venda de miolo pelado ou torrado ao consumidor final em embalagens de loog, 250g, 5ÔOg, lkg, 5kg, lokg, 15kg e 25kg das classes extra por calibre e corrente. Artigo T L Unicamente a amêndoa e o miolo proveniente das variedades dc casca dura e ou semidura Parada, Casa Nava, Pesianeia. Duro italiano, José Dias, Duro Estrada, Dona Virtude, Boa Casta, Bonita de S.Brás, Verdeal, Sebastião Guerra, Molar, Amêndoa de Um Grão e Gémea apresentam características para serem consideradas Amêndoa Douro quando obtidas na área de produção definida no artigo I o destas normas. 2. A amêndoa terá de ser proveniente de amendoais em que não se verifiquem a aplicação de herbicidas nem tratamentos fitossanitários durante o período vegetativo. 3

3. Em todos os locais de transformação e embalagem devem existir registos relativos à recepção da amêndoa e do miolo. Artigo 8 o A Associação dos Produtores de Amêndoa do Alto Douro zelará pelo cumprimento destas normas e organizará os seguintes registos: a) Registo das explorações; b) Registo dos locais de transformação; c) Registo dos locais de embalagem. 1 - No registo das explorações inscrevem-se todos aqueles que produzam amêndoa proveniente das variedades identificadas no art.7 e situadas na zona de produção definida no art.l destas normas e queiram aderir à denominação de origem e o solicitem voluntariamente. 2 - Na inscrição constará o nome do proprietário, morada, localização dos amendoais, área e ou n.de pés por variedade. 3 - A Associação poderá recusar a inscrição de uma exploração desde que, não respeite qualquer disposição destas normas. 4 - No registo dos locais de transformação e embalagem inscrevem-se os situados na área geográfica de produção, definida no art.l e que obedeçam aos demais requisitos exigidos nestas normas. 5 - Na inscrição constará o nome do agente transformador, e/ou embalador, local de transformação e embalagem, proveniência da amêndoa e capacidade e características do equipamento de transformação e embalagem. Artigo 9 o 1 - Para a vigência das inscrições nos respectivos registos é indispensável o cumprimento permanente dos requisitos impostos nestas normas, devendo ser comunicado à Associação qualquer alteração que afecte os dados apresentados na inscrição, aquando da sua ocorrência. 2 - A Associação dos Produtores de Amêndoa do Alto Douro, terá livre acesso a todos os locais de produção e transformação quer seja através dos seus agentes próprios, quer seja confiando o apoio técnico a outros agentes sob a sua responsabilidade. 4

Artigo 10 Consideram-se infracções a estas normas as cometidas pelas pessoas inscritas nos registos da Associação dos Produtores de Amêndoa do Alto Douro, e classifícam-se da seguinte maneira: a) Faltas administrativas; b) Infracções ao que está estabelecido no caderno de normas de produção e transformação; c) Por uso indevido da denominação de origem. 1 - Consideram-se faltas administrativas todas aquelas que forem originadas por inexatidão, omissão ou falsidade de declarações, bem como o não cumprimento destas normas. Estas faltas serão punidas com repreensão escrita, multas com um valor correspondente ao dobro do valor pago pela inscrição nos registos ou com suspensão durante um período de um ano. 2 - Consideram-se infracções ao estabelecido em matéria de produção, transformação e comercialização todas aquelas que afectem os sistemas de produção, a utilização de variedades não autorizadas e não obedeçam aos requesitos referidos em matéria de comercialização. Estas faltas serão punidas com multas com um valor compreendido entre 50 a 100 contos e ou suspensão por um período de 1 a 3 anos. 3 - Consideram-se infracções por uso indevido da denominação de origem o incumprimento das disposições complementares e das decisões da entidade de controlo e certificação. Estas faltas serão punidas com multa cujo valor será de 500 contos. uníco No caso de reincidência, a sanção económica será acrescida de 50% das sanções máximas deste regulamento. Considera-se reincidente o infractor sancionado por infringir qualquer preceito deste regulamento nos últimos 5 anos. Artigo 11 O controlo do cumprimento destas normas será exercido pela Tradição e Qualidade - Associação Interprofíssional Para os Produtos Agro-alimentares de Trás-os-Montes. 5

ÂMÊNdoA do DOURO Vil-ALGARVE! <S<3 AptóXtíl/2; 3Q0 000

Mesão Fri ArriENdoA do D O U R O