Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador



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Transcrição:

licença ambiental LA nº 411/0.0/2011 Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador Ribacarne Matadouro Regional do Ribatejo Norte SA com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 501 611 835 para a instalação Ribacarne SA sita em Zona Industrial, Tomar para o exercício da actividade de Abate de gado (produção de carne), incluída na categoria 6.4a do Anexo I do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto, e classificada com a CAE Rev.3 n.º 10110 - (Abate de gado (produção de carne)) e de acordo com as condições fixadas no presente documento. A presente licença é válida até 1 de Agosto 2017. Amadora, 1 de Agosto de 2011 O Director-Geral, Mário Grácio

ÍNDICE LA nº 411/2011... 1 1 Introdução Geral... 4 1.1 Identificação e Localização... 4 1.1.1 Identificação da Instalação... 4 1.1.2 Localização da Instalação... 4 1.2 Actividades da instalação e Processo Produtivo... 5 1.2.1 Actividades... 5 1.3 Articulação com outros regimes jurídicos... 5 1.4 Validade... 5 2 Condições Operacionais de exploração... 6 2.1 Gestão de Recursos e Utilidades... 6 2.1.1 Matérias-primas e produtos... 6 2.1.2 Águas de abastecimento... 6 2.1.3 Energia... 7 2.1.4 Sistemas de refrigeração... 7 2.2 Emissões... 7 2.2.1 Emissões para o ar... 8 2.2.2 Emissões de Águas Residuais e Pluviais... 10 2.2.3 Ruído... 12 2.3 Resíduos, subprodutos e monitorização... 12 2.3.1 Armazenamento temporário... 12 2.3.2 Transporte... 13 2.3.3 Controlo... 14 3 MTD s Utilizadas e Medidas a Implementar... 14 3.1 MTD implementadas... 14 3.2 Medidas a implementar... 16 4 Prevenção e controlo de acidentes/gestão de situações de emergência... 17 5 Gestão de informação/registos, documentação e formação... 17 6 Relatórios... 18 6.1 Plano de Desempenho Ambiental... 18 6.2 Relatório Ambiental Anual... 19 - Gestão de Recursos e Utilidades (vide ponto 2.1)... 19 - Matérias-primas e produtos (vide ponto 2.1.1)... 19 - Águas de abastecimento (2.1.2)... 19 - Energia (vide ponto 2.1.3)... 20 - Emissões (vide ponto 2.2)... 20 - Emissões para o ar (vide ponto 2.2.1)... 20 - Monitorização (vide ponto 2.2.1.3)... 20 - Emissões de Águas Residuais e Pluviais (vide ponto 2.2.2)... 20 - Monitorização (vide ponto 2.2.2.3)... 20 - Ruído (vide ponto 2.2.3)... 21 - Resíduos, subprodutos animais e Monitorização (vide ponto 2.3)... 21 - Armazenamento temporário (vide ponto 2.3.1)... 21 - Controlo (vide ponto 2.3.3)... 21 - MTD s Utilizadas e Medidas a Implementar (vide ponto 3)... 22 - Prevenção e controlo de acidentes/gestão de situações de emergência (vide ponto 4) 22 - Gestão de informação/registos, documentação e formação (vide ponto 5)... 22 - Plano de Desempenho Ambiental (vide ponto 6.1)... 22 - Encerramento e desmantelamento/desactivação definitiva (vide ponto 7)... 22 6.3 - E-PRTR Registo Europeu de Emissões e Transferências de Poluentes... 22 Página 2 de 28

7 Encerramento e desmantelamento/desactivação definitiva... 22 Abreviaturas... 24 ANEXO I Exploração da actividade industrial... 25 ANEXO II Informação a incluir nos relatórios referentes à caracterização das emissões para o ar... 26 1. Informação complementar relativa ao envio dos resultados do autocontrolo das emissões industriais para a atmosfera resultante de medição em contínuo... 26 2. Especificações sobre o conteúdo do relatório de autocontrolo.... 27 Anexo III Títulos de Utilização de Recursos Hídricos... 28 1. Captações de águas subterrâneas... 28 Página 3 de 28

1 Introdução Geral A presente licença ambiental (LA) é emitida para a instalação Ribacarne S.A., ao abrigo do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), aplicando-se à instalação existente, no seu todo. A actividade PCIP realizada na instalação deve ser explorada e mantida de acordo com o projecto aprovado e com as condições estabelecidas nesta LA. Esta LA será ajustada aos limites e condições sobre prevenção e controlo integrados da poluição sempre que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) entenda por necessário. É conveniente que o operador consulte regularmente a página da APA, www.apambiente.pt, para acompanhamento dos vários aspectos relacionados com este assunto. Os procedimentos, valores limite de emissão e as frequências de amostragem e análises, âmbito dos registos, relatórios e monitorizações previstos nesta licença, podem ser alterados pela APA, ou aceites por esta entidade no seguimento de proposta do operador, após avaliação dos resultados apresentados, por meio de aditamento à presente LA. Nenhuma alteração relacionada com a actividade, ou com parte dela, pode ser realizada ou iniciada sem a prévia notificação à Entidade Coordenadora - EC (Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo) e análise por parte da APA. A presente LA reúne as obrigações que o operador detém em matéria de ambiente e será integrada na licença da actividade a emitir pela EC e não substitui outras licenças emitidas pelas autoridades competentes nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e a Administração de Região Hidrográfica (ARH) competente em razão da área da instalação. O ponto 1 do anexo I da presente LA apresenta uma descrição sumária do processo produtivo, desenvolvido na instalação. 1.1 Identificação e Localização 1.1.1 Identificação da Instalação Operador Instalação Quadro 1 Dados de identificação Ribacarne Matadouro Regional do Ribatejo Norte SA Ribacarne S.A. NIPC 501 611 835 Morada Zona Industrial de Tomar - Madalena 2305-127 Tomar 1.1.2 Localização da Instalação Quadro 2 Características e localização geográfica Coordenadas do ponto médio da (1) 176 800; 287 415 instalação (M; P) (m) Tipo de localização da instalação Áreas (m 2 ) Zona Industrial Área total 61220 Área coberta 8584 Área impermeabilizada 34030 (1) Coordenadas M e P, expressas em metros, lidas na correspondente carta militar à escala 1:25000, no sistema de projecção Transverse Mercator, Datum de Lisboa, tendo como origem das coordenadas o Ponto Fictício. Página 4 de 28

1.2 Actividades da instalação e Processo Produtivo 1.2.1 Actividades Quadro 3 Actividades desenvolvidas na instalação Actividade Económica CAE Rev.3 Designação CAE Rev.3 Categoria PCIP Capacidade Instalada (ton/dia) Principal 10110 Abate de gado (produção de carne) 6.4a (principal) 115 A unidade de transformação de subprodutos está desactivada, tendo o operador dado conhecimento deste facto à Direcção Geral de Veterinária. 1.3 Articulação com outros regimes jurídicos Quadro 4 Regimes jurídicos aplicáveis à actividade desenvolvida pela instalação Regime jurídico Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril, relativo aos consumidores intensivos de energia (SGCIE) Identificação do documento TURH para captação de água subterrânea n.º ARHT/00175.10/T/A.CA.F TURH para captação de água subterrânea n.º ARHT/00177.10/T/A.CA.F TURH para captação de água subterrânea n.º ARHT/00178.10/T/A.CA.F TURH para captação de água subterrânea n.º ARHT/00514.10/T/A.CA.F TURH para captação de água subterrânea n.º ARHT/3133.09/T/A.CA.F - Observações Integrados no Anexo III desta LA Decreto-Lei n.º 127/2008, de 21 de Julho Formulário PRTR Categoria 8a) Sistema Integrados de Gestão de Resíduos de Embalagens Regulamento (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de Outubro de 2009 Sociedade Ponto Verde Contrato EMB /0001479 Regulamento dos Subprodutos Em matéria de legislação ambiental, a instalação apresenta ainda enquadramento no âmbito de outros diplomas, melhor referenciados ao longo dos pontos seguintes da LA, em função das respectivas áreas de aplicação específicas. 1.4 Validade Esta Licença Ambiental é válida por um período de 6 anos, excepto se ocorrer, durante o seu prazo de vigência, as situações previstas no art.º 20 do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto (novo diploma PCIP que revoga o Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto), que motivem a sua renovação. O pedido de renovação terá de incluir todas as alterações de exploração que não constem da actual Licença Ambiental, seguindo os procedimentos legalmente previstos referidos no artigo supracitado. Página 5 de 28

2 Condições Operacionais de exploração 2.1 Gestão de Recursos e Utilidades 2.1.1 Matérias-primas e produtos Neste estabelecimento industrial procede-se ao abate e preparação das espécies bovina, equina, suína, ovina e caprina, corte e desossa, preparados de carne e entreposto frigorifico de carnes e transformados de carne. Devem ser mantidos registos das quantidades de todas as matérias-primas/subsidiárias consumidas na instalação (toneladas/ano). Qualquer alteração decorrente de modificação das matérias-primas e/ou subsidiárias utilizadas que possa apresentar eventual repercussão ao nível do tipo de poluentes a emitir para o ar ou para a água terá de ser comunicada à APA. 2.1.2 Águas de abastecimento A água consumida na instalação é proveniente: - de cinco captações de água subterrânea, identificados no Quadro 5, com um consumo médio diário de 485 m 3 ; - da rede pública de abastecimento, com um consumo médio diário de 10 m 3. 2.1.2.1 Consumos e caracterização das captações Quadro 5 Caracterização das captações Referência da Captação AC1 AC2 AC3 AC4 AC5 Coordenadas da captação (M;P) (m) 176849; 287478 176981; 287290 176843; 287569 176919; 287308 176847; 287638 Origem da captação Subterrânea (furo vertical) Subterrânea (furo vertical) Subterrânea (furo vertical) Subterrânea (furo vertical) Subterrânea (furo vertical) Finalidade Actividade industrial Actividade industrial Actividade industrial Actividade industrial Actividade industrial Autorização/Lice nça de Utilização dos Recursos Hídricos para Captação de Água ARHT/00175. 10/T/A.CA.F ARHT/00177. 10/T/A.CA.F ARHT/00178. 10/T/A.CA.F ARHT/00514. 10/T/A.CA.F ARHT/3133.0 9/T/A.CA.F A utilização dos recursos hídricos para captação de água subterrânea está autorizada, pela autoridade competente, de acordo com o estipulado nos Títulos de Utilização dos Recursos Hídricos para as captações subterrâneas referidas no Quadro 5 (vide o ponto 1, do Anexo III). As captações de água subterrânea deverão estar equipadas com um medidor de caudal com totalizador, que permita efectuar leituras regulares do volume total de água extraído por cada uma das captações e determinação do consumo específico de água para a actividade PCIP da instalação. Caso haja alguma alteração ao regime de exploração da captação deverá a mesma ser comunicada à Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P. A água destinada ao consumo humano deve ser proveniente da rede de abastecimento público, tal como estipulado no n.º3 do artigo 42º do Decreto-lei n.º 226-A/2007, de 31 de Maio. Página 6 de 28

2.1.2.2 Tratamento LA n.º Ren. Subs. Ano A água captada nas origens identificadas com os códigos AC1, AC2, AC3, AC4 e AC5 é encaminhada para um tanque de armazenamento, sendo depois sujeita a um processo de desinfecção, através da adição de hipoclorito de sódio. Os resíduos gerados são normalmente as embalagens de plástico. 2.1.2.3 Monitorização O autocontrolo deve ser realizado em conformidade com o descrito nas Autorizações/Licença de Utilização dos Recursos Hídricos identificadas no Quadro 5 (vide Anexo III desta LA). 2.1.3 Energia Quadro 6 Consumos de Energia (2) Capacidade de Tipo de combustível Consumo anual armazenamento Energia Eléctrica 3778000 kwh (1095,62 1 /ano) Fuelóleo 1100 ton (1065,90 tep 1 /ano) 30000 litros Gás Propano 80 ton (91,20 tep 1 /ano) Licenciamento de depósitos Destino/Utilização - - Utilização geral (3) Caldeiras de produção de vapor 7,48 m 3 (3) Chamuscador e cozinha Gasóleo - 20000 litros Alvará n.º L/3835 Veículos (1) Tep Toneladas equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os factores de conversão constantes do Despacho 17313/2008, publicado no D.R. n.º 122, II Série, de 2008.06.26; (2) Dados relativos ao ano de 2009. (3) Processo em licenciamento O consumo médio global de energia estima-se em cerca 2253 tep/ano, pelo que a instalação encontra-se abrangida pelo Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE), regulado pelo Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril. A instalação deverá estar equipada com o n.º adequado de contadores, de forma a ser possível efectuar leituras regulares do consumo total de energia utilizada no processo industrial e determinação do consumo específico de energia para a actividade PCIP da instalação. Qualquer alteração de combustível tem de ser previamente comunicada à APA. 2.1.4 Sistemas de refrigeração A unidade industrial possui uma central de frio, constituída por um circuito principal a amoníaco (NH 3 ) (4 reservatórios de Amoníaco) e um circuito secundário a Água Glicosada (Solução Aquosa de Monoetileno de glicol, a uma concentração de mais ou menos 30%). 2.2 Emissões O operador deve realizar as amostragens, medições e análises de acordo com o mencionado nesta licença e especificações constantes nos pontos seguintes. Todas as análises referentes ao controlo das emissões devem preferencialmente ser efectuadas por laboratórios acreditados. O operador deve assegurar o acesso permanente e em segurança aos pontos de amostragem e de monitorização. O equipamento de monitorização e de análise deve ser operado de modo a que a monitorização reflicta com precisão as emissões e as descargas, respeitando os respectivos programas de calibração e de manutenção. Página 7 de 28

2.2.1 Emissões para o ar 2.2.1.1 Pontos de Emissão Existem na instalação três fontes de emissão pontual descritas no Quadro 7. Código FF1 FF2 Equipamento associado Quadro 7 Caracterização das fontes de emissão pontual Potência Térmica (MWth) Regime Emissão Combustível Altura da chaminé acima do nível do solo (m) Caldeiras de vapor nº1 e nº2 2 2,1 Contínuo 11 Fuelóleo Caldeira de vapor n.º3 (1) 6,1 Esporádico 11 FF3 Chamuscador 0,4 Esporádico Gás Propano 6,6 1) De acordo com o operador a caldeira está inactiva. As chaminés da instalação deverão dar cumprimento às normas relativas à construção de chaminés de acordo com o disposto nos números 1 e 2 do art.º 32º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. Em cada chaminé a secção de amostragem deverá apresentar pontos de amostragem com orifício normalizado, de acordo com o estabelecido na Norma Portuguesa NP 2167:2007 (2.ª Edição), ou norma posterior que a venha a substituir, relativa às condições a cumprir na Secção de amostragem e plataforma para chaminés ou condutas circulares de eixo vertical. Em eventuais casos em que se verifique dificuldade de aplicação desta Norma, e tendo por base proposta fundamentada do operador, poderão ser aprovadas secções de amostragem alternativas, em aditamento a esta LA. Nesse sentido, se aplicável, deverá o operador apresentar os fundamentos considerados relevantes e respectivos elementos técnicos complementares de análise. A altura das chaminés associadas às fontes de emissão pontual FF1 e FF3 deverão ser alteadas para 12,5m, de forma a garantir a correcta dispersão dos poluentes, de acordo com o Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril e da Portaria n.º 263/2005, de 17 de Março, rectificada pela Declaração de Rectificação n.º 38/2005, de 16 de Maio. Nos casos em que seja comprovadamente inviável, do ponto de vista técnico e ou económico, a aplicação do disposto no n.º 1 do artigo 30º do Decreto-lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, o operador deverá requerer à entidade coordenadora a aprovação de uma altura diferente da chaminé, devendo para o efeito ser apresentado no PDA cópia da autorização da entidade coordenadora DRAP LVT. De acordo com ofício (Ref. SQI/Nº de Registo: GV/11279/L, de 13.02.2011) da Direcção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo o equipamento sob pressão (caldeira n.º 3) com o nº de registo: GV/11279/L não pode ser utilizado, devendo esta Agência ser notificada quando do pedido de autorização de funcionamento à DRE LVT. O operador deverá ainda apresentar no PDA cópia das autorizações de funcionamento para os outros dois equipamentos sob pressão caldeira n.º 1 e n.º 2. 2.2.1.2 Emissões difusas Na instalação estão identificadas as seguintes fontes de emissão difusa: - Abegoaria; - Rede de Frio; - Posto de abastecimento; - Circulação dos veículos; - Parque de lamas de ETAR. Página 8 de 28

O operador tem algumas medidas implementadas para a redução das emissões provenientes destas fontes, nomeadamente a lavagem diária dos pavimentos da abegoaria, o regime de dieta hídrica de 24h antes da entrada para abate, a manutenção programada e preventiva da rede frio e redução da velocidade de circulação dentro das instalações. 2.2.1.3 Monitorização O controlo da emissão de gases deverá ser efectuado de acordo com o especificado nos Quadros 8 e 9 desta licença, não devendo nenhum parâmetro de emissão exceder os valores limite de emissão (VLE) aí mencionados. Quadro 8 - Condições de monitorização associadas às fontes pontuais FF1 (duas caldeiras alimentadas a fuelóleo) Parâmetro (1, 2) VLE (mg/nm 3 ) (2, 3) VLE (mg/nm 3 ) Dióxido de enxofre (SO 2) 2 700 1 700 Óxidos de azoto (NO x), expresso em NO 2 1 500 500 Monóxido de Carbono (CO) 1 000 500 Sulfureto de hidrogénio (H 2S) 50 5 Metais I (***) 0,2 (5) 0,2 (6) Metais II (***) 1 (7) 1 (8) Metais III (***) 5 (9) 5 (10) Metais pesados totais (11) 8 - Compostos orgânicos voláteis não metânicos (COVNM), expresso em C - 110 Parâmetro (2, 12) VLE (mg/nm 3 ) Compostos orgânicos voláteis (COV), expresso em C Partículas 150 Frequência da monitorização 2 vezes por ano (4) (13) Frequência da monitorização 200 2 vezes por ano (4) Notas (1) VLE (definido no Anexo IV da Portaria n.º 286/93 de 12 de Março) a cumprir até 24 de Junho de 2012 (2) Todos os valores limite de emissão (VLE) se referem a um teor de 8% de O 2 e gás seco nos efluentes gasosos. (3) VLE (definidos na Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho e na Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho) a cumprir após as datas indicadas no anterior ponto (1). (4) A monitorização deverá ser efectuada duas vezes em cada ano civil, com intervalo mínimo de dois meses entre as medições. (5) Cádmio (Cd), mercúrio (Hg). (6) Cádmio (Cd), mercúrio (Hg), tálio (Tl). (7) Arsénio (As), níquel (Ni). (8) Arsénio (As), níquel (Ni), selénio (Se), telúrio (Te). (9) Chumbo (Pb), crómio (Cr), cobre (Cu). (10) Platina (Pt), vanádio (V), chumbo (Pb), crómio (Cr), cobre (Cu), antimónio (Sb), estanho (Sn), manganésio (Mn), paládio (Pd), zinco (Zn). (11) Este parâmetro deve ser monitorizado até 24 de Junho de 2012. (12) VLE (definidos na Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho e Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho) a cumprir no imediato. (13) As condições de monitorização serão definidas em aditamento a esta licença, após avaliação dos resultados da primeira campanha de monitorização (a efectuar duas vezes no ano civil, com um intervalo mínimo de dois meses entre as medições) efectuada de acordo com as condições estabelecidas nesta licença. A primeira campanha deverá ser realizada em 2012. (***) Se os efluentes gasosos contiverem mais que um destes poluentes, o valor limite de emissão aplica-se ao somatório dos poluentes presentes. Página 9 de 28

Quadro 9 Condições de monitorização associadas à fonte pontual FF3 (1 chamuscador alimentado a gás propano) Parâmetro (2, 3) VLE (mg/nm 3 ) (4, 5) VLE (mg/nm 3 ) Frequência da monitorização Dióxido de enxofre (SO 2) (1) 2 700 500 (7) Sulfureto de hidrogénio (H 2S) (1) 50 5 Óxidos de azoto (NO x), expresso em NO 2 1 500 500 2 vezes por ano (8) Monóxido de Carbono (CO) 1 000-2 vezes por ano (8) Compostos orgânicos voláteis não metânicos (COVNM), expresso em C Parâmetro - 110 (4, 6) VLE (mg/nm 3 ) (7) Frequência da monitorização Compostos orgânicos voláteis (COV), 200 expresso em C 2 vezes por ano (8) Partículas 150 Notas (1) A monitorização prevista para estes poluentes poderá merecer reavaliação após a existência de um histórico mais significativo de medições, e em que existam relatórios com toda a informação exigida nos termos do definido no ponto 2 do Anexo II, e na sequência de solicitação do operador. (2) VLE (definido no Anexo IV da Portaria n.º 286/93 de 12 de Março) a cumprir até 24 de Junho de 2012. (3) Todos os valores limite de emissão (VLE) se referem a um teor de 8% de O 2 e gás seco nos efluentes gasosos. (4) Todos os valores limite de emissão (VLE) devem ser comparados com as concentrações obtidas, sem correcção do teor de oxigénio. (5) VLE (definidos na Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho e na Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho) a cumprir após a data indicada no anterior ponto (2). (6) VLE (definidos na Portaria n.º 675/2009, de 23 de Junho e Portaria nº 677/2009, de 23 de Junho) a cumprir no imediato. (7) As condições de monitorização serão definidas em aditamento a esta licença, após avaliação dos resultados da primeira campanha de monitorização (a efectuar duas vezes no ano civil, com um intervalo mínimo de dois meses entre as medições) efectuada de acordo com as condições estabelecidas nesta licença. A campanha deverá ser realizada em 2012. (8) A monitorização deverá ser efectuada duas vezes em cada ano civil, com intervalo mínimo de dois meses entre as medições. No que se refere aos equipamentos de monitorização das emissões para a atmosfera, os mesmos deverão ser submetidos a um controlo metrológico, com uma periodicidade anual, de acordo com o disposto no art. 28º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. Deverá ainda ser dado cumprimento, às disposições constantes no n.º 4 do art.º 23º e no n.º 3 do art.º 29º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. Se for verificada alguma situação de incumprimento nas avaliações efectuadas, devem ser adoptadas de imediato medidas correctivas adequadas, após as quais deverá ser efectuada uma nova avaliação da conformidade. Deve ainda ser cumprido o estipulado no ponto 4 desta licença (Prevenção e controlo de acidentes/gestão de situações de emergência). 2.2.2 Emissões de Águas Residuais e Pluviais Na instalação são gerados dois tipos de efluentes líquidos, designadamente: - águas residuais domésticas, provenientes das instalações sociais; - águas residuais industriais, provenientes da abegoaria, da unidade de abate/desmancha e da lavagem dos rodados dos camiões, das caixas de carga e dos próprios camiões. Na instalação existe uma rede de drenagem de águas pluviais, que recolhe as águas pluviais dos telhados dos edifícios e das zonas pavimentadas não cobertas. 2.2.2.1 Sistemas de tratamento e retenção As águas residuais industriais e domésticas da instalação são encaminhadas para EPTAR, que é constituída pelas seguintes fases: Página 10 de 28

Figura 1 Linha de tratamento LT1 Efluente industrial e doméstico Gradagem Homogeneização Tamisagem Lagunagem Efluente final As águas residuais provenientes do ponto de abastecimento de gasóleo são tratadas num separador de hidrocarbonetos. A descarga do efluente tratado em linha de água ou solo só poderá ser realizada após a autorização da autoridade competente nesta matéria - ARH Tejo, I.P. A limpeza das linhas associadas aos separadores de hidrocarbonetos, deve ser realizada por entidade competente e os resíduos resultantes deverão ser encaminhados para operador licenciado. Qualquer alteração nas redes de drenagem das águas residuais ou das águas pluviais deverá ser comunicada previamente à APA. 2.2.2.2 Pontos de Emissão Os pontos de emissão de águas residuais e pluviais encontram-se identificados no Quadro 10. Quadro 10 Pontos de emissão de águas residuais e pluviais Ponto de Emissão/ Descarga Coordenadas M (m) P (m) Tipo Origem Meio receptor Regime de descarga ED1 176855 287210 Industrial e doméstico EPTAR Colector municipal da Zona Industrial Contínuo (1) ED2 176900 287375 Pluviais não contaminadas Escorrências do pavimento, edifício e vias de comunicação Colector pluvial da Zona Industrial Esporádico ED3 176930 287250 Pluviais não contaminadas Escorrências do pavimento, edifício e vias de comunicação Colector pluvial da Zona Industrial Esporádico ED4 176950 287230 Pluviais não contaminadas Escorrências do pavimento, edifício e vias de comunicação Colector pluvial da Zona Industrial Esporádico (1) Com caudalímetro associado Página 11 de 28

A manutenção dos serviços de recolha e tratamento das águas residuais da Ribacarne, pela Águas do Centro, SA, será assegurada até à data da Assembleia Geral de Credores, tal como referido no ofício (Ref.1126/II-JB, de 25.07.2011). Assim, fica o operador autorizado a descarregar o efluente pré-tratado no colector municipal da Zona Industrial. Após a Assembleia a realizar em Novembro/Dezembro de 2011, o operador deverá notificar esta Agência, através da Entidade Coordenadora, da decisão tomada pela Águas do Centro, S.A, e caso aplicável, assegurar um destino adequado para os efluentes gerados na instalação. 2.2.2.3 Monitorização O autocontrolo das águas residuais domésticas e industriais deve ser efectuado de acordo com as condições fixadas no contrato de recolha de efluentes, celebrado com a Águas do Centro S.A. em 15.02.2010. Se for verificada alguma situação de incumprimento nas medições efectuadas devem ser de imediato adoptadas medidas correctivas adequadas, após as quais deverá ser efectuada uma nova avaliação da conformidade nas fontes pontuais em causa. Deve ainda ser cumprido o estipulado no ponto 5 da LA. 2.2.3 Ruído A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deve ser efectuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído. As medições de ruído deverão ser repetidas sempre que ocorram alterações na instalação ou na sua envolvente, que possam ter implicações ao nível do ruído ou, se estas não tiverem lugar, com uma periodicidade máxima de 5 anos, de forma a verificar o cumprimento do critério de exposição máxima (valores limite de exposição) e do critério de incomodidade, de acordo com o previsto pelos artigos 11º e 13º do Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro. A verificação do cumprimento dos critérios acima referidos deverá ser efectuada por entidade acreditada, conforme previsto no artigo 34º e recorrendo às normas técnicas previstas no artigo. 32º do referido diploma. Caso seja necessária a implementação de medidas de minimização da emissão de ruído, deverá posteriormente ser efectuada nova caracterização de ruído, de forma a verificar o cumprimento dos critérios de incomodidade e de exposição máxima. No caso de se verificar a necessidade de adopção das medidas de redução de ruído previstas no n.º 2 do artigo 13º do Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, de modo a cumprir os critérios de incomodidade definidos no n.º 1 do mesmo artigo, deverá ser tido em consideração o n.º 3 do mesmo artigo. As campanhas de monitorização, medições e a apresentação dos resultados deverão cumprir os procedimentos constantes na Norma NP 1730-1:1996, ou versão actualizada correspondente, assim como as directrizes do Instituto Português de Acreditação (IPAC), disponíveis na página da internet em www.ipac.pt, que fazem parte integrante da circular Clientes n.º 2/2007 Critérios de acreditação transitórios relativos a representatividade das amostragens de acordo com o Decreto-Lei n.º 9/2007. Caso se verifique impossibilidade de parar a actividade de produção da instalação para a medição dos níveis de ruído residual, deverá o operador proceder de acordo com disposto no n.º 6 do artigo 13º, do RGR. 2.3 Resíduos, subprodutos e monitorização 2.3.1 Armazenamento temporário O armazenamento temporário dos resíduos produzidos na instalação, e que aguardam encaminhamento para destino final, deverá ser sempre efectuado em locais destinados a esse efeito (parques/ zonas de armazenamento de resíduos), operados de forma a impedir a ocorrência de qualquer derrame ou fuga, evitando situações de potencial contaminação do solo e/ou da água. Assim, estas áreas deverão apresentar piso impermeabilizado bem como, em função do mais adequado em cada caso específico, serem cobertas, equipadas com bacia de Página 12 de 28

retenção e/ou com rede de drenagem com encaminhamento adequado. Neste armazenamento temporário devem igualmente ser respeitadas as condições de segurança relativas às características que conferem perigosidade ao(s) resíduo(s), de forma a não provocar qualquer dano para o ambiente nem para a saúde humana, designadamente por meio de incêndio ou explosão. No acondicionamento dos resíduos deverão ser utilizados contentores, outras embalagens de elevada resistência, ou, nos casos em que a taxa de produção de resíduos o não permita, bigbags. Deverá também ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção das embalagens, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento desadequado dessas embalagens. Em particular, salienta-se que se forem criadas pilhas de embalagens, estas deverão ser arrumadas de forma a permitir a circulação entre si e em relação às paredes da área de armazenamento. Deverá ser também assegurada a adequada ventilação dos diferentes locais de armazenamento temporário de resíduos, salientando-se ainda a necessidade do acondicionamento de resíduos permitir, em qualquer altura, a detecção de derrames ou fugas. Adicionalmente, os resíduos produzidos deverão ser armazenados tendo em consideração a respectiva classificação em termos dos códigos da Lista Europeia de Resíduos LER (Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março), as suas características físicas e químicas, bem como as características que lhe conferem perigosidade. Os dispositivos de armazenamento deverão permitir a fácil identificação dos resíduos acondicionados, mediante rótulo indelével onde conste a identificação dos resíduos em causa de acordo com os códigos LER, o local de produção e, sempre que possível/aplicável, a indicação de nível de quantidade, das características que lhes conferem perigosidade e da respectiva classe de perigosidade associada. Caso da exploração da actividade sejam gerados resíduos, cujo código LER não se enquadre nos resíduos armazenados nos parques de armazenamento actualmente existentes, deverá o operador proceder à criação de novos parques de armazenamento de resíduos Os resíduos produzidos na instalação são temporariamente armazenados nos parques de armazenagem de resíduos identificados no Quadro 11. Quadro 11 Parques/zonas de armazenamento temporário de resíduos gerados na instalação. Código Área (m 2 ) Vedado Total Coberta Impermeabilizada Sistema de drenagem Bacia de retenção Resíduos armazenados (tipo de recipiente) PA1 200 0 200 S S N Resíduos da ETAR PA2 50 50 50 S N N Plástico, papel, cartão, ferro e metal PA3 1 1 1 S N S (0.5m 3 ) Óleos lubrificantes usados PA4 1 1 1 S N N Resíduos tipo hospitalar As escorrências do PA1 são encaminhadas para a ETAR. Atendendo, que as emissões provenientes deste parque podem originar odores incómodos, o operador deve adoptar as técnicas previstas no BREF SA para evitar ou, quando tal não for possível, reduzir as emissões. A armazenagem de resíduos no próprio local de produção por período superior a um ano, carece de licença a emitir pela entidade competente, nos termos do previsto na alínea b) do n.º 1 do art.º 32º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. Os subprodutos produzidos na instalação são encaminhados directamente para contentores adequados e recolhidos diariamente por entidade externa devidamente autorizada. 2.3.2 Transporte Em matéria de transporte de resíduos, as entidades seleccionadas pelo operador deverão estar em conformidade com o definido no n.º 2 da Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, e de acordo com as condições aí estabelecidas. Deverão ser utilizadas as guias de acompanhamento dos resíduos, aprovadas na referida Portaria, modelos exclusivos da Imprensa Nacional - Casa da Página 13 de 28

Moeda (INCM) n.º 1428, para os resíduos em geral. O transporte de resíduos abrangidos pelos critérios de classificação de mercadorias perigosas deve ainda obedecer ao Regulamento de Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 267-A/2003, de 27 de Outubro. Especificamente para o transporte de óleos usados, o operador terá de dar cumprimento às disposições aplicáveis constantes do Decreto-Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, relativo à gestão de óleos novos e óleos usados e da Portaria n.º 1028/92, de 5 de Novembro, que estabelece as normas de segurança e identificação para o transporte de óleos usados. 2.3.3 Controlo Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, deverá ser assegurado que os resíduos resultantes da unidade, incluindo os resíduos equiparados a urbanos das actividades administrativas, sejam encaminhados para operadores devidamente legalizados para o efeito, devendo ser privilegiadas as opções de reciclagem e outras formas de valorização e o princípio da proximidade e auto-suficiência a nível nacional. Deverá o operador encontrar-se inscrito no Sistema Integrado de Resisto da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA) e efectuar o preenchimento, por via electrónica, dos mapas de registo referentes aos resíduos produzidos na instalação, até 31 de Março do ano seguinte àquele a que se reportam os dados. 3 MTD s Utilizadas e Medidas a Implementar 3.1 MTD implementadas O funcionamento da actividade prevê, de acordo com o projecto apresentado pelo operador, a aplicação de algumas das técnicas identificadas como Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) estabelecidas no Documento de Referência no âmbito PCIP para aplicação sectorial, Reference Document on Best Available Techniques on Slaughterhouses and Animal Byproducts - (BREF SA), com adopção publicada em JOC 107 de 3 de Maio de 2005, disponível para consulta em http://eippcb.jrc.es, as quais se encontram identificadas no Quadro 12. Quadro 12 MTD implementadas na instalação. Documento de referência BREF SA MTD utilizadas Processos gerais e operações da instalação (secção 5.1.1 do BREF SA) Prestar formação aos trabalhadores; Possui um plano de manutenção específico para equipamentos e máquinas em uso nas suas instalações; Possuir medidores de caudal de água de abastecimento dedicados; Segregação das águas residuais de processo das outras águas residuais; Proceder ao controlo, remoção e/ou reparação de todas as torneiras, canos, mangueiras e fontes de água com eventuais fugas; Uso de drenos com grelhas que previnem a entrada de sólidos nos circuitos das águas residuais; Limpeza a seco das instalações; Aplicação de protecções contra extravasamento de produtos armazenados em tanques; Existências de bacias de retenção para prevenir eventual derrame dos produtos armazenados; Implementação de um sistema de gestão de energia; Implementação de um sistema de gestão de frio; Possuir e usar controlo automático de fecho e abertura de portas de Página 14 de 28

divisões refrigeradas; LA n.º Ren. Subs. Ano Controlo automático dos tempos de funcionamento da central de frio; Uso de vapor termo estaticamente controlado e válvulas de mistura de água; Racionalizar e isolar termicamente as canalizações de água e de vapor; Implementação de sistemas de gestão e controlo automático de luminosidade; Limpeza regular das áreas de armazenamento de materiais; Implementação de um sistema de gestão de ruído; Armazenamento de subprodutos de origem animal por períodos de tempo reduzido e se possível refrigerados; Cobertura dos recipientes de transporte de subprodutos durante os processos de transporte, carga e descarga e armazenamento dos mesmos; Onde não seja possível tratar o sangue antes da sua decomposição começar a originar odores, o mesmo deve ser refrigerado o mais rapidamente e pelo menor período de tempo disponível, de forma a minimizar a sua decomposição. MTD adicionais para matadouros (secção 5.2. do BREF SA) Limpeza a seco das viaturas (com rolo/vassoura) previamente à limpeza com água a alta pressão; Evitar a lavagem das carcaças e quando tal não for possível, minimizála, conjugando-a com técnicas de abate limpas; Recolha contínua e separada dos subprodutos ao longo da linha de abate em conjugação com uma sangria optimizada e recolha de sangue e segregação das zonas de armazenagem e manuseamento de subprodutos; Na sangria utilizar drenos duplos; Recolha a seco dos resíduos existentes no pavimento do matadouro; Remoção de todas as torneiras desnecessárias da linha do matadouro; Isolar e cobrir os esterilizadores de facas, em conjugação com o uso de esterilizadores usando vapor de baixa pressão; Operar todos os pontos de lavagem de mãos de forma automática e de activação não manual; Gerir e monitorizar o uso de ar comprimido; Gerir e monitorizar o uso de ventilação; Gerir e monitorizar o uso de água quente; As peles são aparadas antes da recolha. MTD adicionais para Matadouros de grandes animais (secção 5.2.1 do BREF SA) Não alimentar os animais nas 12 horas antes do abate; Usar bebedouros eficientes; Usar chuveiros (para lavagem dos porcos) através de aspersores de baixo consumo e com controlo de tempo; Limpeza a seco do chão dos estábulos, apenas efectuando limpeza com água periodicamente; Aplicação de um rodo no inicio da limpeza da zona de sangria; Utilização de escaldão vertical na linha de suínos; Página 15 de 28

Reutilização de água quente na depiladora; LA n.º Ren. Subs. Ano Aplicação de bicos de chuveiro na lavagem após chamusco; Esterilizar as serras do esterno por cabine com aspersores de água quente controlados automaticamente; Regular e minimizar a água utilizada para o transporte dos intestinos; Arrefecimento de carcaças por túnel de choque; Esvaziamento de estômagos a seco; Regularizar e minimizar o consumo de água nas lavagens dos intestinos grosso e delgado; Regularizar e minimizar o consumo de água nas lavagens de línguas e corações (utilização de chuveiros); 3.2 Medidas a implementar No que se refere à utilização de Melhores Técnicas Disponíveis transversais deverão ser analisados os seguintes documentos, já disponíveis em http://eippcb.jrc.es: Reference Document on the General Principles of Monitoring, Comissão Europeia (JOC 170, de 19 de Julho de 2003); Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from Storage BREF ESB, Comissão Europeia ( JOC 253, de 19 de Outubro de 2006); Reference Document on Best Available Techniques for Energy Efficiency BREF ENE, Comissão Europeia (JOC 41, de 19 de Fevereiro de 2009). Simultaneamente, deverá o operador criar mecanismos de acompanhamento dos processos de elaboração e revisão dos BREF aplicáveis à instalação, de forma a garantir a adopção pela instalação das MTD a estabelecer nesse âmbito. A adopção das técnicas consideradas MTD pelos Documentos de Referência, que sejam adequadas à instalação e para as quais os elementos de projecto não evidenciam a sua utilização, deverá ser sistematizada no PDA. Ainda no âmbito da avaliação das MTD a adoptar deverá o operador equacionar também a implementação na instalação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), incluindo no PDA a análise a efectuar sobre esta matéria. Nesta análise deverão ser identificados, de entre o conjunto de aspectos característicos de um SGA, aqueles já implementados na instalação, devendo ser equacionada a implementação dos restantes aspectos inerentes a um SGA, nomeadamente: - Definição de uma política ambiental para a instalação ao nível mais elevado da sua administração; - Planificação e definição dos procedimentos necessários (objectivos e metas); - Aplicação dos procedimentos definidos de forma a atingir os objectivos e as metas propostos; - Avaliação do desempenho da instalação, após implementação das medidas de acção inicialmente propostas, e adopção de eventuais medidas correctivas necessárias; - Revisão do SGA pelos mais altos responsáveis da instalação. Complementarmente podem ser equacionados os três aspectos seguintes: - Análise e validação do SGA por um organismo de certificação acreditado ou verificador externo; - Preparação e publicação de uma declaração ambiental que descreva todos os aspectos ambientais significativos da instalação; - Implementação e adesão a um SGA internacionalmente aceite, como o EMAS ou a EN ISO 14001:2004. Página 16 de 28

4 Prevenção e controlo de acidentes/gestão de situações de emergência LA n.º Ren. Subs. Ano O operador deve declarar uma situação de (potencial) emergência sempre que ocorra uma situação identificada no Quadro 13. Quadro 13 Situações de (potencial) emergência. Qualquer falha técnica detectada nos equipamentos de produção ou nos sistemas de redução da poluição, passível de se traduzir numa potencial emergência Qualquer disfunção ou avaria dos equipamentos de controlo ou de monitorização, passíveis de conduzir a perdas de controlo dos sistemas de redução da poluição Qualquer falha técnica detectada nos sistemas de impermeabilização, drenagem, retenção ou redução/tratamento de emissões existentes na instalação Qualquer outra libertação não programada para a atmosfera, água, solo ou colector de terceiros, por outras causas, nomeadamente falha humana e/ou causas externas à instalação (de origem natural ou humana) Qualquer registo de emissão que não cumpra com os requisitos desta licença Em caso de ocorrência de qualquer situação de (potencial) emergência, o operador deve notificar a APA, a Inspecção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT) e a EC desse facto, por fax, tão rapidamente quanto possível e no prazo máximo de 24 horas após a ocorrência. A notificação deve incluir a data e a hora da ocorrência, a identificação da sua origem, detalhes das circunstâncias que a ocasionaram (causas iniciadoras e mecanismos de afectação) e as medidas adoptadas para minimizar as emissões e evitar a sua repetição. Neste caso, se considerado necessário, a APA notificará o operador via fax do plano de monitorização e/ou outras medidas a cumprir durante o período em que a situação se mantiver. O operador enviará à APA, num prazo de 15 dias após a ocorrência, um relatório onde conste os aspectos identificados no Quadro 14. Quadro 14 Informação a contemplar no relatório a declarar situações de (potencial) emergência. Factos que determinaram as razões da ocorrência da emergência (causas iniciadoras e mecanismos de afectação) Caracterização (qualitativa e quantitativa) do risco associado à situação de emergência Plano de acções para corrigir a não conformidade com requisito específico Acções preventivas implementadas de imediato e outras acções previstas implementar, correspondentes à situação/nível de risco encontrado No caso de se verificar que o procedimento de resposta a emergências não é adequado, este deverá ser revisto e submetido a aprovação da APA, em dois exemplares, num prazo de 3 meses, após notificação escrita. 5 Gestão de informação/registos, documentação e formação O operador deve proceder de acordo com o definido no Quadro 15. Quadro 15 Procedimentos a adoptar pelo operador. Registar todas as amostragens, análises, medições e exames, realizados de acordo com os requisitos desta licença Registar todas as ocorrências que afectem o normal funcionamento da exploração da actividade e que possam criar um risco ambiental Elaborar por escrito todas as instruções relativas à exploração, para todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença, de forma a transmitir conhecimento da importância das tarefas e das responsabilidades de cada pessoa para dar cumprimento à licença ambiental e suas actualizações. O operador deve ainda manter procedimentos que concedam formação adequada a todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença Registar todas as queixas de natureza ambiental que se relacionem com a exploração da actividade, devendo ser guardado o registo da resposta a cada queixa. Relativamente às queixas mencionadas no Quadro 15, o operador deve enviar um relatório à APA no mês seguinte à existência da queixa, o qual integrará a informação detalhada no Quadro 16. Página 17 de 28

Quadro 16 Informação a incluir no relatório referente às queixas. Data e hora Natureza da queixa Nome do queixoso Motivos que deram origem à queixa Medidas e acções desencadeadas LA n.º Ren. Subs. Ano Os relatórios de todos os registos, amostragens, análises, medições e exames devem ser verificados e assinados pelo Técnico Responsável da instalação, e mantidos organizados em sistema de arquivo devidamente actualizado. Todos os relatórios devem ser conservados na instalação por um período não inferior a 5 anos e devem ser disponibilizados para inspecção sempre que necessário. 6 Relatórios 6.1 Plano de Desempenho Ambiental O operador deve estabelecer e manter um Plano de Desempenho Ambiental (PDA) que integre todas as exigências desta licença e as acções de melhoria ambiental a introduzir de acordo com estratégias nacionais de política do Ambiente e MTD aprovadas, ou a aprovar, para o BREF referente ao sector de actividade PCIP da instalação, bem como outros BREF relacionados, com o objectivo de minimizar ou, quando possível, eliminar os efeitos adversos no ambiente. O PDA deverá também evidenciar as acções a tomar no âmbito do referido em pontos anteriores desta LA, nomeadamente: A explicitação, análise e calendário de implementação das várias medidas a tomar com vista à adopção de MTD ainda não contempladas no projecto apresentado, decorrentes dos BREF aplicáveis à instalação; A eventual não implementação de técnicas consideradas MTD aplicáveis à instalação deverá ser acompanhada da respectiva justificação consagrando alternativas ambientalmente equivalentes. Em cada caso, o resultado desta análise compreenderá a identificação das técnicas previstas implementar ainda não constantes do projecto apresentado, bem como a respectiva calendarização; Para eventuais técnicas referidas nos BREF mas não aplicáveis à instalação, deverá ainda o operador apresentar a fundamentação desse facto, tomando por base nomeadamente as especificidades técnicas dos processos desenvolvidos; Demonstração da situação da instalação face às MTD do BREF SA e respectivos valores de emissão associados; Avaliação da oportunidade de implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) no espírito do preconizado nas MTD à luz da PCIP (vide ponto 3.2 da LA); Licenciamento dos depósitos de fuelóleo (30.000 litros) e de GPL (7480 litros); Autorização de funcionamento das duas caldeiras de produção de vapor, nos termos da aplicação do Decreto-lei n.º 97/2000, de 25 de Maio; Conformidade da altura das chaminés, de acordo com de acordo com a metodologia de cálculo estabelecida através da Portaria n.º 263/2005, de 17 de Março. O PDA incluirá a calendarização das acções a que se propõe, para um período máximo de 5 anos, clarificando as etapas e todos os procedimentos que especifiquem como prevê o operador alcançar os objectivos e metas de desempenho ambiental para todos os níveis relevantes, nomeadamente os aspectos decorrentes dos Documentos de Referência sobre MTD. Por objectivo deve ainda incluir: a) os meios para as alcançar; b) o prazo para a sua execução. c) critérios/métodos de verificação da sua implementação. Página 18 de 28

O PDA deve ser apresentado à APA, em dois exemplares, até 1 de Fevereiro de 2012, para aprovação. Um relatório síntese da execução das acções previstas no PDA deve ser integrado como parte do RAA correspondente. 6.2 Relatório Ambiental Anual O operador deve enviar à APA, três exemplares do RAA, que reúna os elementos demonstrativos do cumprimento desta licença, incluindo os sucessos alcançados e dificuldades encontradas para atingir as metas acordadas. O RAA deverá reportar-se ao ano civil anterior e dar entrada na APA até 15 de Abril do ano seguinte. O 1.º RAA será referente ao ano de 2011, e deverá ser entregue até dia 15 de Abril de 2012. O RAA deverá ser organizado da forma evidenciada no Quadro 17. Quadro 17 Estrutura do RAA. Âmbito Ponto de situação relativamente às condições de operação Ponto de situação relativamente à gestão de recursos (água, energia e matérias primas) Ponto de situação relativamente aos sistemas de drenagem, tratamento e controlo e pontos de emissão (quando aplicável) Ponto de situação relativamente à monitorização e cumprimento dos Valores Limite de Emissão (VLE) associados a esta licença, com apresentação da informação de forma sistematizada e ilustração gráfica da evolução dos resultados das monitorizações efectuadas Síntese das emergências verificadas no último ano, e subsequentes acções correctivas implementadas Síntese de reclamações apresentadas Ponto de situação relativamente à execução das metas do PDA, previstas para esse ano Sempre que possível os dados deverão ser apresentados na forma de quadros e tabelas, não sendo necessário enviar cópias de relatórios de ensaio e monitorizações que tenham sido ou venham a ser enviados a outros serviços do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (nomeadamente relatórios de monitorização em contínuo ou outros). Caso o operador opte por enviar esses dados, os mesmos deverão ser apresentados em anexo ao RAA, devidamente identificado. Adicionalmente, e no âmbito das diferentes secções da LA seguidamente referenciadas, o RAA deverá incluir a seguinte informação: - Gestão de Recursos e Utilidades (vide ponto 2.1) No 1º RAA o operador deve elaborar uma listagem de todos os equipamentos de refrigeração, ar condicionado e bomba de calor identificando o fluído e descriminando a carga do mesmo. - Matérias-primas e produtos (vide ponto 2.1.1) No RAA a elaborar pelo operador devem ser incluídos dados sobre a quantidade mensal de matérias-primas processadas e a produção mensal de produto acabado por actividade desenvolvida na instalação, devendo os valores ser expressos em toneladas, nomeadamente: - quantidade mensal de animais abatidos total (nº de animais e peso); - quantidade mensal de produção de carcaças no total; - quantidade mensal de subprodutos de origem animal produzidos na instalação, no total; - Águas de abastecimento (2.1.2) Devem ser incluídos relatórios síntese compreendendo: - Quantidade mensal de água da rede consumida na instalação; - Informação quanto ao período de funcionamento anual da captação; Página 19 de 28

- Volume mensal de água (m 3 /mês), extraído/proveniente da captação de água da instalação; - Volume mensal total, extraído/consumido na instalação (m 3 /mês) discriminado pelas diversas utilizações; - Consumo específico mensal de água utilizada no processo industrial, expresso em m 3 de água consumida/tonelada produto acabado, explicitando a forma de determinação dos valores apresentados. - Energia (vide ponto 2.1.3) No RAA a elaborar pelo operador deverá ser incluído relatório síntese (quadro resumo) do consumo energético mensal e anual da instalação, em TEP, para as diferentes formas de energia utilizadas na instalação e consumo específico mensal de energia por tonelada de matéria-prima processada e por tonelada de produto acabado, discriminados, sempre que possível, pelos tipos de energia e os seus diferentes usos. Os valores a apresentar deverão ser fundamentados através da explicitação da forma de determinação. O operador deverá ainda incluir no RAA: cópia do Plano de Racionalização de Consumos de Energia aprovado; cópia dos Relatórios de Execução e Progresso Anual, relativos ao Plano de Racionalização de energia aprovado. - Emissões (vide ponto 2.2) O RAA deverá incluir: - A explicitação do plano de manutenção efectuado aos sistemas retenção, drenagem, tratamento e controlo de emissões instalados, incluindo indicação sobre a periodicidade das operações realizadas e detalhe dos respectivos procedimentos. - A indicação, relativamente ao ano civil anterior, do número de horas correspondente a situações de funcionamento deficiente ou avaria nos sistemas/equipamentos de retenção, drenagem, tratamento e controlo de emissões para os diferentes meios. - Emissões para o ar (vide ponto 2.2.1) No RAA deverão ser integrados um registo actualizado do número de horas de funcionamento e consumo de combustível associado a cada fonte de emissão de poluentes atmosféricos. Relativamente ao gerador de emergência deverá também ser indicada a quantidade de combustível consumido e o número de horas de funcionamento anual. - Monitorização (vide ponto 2.2.1.3) Um relatório síntese das emissões para a atmosfera deve ser integrado como parte do RAA, no qual deverá constar: em particular, para cada parâmetro monitorizado estes relatórios deverão apresentar: - os valores de concentração medidos, os caudais mássicos e a respectiva carga poluente (expressa em Kg ou ton/ano); - indicação das emissões anuais específicas para cada parâmetro, por unidade de produção (tonelada de carcaça abatida); metodologia seguida para o cálculo de todos os parâmetros apresentados. - Emissões de Águas Residuais e Pluviais (vide ponto 2.2.2) - Monitorização (vide ponto 2.2.2.3) Um relatório síntese da descarga de águas residuais para o colector municipal deve ser integrado como parte do RAA, contendo a seguinte informação: Página 20 de 28