Tempo, clima e meio ambiente



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Transcrição:

SEQUÊNCIA DIDÁTICA Tempo, clima e meio ambiente Sueli Ângelo Furlan COMPLEMENTO LIVRO DO PROFESSOR

Expediente Geodinâmica Vinicius Saraceni diretor-geral Felipe Seibel diretor de conteúdo Washington Oliveira diretor financeiro Júlia Pinheiro Andrade diretora pedagógica Célia Maria Piva Cabral Senna coordenadora pedagógica Gabriela Souza coordenadora de comunicação e projetos Ana Silvia Fernandes coordenadora administrativa Bruna de Andrade coordenadora financeira Juciléia Portugal suporte operacional Atlas Ambiental: Livro do Professor Sueli Angelo Furlan, Júlia Pinheiro Andrade e Célia Maria Piva Cabral Senna autoras Meire Cavalcante coordenadora editorial So Ham Comunicação para Educação edição e coordenação Fernanda Tripolli pesquisadora Isaac B. Acras diretor de arte Gustavo Velho Diogo designer Mary Ferrarini revisora de texto Juliana Higa Bellini coordenadora cartográfica e de geoprocessamento Luiz Fernando Bissoli gestor de geoprocessamento e imagem por satélite Ione Ishii, Iara Nordi Castellani e Kalu Newton Scrivano colaboradores Programa MAPA - Mundo, Ambiente, Pertencimento e Ação www.programamapa.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Andrade, Júlia Pinheiro Atlas Ambiental : livro do professor / Júlia Pinheiro Andrade, Célia Maria Piva Cabral Senna, Sueli Ângelo Furlan. -- 2. ed. -- São Paulo : Geodinâmica, 2012. ISBN 978-85-63222-13-8 1. Educação ambiental (Ensino fundamental) 2. Geografia - Estudo e ensino 3. Meio ambiente - Atlas (Ensino fundamental) I. Senna, Célia Maria Piva Cabral. II. Furlan, Sueli Angelo. III. Título. 12-02641 CDD-372.891 geodinâmica geodinâmica rua irmã pia, 422-12º andar 05335-050 são paulo sp tel e fax: (55 11) 3768 9999 www.geodinamica.com.br 2

Ficha técnica: Tempo, clima e meio ambiente Longa, com diferentes técnicas de observação e registro do tempo e atividades de campo Anos sugeridos 6 e 7º Conteúdos Noções de tempo e clima; Observação do tempo, registro e análise de dados; Análise de imagem de satélite e leitura meteorológica do tempo; Ritmos de tempo no cotidiano e consequências para o meio ambiente; Leitura e produção de textos informativos; Leitura e produção de diagramas, tabelas e climogramas; Observação e análise da previsão do tempo na televisão. Temas utilizados do Atlas Contracapa; Zoom: do espaço à sua cidade; Onde estou: Galáxia; Clima: conceitos; Clima: passado e presente; Clima: influência dos oceanos; Clima: aquecimento global; Água; Vegetação. Materiais necessários Lápis e papel para desenhar; Mapas Climas do Brasil e Massas de Ar; Anexos Medição pluviométrica e Controle de temperatura; Termômetros. Objetivos Observar o tempo, registrar a percepção sensorial de algumas variáveis do clima; Trabalhar com dados, gráficos e mapas meteorológicos; Ler textos informativos; Identificar as relações entre tempo e clima; Discutir o papel da Amazônia no clima. Produtos finais Duração (aulas previstas) de 20 a 25 aulas e um dia de atividade de campo Escrita de diferentes textos analíticos; Medidas pluviométricas e registros de observação; Produção de climogramas; Publicação dos resultados de pesquisa. Tipo de sequência didática 3

Tempo, clima e meio ambiente A compreensão de fenômenos como secas, enchentes e elevação de temperatura não deve ser preocupação exclusiva de cientistas e pesquisadores. Na atualidade, é necessário que todos percebam em que medida as ocorrências climáticas são frutos de fatores naturais ou da ação do homem. Ao perceber o tempo, é possível tomar decisões como levar ou não guarda-chuva ao sair, voltar para casa antes ou depois da chuva ou tomar bastante água devido à secura do ar. As questões são: Qual a relação entre as condições do tempo e do clima? Qual a importância deste último para o ambiente e para as nossas atividades? A Amazônia é uma extensa região, cuja dinâmica atmosférica interfere no clima local, regional e global. Como isso acontece? Nesta sequência didática, você vai ter acesso a uma introdução a noções de tempo e clima e à relação de questões ambientais com o clima. 1ª Etapa: Problematizações para levantamento do conhecimento prévio. Duração: três ou quatro aulas. Após colocar algumas questões gerais sobre a preocupação atual com o clima, apresente questões para saber se os alunos percebem o destaque que a mídia vem dando ao clima e aos tipos de tempo. O trabalho pode começar por uma exposição de fotos sobre enchentes, nevascas e secas. É possível utilizar algumas imagens do Atlas Ambiental para exemplificar fenômenos climáticos. Porém, antes de fazê-lo, é bom pensar em uma aula de introdução ao uso do material. Apresente aos estudantes duas imagens de jornal sobre o tempo em uma localidade brasileira. Solicite que eles observem as imagens e falem sobre o que elas mostram. Comente que nelas é possível ver alguns extremos que acontecem no comportamento do tempo. Na Região Metropolitana de São Paulo, por exemplo, já ocorreram chuvas de 50 mm em um período de duas horas durante o mês de janeiro, que é o mês mais chuvoso do verão. Para ter uma ideia do que isso significa, ao longo desse mês costuma chover 238 mm. Poucos dias após esse evento em São Paulo, ocorreu em Nova York uma nevasca, outro fenômeno pluvial recorrente no inverno do Hemisfério Norte, também na mesma época. A nevasca é uma precipitação intensa, ou seja, um extremo climático. Camadas de gelo de quase 1 m de altura cobriram casas e estradas. Esses dois exemplos mostram como o comportamento do tempo pode apresentar escalas extremas ou normais, interferindo muito na vida do homem. Após a observação das imagens e de sua leitura coletiva, organize a turma em grupos e coloque as seguintes questões: 4

Você já observou eventos extremos como esse em sua cidade? Há diferenças de tempo no seu município em um mesmo dia? Estimule os alunos a expressar as noções que possuem sobre o conceito de tempo. Convide-os a observar o tempo diariamente no bairro. Nesse momento, você pode informar como são calculados os totais de chuva e as temperaturas. Pesquise na internet como funciona um pluviômetro, aparelho que mede o volume de água que cai durante a chuva, e como confeccionar um. Os livros didáticos e paradidáticos trazem informação sobre variáveis climáticas que podem ser interessantes para complementar seu plano de aula. Organize um pequeno experimento para explicar o que quer dizer 1 mm de chuva. Explique que a quantidade representa o volume de 1 litro de água despejado em um cubo de 1 m de lado. Peça que os alunos registrem o que aprenderam na aula e façam um esquema (desenho) no caderno com o experimento. Cálculo do milímetro de chuva 1 m 10 mm 1 m Reserve uma aula para montar um pluviômetro e o instale no pátio da escola. Organize as atividades de modo que diferentes duplas de alunos possam checar os milímetros de água todos os dias de manhã (exceto segunda-feira, pois pode ter havido acúmulo de mais de um dia de chuva no fim de semana). Passe a fazer medições periódicas e organize-as em uma tabela (veja a tabela Medição pluviométrica, em Anexo). Organize no quadro um texto coletivo sobre as noções de tempo e clima que os alunos possuem. Solicite que façam uma lista das possíveis variáveis que controlam o 1 m 10 mm de chuva equivale a 10 mm de água em 1 m 3 5

tempo e o clima (temperatura, ventos, radiação solar, umidade, entre outros). Anote todas as ideias que eles têm sobre esses conceitos e variáveis climáticas. Importante nesse momento é fazê-los perceber a diferença entre a noção de tempo e de clima. 2ª Etapa: Observação do tempo empírico e registro de dados de campo. Duração: de seis a sete aulas. Com base nas respostas e nos conhecimentos da turma, organize a observação empírica do tempo. Divida a sala em grupos e apresente o tema de estudo da sequência. Utilize, preferencialmente, apenas a percepção sensorial para observar o tempo. Explique que muitas pessoas aprenderam a ler os tipos de tempo utilizando o modo de observação. Exponha no quadro ou retroprojetor a seguinte frase: As cores das paisagens, a luz do Sol, os ventos e as chuvas só existem porque a atmosfera existe. Por sua causa podemos viver na Terra, pois o oxigênio que respiramos é um dos seus gases. A atmosfera também nos sensibiliza. Quantas cenas podemos descrever apenas observando-a? Indague os alunos sobre o céu do município. Organize a turma e saia da sala de aula para um local externo para observar o céu. Procure um lugar onde ele possa ser amplamente visto e que permita aos estudantes se sentarem ou se deitarem no chão para observar e pensar sobre o que estão vendo. Converse sobre o que é possível ver e sentir: cores, nuvens com diferentes formatos, vento, calor, umidade etc. Em seguida, peça a eles que se sentem no chão, em um lugar seguro. Em um papel em branco, sobre uma prancheta e com lápis colorido, eles devem desenhar o que viram. Durante o desenho, converse sobre o céu como um indicador das condições do tempo: ar quente, úmido, seco, luminosidade, nebulosidade etc. O que o céu observado tem a ver com o tempo? Deixe a turma falar livremente. Ao retornar para a sala, exponha os desenhos e com eles organize uma aula expositiva sobre a atmosfera. Para isso, utilize imagens do planeta obtidas no Atlas, como a contracapa e os temas Zoom: do espaço à sua cidade, Água e Clima: passado e presente. Evite o tema Clima: conceitos, pois ele será utilizado adiante. Pergunte aos alunos que ideias e associações vêm à cabeça ao ler as imagens. Estimule a leitura da linguagem imagética conforme o Capítulo 3 do Livro do Professor. Retome os desenhos do céu feitos pelos estudantes e discuta as mudanças percebidas sensorialmente, durante o período em que estiveram desenhando: 6

Qual foi a sensação de calor e umidade? Como estavam as nuvens no céu? Elas mudaram de formato ou de localização? Aproveite para explicar, nesse momento, como se formam as nuvens com a evaporação da água e faça uma leitura sistemática de Rios celestes, do Atlas. Explore a percepção inicial dos alunos a respeito dos climogramas expostos (se têm ou não dificuldades em lê-los) e proponha o desafio de construírem juntos, depois de feitas longas medições e pesquisas, um climograma do município. Você pode organizar um grande climograma em papel de formato quadrado de 1 m. Assim, todos poderão vê-lo e consultá-lo ao longo do ano. Em seguida, reorganize os grupos e distribua uma imagem da Terra com o envelope formado pela atmosfera (como a imagem do tema Clima: aquecimento global, do Atlas) e peça a cada turma que identifique as cores e o que estão vendo. Lembre que o céu que as pessoas veem na Terra pode ser visto do espaço pelos satélites e que essa imagem é como se elas estivessem vendo o céu do espaço. Esse é um bom momento para comentar sobre a posição vertical do observador em relação à imagem. A que consta no Atlas foi obtida de uma nave espacial que fotografou a Terra no espaço. Chame a atenção para as cores e o que elas significam. Ainda em grupos, distribua notícias de jornal sobre episódios do tempo ocorridos no Brasil e no mundo. Faça uma leitura segundo os procedimentos descritos no Capítulo 3 do Livro do Professor. Discuta as situações e tire dúvidas sobre os conteúdos dos textos. Prepare uma síntese comparando o que pode ter ocorrido numa situação e em outra. Peça que imaginem como seria o céu desse dia nessas localidades e que desenhem em papel uma imagem que contenha alguns dos parâmetros do tempo das situações relatadas no texto (utilize lápis preto e colorido). Antes de iniciar o desenho, faça no quadro uma relação dos componentes do clima e do tempo que devem estar representados nos desenhos, tais como ventos, nuvens, chuva, temperatura etc. Converse com os alunos, ao elaborar a lista desses componentes, para dar a eles uma ideia do que ocorreu nas duas situações. Em seguida, exponha os desenhos para que todos observem as produções dos colegas. Após a apreciação dos trabalhos, faça uma exposição sobre tempo e clima no Brasil. Utilize o tema Clima: conceitos, do Atlas, solicitando uma leitura das legendas e dos climas do Brasil. Nesse momento, os alunos já vivenciaram noções de tempo do cotidiano e observaram uma pequena série de dados coletados. Auxilie-os, discutindo que o clima é o resultado de estudos feitos com base em séries longas de dados, geralmente 30 anos, e que o tempo é o estado diário da atmosfera, que é percebido nas atividades humanas. Prepare um esquema que sintetize a leitura sobre as variáveis do clima explicando a sua participação na gênese desses estados momentâneos e duradouros da atmosfera. 7

3ª Etapa: Organização de uma série de dados e a previsão meteorológica do tempo. Duração: três ou quatro aulas. Com base na discussão anterior, organize a turma em grupos para a realização da observação sistemática do tempo e sua previsão no cotidiano do município. Apresente a ficha de previsão do tempo (figura abaixo). A sugestão é utilizar uma ficha pictórica para auxiliar o registro e também permitir que os alunos utilizem o mesmo sistema de símbolos apresentados nos jornais e na televisão. Discuta os símbolos e os dados nela presentes. Divida a turma em duplas e disponibilize a ficha de observação para coleta de dados empíricos. Encontre anexas a ficha Medição Pluviométrica e a tabela Controle de Temperatura para preencher com a turma. Oriente os estudantes quanto ao formato de registro. Eles devem observar o tempo do dia por cinco minutos, ao ar livre, no período da manhã, tarde e noite, por uma semana, sempre no mesmo horário (o período de observação do tempo pela manhã pode coincidir com o horário de medição pluviométrica). Ao mesmo tempo em que coletam e registram os dados na ficha, oriente que assistam na TV à previsão do tempo no jornal noturno para sua região durante uma semana, utilizando outra ficha de registro semelhante àquela dos dados empíricos. Trabalhe também o registro da segunda ficha por meio de símbolos. Previsão do tempo Todos os dias, os alunos devem comparar suas fichas de observação empírica com a previsão da TV. Quando coincidir, devem marcar na coluna correspondente um C (certo). Quando não, devem marcar E (errado). 8

Após o registro de todos os dados, analise com seus alunos como foi a previsão da TV e a observação sensível. Houve acertos? E erros? Discuta com eles o papel dos dados seriais na previsão do tempo. Se for possível, leve-os a um local do município onde exista uma estação micrometeorológica para que conheçam os equipamentos utilizados no registro de dados. Retome a discussão colocando uma questão para os alunos pensarem e redigirem em dupla: Qual a relação entre as condições do tempo e do clima? Organize a sala em círculo e socialize as respostas de cada grupo de maneira a todos completarem seus registros. Peça aos alunos que comentem respeitosamente as respostas de cada grupo, sugiram complementações e registrem individualmente o debate coletivo. 4ª Etapa: Entendendo as escalas de clima estudo de caso da Amazônia. Duração: cinco ou seis aulas. Faça um pequeno recorte, destacando o estudo de uma das regiões brasileiras responsáveis por grandes interferências na dinâmica climática. A Amazônia é uma extensa região, cuja dinâmica atmosférica interfere no clima local, regional e global. Faça um levantamento prévio e coloque-o no quadro. Como a Amazônia pode interferir no clima? Solicite aos grupos que escrevam uma hipótese para essa pergunta. Leia de maneira compartilhada algumas produções. Aproveite esse momento para identificar o que sabem sobre o assunto e o que desconhecem. Na sequência, explique que se fará o estudo das chuvas, que é um importante fator climático. Disponibilize duas imagens da previsão do tempo de um dia qualquer na Amazônia. Elas podem ser obtidas em sites de previsão meteorológica (como Climatempo e Ceptec, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Solicite que discutam quais mudanças ocorreram na região no período da manhã e da tarde (no Brasil e na Amazônia) no dia escolhido. Peça que levantem hipóteses para o que observaram. O que poderia estar ocorrendo na atmosfera? 9

Disponibilize um texto (que pode ser do livro didático) sobre o ciclo da água e a importância dos ventos na formação e nos deslocamentos das chuvas. Organize uma aula expositiva dialogada sobre como as massas de ar carregam e distribuem umidade na atmosfera. Faça uma leitura detalhada do tema Clima: influência dos oceanos, do Atlas. Nesse momento, você pode retomar os estudos sobre os movimentos de rotação da Terra e a influência no movimento da atmosfera. Caso ainda não tenha sido abordado esse assunto, organize uma aula para explicar o movimento da Terra utilizando o tema Onde estou: Galáxia, do Atlas, que traz informações sobre as estações do ano e, portanto, sobre a translação e o eixo inclinado do planeta. O importante é que relacionem os tipos de tempo com o movimento das massas de ar na atmosfera e das correntes de água nos oceanos. No debate dialogado, você pode sugerir aos alunos que façam associações entre as diferentes escalas e os movimentos dos astros: o universo em expansão, o giro de nossa galáxia Via Láctea, o giro do SS ao redor da galáxia, o giro dos planetas ao redor do Sol (translações), o giro da Lua ao redor da Terra e, por fim, o giro da Terra ao redor de si mesma (rotação). Esses mesmos movimentos ocorrem na atmosfera, nos mares e nos diferentes momentos do ciclo da água: a Terra é um planeta dinâmico, em constante movimento. Utilize o mapa Massas de Ar (em anexo) e associe o tipo de clima que ocorre na Amazônia às chuvas. Nesse momento, podem surgir dúvidas, hipóteses e indagações. À medida que o interesse se manifestar, organize um registro sobre as dúvidas e perguntas para que sejam examinadas coletivamente pela própria turma ao término da sequência. Correntes úmidas de ar 10

Lance a seguinte questão para a turma: Será que os climas no planeta sempre foram os mesmos? Com isso, os estudantes podem construir hipóteses explicativas, levando em consideração o debate sobre a relação entre os movimentos das massas de ar e de água na Terra e o debate sobre as consequências dos movimentos de rotação e translação. Faça uma leitura do tema Clima: passado e presente, do Atlas, e levante expectativas e antecipações em função do título, das imagens (planos, cor, texturas, figuras-fundo, enfim, segundo todos os parâmetros de leitura de imagem anteriormente analisados no Capítulo 3, do Livro do Professor). Variações da temperatura terrestre ao longo da história A partir desse momento, amplie a visão dos alunos sobre os tipos de clima. Organize-os em duplas e solicite uma pesquisa de informação sobre os tipos de clima do Brasil. Consulte os temas Clima: conceitos e Vegetação e outras fontes de informação (veja, em anexo, o mapa Climas do Brasil), distribua os tipos de clima entre os grupos e oriente-os para que tragam informações sobre: 11

Como são as temperaturas nesse tipo de clima? Como são as chuvas? Qual é o tipo de cobertura vegetal que predomina nessas condições? Pelo tipo de clima, é possível identificar alguns tipos de tempo possíveis nessas regiões? Quais problemas as pessoas que vivem em cidades enfrentam nesses climas? Quanto às pessoas que vivem no campo, quais são os problemas que enfrentam? Cada grupo deve apresentar oralmente os resultados de suas pesquisas em formato de seminário. Organize os grupos para que saibam administrar o tempo de exposição. 5ª Etapa: Relacionando o clima com o meio ambiente e as atividades humanas. Duração: cinco ou seis aulas (e um dia de atividade de campo para medição de temperaturas). Inicie o novo bloco de conteúdos por uma questão, relacionando o que já foi estudado até o momento: O clima é o estado médio da atmosfera e sua sucessão habitual; e o tempo é um estado momentâneo da atmosfera. Qual a importância do clima para o meio ambiente e as atividades humanas? Nesse momento, questione os alunos sobre a importância de conhecer os ritmos do tempo. Por que o homem se preocupa tanto com ele? Faça no quadro, com auxílio dos alunos, uma lista de temas que expressem as relações das pessoas com o tempo e o clima. Em seguida, apresente a seguinte situação-problema: 12

As cidades interferem no clima local e podem modificar a distribuição de chuvas? Será que os municípios estão mudando o ritmo do tempo e do clima? Proponha como tema da aula a reflexão sobre o que é efeito estufa. Levante conhecimentos prévios sobre o assunto e organize as sugestões no quadro. Faça o mesmo em relação à expressão ilha de calor. Em seguida, faça uma boa leitura do tema Clima: aquecimento global, do Atlas, e comece pela leitura das imagens para, em seguida, pensar antecipações de sentido para o título: Efeito estufa: vilão não! Depois da leitura, afirme e sistematize um registro que explique a diferença entre: 1) O efeito estufa enquanto condição para o surgimento da vida: ocorre no planeta há bilhões de anos, devido à longuíssima evolução dinâmica (ora com ciclos muito quentes, ora muito frios), geológica, climática e biogeográfica da Terra, como mostram o tema Clima: passado e presente, do Atlas. 2) A ilha de calor como um fenômeno climático: ocorre nos centros das grandes cidades, como São Paulo, devido aos seguintes fatores: Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas, como asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto; Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o albedo, o poder refletor de determinada superfície (quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e, logo, levando a maior absorção de calor; Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiro e galerias, o que reduz o processo de evaporação; Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos; Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (efeito estufa); Utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da atmosfera; 3) O fenômeno do aquecimento global: ocorre devido a uma combinação de fatores ambientais e climáticos originados do modelo de desenvolvimento urbano- -industrial que o homem está imprimindo em todas as escalas do planeta (local, regional, nacional, continental e global). O tema pode ser aprofundado com um trabalho de leitura e debates das páginas dedicadas às sequências didáticas sobre impactos ambientais, globalização e desenvolvimento sustentável. Organize a turma em grupos para estudar a relação entre a temperatura e as superfícies que recebem calor. Eles perceberão que a temperatura muda conforme o tipo de controle na superfície (edificações, áreas verdes e asfalto, entre outros). Em climatologia geográfica, os controles são os objetos da superfície da Terra. 13

Os grupos devem medir a temperatura de duas superfícies distintas, como a área construída da escola, o interior de uma mata ou área com solo exposto. As medidas de temperatura devem ser tomadas simultaneamente. Por isso, a sugestão é que a atividade seja realizada no sábado ou no contraturno. Os alunos devem organizar-se em equipes munidos de termômetros. As medidas podem ser feitas também na escola, mas é importante que estejam em situações diferentes de superfície. Construa a tabela Controle de temperatura para o registro dos alunos. Encontre a tabela Controle de temperatura em anexo. É importante esclarecer que essas medidas de temperatura não têm a ver com as máximas e mínimas da previsão do tempo ou das médias climáticas, pois, para esses casos, as medidas são tomadas sempre na sombra, ou seja, a máxima e a mínima como parâmetro climático e indicador de tipo de tempo são medições da temperatura do ar feitas em local aberto, ao ar livre, mas sempre à sombra. Construa um gráfico utilizando a representação por linhas para os dados medidos na mesma superfície. Você pode também produzir um gráfico de barras com as máximas medidas em cada local a fim de comparar qual alcançou valores mais elevados e qual se mostrou mais amena ao longo do dia. Eixo das abscissas: tipos de superfície, com um valor de base igual para todas (por exemplo, 2 cm). Eixo das coordenadas: valores máximos das temperaturas medidas. Discuta os dados do gráfico e introduza o assunto aquecimento global e o fator temperatura como um dos indicadores de mudança. Bem do alto Os satélites artificiais observam o planeta mediante sensores multiespectrais (conjuntos de detectores de radiação em diferentes comprimentos de onda). Desde o lançamento dos primeiros satélites meteorológicos (na década de 1960), o número crescente de sensores e sua qualidade tecnológica permitem estudar com maior detalhe as características da atmosfera e da superfície do planeta. Estudando a intensidade da radiação emergente e suas características espectrais (variação com o comprimento de onda), são tiradas conclusões sobre propriedades como a distribuição vertical de temperatura e umidade da atmosfera, a concentração de gases e aerossóis, os tipos e propriedades de nuvens, o estado da superfície (temperatura, tipo e distribuição de cobertura) etc. Uma linha de trabalho dedicada ao estudo de fenômenos radiativos é fundamental para dar apoio conceitual e numérico aos métodos de teledetecção do sistema Terra-atmosfera. Para isso, é necessário manter conhecimentos avançados dos métodos de cálculo de propagação de radiação na atmosfera, que permitem simular e/ou prever os resultados que deveriam obter-se pela observação com satélites. Reciprocamente, permitem interpretar (e outras vezes descobrir) as propriedades atmosféricas que produziram os resultados observados por esses satélites. Você pode, nesse momento, mostrar o que os satélites termais têm identificado sobre desmatamento na Amazônia e queimadas, pois são os satélites termais que registram esse tipo de dado. Procure associar também o desmatamento ao aquecimento global. 14

6ª Etapa: Finalização da proposta e atividades avaliativas. Duração: de três a sete aulas. Produção de um climograma para o município: essa atividade avaliativa pode ser feita em trios e exigirá pesquisa de dados climatológicos em alguma instituição especializada da região (coletar dados médios de temperatura e chuva para todos os meses do ano). Redação de um texto-registro com o título O clima, o tempo, o meio ambiente e minha vida: o que aprendi a respeito disso?, em que o aluno recupere seus registros e narre toda a experiência de aprendizado que realizou ao longo da sequência. É importante que ele revele quais foram suas maiores dificuldades e conquistas. Uma sugestão. Estimule os estudantes a colocar sensações e percepções pessoais, não apenas técnicas. Comentários como aprendi a trabalhar em grupo, o que foi um grande desafio são valiosos para o aprendizado de vida do aluno, não apenas para os conteúdos previstos para serem ensinados. Publicação de resultados das pesquisas e dos aprendizados da turma. Decida com a classe qual é a forma mais interessante para todos: painéis ilustrados, slides ou um blog? Imagine mais três aulas para a produção da publicação. Recolhimento dos cadernos para avaliação de registros ao menos duas vezes: no meio da sequência e ao fim. Comparação da evolução do empenho do aluno em registrar, com detalhes, tudo que é solicitado. Organização de, ao menos, duas atividades avaliativas do tipo prova ao longo da sequência com questões como: Qual a diferença entre tempo e clima? Exemplifique. O que são fenômenos climáticos extremos? Exemplifique, explicando sua diferença em relação aos fenômenos climáticos normais. Explique, por meio de um texto e de um desenho, o que significa afirmar que choveu 10 mm em um dia? Descreva as medições de temperatura que você realizou em diferentes superfícies e formule hipóteses para explicar as diferenças encontradas. Qual a importância da Amazônia para o clima brasileiro e para o clima mundial? Que tipos de corrente oceânica existem? Faça uma leitura do tema Clima: influência dos oceanos, do Atlas, e explique como as correntes oceânicas interferem no clima. 15

O que é efeito estufa? Qual sua importância para a vida no planeta? Qual a diferença entre efeito estufa e ilhas de calor urbano? Quais são os principais agentes de calor produzidos pelo homem? Como o relevo influencia o clima? Explique o que é continentalidade e maritimidade, levando em consideração o clima do município. O que é aquecimento global? O que a ação humana tem a ver com esse fenômeno? 16

Anexo Medição pluviométrica Medição pluviométrica Data Dupla responsável Milímetros de chuva Observações TEMPO, CLIMA E MEIO AMBIENTE ANEXOS 17

Anexo Controle de temperatura Controle de temperatura Hora Local 1 Local 2 Local 3 Local 4 Local 5 Temperatura 07:30 08:00 08:30 09:00 09:30 10:00 10:30 11:00 11:30 12:00 12:30 13:00 13:30 14:00 14:30 15:00 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 TEMPO, CLIMA E MEIO AMBIENTE ANEXOS 18

Mapa Massas de ar Fonte: Maria Helena Simielli, 2008. TEMPO, CLIMA E MEIO AMBIENTE ANEXOS 19

Mapa Climas do Brasil Fonte: Maria Helena Simielli, 2008. TEMPO, CLIMA E MEIO AMBIENTE ANEXOS 20