INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA DO SERVIÇO TELEFÓNICO FIXO 3.º TRIMESTRE DE 2016

INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA DO SERVIÇO TELEFÓNICO FIXO 3.º TRIMESTRE DE 2016 Serviço Telefónico Fixo 3.º Trimestre de 2016 Versão 16/11/2016

Índice SUMÁRIO... 4 1. Prestadores dos Serviços Telefónico Fixo, Voz através da Internet, VoIP nómada e Revenda de Tráfego Telefónico de Voz... 5 2. A penetração do Serviço Telefónico em Local Fixo... 7 3. O número de acessos instalados do Serviço Telefónico em Local Fixo... 8 4. Clientes do Serviço Telefónico Fixo e do Serviço VoIP nómada... 12 5. Tráfego originado na rede fixa... 16 6. Receitas e mensalidades do STF... 21 Índice de gráficos Gráfico 1 - Evolução das taxas de penetração dos acessos principais...7 Gráfico 2 Evolução dos Acessos Principais...9 Gráfico 3 Evolução dos Clientes de Acesso Direto... 13 Gráfico 4 - Evolução do número de clientes VoIP nómada... 15 Gráfico 5 Evolução do tráfego voz do STF (minutos)... 18 Gráfico 6 - Número médio mensal de minutos por acesso principal... 20 Gráfico 7 Gasto médio mensal do STF (stand-alone)... 23 Índice de tabelas Tabela 1 - Evolução dos prestadores de STF...5 Tabela 2 - Evolução dos prestadores de revenda do Tráfego Telefónico de Voz...6 Tabela 3 - Evolução dos prestadores de voz através da Internet...6 Tabela 4 - Evolução dos prestadores de VoIP nómada...7 Tabela 5 - Número de acessos do STF... 10 Tabela 6 - Evolução das quotas de acessos principais do STF... 12 Tabela 7 - Número de clientes do STF e de VoIP Nómada... 14 2/23

Tabela 8 - Evolução das quotas de clientes de acesso direto ao Serviço Telefónico em Local Fixo 12... 16 Tabela 9 - Tráfego originado na rede fixa Minutos,... 17 Tabela 10 - Duração média das chamadas por tipo de tráfego... 19 Tabela 11 - Percentagem de tráfego cursado através das modalidades de acesso indireto do STF (minutos)... 20 Tabela 12 - Evolução das quotas de tráfego de voz do STF em minutos 12... 21 Tabela 13 - Receitas do STF e de pacotes que integram este serviço... 22 3/23

SUMÁRIO No final do 3.º trimestre de 2016 (3T2016) a taxa de penetração dos acessos telefónicos principais atingiu 46 acessos por 100 habitantes, o valor mais elevado registado desde que são recolhidas estas estatísticas (4T2006). O parque de acessos telefónicos principais ascendeu a 4,76 milhões de acessos mais 0,6 por cento relativamente ao trimestre anterior e 2,3 por cento em relação ao trimestre homólogo. O crescimento trimestral verificado (+29 mil acessos equivalentes) deveu-se sobretudo ao aumento dos acessos VoIP/VoB (+81 mil acessos), nos quais se incluem os acessos suportados em redes de fibra ótica e TV por cabo. O número de postos públicos atingiu cerca de 21 milhares (-1,3 por cento face ao trimestre anterior e -5,2 por cento face ao trimestre homólogo). No final deste período, a MEO era responsável por 47,4 por cento do total dos acessos principais (-0,8 pontos percentuais). O Grupo NOS era o 2.º maior prestador, com uma quota de 34,2 por cento (+0,4 pontos percentuais), tendo sido o prestador que mais cresceu neste trimestre. A Vodafone atingiu uma quota de 14 por cento (+0,5 pontos percentuais). O volume de minutos de voz do STF diminuiu 7,8 por cento em relação ao 2T2016 e 11,4 por cento em relação ao 3T2015. Em média, por mês, foram consumidos 96 minutos por acesso: 75 minutos em chamadas fixo-fixo por acesso principal (menos 7 minutos que no trimestre anterior), 9 minutos em chamadas fixo-móvel (valor idêntico ao do trimestre anterior) e 6 minutos em chamadas internacionais (menos 1 minuto que no trimestre anterior). Pela primeira vez desde que é recolhida esta informação, o tráfego médio por acesso caiu abaixo de 100 minutos por mês. 4/23

1. Prestadores dos Serviços Telefónico Fixo, Voz através da Internet, VoIP nómada e Revenda de Tráfego Telefónico de Voz 1 No final do 3.º trimestre de 2016 (3T2016), existiam 17 entidades registadas para a prestação do Serviço Telefónico Fixo (Tabela 1). Das entidades registadas a prestar este serviço, 13 encontravam-se em atividade 2. Destas, cinco prestaram o serviço exclusivamente por acesso direto, uma prestava o serviço exclusivamente por acesso indireto e as restantes prestaram o serviço através dos dois tipos de acesso direto e indireto. Tabela 1 - Evolução dos prestadores de STF 2015 2016 3T 4T 1T 2T 3T Prestadores registados 17 17 17 17 17 Prestadores em atividade 2 13 14 13 13 13 Prestadores com tráfego de acesso direto e indireto 8 8 7 7 7 Prestadores só com tráfego de acesso direto 5 5 5 5 5 Prestadores só com tráfego de acesso indireto 0 1 1 1 1 Unidade: Número de prestadores No que diz respeito aos prestadores de revenda de tráfego telefónico de voz verificou-se que, no 3T2016, das 18 entidades registadas para a prestação deste serviço apenas sete se encontravam em atividade. 1 O presente relatório apresenta a informação recolhida até 30/10/2016. A informação que se apresenta de seguida foi recolhida junto dos prestadores deste serviço e poderá ser objeto de alterações caso se verifiquem revisões ou atualizações. 2 Entidades que, de acordo com a informação estatística disponível, registaram tráfego no período em análise. 5/23

Tabela 2 - Evolução dos prestadores de revenda do Tráfego Telefónico de Voz 2015 2016 3T 4T 1T 2T 3T Prestadores registados 16 17 17 18 18 Prestadores em atividade 2 6 7 7 7 7 Unidade: Número de prestadores Relativamente aos prestadores de serviços de voz através da Internet 3 prestados em local fixo e em condições eventualmente percecionadas pelo utilizador como equivalentes às do STF tradicional, existiam, no final do 3T2016, seis entidades em atividade (Tabela 3). Tabela 3 - Evolução dos prestadores de voz através da Internet 2015 2016 3T 4T 1T 2T 3T Prestadores em atividade 2 6 6 6 6 6 Unidade: Número de prestadores Quanto ao Serviço de VoIP nómada 3, no final do 3T2016 existiam 23 prestadores registados (Tabela 4), encontrando-se treze em atividade. 3 Cf. entendimento do ICP-ANACOM sobre serviços VoIP disponível em http://www.anacom.pt/render.jsp?categoryid=183074. 6/23

Tabela 4 - Evolução dos prestadores de VoIP nómada 2015 2016 3T 4T 1T 2T 3T Prestadores registados 22 22 22 23 23 Prestadores em atividade 2 13 13 13 13 13 Unidade: Número de prestadores 2. A penetração do Serviço Telefónico em Local Fixo A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais atingiu neste trimestre 46 acessos por 100 habitantes 4 (Gráfico 1), tendo aumentado 0,3 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior. Tratou-se da taxa de penetração mais elevada registada desde que a ANACOM compila esta informação. Gráfico 1 - Evolução das taxas de penetração dos acessos principais 50 48 46 44 42 40 38 36 34 32 30 4T2006 1T2007 2T2007 3T2007 4T2007 1T2008 2T2008 3T2008 4T2008 1T2009 2T2009 3T2009 4T2009 1T2010 2T2010 3T2010 4T2010 1T2011 2T2011 3T2011 4T2011 1T2012 2T2012 3T2012 4T2012 1T2013 2T2013 3T2013 4T2013 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 1T2016 2T2016 3T2016 Unidade: Acessos por 100 habitantes 4 No presente relatório, e para efeito do cálculo das penetrações, utilizam-se as estimativas mais recentes da população, alojamentos familiares clássicos e famílias clássicas, após Censos 2011, publicados pelo INE. Por essa razão, os valores agora publicados não são comparáveis com os valores de relatórios anteriores. 7/23

A taxa de penetração dos clientes residenciais de acesso direto ascendeu a 58 por 100 alojamentos familiares clássicos 5, mais 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior, e 84,2 por 100 famílias clássicas 5, mais 0,4 pontos percentuais do que no trimestre anterior. 3. O número de acessos instalados do Serviço Telefónico em Local Fixo O parque de acessos telefónicos principais no final do 3T2016 ascendeu a 4,76 milhões de acessos (Tabela 5). Este valor situou-se dentro do intervalo de previsão resultante da tendência histórica estimada. Em relação ao trimestre anterior, o número de acessos aumentou 0,6 por cento (+29 mil acessos). A diminuição dos acessos analógicos e dos acessos RDIS (-2,6 por cento) foi mais do que compensada pelo aumento dos acessos dos acessos VoIP/VoB (+3,8 por cento, +81 mil acessos) e, em menor medida, pelos acessos fixos suportados em redes móveis (+0,7 por cento, +4 mil acessos)). 5 Fonte: INE Estimativas de famílias clássicas (série 1998 - N.º) provenientes das Estatísticas do Emprego. 8/23

Gráfico 2 Evolução dos Acessos Principais 5.000.000 4.800.000 4.600.000 4.400.000 4.200.000 4.000.000 3.800.000 1T2001 3T2001 1T2002 3T2002 1T2003 3T2003 1T2004 3T2004 1T2005 3T2005 1T2006 3T2006 1T2007 3T2007 1T2008 3T2008 1T2009 3T2009 1T2010 3T2010 1T2011 3T2011 1T2012 3T2012 1T2013 3T2013 1T2014 3T2014 1T2015 3T2015 1T2016 3T2016 acessos principais Previsão Intervalo de previsão* Unidade: Acessos Notas: * Intervalo de previsão a um nível de significância de 95 por cento. Recorreu-se ao modelo de regressão de tendência logarítmica e com uma mudança de estrutura a partir do 4T2012 com tendência linear (variáveis significativas a um nível de confiança de 95 por cento). Equação da regressão: Y= 4.173.173 + 152.417 ln(t) - 203.716 D + 7.311 D_t. A modelação foi feita a partir do 2T2009. O R 2 ajustado do modelo é de 0,955. Em termos anuais, registou-se uma variação homóloga de +2,3 por cento no número de acessos telefónicos principais. É de referir, em especial, o crescimento dos acessos VoIP/VoB 6 (+16,1 por cento), nos quais se incluem os acessos suportados nas redes de fibra ótica (FTTH/B), que aumentaram 28,6 por cento, e nas redes de TV por cabo (+5,5 por cento). Salienta-se que no 3T2016 os acessos suportados em redes alternativas à rede tradicional (acessos analógicos e RDIS) representavam 56,7 por cento dos acessos telefónicos principais, +1,4 pontos percentuais que no trimestre anterior e +5,6 pontos percentuais que no trimestre homólogo. 6 Estes acessos englobam os acessos xdsl, os acessos baseados em fibra ótica e os acessos VoB suportados na rede de cabo. Ver entendimento desta Autoridade quanto às linhas gerais da abordagem regulatória dos serviços de VoIP em http://www.anacom.pt/render.jsp?categoryid=183074. 9/23

Tabela 5 - Número de acessos do STF 3T2015 2T2016 3T2016 Variação Nº Acessos Nº % Nº % Nº % 3T2016/ 2T2016 3T2016/ 3T2015 Acessos Principais Totais 7 4 655 100 4 732 100 4 762 100 0,6% 2,3% Acessos Analógicos 8 1 840 39,5 1 713 36,2 1 668 35,0-2,6% -9,3% (dos quais) Postos Públicos 22 0,5 21 0,4 21 0,4-1,3% -5,2% Acessos RDIS e Diginet 9 433 9,3 403 8,5 393 8,2-2,6% -9,4% Básicos 206 4,4 182 3,8 175 3,7-3,6% -14,9% Primários 223 4,8 217 4,6 215 4,5-1,1% -3,9% Fracionados 4 0,1 4 0,1 2 0,0-41,1% -39,1% Outros acessos digitais 1 0,0 1 0,0 1 0,0-1,4% -10,4% GSM/UMTS/LTE 493 10,6 505 10,7 509 10,7 0,7% 3,2% VoIP/ VoB 6 1 888 40,6 2 111 44,6 2 192 46,0 3,8% 16,1% Unidade: Milhares de acessos, % No que respeita aos postos públicos, o seu número diminuiu neste trimestre. No final do período, o número de postos públicos instalados era de cerca de 21 milhares, verificandose uma redução de cerca de 1,3 e 5,2 por cento face ao trimestre anterior e ao trimestre homólogo, respetivamente. 7 Este indicador corresponde à soma dos indicadores número de acessos analógicos e número de acessos RDIS e Diginet equivalentes, número de acessos GSM/UMTS/LTE e número de acessos VoIP/VoB referentes ao acesso direto, incluindo acessos instalados a pedido de clientes, postos públicos e parque próprio dos prestadores. Por parque próprio de acessos entende-se o parque de acessos para utilização do próprio prestador (os acessos afetos às empresas com as quais o prestador tenha relação de domínio ou de grupo não são integrados no seu parque próprio, sendo contabilizados como acessos instalados a pedido de clientes ). 8 Os acessos analógicos incluem para além dos acessos analógicos instalados a pedido de clientes o parque próprio dos próprios prestadores e os acessos cable telephony analógicos. 9 O número de acessos digitais equivalentes corresponde à soma do número de linhas afetas ao serviço telefónico fixo suportadas em cada acesso digital instalado. No caso de acessos RDIS, o número de acessos equivalentes é de 2 por cada acesso RDIS básico e de 30 por cada acesso RDIS primário. Os acessos fracionados são partes de acessos RDIS primários. Salienta-se que os acessos RDIS incluem o parque próprio dos próprios prestadores bem como os acessos cable telephony digitais. A categoria Outros acessos digitais engloba os acessos Diginet e os acessos FWA. 10/23

Quotas de acessos do STF No fim do terceiro trimestre de 2016, a MEO 10 era responsável por 47,4 por cento do total dos acessos principais 11, menos 0,8 pontos percentuais do que no trimestre anterior. O Grupo NOS era o 2.º maior prestador, com uma quota de 34,2 por cento, tendo aumentado a quota em 0,4 pontos percentuais face ao trimestre anterior. A Vodafone era terceiro maior prestador, com uma quota de 14 por cento (mais 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior). O Grupo NOS foi o prestador que, em termos líquidos, mais assinantes captou neste período. 10 Em 2 de Junho de 2015, a Altice completou a aquisição de 100 por cento do capital da PT Portugal, SGPS que detém a MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia S.A. 11 De referir que se contabilizaram os acessos que beneficiam da ORLA como acessos diretos dos prestadores alternativos. 11/23

Tabela 6 - Evolução das quotas de acessos principais do STF 12 3T2015 2T2016 3T2016 MEO 10 51,1% 48,3% 47,4% Grupo NOS 32,3% 33,8% 34,2% NOS Comunicações 30,6% 32,1% 32,4% NOS Madeira 1,1% 1,2% 1,2% NOS Açores 0,6% 0,6% 0,6% Vodafone 11,8% 13,5% 14,0% Grupo Apax 13 4,4% 4,1% 4,0% Cabovisão 4,0% 3,6% 3,6% ONITELECOM 0,4% 0,5% 0,4% Outros Prestadores 0,4% 0,4% 0,4% Unidade: % 4. Clientes do Serviço Telefónico Fixo e do Serviço VoIP nómada No 3T2016 o número de clientes do serviço telefónico fixo na modalidade de acesso direto era cerca de 3,9 milhões, valor 0,4 por cento superior ao registado no trimestre anterior. Em comparação com o trimestre homólogo, o número de clientes aumentou 1,7 por cento. O valor observado neste trimestre situou-se dentro do intervalo de previsão resultante da tendência histórica estimada. 12 Existem operadores que atuam em segmentos específicos de mercado. A posição relativa que os operadores ocupam neste quadro não deve ser interpretada como um indicador da qualidade dos serviços prestados ou da performance desses operadores nos segmentos em que atuam. 13 Em 15 de setembro de 2015, a Altice anunciou que acordou com o fundo de investimento APAX France a alienação das suas operadoras portuguesas, ONI e Cabovisão. A 12 de outubro de 2015, a Autoridade de Concorrência foi notificada da aquisição do controlo exclusivo das sociedades Cabovisão-Televisão por Cabo, Winreason e Oni SGPS pela Cabolink, sociedade controlada pela Apax Partners Midmarket SA e pela Apax France. No dia 11 de novembro de 2015, a ERC deliberou que não se opunha à operação de concentração. No dia 27 de novembro de 2015, a Autoridade da Concorrência deliberou também a não oposição à mesma operação. No dia 21 de dezembro de 2015, foi noticiado que a Comissão Europeia aprovou a Apax como compradora adequada para a Cabovisão e a Oni. No dia 20 de janeiro de 2016, a Altice anunciou a conclusão da alienação da ONI e da Cabovisão ao fundo de investimento Apax France. 12/23

Gráfico 3 Evolução dos Clientes de Acesso Direto 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 4T2003 2T2004 4T2004 2T2005 4T2005 2T2006 4T2006 2T2007 4T2007 2T2008 4T2008 2T2009 4T2009 2T2010 4T2010 2T2011 4T2011 2T2012 4T2012 2T2013 4T2013 2T2014 4T2014 2T2015 4T2015 2T2016 clientes acesso directo Previsão Intervalo de previsão* Unidade: Clientes Notas: * Intervalo de previsão a um nível de significância de 95 por cento. Recorreu-se ao modelo de regressão de tendência quadrática com as seguintes variáveis independentes significativas a um nível de confiança de 95 por cento: tendência e tendência ao quadrado. Equação da regressão: Y= 3.178.027 + 39.379 t 597 t 2. A modelação foi feita a partir do 4T2008. O R 2 ajustado do modelo é de 0,932. Desde o início do 4T2008 tem-se registado uma tendência de crescimento do número de clientes deste serviço, embora com um abrandamento em 2013. O crescimento registado está associado à crescente popularidade das ofertas em pacote que integram telefonia fixa, englobando nomeadamente chamadas gratuitas para números fixos. Numa primeira fase, foram as ofertas suportadas em redes de TV por cabo que promoveram o aumento da penetração do serviço. Atualmente são as ofertas suportadas em fibra ótica que impulsionam o crescimento registado. É ainda de referir que cerca de 86,8 por cento dos clientes do STF adquiriu o serviço integrado num pacote, mais 5,7 pontos percentuais do que no 3T2015. 13/23

Tabela 7 - Número de clientes do STF e de VoIP Nómada 3T2015 2T2016 3T2016 3T2016/ 2T2016 Variação 3T2016/ 3T2015 Clientes de acesso direto 14 3 850 3 902 3 916 0,4% 1,7% Clientes de acesso indireto 37 31 30-2,3% -17,1% Pré-seleção 22 17 17-3,5% -25,1% Seleção chamada-a-chamada 14 14 14-0,7% -4,6% Clientes de VoIP nómada 48 43 42-3,3% -12,8% Unidade: Milhares de Clientes, % Relativamente ao acesso indireto, continuou a tendência de redução do número de clientes iniciada no 2T2006. A evolução descrita pode ser explicada, num primeiro momento, pelas novas ofertas tarifárias do operador histórico e, posteriormente, pela aposta dos novos prestadores noutros modelos de negócio com melhores perspetivas de rentabilidade nomeadamente suportadas em rede própria - e pela adesão a ofertas em pacote que integram chamadas gratuitas. No que diz respeito aos clientes de VoIP nómada, existiam no final do 3T2016 cerca de 42 mil clientes ativos, menos 3,3 por cento face ao observado no trimestre anterior (Tabela 7 e Gráfico 4). Salienta-se que, desde o início de 2009, o número de clientes de VoIP nómada tem apresentado uma tendência decrescente, a qual é explicada sobretudo pelo facto de um operador ter migrado um conjunto significativo dos seus clientes para uma solução de telefonia vocal fixa. 14 Inclui clientes que beneficiam da ORLA. 14/23

Gráfico 4 - Evolução do número de clientes VoIP nómada 140 000 120 000 100 000 80 000 60 000 40 000 20 000 0 4T2006 1T2007 2T2007 3T2007 4T2007 1T2008 2T2008 3T2008 4T2008 1T2009 2T2009 3T2009 4T2009 1T2010 2T2010 3T2010 4T2010 1T2011 2T2011 3T2011 4T2011 1T2012 2T2012 3T2012 4T2012 1T2013 2T2013 3T2013 4T2013 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 1T2016 2T2016 3T2016 Unidade: N.º de clientes No presente trimestre, a quota de clientes de acesso direto da MEO, situou-se nos 44,1 por cento 11, menos 0,6 pontos percentuais do que no período anterior. A quota do Grupo NOS foi de 37,5 por cento, valor superior em 0,1 ao registado no trimestre anterior. A Vodafone foi o prestador com a 3ª maior quota de clientes de acesso direto (13,9 por cento, +0,6 pontos percentuais do que no trimestre anterior). 15/23

Tabela 8 - Evolução das quotas de clientes de acesso direto ao Serviço Telefónico em Local Fixo 12 3T2015 2T2016 3T2016 MEO 10 47,4% 44,7% 44,1% Grupo NOS 36,0% 37,5% 37,5% NOS Comunicações 33,9% 35,4% 35,4% NOS Madeira 1,4% 1,4% 1,4% NOS Açores 0,7% 0,7% 0,7% Vodafone 11,6% 13,4% 13,9% Grupo Apax 13 4,8% 4,4% 4,3% Cabovisão 4,8% 4,3% 4,3% ONITELECOM < 0,05% < 0,05% < 0,05% Outros Prestadores 0,2% 0,2% 0,2% Unidade: % 5. Tráfego originado na rede fixa O tráfego total de voz originado 15 na rede fixa durante o 3T2016 foi de cerca de 1,36 mil milhões de minutos e 362 milhões de chamadas. 15 Inclui tráfego nacional Fixo-Fixo, Fixo-Móvel, Fixo-Nºs curtos e nºs não geográficos, tráfego nacional através de calling cards, tráfego originado em postos públicos e tráfego internacional de saída, através das modalidades de acesso direto e acesso indireto (pré-seleção e seleção chamada-a-chamada). 16/23

Tabela 9 - Tráfego originado na rede fixa Minutos 16,17 3T2015 2T2016 3T2016 3T2016/ 2T2016 Variação 3T2016/ 3T2015 Tráfego de voz do STF 1 539 674 1 479 040 1 364 201-7,8% -11,4% Tráfego nacional (voz) 1 431 955 1 379 093 1 272 368-7,7% -11,1% Tráfego nacional Fixo-Fixo 1 206 854 1 169 203 1 066 748-8,8% -11,6% Do qual originado em Postos Públicos 2 551 2 790 2 689-3,6% 5,4% Tráfego nacional Fixo-Móvel 127 724 127 482 123 834-2,9% -3,0% Tráfego nacional Fixo-Nºs curtos e nºs não geográficos 81 828 68 381 67 462-1,3% -17,6% Tráfego nacional através de calling cards 15 549 14 026 14 325 2,1% -7,9% Tráfego internacional de saída 107 719 99 947 91 833-8,1% -14,7% Do qual originado em Postos Públicos 358 245 289 17,6% -19,4% Tráfego de acesso à Internet 3 974 3 379 3 911 15,7% -1,6% Outro tráfego com origem na rede fixa 15 662 17 173 15 800-8,0% 0,9% Tráfego de VoIP nómada 24 259 28 077 35 720 27,2% 47,2% Unidade: Milhares de Minutos, % Nota 1: A evolução das categorias de tráfego nacional Fixo-Nºs curtos e nºs não geográficos, de tráfego nacional através de calling cards, de tráfego originado em postos públicos, de tráfego de acesso à Internet e de outro tráfego com origem na rede fixa são influenciadas pela implementação, no início de 2015, de um novo Data Warehouse por parte da MEO. Em relação ao trimestre homólogo, o volume de minutos de voz do STF diminuiu 11,4 por cento, verificando-se uma redução nas principais categorias de tráfego. O tráfego em minutos encontra-se em queda desde o 2T2013. Esta tendência intensificou-se a partir do 4T2013, afetando em especial os prestadores de maior dimensão. Salienta-se ainda que o volume de minutos registado no 3T2016 situou-se dentro do intervalo de previsão resultante da tendência e do efeito sazonal estimado. A descida do 16 Inclui minutos de tráfego de acesso direto e acesso indireto através de pré-seleção e seleção chamada-a-chamada, minutos de tráfego de postos públicos, minutos de tráfego nacional com acesso através de calling cards, cartões pré-pagos, etc, minutos de tráfego nacional destinados a números com prefixos: 800, 802, 808, 809, 884, 707, 708, 760, 761 e 762, minutos de tráfego nacional destinados a números curtos e minutos de outro tráfego nacional com origem na rede telefónica fixa. 17 Os valores de tráfego relativos aos trimestres anteriores foram alterados na sequência de atualizações por parte de alguns operadores. 17/23

tráfego está associada ao aumento da penetração dos pacotes que integram serviços fixos e móveis. Gráfico 5 Evolução do tráfego voz do STF (minutos) 2.600.000 2.400.000 2.200.000 2.000.000 1.800.000 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 Tráfego de voz (minutos) Previsão Intervalo de previsão* Unidade: Milhares de Minutos Notas: * Intervalo de previsão a um nível de significância de 95 por cento. Recorreu-se ao modelo de regressão de tendência quadrática com as seguintes variáveis independentes significativas a um nível de confiança de 95 por cento: tendência, tendência ao quadrado, dummy sazonal relativa ao terceiro trimestre e dummies de eventos relativos aos 1T2005 (entrada do prestadores de GSM), 2T2006 (momento de forte crescimento dos prestadores de GSM) e 4T2007 (spin-off da PT Multimédia que deixou de pertencer ao Grupo PT). Equação da regressão: Y=2.195.094 + 58.456 t - 1.151 t 2-109.378 T3-324.175 D1T2005-228.698 D2T2006-161.706 D4T2007. O R 2 ajustado do modelo é de 0,898. A duração média das chamadas de voz diminuiu cerca de 6 segundos relativamente ao trimestre anterior e aumentou cerca de 4 segundos em relação ao trimestre homólogo. 18/23

Tabela 10 - Duração média das chamadas por tipo de tráfego Tráfego de voz 2015 2016 3T 4T 1T 2T 3T 3,7 3,8 3,8 3,9 3,8 Tráfego nacional 3,6 3,7 3,7 3,7 3,7 Tráfego nacional fixo-fixo (inclui Postos Públicos) 4,1 4,2 4,3 4,3 4,2 Do qual tráfego nacional originado em Postos Públicos 0,8 0,7 0,9 1,0 1,0 Tráfego nacional fixo-móvel 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 Tráfego nacional fixo-nºs curtos e não geográficos 3,4 3,3 3,1 3,6 3,6 Tráfego nacional através de calling cards 1,8 1,9 2,0 2,4 2,6 Tráfego internacional de saída (inclui Postos Públicos) 6,1 6,4 6,7 6,5 6,1 Do qual tráfego internacional originado em Postos Públicos 2,0 2,1 2,5 2,5 2,4 Tráfego de acesso à Internet 6,7 4,5 4,3 5,9 4,7 Outro tráfego com origem na rede fixa Tráfego de VoIP nómada Unidade: minutos 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 3,3 2,9 3,1 2,9 3,5 Nota 1: A evolução das durações médias das categorias de tráfego nacional Fixo-Nºs curtos e nºs não geográficos, de tráfego nacional através de calling cards, de tráfego originado em postos públicos, de tráfego de acesso à Internet e de outro tráfego com origem na rede fixa são influenciadas pela implementação, no início de 2015, de um novo Data Warehouse por parte da MEO. No 3T2016 foram consumidos, em média, por mês, 96 minutos por acesso: 75 minutos em chamadas fixo-fixo por acesso principal (menos 7 minutos que no trimestre anterior), 9 minutos em chamadas fixo-móvel (valor idêntico ao do trimestre anterior) e 6 minutos em chamadas internacionais (menos 1 minuto em relação ao trimestre anterior). Pela primeira vez desde que é recolhida esta informação, o tráfego médio por acesso caiu abaixo de 100 minutos por mês. 19/23

Gráfico 6 - Número médio mensal de minutos por acesso principal Minutos de chamadas nacionais Fixo-Fixo por acesso Minutos de chamadas nacionais Fixo-Móvel por acesso Minutos de chamadas para redes internacionais por acesso Minutos de chamadas nacionais Fixo-Nºs curtos e não geográficos por acesso 3T2016 2T2016 1T2016 4T2015 3T2015 75 82 86 86 87 9 9 9 6 7 8 5 4 5 6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Unidade: minutos Quanto ao acesso indireto, no 3T2016 verificou-se que 1,1 por cento do total de minutos de voz foram originados através de acesso indireto, valor 0,2 pontos percentuais acima do registado no trimestre homólogo (Tabela 11). Tabela 11 - Percentagem de tráfego cursado através das modalidades de acesso indireto do STF (minutos) 18 2015 2016 3T 4T 1T 2T 3T Tráfego de voz 0,9% 0,9% 1,1% 1,0% 1,1% Tráfego nacional 0,9% 0,9% 1,1% 1,1% 1,0% Tráfego internacional de saída 0,7% 0,7% 1,0% 1,0% 2,0% Unidade: % 18 Inclui tráfego de acesso indireto através de pré-seleção e seleção chamada-a-chamada. 20/23

Quotas de tráfego No trimestre em análise, a quota de tráfego de voz em minutos da MEO situou-se nos 44,1 por cento, menos 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Seguia-se o Grupo NOS com uma quota de 35,7 por cento, menos 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior e a Vodafone com 13,3 por cento, mais 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior. Tabela 12 - Evolução das quotas de tráfego de voz do STF em minutos 12 3T2015 2T2016 3T2016 MEO 10 48,3% 44,2% 44,1% Grupo NOS 33,8% 36,0% 35,7% NOS Comunicações 31,5% 33,8% 33,4% NOS Madeira 1,3% 1,3% 1,3% NOS Açores 1,0% 1,0% 1,0% Vodafone 11,3% 13,0% 13,3% Grupo Apax 13 4,0% 3,9% 3,9% Cabovisão 3,5% 3,3% 3,3% ONITELECOM 0,5% 0,6% 0,5% Colt Telecom 1,1% 1,0% 1,1% AR Telecom 0,9% 1,1% 1,1% Outros Prestadores 0,5% 0,7% 0,8% Unidade: % 6. Receitas e mensalidades do STF Até ao final de setembro de 2016, o total de receitas provenientes do STF e dos pacotes que integram este serviço ascendeu a cerca de 1.470 milhões de euros. Desse valor, 1.143 milhões de euros (77,7 por cento) foram geradas por ofertas em pacote triple, quadruple e quintuple play. 21/23

Tabela 13 - Receitas do STF e de pacotes que integram este serviço Janeiro Setembro Janeiro Setembro 2015 2016 Variação % % homóloga Receitas individualizadas do STF 19 260 042 19,0% 230 246 15,7% -11,5% Receitas de assinaturas e taxas de instalação 137 334 10,0% 119 990 8,2% -12,6% Receitas de chamadas e SMS originados na rede fixa 20 122 708 9,0% 110 256 7,5% -10,1% Receitas multiple play com STF 1 107 988 81,0% 1 239 770 84,3% 11,9% Receitas de pacotes Double Play com STF 104 006 7,6% 96 929 6,6% -6,8% Receitas de pacotes 3, 4 e 5 Play com STF 1 003 982 73,4% 1 142 841 77,7% 13,8% Receitas Totais 1 368 031 100% 1 470 016 100% 7,5% Unidades: milhares de euros, % Nota 1: Os valores apresentados para as receitas de chamadas e SMS originados na rede fixa não incluem as outras receitas. No caso dos clientes residenciais, e de acordo com o Barómetro de Telecomunicações da Marktest, a mensalidade média do serviço telefónico fixo individualizado era, no 3T2016, de 14,6 euros, mais 6,8 por cento do que no trimestre anterior e mais 8,2 por cento do que no trimestre homólogo. 19 Não inclui as outras receitas, nas quais estão incluídas, nomeadamente, as receitas provenientes da venda de equipamentos. 20 Inclui receitas provenientes de tráfego de comunicações locais, regionais e nacionais, chamadas fixo-móvel (originadas na rede fixa), tráfego internacional de saída originado na rede fixa, receitas de postos públicos, receitas de SMS originados na rede fixa receitas de tráfego originado em cartões virtuais de chamadas, receitas de tráfego destinado a serviços de chamadas grátis para o chamador (prefixo 800), receitas de tráfego destinado a serviços de chamadas com custos partilhados (prefixos 808, 809), receitas de tráfego destinado a serviços de número pessoal (prefixo 884), receitas de tráfego destinado a serviços de acesso universal (prefixos 707 e 708), receitas de tráfego destinado a serviços de tarifa única por chamada (prefixo 760, 761 e 762) e receitas de tráfego destinado a números curtos. 22/23

Gráfico 7 Gasto médio mensal do STF (stand-alone) 40 30 Euros 20 10 0 2T2009 3T2009 4T2009 1T2010 2T2010 3T2010 4T2010 1T2011 2T2011 3T2011 4T2011 1T2012 2T2012 3T2012 4T2012 1T2013 2T2013 3T2013 4T2013 1T2014 2T2014 3T2014 4T2014 1T2015 2T2015 3T2015 4T2015 1T2016 2T2016 3T2016 Unidade: Euros Fonte: MARKTEST - Barómetro de Telecomunicações Base: Lares com serviço de voz fixa que não têm este serviço contratado em pacote O Barómetro de Telecomunicações permite ainda conhecer a evolução da despesa média mensal dos agregados familiares com ofertas multiple play. No 3T2016, a despesa média mensal das famílias com ofertas em pacote que integram o STF variava entre 73,7 euros no caso do pacote STF+STM+BLF+BLM+STVS (-1,4 por cento que no trimestre anterior), e os 28,7 euros no caso do pacote STF+BLF (+8,4 por cento que no trimestre anterior). O valor médio da mensalidade do pacote STF+STVS era de 29,1 euros (-5 por cento que no trimestre anterior), o do pacote STF+BLF+STVS era de 41,8 euros (valor idêntico ao do trimestre anterior), o do pacote STF+BLF+BLM+STVS era de 49,9 euros (-3,9 por cento que no trimestre anterior) e o do pacote STF+STM+BLF+STVS era de 64,9 euros (-3,0 por cento que no trimestre anterior). 23/23