Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

Documentos relacionados
COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 1ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA

CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.

TROVADORISMO. Colégio Portinari Professora Anna Frascolla 2010

Prof. Roger Gil Vicente ( ) e o teatro português

Trovadorismo e Humanismo Literatura Portuguesa

Semana 4 Sexta Feira L.E. Períodos Literários. O Trovadorismo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UINIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA FACULDADE DE LETRAS

REDAÇÃO LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL FUNÇÕES DA LINGUAGEM PROFª ISABEL LIMA

2013/2014 CONTEÚDOS TEMÁTICOS CONTEÚDOS GRAMATICAIS CALENDARIZAÇÃO

(Vem um Onzeneiro, e pergunta ao Arrais do Inferno, dizendo:)

Auto da Barca do Inferno-resumo

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

AUTO DA BARCA DO INFERNO GIL VICENTE

BIBLIOTECA IRMÃ AGLAÉ Mostra Literária 29 e 30 de Abril de 2015

LISTA DE EXERCÍCIOS PARA VC LITERATURA 1º EM

Bloco de Recuperação Paralela DISCIPLINA: Língua Portuguesa

Planificação anual Português 6º ano

Músicas para missa TSL

AS QUESTÕES OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER ENTREGUES EM UMA FOLHA À

Solidão... esse sentimento que pode te jogar no caos da depressão, torná-lo um gênio ou levá-lo à loucura.

A um poeta Olavo Bilac

FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Elipse consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de

Ter X Ser + Caça ao Tesouro

Ficha de Língua Portuguesa

CONTEXTO HISTÓRICO Clero Nobreza Povo

Dislexia. Dificuldade na área da leitura, gerando a troca de linhas, palavras, letras, sílabas e fonemas.

Uma Sociedade que Banalizou o Mal. Uma Sociedade que se distanciou de Deus.

Acusações: -Ter levado uma vida de prazeres, sem se importar com ninguém. -Ter sido tirano para com o povo. -Ser muito vaidoso. -Desprezava o povo.

Pingos da Língua Portuguesa...

ADMONIÇÃO INICIAL (ROSA)

Ziraldo O SEGREDO DE. (com desenhos especiais de Célio César)

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 1ª PROVA SUBSTITUTIVA DE FÍSICA

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação 3ª PROVA SUBSTITUTIVA DE MATEMÁTICA 2012

Prof. Eloy Gustavo. Aula 2 Trovadorismo

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem prévia autorização do autor

CREMOS NA NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO CURSO DE FORMAÇÃO DE LÍDERANÇA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM MOSSORÓ

Teoria da Comunicação Funções da Linguagem

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

Conteúdo Básico Comum (CBC) de Artes do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano Exames Supletivos / 2013

ANÁLISE ESTILÍSTICA DAS CANTIGAS DE RODA RESUMO

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

Literatura na Idade Média

Primeira Estação Jesus é condenado à Morte

Aos Poetas. Que vem trazer esperança a um povo tristonho, Fazendo os acreditar que ainda existem os sonhos.

AUTÓPSIA DO MEDO (Contos) Clóvis Oliveira Cardoso

LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MÉDIO PROF. DENILSON SATURNINO 1 ANO PROF.ª JOYCE MARTINS

CIRANDA DE MOVIMENTOS E CANTIGAS- UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR E.E. ALFREDO PAULINO

Literatura Portuguesa. Aula 02 de Literatura Portuguesa Professora Carolina Ferreira Leite

Por que e para que Jesus morreu na cruz? Evangelho de João

Exercícios para a Prova 1 de Livro 1 Trimestre

Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade. Registar,

Sugestões de atividades. Unidade 8 Literatura PORTUGUÊS

2014/ º Período Unidades. Domínios / Conteúdos. Unidade 3 Narrativas juvenis. Unidade 0 Uma nova viagem

QUE TAL CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE O AMBIENTE EM QUE UMA DAS PERSONAGENS DA TURMA DA MÔNICA VIVE?

Design da Informação. Repetição e Contraste. Aula 07. Prof. Dalton Martins

6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL INFORMÁTICA

As melhores coisas da vida são de graça. Não creiam nisso!

Alguns Poetrix de TecaMiranda:

Slogan. Profa Marilene Garcia Baseada em Martins (1997)

capacidade que tem o cordel de educar, de debater qualquer assunto, de entreter e motivar à leitura.

Manuseio correto; Cooperação; Participação; Interesse; Tolerância; Convivência grupal.

Jimboê. Português. Avaliação. Projeto. 5 o ano. 2 o bimestre

Escola Básica da Madalena Grelha de Conteúdos de Português 2 º Ano Ano letivo

tudo o primar do espiritualidade e SEU TRANCA RUA DAS ALMAS Obra Teatral de Carlos José Soares Revisão Literária de Nonata Soares

UMA ESPÉCIE DE INTRODUÇÃO PARA QUE POSSAMOS ENTENDER-NOS MELHOR

SIMULADO SARESP - Língua Portuguesa - Prova (D)

Fundamental. Literatura. Exercícios de Revisão I

Poemas de um Fantasma. Fantasma Souza

Interpretação de Textos a Partir de Análises Isoladas

POEMA NENHUM DEVANEIO

PROGRAMA DE CONTEÚDOS

O primeiro suspiro de um poeta insano!

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

Aula 55 Conteúdos: Substantivo simples e composto. Múltiplos de um número natural. Arte e vida. A valorização da vida humana.

FIGURAS DE LINGUAGEM

Luís Vaz de Camões. 1º Abs Joana Santos nº2486

Sara Borges. Ilustrado por: João Horta

Recursos para Estudo / Atividades

Ensino Médio - Unidade Parque Atheneu Professor (a): Aluno (a): Série: 3ª Data: / / LISTA DE LITERATURA

Obra "Natal" (1969) de Di Cavalcanti; óleo sobre tela; 127,5x107,5x3,5. Natal à Beira-Rio

COM DEUS APRENDI A PERDER PARA GANHAR

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA 1 LÍNGUA PORTUGUESA CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA. Conteúdos: Semântica: Sinônimos e antônimos

Roteiro de estudos 1º trimestre. Gramática Literatura-Texto-Espanhol-Inglês. Orientação de estudos

Conteúdos Programáticos Português Oralidade Leitura e escrita

Amor & Sociologia Cultural - Oswaldo Montenegro & Raul Seixas

Escola Básica 2.3 Martim de Freitas PORTUGUÊS Planificação anual 5ºano. Excerto informativo; excerto narrativo; excerto descritivo; excerto fílmico.

ESCOLA SECUNDÁRIA DE LOUSADA PLANIFICAÇÃO ANUAL DE LÍNGUA PORTUGUESA

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE PORTUGUÊS E HISTÓRIA - 5 ano Semana de 26 a 30 de maio de 2014.

ARTE DE AMAR EM BUSCA DO PERFEITO AMOR

O MUNDO QUE DEUS SONHOU PARA MIM E MINHA FAMÍLIA

LÍNGUA PORTUGUESA REDAÇÃO POEMA (7º ANO) Professora Jana Soggia

ANSIEDADE. Trazer ao coração ansioso o alívio que provém da fé e confiança em Deus e em Seus planos.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA FLOR ESCOLA EB2,3/S DE VILA FLOR PLANIFICAÇÃO ANUAL 1º PERÍODO. Domínios / Subdomínios

Recursos para Estudo / Atividades

PALAVRA & VIDA 3º TRIMESTRE/2014 LIÇÃO 06 O IMPULSO MOTIVADOR DO DÍZIMO

A gente não quer só alimento. Queremos amor e paz [silepse de número - o verbo querer ficou no plural, e seu sujeito oculto (A gente) é singular]

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

Professor MARIANA ROTEIRO DE ESTUDOS DE RECUPERAÇÃO E REVISÃO 1º SEMESTRE DE 2011

MAPA MENTAL. Por Denise Mucci. tvartdesign.com.br. Todos os direitos autorais são reservados a Denise Mucci

Transcrição:

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser 2017 1ª PROVA PARCIAL DE LITERATURA Aluno(a): Nº Ano: 1º Turma: Data: 18/03/2017 Nota: Professor(a): Diego Guedes Valor da Prova: 40 pontos Orientações gerais: 1) Número de questões desta prova: 15. 2) Valor das questões: Abertas (5): 4,0 pontos cada. Fechadas (10): 2,0 pontos cada. 3) Provas feitas a lápis ou com uso de corretivo não têm direito à revisão. 4) Aluno que usar de meio ilícito na realização desta prova terá nota zerada e conceituação comprometida. 5) Tópicos desta prova: Definições de literatura, Trovadorismo e O auto da barca do inferno, de Gil Vicente. Texto 1 Memória (Carlos Drummond de Andrade) Amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do Não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão. Mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão. Textos para as questões 1 e 2 Texto 2 Memória (Wikipedia) A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis, seja internamente, no cérebro, seja externamente, em dispositivos artificiais. Olvido: esquecido. Findas: que acabam, que têm fim. 1ª Questão: Os dois textos acima apresentam o mesmo título: Memória. Um deles é tratado como literatura, enquanto o outro é uma definição, um verbete de enciclopédia. a) Os dois textos têm a mesma intenção? Qual a intenção de cada um deles? 1ª PP de Literatura/ 1º ano/ Prof. Diego/ Pág.1

b)por que chamamos apenas um deles de literatura? Apresente exemplos que confirmem o seu posicionamento. 2ª Questão: A partir dos textos I e II, podemos afirmar que: a) Apesar da estrutura diferenciada, os dois textos definem memória de uma maneira similar. b) Enquanto o texto 2 pretende ser apenas informativo, Drummond apresenta a memória como aquilo que se volta para o que perdemos, para as coisas findas. c) As rimas e organização em estrofes não modificam a maneira como lemos o texto 1, tornando-o muito parecido com o texto 2. d) Os textos são formas diferentes de se dizer exatamente a mesma coisa. e) Enquanto Drummond tenta se aproximar do gênero notícia de jornal no texto 1, a definição da Wikipédia apresenta-se de maneira poética. Texto para as questões 3 e 4 Catar feijão João Cabral de Melo Neto Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Ora, nesse catar feijão entra um risco: o de que entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco. Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual, açula a atenção, isca-a como o risco. Açula: incita, excita. Alguidar: vaso largo e fundo. Obstrui: coloca obstáculo, para. 3ª Questão: A partir do poema acima, responda: a) João Cabral de Melo Neto compara o ato de catar feijão ao ofício do poeta. Como ele constrói essa comparação? De que maneira podemos dizer que se trata de um poema autorreflexivo, ou metalinguístico? 1ª PP de Literatura/ 1º ano/ Prof. Diego/ Pág.2

b) Qual a diferença essencial entre catar feijão e compor o poema? O que é ruim para o feijão mas é bom para o poema? 4ª Questão: No penúltimo verso do poema, João Cabral de Melo Neto diz que a pedra, dando à frase seu grão mais vivo, impede a leitura fluviante e flutual. O que o poeta pretende com essas duas formas adjetivas? a) Confundir o leitor, colocando palavras que não existem em língua portuguesa, causando assim um estranhamento por não saber o que aquilo significa. b) Fazer uma brincadeira trocando as sílabas tu por vi nas palavras flutuante e fluvial, dizendo assim que a pedra impede uma leitura rasa, como que levada pelas águas da chuva. c) Criar um efeito sonoro pela repetição de duas palavras que começam com o encontro consonantal fl e tem o som do t na última sílaba. d) Tirar a atenção do leitor, tornando a leitura mais difícil. e) Colocar no texto palavras que não significam nada, mas acabam se encaixando pela sonoridade, dando harmonia ao verso. Texto para as questões 5 e 6 Onde está a honestidade? (Noel Rosa) Você tem palacete reluzente Tem joias e criados à vontade Sem ter nenhuma herança ou parente Só anda de automóvel na cidade E o povo pergunta com maldade: Onde está a honestidade? Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e felicidade... Vassoura dos salões da sociedade Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente... 5ª Questão: Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910 no Rio de Janeiro e faleceu aos 26 anos, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI. Um texto pertencente ao patrimônio literário brasileiro é atualizável, na medida em que se refere aos valores e situações de um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa, evidencia-se por meio a) da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns. b) da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança. c) da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade. d) do privilégio de alguns em clamar pela honestidade. e) da insistência em promover eventos beneficentes. 1ª PP de Literatura/ 1º ano/ Prof. Diego/ Pág.3

6ª Questão: A peça O auto da barca do inferno promove uma crítica acerca dos valores portugueses no início do século XVI. Assinale a alternativa que estabelece um eixo de comparação plausível entre a canção de Noel Rosa e a peça de Gil Vicente. a) Os dois textos têm exatamente a mesma estrutura, além de apresentarem uma linguagem semelhante. b) Há, tanto no teatro vicentino, quanto na canção de Noel Rosa, uma crítica à organização da sociedade: no auto da barca, Gil Vicente denuncia os abusos de poder e, na canção, Noel Rosa indica os meio desonestos de se conseguir dinheiro. c) A única semelhança entre os dois textos é terem sido escritos em língua portuguesa e serem próprio para apresentações artísticas: a música para ser cantada e a peça para ser encenada. d) Os dois textos são produzidos na mesma época, por isso têm algo de semelhante. e) Noel Rosa criou uma espécie de releitura da peça de Gil Vicente, mas o fez a seu modo: compôs um samba. 7ª Questão: a) Com relação ao Auto da Barca do Inferno, por que é correto falar que Gil Vicente promove uma crítica aos valores da sociedade portuguesa da época? b) O auto é um tipo de peça teatral muito comum na idade média, apresentando uma construção religiosa e um fundo moral. Qual o fundo moral da peça de Gil Vicente e como apesar de criticar a Igreja ela possui uma fundamentação cristã? 8ª Questão: a) Grande parte dos personagens da peça Auto da barca do inferno são considerados alegóricos. O que entendemos por alegoria nessa peça? b) Apresente um exemplo de personagem alegórico, dizendo o que ela representa e por qual motivo vai para o céu ou para o inferno. 1ª PP de Literatura/ 1º ano / Prof. Diego/ Pág.4

Texto para as questões 8 e 9 Auto da Barco do Inferno (Gil Vicente) ANJO Que quereis? FIDALGO Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do Paraíso é esta em que navegais. ANJO Esta é; que demandais? FIDALGO Que me leixeis embarcar. Sou fidalgo de solar, é bem que me recolhais. ANJO Não se embarca tirania neste batel divinal. FIDALGO Não sei porque haveis por mal que entre a minha senhoria... ANJO Pera vossa fantesia mui estreita é esta barca. FIDALGO Pera senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia? Venha a prancha e atavio! Levai-me desta ribeira! ANJO Não vindes vós de maneira pera entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e o rabo caberá e todo vosso senhorio. Ireis lá mais espaçoso, vós e vossa senhoria, cuidando na tirania do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezastes os pequenos, achar-vos-eis tanto menos quanto mais fostes fumoso. 9ª Questão: Qual o principal motivo que leva o Fidalgo à barca do inferno? a)adultério b)abuso do poder c)exploração financeira d)imoralidade e)violência física 10ª Questão: Há no texto uma expressão usada pelo Fidalgo que revela sua arrogância. Qual é ela? a)a estoutra barca me vou b) Ah, barqueiros! Nãop me ouvis? c)!...me leixeis embarcar. d) Pera senhor de tal marca... e) Levai-me desta ribeira! Textos para as questões 11 e 12 Texto I Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo E ai Deus, se verrá cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado! E ai Deus, se verrá cedo Verrá: virá Levado: agitado (Martim Codax) Texto II Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava a admirável forma lírica da canção paralelística. O Cantar de amor foi fruto de meses de leitura dos cancioneiros. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei com a cabeça cheia de velidas e mha senhor e nula ren ; sonhava com as ondas do mar de Vigo e com romarias a San Servando. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga. (Manuel Bandeira) 1ª PP de Literatura/ 1º ano / Prof. Diego/ Pág.5

11ª Questão: Assinale a afirmativa correta sobre o texto I. a) Nessa cantiga de amigo, o eu-lírico masculino manifesta a Deus seu sofrimento amoroso. b) Nessa cantiga de amor, o eu-lírico feminino dirige-se a Deus para lamentar a morte do ser amado. c) Nessa cantiga de amigo, o eu-lírico masculino manifesta às ondas do mar sua angústia por ter perdido amigo em trágico naufrágio. d) Nessa cantiga de amor, o eu-lírico masculino dirige-se às ondas do mar para expressar sua solidão. e) Nessa cantiga de amigo, o eu-lírico feminino dirige-se às ondas do mar para expressar sua ansiedade com relação à volta do amado. 12ª Questão: No texto II, o autor a) manifesta sua resistência à obrigatoriedade de ler textos medievais durante o período de formação acadêmica. b) utiliza a expressão cabeça cheia para depreciar as formas linguísticas do galaico- português, como mha senhor e nula ren. c) relata circunstâncias que o levaram a compor um poema que recupera a tradição medieval. d) emprega a palavra cancioneiros em substituição a poetas, uma vez que os textos medievais eram cantados. e) usa a expressão deliciosas cantigas em sentido irônico, já que os modernistas consideraram medíocres os estilos do passado. 13ª Questão: Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brígida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.Analise as informações abaixo e selecione a alternativa incorreta cujas características não descrevam adequadamente a personagem. a) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que juntara, nada leva para a morte, a não ser a bolsa vazia. b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas. Leva a amante e as armas de esgrima. c) O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é dissimulado e irônico. d) O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível. e) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação íntegra e exata das leis; leva papéis e processos. 14ª Questão: Texto 1 A dona que eu am e tenho por senhor amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for se non dade-me a morte. A que tenh eu por lume destes olhos meus e por que choram sempre amostrade-me-a Deus, se non dade-me-a morte. Senhor : senhora. Se vos en prazer for: se tiverdes prazer nisso. Texto 2 Levad, amigo, que dormides as manhãas frias; todalas aves do mundo d amor dizian: leda m and eu! (...) Todalas aves do mundo d amor dizian; do meu amor e do voss en ment avian leda m and eu! Levad : levantai. Leda: contente. En ment avian: traziam na mente. Os dois textos acima são uma cantiga de amor e a uma cantiga de amigo, respectivamente. Caracterize as duas modalidades poéticas, apresentando trechos dos textos que exemplifiquem sua caracterização. 1ª PP de Literatura/ 1º ano / Prof. Diego/ Pág.6