A Balança de Pagamentos

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Transcrição:

A Balança de Pagamentos

Importações e Exportações PORTUGAL Exportação Crédito MUNDO PORTUGAL Importação Débito MUNDO

A BALANÇA DE PAGAMENTOS Balança de Pagamentos Balança Corrente Balança de Capital Balança Financeira Erros e Omissões Balança de Mercadorias Balança de Serviços Balança de Rendimentos Balança de Transferências Correntes

Balança de Pagamentos = Balança Corrente + Balança de Capital + Balança Financeira + erros e omissões Balança Corrente = Balança de Mercadorias + Balança de Serviços + Balança de Rendimentos + Balança de Transferências Correntes

A BALANÇA DE PAGAMENTOS Balança de Pagamentos, 2006 (em milhões de euros) BALANÇA CORRENTE -14 599 BALANÇA DE CAPITAL 1 260 BALANÇA FINANCEIRA 12 012 ERROS E OMISSÕES 1 327 Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006

BALANÇA DE PAGAMENTOS Balança Corrente Balança de Capital Balança Financeira Balança de Mercadorias ou Comercial Balança de Serviços Mercadorias Prémios de seguro Transportes Direitos de utilização - Direitos de patentes - Royalties de marcas - Copyright - Franchising Viagens e Turismo Balança de Rendimentos Rendimentos do trabalho Rendimentos de investimento Balança de Transferências Correntes Transferências de capitais Aquisição e cedência de activos não produzidos e não financeiros Investimento directo Investimento de carteira Derivados financeiros Outro investimento Activos de reservas Transferências correntes Transferências públicas - Indemnizações de guerra - Ajudas entre países - Algumas transferências correntes da UE Transferências privadas - Indemnizações de seguros - Dádivas aos particulares - Remessas dos emigrantes e dos imigrantes - Pensões e reformas dos migrantes

SALDO = CRÉDITOS - DÉBITOS Saldo = valor das exportações valor das importações Qualquer balança pode registar um destes tipos de saldo: Défice: se o valor dos créditos (exportações) for inferior ao valor dos débitos (importações), não permitindo o pagamento da totalidade das importações. O país terá de utilizar as suas divisas ou contrair empréstimos para pagar a totalidade das importações (exportações < importações; créditos < débitos) balança DEFICITÁRIA. Superavit: o valor dos débitos é inferior ao valor dos créditos, permitindo o pagamento da totalidade das importações e ainda a obtenção de divisas (exportações > importações; créditos > débitos) balança SUPERAVITÁRIA. Equilíbrio: o valor dos créditos é igual ao valor dos débitos, logo o país não obtém nem utiliza as suas divisas (exportações = importações; créditos = débitos) balança EQUILIBRADA.

A BALANÇA CORRENTE BALANÇA CORRENTE Balança de Mercadorias Balança de Serviços Balança de Rendimentos Balança de Transferências Correntes

A BALANÇA COMERCIAL / DE MERCADORIAS SALDO = CRÉDITOS DÉBITOS Balança de Mercadorias Débitos Créditos Saldo Mercadorias 51 326 34 697-16 629 Milhões de euros Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE MERCADORIAS PORTUGUESA 2000 / 2006 2000 2003 2006 Débito 42 151 40 673 52 326 Créditos 26 832 29 681 34 697 Saldo - 15 319-10 992-16 629 Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006 Milhões de euros

RELAÇÃO BALANÇA CORRENTE / BALANÇA DE MERCADORIAS 1997 2000 2003 2006 0-2 -4-6 -5,7-5,1 Balança Corrente Balança de Mercadorias -8-10 -12-14 -9,3-10,4-13 -8,4-9,4-11 Saldos em percentagem do PIB Fonte: INE e Banco de Portugal, 2006 Tradicionalmente, a Balança Comercial portuguesa é muito negativa.

A partir dos elementos que constam da Balança de Mercadorias é possível determinar alguns indicadores económicos importantes para a caracterização do comércio externo de cada país, nomeadamente: - taxa de cobertura - grau de abertura ao exterior - estrutura sectorial das importações e das exportações - estrutura geográfica das importações e das exportações

TAXA DE COBERTURA É o indicador económico usado para avaliar a situação do comércio externo de mercadorias de um país, que nos mostra em que medida o valor das importações foi pago (coberto) pelo valor das exportações, sendo, normalmente, expresso em termos percentuais. Taxa de Cobertura = valor das exportações X 100 valor das importações

Como se interpreta a taxa de cobertura: Valores inferiores a 100% o valor das exportações não é suficiente para cobrir o que se gastou com as importações (apenas permite pagar parte das importações), sendo necessário utilizar divisas ou contrair empréstimos externos para cobrir o défice Valores superiores a 100% o valor das exportações excede o montante gasto com as importações e o país ainda acumula divisas (ou seja, as exportações cobrem integralmente as importações e ainda se recebem divisas) Valor igual a 100% o valor das exportações é igual ao valor das importações; o país não utiliza nem obtém divisas

Estabelece-se uma relação directa entre a taxa de cobertura e o saldo da balança de mercadorias, uma vez que a taxa de cobertura permite determinar o saldo da balança de mercadorias: BALANÇA DE MERCADORIAS Taxa de cobertura SUPERAVITÁRIA > 100 EQUILIBRADA = 100 DEFICITÁRIA < 100

EVOLUÇÃO DA TAXA DE COBERTURA EM PORTUGAL 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 73,1 72,1 76,6 82,2 80,4 65,5 70 72,9 78,6 76,8 80 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Valores em percentagem Fonte: Banco de Portugal, 2006)

GRAU DE ABERTURA AO EXTERIOR (GAE) O GAE mede a importância global da importação e da exportação de mercadorias na economia global de um país, calculando-se através da ponderação do peso das importações e das exportações para o PIB de um país GAE = exportações totais + importações totais X 100 PIB Quanto maior for o GAE de um país (expresso em percentagem do seu PIB) maior é a abertura da sua economia ao exterior, isto é, maior é a sua interdependência com outras economias e maior é a quantidade e a fluidez das suas trocas comerciais internacionais.

ESTRUTURA SECTORIAL DAS EXPORTAÇÕES E DAS IMPORTAÇÕES Indicador económico que mede o peso das exportações e/ou das importações de mercadorias de um concreto sector de actividade no total das trocas comerciais de todos os sectores. Em vez de calcular o peso de um sector de actividade, podemos calcular o peso de um ramo de actividade, de um subsector ou mesmo de um só bem ou produto. Estrutura sectorial = exportações de um sector / subsector / bem X 100 das exportações exportações de todos os sectores/subsectores/bens Estrutura sectorial = importações de um sector / subsector / bem X 100 das importações importações de todos os sectores/subsectores/bens

ESTRUTURA GEOGRÁFICA DAS EXPORTAÇÕES E DAS IMPORTAÇÕES Indicador económico que mede o peso de um país, ou conjunto de países, ou região, ou continente, ou organização internacional, no total das trocas comerciais de mercadorias de outro país ou seja, o peso de um país nas importações ou nas exportações de outro país. Estrutura geográfica = exportações para um país / região / organização X 100 das exportações exportações para todo o mundo Estrutura geográfica = importações de um país / região / organização X 100 das importações importações de todo o mundo

A BALANÇA DE SERVIÇOS SALDO = CRÉDITOS DÉBITOS Balança de Serviços Débitos Créditos Saldo Serviços 9 248 14 141 4 893 Milhões de euros Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006 Historicamente, em Portugal, a Balança de Serviços apresenta normalmente um saldo positivo, principalmente devido ao contributo francamente positivo do turismo.

EVOLUÇÃO DAS VIAGENS E DO TURISMO 2001 2002 2003 2006 Débito 2350,2 2383,8 2390,6 2625,0 Crédito 6124,8 6049,1 6123,2 6649,0 Saldo 3774,5 3665,3 3732,6 4024,0 Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006 Milhões de euros

EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DO TURISMO 4500 4000 3774,5 3665,3 3732,6 3971 3744 4024 3500 3305,6 3000 2833,8 2500 2188,8 2000 1500 1000 500 0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Milhões de euros Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006

BALANÇA DE RENDIMENTOS EVOLUÇÃO DE RENDIMENTOS DE INVESTIMENTO DIRECTO 2000 2003 2006 Débito 6985 6926 4141 Crédito 5158 4803 2670 Saldo - 1827-2123 - 1471 Milhões de euros Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006

SALDO = CRÉDITOS DÉBITOS Balança de Rendimentos Débitos Créditos Saldo Rendimentos 15 161 9 795-5 366 Milhões de euros Rendimentos de trabalho - 147 Rendimentos de Investimento - 5219 Rendimentos de Investimento Directo - 1471 Rendimentos de Investimento de Carteira - 689 Rendimentos de Outro Investimento -3059 Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006 Tradicionalmente a Balança de Rendimentos é deficitária, principalmente no que respeita aos rendimentos de investimento.

BALANÇA DE TRANSFERÊNCIAS CORRENTES SALDO = CRÉDITOS - DÉBITOS Balança de Transferências Correntes Débitos Créditos Saldo Transferências Correntes 3 910 6 413 2 503 Milhões de euros Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006 Apresenta normalmente saldos positivos em Portugal, embora de valor decrescente nos últimos anos, em virtude da diminuição nas remessas dos emigrantes portugueses e, inversamente, do aumento das remessas dos imigrantes, nomeadamente da Europa de Leste e do Brasil.

REMESSAS DE EMIGRANTES/IMIGRANTES (em percentagem do PIB) 3,5 3 2,5 2 Emigrantes (créditos) 1,5 Imigrantes (débitos) 1 0,5 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Fonte: INE e Banco de Portugal

EVOLUÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES (SALDOS) 2000 2003 2006 Transferências Públicas 199,1 608,6 270 Transferências Privadas 3499,1 2394,3 2233 Total 3698,2 3002,9 2503 Fonte: Relatório do Banco de Portugal, 2006 Milhões de euros

EVOLUÇÃO DA BALANÇA CORRENTE PORTUGUESA Balança Corrente 2000 2003 2006 Mercadorias - 15 319,0-10 992,0-16 629 Serviços 1 953,5 3 464,5 4 893 Rendimentos - 1 798,4-2 136,5-5 366 Transferências Correntes 3 698,2 3 002,9 2 503 Saldo da Balança Corrente - 11 465,7-6 661,3-14 599 Fonte: Relatórios do Banco de Portugal Milhões de euros

CONCLUSÃO Fazendo uma análise da Balança Corrente portuguesa, englobando todas as balanças em que esta se subdivide (somando o saldo das balanças comercial, de serviços, de rendimentos e de transferências correntes), podemos concluir que a nossa Balança Corrente é tradicionalmente negativa, pois importa-se mais do que se exporta. Como resultado disso, Portugal tem tido necessidade de financiar estes défices sucessivos, utilizando divisas ou recorrendo a empréstimos externos.