Cartilha Contábil de apoio



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Transcrição:

Cartilha Contábil de apoio

Conteúdo Introdução... 3 A Cartilha... 4 Receita Operacional... 5 Receitas de mensalidades / semestralidades / anuidades... 5 Outros serviços educacionais... 5 Subvenções para custeio da área educacional ou assistencial (sem fim específico)... 5 Receita com locação de bens... 5 Doações de Particulares... 6 Vendas de bens não integrantes do ativo imobilizado... 6 Outras receitas operacionais... 6 Deduções da Receita... 7 Impostos sobre vendas/serviços... 7 Devoluções/Cancelamento de mensalidades... 7 Descontos concedidos... 7 Custos e Despesas Operacionais... 8 Custos dos serviços prestados dos produtos vendidos e Despesas Operacionais... 8 Outras bolsas de estudo integrais/parciais... 8 Resultado financeiro líquido... 9 Outras Receitas e Despesas...10 Gastos com projetos educacionais e/ou assistenciais....11 Bolsas de estudo integrais...11 Bolsas de estudo parciais...11 Gastos da área da saúde...12 Resultado de projetos de subvenção com fim específico...13 Informações complementares...14 Finalizando o preenchimento...15 Considerações finais...16 SISCEBAS Cartilha Contábil Página 2

Introdução Este manual visa a apresentar o formulário de apuração da gratuidade, reunindo as principais rubricas de interesse para fins de análise dos requerimentos de renovação e de concessão originária do CEBAS. Para cada rubrica, este manual traz uma breve descrição, o que uniformiza o entendimento sobre seu significado e sobre as contas que devem ser lançadas e agregadas ao formulário. É importante que a entidade observe a correspondência entre os valores lançados no formulário e aqueles constantes das suas demonstrações contábeis, anexadas a este requerimento, uma vez que as mesmas serão objeto de verificação pela análise contábil. As entidades deverão manter escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem como a aplicação em gratuidade de forma segregada, evidenciando os gastos nas diversas áreas de sua atuação, em consonância com as normas emanadas do Conselho Federal de Contabilidade. Por isso, as demonstrações contábeis deverão, preferencialmente, ser apresentadas de forma analítica, com a visibilidade de todas as contas de interesse para apuração da base de cálculo e para verificação da gratuidade concedida. É imprescindível a observância aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, em especial o da competência. A eventual falta de rubricas nas demonstrações contábeis como: provisões, depreciações, demais contas retificadoras ou a inexistência de valores a receber e a pagar poderá ser considerada como descumprimento às normas contábeis. Para maiores detalhes, sugerimos às entidades requerentes do CEBAS a leitura do Manual de Procedimentos Contábeis para Fundações e Entidades de Interesse Social, obra editada pelo Conselho Federal de Contabilidade, disponível no sítio www.cfc.org.br. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 3

A Cartilha SISCEBAS Cartilha Contábil Página 4

Receita Operacional Receitas de mensalidades / semestralidades / anuidades Apenas as instituições que cobram por seus serviços educacionais deverão informar o montante das receitas das atividades de ensino decorrentes de mensalidades, semestralidades ou anuidades do exercício, conforme a Lei nº 9.870, de 23 de novembro de 1999. As entidades deverão observar o regime de competência durante a contabilização desses valores. Os juros e multas recebidos deverão ser contabilizados no grupo do resultado financeiro líquido. Essas instituições deverão informar como Mensalidades Recebidas os valores referentes às mensalidades auferidas dos alunos pagantes. Na rubrica Mensalidades Concedidas como Bolsas deverá ser informado o montante de todas e quaisquer bolsas de estudos concedidas, integrais e parciais, referente ao benefício prestado. Refere-se ao valor que a entidade deixou de receber por ter concedido bolsas. Outros serviços educacionais Liste os valores de outras receitas das atividades de ensino, tais como: taxas de serviço da secretaria, taxas de protocolo, taxas de 2ª chamada de avaliações, etc. Subvenções para custeio da área educacional ou assistencial (sem fim específico) Informe o montante das subvenções recebidas, não patrimoniais, que não tenham obrigações específicas perante o órgão repassador do recurso (vide orientações da NBC T 10.19). Receita com locação de bens Relacione as receitas oriundas de aluguéis de imóveis ou de outros bens, como máquinas e equipamentos, relacionadas com a área educacional. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 5

Doações de Particulares Assim como as subvenções, informar o montante das doações recebidas, não patrimoniais, que não tenham obrigações específicas perante a instituição/pessoa doadora do recurso (vide orientações da NBC T 10.19). Vendas de bens não integrantes do ativo imobilizado Relacione o montante das receitas decorrentes de vendas de mercadorias, como: livros, apostilas, uniformes, etc. As entidades mantenedoras que realizarem atividades mercantis, inclusive por intermédio de suas mantidas, como editoras, livrarias, realização de promoções, cantina/restaurante, etc, deverão agregar esses valores nesta rubrica. Outras receitas operacionais Enquadram-se nesta conta as demais receitas operacionais não relacionadas nos itens anteriores. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 6

Deduções da Receita Impostos sobre vendas/serviços Se a entidade estiver sujeita ao recolhimento de tributos incidentes sobre vendas ou serviços como ICMS ou ISSQN, deverá indicar esses valores nesta rubrica. Devoluções/Cancelamento de mensalidades Informe os valores restituídos aos alunos, ou aos seus responsáveis, referentes às devoluções/cancelamentos de mensalidades/semestralidades/anuidades do exercício. Descontos concedidos Registre todos os descontos concedidos pela instituição, condicionais ou incondicionais, sobre o montante da receita bruta de mensalidades/semestralidades/anuidades. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 7

Custos e Despesas Operacionais Custos dos serviços prestados dos produtos vendidos e Despesas Operacionais A entidade deverá promover a segregação dos gastos entre custos das suas atividades assistenciais, educacionais, ou da área da saúde, das despesas necessárias à manutenção administrativa da instituição. O custo do serviço prestado refere-se aos valores consumidos durante a prestação dos serviços da entidade. Na área educacional é composto basicamente pelos valores dos salários dos professores, materiais didáticos, materiais de consumo, entre outros. No campo Perdas no recebimento de créditos, informe os valores considerados como perdas no recebimento de créditos relativos às mensalidades, semestralidades ou anuidades da área educacional. Serão admitidos como perdas os valores definidos pelos art. 340 a 342 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Outras bolsas de estudo integrais/parciais Neste campo a entidade poderá informar outros tipos de bolsa de estudos, como aquelas destinadas a beneficiários que não atendem aos critérios de seleção da Lei 12.101/2009, porém estas bolsas não serão incluídas no cálculo do percentual de gratuidade. Para as entidades que atuam na educação superior, não serão computadas como gratuidade as bolsas concedidas nos cursos de pós-graduação e outras concedidas que não atendam aos critérios da legislação do PROUNI. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 8

Resultado financeiro líquido Constitui a diferença entre o total das despesas financeiras e o das receitas financeiras. Nos exercícios sociais em que as receitas financeiras forem superiores em relação às despesas financeiras, este grupo terá saldo credor. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 9

Outras Receitas e Despesas Outras receitas e despesas podem ser classificadas como transações não relacionadas diretamente com as atividades para as quais a instituição foi constituída. O exemplo mais comum é o caso dos lucros ou prejuízos na venda de itens do ativo imobilizado. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 10

Gastos com projetos educacionais e/ou assistenciais. As entidades atuantes em mais de uma área deverão manter escrituração contábil segregada para cada atividade desempenhada. Conforme as determinações do 3º do art. 13 da Lei nº 12.101, de 2009, as entidades preponderantes na área de educação poderão complementar em até 25% o montante da gratuidade prevista nesta mesma lei com outras formas de benefícios, além das bolsas de estudo integrais e parciais. Estes gastos complementares são definidos em portaria do Ministério da Educação, que deverá ser consultada para a correta interpretação da sua contabilização. Bolsas de estudo integrais Informe os valores das bolsas de estudo integrais conforme o conceito da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, ou seja, bolsas destinadas às pessoas carentes e que respeitem ao princípio da universalidade do atendimento, sendo vedado incluir as bolsas destinadas exclusivamente a associados ou à categoria profissional. Além dessas bolsas, podem ser relacionadas nesta rubrica aquelas concedidas conforme o Art. 31 do Decreto 7.237, de 2010. Para a educação superior, serão aceitas, além das bolsas PROUNI, aquelas concedidas para funcionários e seus dependentes, conforme Art. 12 da Lei 11.096, de 2005. Bolsas de estudo parciais Relacione os valores das bolsas de estudo parciais de 50% conforme o conceito da Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, ou seja, bolsas destinadas às pessoas carentes e que respeitem ao princípio da universalidade do atendimento, sendo vedado incluir as bolsas destinadas exclusivamente a seus associados ou à categoria profissional. Além dessas bolsas, podem ser relacionadas nesta rubrica aquelas concedidas conforme o Art. 31 do Decreto 7.237, de 2010. Para a educação superior, serão aceitas, além das bolsas PROUNI, aquelas concedidas para funcionários e seus dependentes, conforme Art. 12 da Lei 11.096, de 2005. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 11

Gastos da área da saúde As entidades atuantes em mais de uma área deverão manter escrituração contábil segregada para cada atividade desempenhada. Para a área da saúde, as entidades deverão informar o montante gasto com os serviços de internações e atendimentos ambulatoriais definidos na Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, no Decreto nº 7.237, de 20 de julho de 2010, e na legislação complementar do Ministério da Saúde. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 12

Resultado de projetos de subvenção com fim específico Informe o montante das subvenções recebidas, não patrimoniais, que possuam obrigações específicas perante o órgão repassador do recurso (vide orientações da NBC T 10.19). SISCEBAS Cartilha Contábil Página 13

Informações complementares Estas contas não fazem parte da Demonstração de Superávit ou Déficit do Exercício, são escrituradas no Balanço Patrimonial, no grupo do Ativo Circulante e no Ativo Realizável a Longo Prazo. Deverão ser informadas com a devida atualização monetária e com a exclusão das perdas, conforme orientações dos art. 340 a 342 do Decreto nº 3.000, de 1999. ATENÇÃO: Estas contas não influenciarão a apuração do SUPERÁVIT/DÉFICIT do exercício. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 14

Finalizando o preenchimento Ao final do preenchimento, o Formulário de Apuração da Gratuidade colherá os dados financeiros informados pela entidade para apurar a base de cálculo de aplicação dos 20% de gratuidade da seguinte forma: a) instituição sujeita às normas da Lei 12.101, de 2009, ou do art. 11 da Lei 11.096, de 2005; 1. Apuração da base de cálculo da receita efetivamente recebida 1.1 Mensalidades/semestralidades/anuidades a receber no início do exercício 1.2 (+) Receita bruta de mensalidades/semestralidades/anuidades do exercício 1.3 (-) Bolsas de estudo integrais 1.4 (-) Bolsas de estudo parciais 1.5 (-) Outras Bolsas de Estudo integrais/parciais 1.6 (-) Devoluções/cancelamentos de mensalidades/semestralidades/anuidades do exercício 1.7 (-) Descontos concedidos sobre mensalidades/semestralidades/anuidades do exercício 1.8 (-) Perdas no recebimento de mensalidades/semestralidades/anuidades 1.9 (-) Mensalidades/ semestralidades/anuidades a receber no final do exercício (=) Total da receita efetivamente recebida (Base de Cálculo): b) instituição sujeita ao art. 10 da Lei 11.096, de 2005; 1. Apuração da base de cálculo da receita bruta anual 1.1 Receita bruta de serviços 1.2 (+) Rendimento de aplicações financeiras 1.3 (+) Venda de bens não integrantes do ativo imobilizado 1.4 (+) Doações de particulares (=) Total da receita bruta anual (Base de Cálculo): Após preencher os campos selecione a opção Salvar ou Salvar e Prosseguir. SISCEBAS Cartilha Contábil Página 15

Considerações finais O preenchimento do Formulário de Apuração da Gratuidade servirá como prévia da análise contábil do requerimento de renovação/concessão do CEBAS. Sua principal finalidade é demonstrar a forma como o Ministério da Educação fará a apuração da base de cálculo e evidenciar as contas imprescindíveis para o cômputo da gratuidade. O percentual de gratuidade encontrado, caso este seja maior ou igual a 20%, não garante a renovação/concessão automática do certificado. Durante a análise do requerimento, se necessário, serão realizados ajustes para adequação das informações prestadas à legislação vigente. Dados complementares deverão ser informados em Notas Explicativas, inclusive em quadros analíticos, sempre que aqueles disponibilizados nas demais demonstrações contábeis não evidenciem adequadamente as atividades desempenhadas pela entidade requerente. As entidades que atuam em educação e não cobram por seus serviços educacionais devem considerar que todos os seus alunos são bolsistas integrais. Dessa forma, mesmo que não seja necessário o cálculo de apuração da gratuidade mínima, essas instituições devem evidenciar contabilmente sua atuação beneficente, sendo necessário segregar os gastos puramente administrativos dos custos dos serviços educacionais. Para garantir a celeridade dos julgamentos, faz-se necessário o atendimento irrestrito às Normas Brasileiras de Contabilidade expedidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, em especial a NBC T 10.19, ou outra norma que venha substituí-la. Os demonstrativos contábeis de cada exercício deverão indicar os saldos correspondentes ao exercício imediatamente anterior (vide 1º, do art. 176, da Lei 6.404 de 1976). SISCEBAS Cartilha Contábil Página 16