Índice. 06 Mercado. 08 Fique por Dentro. 10 Lançamento. 11 Caderno Especial. 20 Sindilub em Ação Meio ambiente foi o foco principal da reunião



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Transcrição:

Mai/Jun 2011

Índice 06 Mercado Venda de óleos lubrificantes a granel em pauta 08 Fique por Dentro ANP debate criação de certificado para lubrificantes 10 Lançamento Mercado de lubrificantes teve bons resultados em 2010 11 Caderno Especial Uma certeza e muitas dúvidas 20 Sindilub em Ação Meio ambiente foi o foco principal da reunião 22 Espaço Técnico Graxas industriais 24 Meio Ambiente Sindilub prestigia Semana do Meio Ambiente em Minas 25 Meio Ambiente Oficina do GMP em Curitiba 26 Seu Negócio Todo cuidado é pouco

Foto: Wellington Cerqueira Laercio Kalauskas Presidente do Sindilub Caros leitores, Na última edição da SindilubPress procurei tecer em linhas gerais alguns esclarecimentos sobre o início dos trabalhos do Grupo instituído para discutir e implementar a logística reversa das embalagens plásticas de óleos lubrificantes, de nosso especial interesse. Todos previam um mar de águas calmas nesse Grupo, pois os trabalhos já estavam adiantados, tendo por base as premissas do Programa Jogue Limpo, criado pelo Sindicom e de excelentes resultados nos locais em que já foi implementado. Não é que o mar tenha se tornado revolto no decorrer dos trabalhos, mas é inevitável que diante do número de participantes envolvidos e interessados nesse Grupo, as discussões nem sempre alcancem um consenso. Acho natural, e até bom, salutar, que isso aconteça, pois à medida que os vários participantes sustentem e expliquem as peculiaridades das atividades representadas, mais se aprofundam as discussões, e quando se chega ao consenso, o tema está exaurido, com mínima margem de erro. Foi interessante iniciar o trabalho deste Grupo calcado nas premissas do Programa Jogue Limpo, pois ainda que este programa tenha sido criado para atingir somente a coleta das embalagens plásticas da revenda varejista, em especial os Postos Revendedores, já é meio caminho andado. Corta aqui, cola ali, e logo, logo teremos o texto final da minuta do futuro acordo setorial sobre o tema. Ainda mais agora que o Grupo Técnico de Assessoramento, que é quem dita as diretrizes do Grupo Técnico Temático, resolveu determinar que se discuta em separado a logística reversa das embalagens de lubrificantes, dos demais resíduos. Mas já falei demais sobre isso, e nesta edição teremos uma matéria inteira sobre o tema. Realizamos nossas assembleias anuais em junho, discutindo vários assuntos de interesse da atividade, e ao final decidimos provocar os associados presentes: Qual a opinião de vocês sobre o Sindilub organizar uma Convenção isso mesmo, eu disse uma Convenção reunindo associadas e familiares, entidades irmãs, autoridades dos Ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente, Conama, Ibama, ANP para durante três dias, intercalando trabalho e lazer, confraternizar e discutir temas relevantes para a atividade? A resposta foi positiva, o que nos animou para arregaçar as mangas e, em princípio, já lançarmos a possível data e o provável local: Abril de 2012, em Foz do Iguaçu. O desafio é grande, assim como as cataratas, mas conto com todos vocês para chegarmos à outra margem. Boa leitura. Expediente Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho Diretor Secretário: Jaime Teixeira Cordeiro Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. Carvalho Diretor Social: Antonio da Silva Dourado Diretor Executivo: Ruy Ricci Rua Tripoli, 92 - Conjunto 82 V. Leopoldina - São Paulo - SP - 05303-020 Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640 www.sindilub.org.br - sindilub@sindilub.org.br Coordenadora: Ana Leme - (11) 3644-3440 Jornalista Responsável: Ana Azevedo - MTB 22.242 Editoração: ipressnet - www.ipressnet.com.br Impressão: Van Moorsel - (11) 2764-5734 Capa: Vladimir Wrangel / Shutterstock.com As matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente opinião da revista. Não nos responsabilizamos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida reprodução de qualquer matéria e imagem sem nossa prévia autorização. Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes SINDILUB

m ercado Venda de óleos lubrifica Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação Cosan A comercialização de óleos lubrifi cantes vem passando por alterações nos últimos anos. Dentre os motivos, está a busca dos fabricantes por adequar-se às necessidades do mercado - tanto de consumidores fi nais quanto de revendedores - e o aumento da conscientização para que sejam adotadas práticas com menor impacto sobre o meio ambiente. Nesse cenário, a venda de óleo a granel se tornou uma realidade, contribuindo para evitar sobras comuns que ocorrem quando são utilizadas as tradicionais embalagens de um litro. Neste contexto, alguns exemplos podem servir de inspiração para que todos os integrantes da cadeia de comercialização de óleos lubrifi cantes, junto com as autoridades públicas, levem o assunto adiante. A Cosan Combustíveis e Lubrifi cantes, detentora da marca Mobil no Brasil, desenvolveu um sistema de granel e vem fornecendo lubrifi cantes nesta modalidade, destinados a clientes consumidores e revendedores. Para garantir a qualidade do produto, a Cosan Combustíveis e Lubrifi - cantes explica que desenvolveu um processo de controle, garantindo A Cosan, através da marca de lubrificantes Mobil, tem experiência de venda a granel e apóia as iniciativas da indústria no sentido de garantir uma operação sem falhas e a qualidade do produto final ao consumidor. que, em cinco anos de operação do programa, nenhuma falha de operação ou incidente de qualidade foi reportada. Além de não gerar resíduos plásticos, outros fatores positivos do granel são a praticidade, a otimização da área de armazenagem e a facilidade de operação, seja no cliente consumidor ou no cliente revendedor.

ntes a granel em pauta Resposta ao ofício do Sindilub Com relação ao Ofício S0311, apresentado à Cosan pelo Sindilub por ocasião da discussão deste artigo, informamos que a Cosan, através do Sindicom (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrifi cantes), está empenhada em buscar a melhoria contínua da qualidade dos produtos lubrifi cantes, a adoção de elevados padrões de segurança, saúde e preservação ambiental, e fi nalmente preservar a concorrência saudável e evitar a incidência de fraudes ao consumidor fi nal. S Dê ao óleo usado o destino previsto em lei e ajude a preservar a natureza. Cumpra a Resolução CONAMA 362/2005 SINDIRREFINO Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais Avenida Paulista, 1313 8º andar conjunto 811 FIESP CEP 01311-923 São Paulo/SP Fone/Fax (11) 3285-5498 www.sindirrefino.org.br

F ique por Dentro ANP debate criação de cer Texto: Renato Vaisbih A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estuda a possibilidade de tornar obrigatória a emissão de um Certificado de Análise para Registro de Lubrificantes. O documento deverá ser exigido para todos os óleos comercializados no país, independentemente de terem fabricação nacional ou serem importados. O Sindilub foi uma das instituições convidadas pela ANP para discutir o assunto durante reunião promovida pela Superintendência de Qualidade de Produto do órgão, em maio, no Rio de Janeiro. O encontro também serviu para apresentar um esboço de Resolução que deve colocar o tema para consulta pública em breve. De acordo com Cristiane Andrade, representante da Superintendência de Qualidade de Produto, um dos motivos da criação do certificado é o alto índice de não conformidade verificado no item Qualidade do programa de monitoramento dos lubrificantes. Também participaram da mesa de debates os especialistas em regulação Jackson da Silva Albuquerque, como relator; e Cláudio dos Santos Dutra, que apresentou a minuta da Resolução e representou a Superintendência de Abastecimento da ANP. A agência espera uma maior isonomia entre os agentes que atuam no mercado de lubrificantes (veja box), não apenas com a emissão do certificado, mas também com a revisão da Resolução nº 10/2007, que regulamenta o registro de lubrificantes, além de mudanças nas regras de concessões de autorização para exercício da atividade de produção de óleos lubrificantes, previstas na Resolução nº 18/2009. Com a redução de produtos que não cumprem os padrões de qualidade, teremos benefícios para o consumidor final e também para toda a cadeia de comercialização, uma vez que haverá um nível de concorrência mais equilibrado, inclusive com a possibilidade de favorecer os estados com a diminuição da evasão fiscal, opina o diretor-executivo do Sindilub, Ruy Ricci. Questionamentos Apesar de considerar positiva a criação do certificado de análise, os participantes do encontro promovido pela ANP demonstraram que ainda é necessário um amplo debate sobre o assunto. Não há dúvidas sobre as vantagens proporcionadas pela possibilidade de o produto ser rastreado por toda a cadeia de comercialização, inclusive com um número de registro que deverá ser inserido na nota fiscal e no documento de acompanhamento (Danfe), facilitando a fiscalização. Os participantes da reunião questionaram, no entanto, o teor das informações que deverão constar no certificado, principalmente as relativas às características físico-químicas dos produtos. Outro ponto polêmico foi sobre a exigência de que uma cópia do certificado acompanhe o produto, como acontece com os combustíveis. No caso dos lubrificantes, a operação pode se tornar complexa demais por existirem diversos tipos de especificações de óleos na mesma nota fiscal, além de os caminhões que fazem a distribuição dos produtos circularem com diversas notas fiscais para fazer a entrega a diversos clientes. O maior questionamento foi com relação à proposta de que a emissão do certificado somente tenha validade caso a inspeção seja feita no próprio laboratório do produtor do lubrificante desde que esteja de acordo com o previsto na Resolução nº 18/2009 ou por laboratório terceirizado que possua certificação NBR ISO 17025. O argumento apresentado pelos participantes do encontro a maioria profissionais da área técnica foi de que a norma é muito severa, difícil de ser cumprida por boa parte dos laboratórios e até mesmo desnecessária para fins da emissão do certificado. Para Ruy Ricci, o debate é importante e o Sindilub, mentor do programa de qualidade para os lubrificantes, tem apoiado todas as medidas de aprimoramento no programa de controle de qualidade dos produtos, como qualquer outra que atribua maior responsabilidade para os agentes da cadeia, visando o benefício ao consumidor final, mesmo em que pese que a categoria dos revendedores atacadistas, responsável por mais de 45% da movimentação do volume de lubrificantes comercializado no país, inexplicavelmente ainda não ter sido objeto de regulamentação pela ANP, apesar de nossas reiteradas solicitações. Sindilub questiona dispensa de importadores terem o produto analisado por laboratórios nacionais 8 sindilub

tificado para lubrificantes Somos, porém, veemente contra que os importadores possam apresentar um certificado emitido no exterior pelo produtor ou exportador, sendo dispensado de ser confirmado por um laboratório local. Essa quebra de tratamento isonômico entre os agentes que disputam o mesmo segmento de mercado onera e desestimula o produtor nacional, podendo ser mais interessante importar e distribuir lubrificantes do que produzir localmente, com sérias consequências a médio e longo prazo para a economia do país. Caso essa ideia seja mantida, deveremos buscar a revisão da mesma, na esfera da Secretaria do Direito Econômico e no campo político-tributário, conclui o diretor-executivo do Sindilub. S O que está em jogo O certificado proposto pela ANP possibilitará a fiscalização mais eficaz do mercado de lubrificantes. Existem cerca de 156 produtores de lubrificantes operando com autorização anterior à revisão do processo de recadastramento da atividade (Resolução 18/2007), e 214 importadores de óleos lubrificantes, responsáveis por colocar no mercado, de acordo com a Resolução Nº 10/2007:» 3.570 óleos Lubrificantes industriais;» 2.900 óleos Lubrificantes Automotivos» 2.250 graxas lubrificantes Também há, na clandestinidade, um número desconhecido de fabricantes de lubrificante e graxas. Fonte ANP Outubro de 2009

l AnçAmento Mercado de lubrificantes teve bons resultados em 2010 Texto: Renato Vaisbih A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), da qual o Sindilub é fi liado, lançou em maio o Relatório Anual da Revenda de Combustíveis 2011. A publicação traz resultados do setor no ano passado e uma retrospectiva dos dez primeiros anos do novo milênio, com um capítulo dedicado exclusivamente ao mercado de óleos lubrifi cantes. O lançamento do relatório ocorreu durante um evento realizado no Rio de Janeiro, com o tema Perspectivas para o mercado de combustíveis nacional, que teve a presença de representantes de diversas entidades, como a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis); Unica (União da Indústria de Cana-de- -Açúcar); e Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrifi cantes). Surpreendente Um dos destaques das apresentações e também do relatório foi o crescimento do setor de combustíveis e, consequentemente, do mercado de óleos lubrifi cantes em 2010. O resultado foi tão bom que o capítulo dedicado aos lubrifi cantes, sob o título Um mercado em expansão, com informações fornecidas pelo Sindilub, ressalta: Surpreendente. Talvez essa seja a palavra que melhor resuma o desempenho do segmento de lubrifi cantes no ano que passou. O texto ainda revela que, com o crescimento da economia e do setor automotivo brasileiro, a comercialização do óleo chegou a 1,60 milhão de metros cúbicos. Com isso, o Brasil fi cou entre os cinco maiores consumidores do produto no mundo. Ainda de acordo com o relatório da Fecombustíveis, em termos de faturamento, o mercado de lubrifi cantes movimentou cerca de R$ 24 bilhões, valor que representa a cadeia desde o produtor/importador até a revenda. Somente na revenda, o montante negociado alcançou R$ 10 bilhões. Outros assuntos abordados no capítulo sobre lubrificantes são as medidas que estão sendo discutidas para reduzir os índices de não-conformidade, especialmente no que diz respeito à qualidade dos produtos, e o debate sobre a Resolução nº 18 e as difi culdades dos produtores de se adequarem às exigências da ANP. Brasil está entre os cinco maiores consumidores de óleo no mundo Os interessados em adquirir o relatório da Fecombustíveis podem fazer a solicitação ao Sindilub pelo e-mail sindilub@sindilub.org.br S 10 sindilub

c ADerno especial Logística reversa: uma certeza e muitas dúvidas

Histórico do debate sobre destinação correta de embalagens de lubrificantes demonstra avanços, mas ainda é preciso definir pontos importantes da legislação. A logística reversa das embalagens de óleos lubrificantes usados, fi ltros e outros resíduos é um dos principais temas relacionados à questão do meio ambiente debatidos nos últimos anos nos fóruns que reúnem representantes do governo nas esferas municipais, estaduais e federal e de setores da economia com atividades voltadas à produção, comercialização e utilização desses produtos. A proposta desta reportagem especial da revista Sindilub Press é apresentar de forma condensada o que já foi discutido e, mais do que isso, apontar sugestões para que se atinja um consenso. Entre as revendas de lubrifi cantes impera a certeza de que é preciso defi nir regras, porém sem onerar as empresas do segmento. As determinações que vierem a ser impostas devem ter força de lei, com fi scalização efetiva para a destinação correta das embalagens e seus resíduos após o uso e penalidades severas para quem não cumprí-las. Para isso, é preciso muito diálogo, afi rma o presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas. Se há a certeza de que é preciso implantar processos de logística reversa para as embalagens de lubrifi cantes, sobram dúvidas do que é necessário ser feito para minimizar os impactos ambientais e, principalmente, como colocar isso em prática diante da realidade enfrentada no dia a dia pelos produtores, importadores, distribuidores, comerciantes (revendedores) e até mesmo consumidores fi nais.

Histórico O Rio Grande do Sul foi um dos primeiros estados brasileiros a possuir uma portaria que dispõe sobre recebimento, armazenamento e destinação final das embalagens de óleos lubrificantes, como aponta a reportagem Cresce coleta de embalagens usadas no RS, publicada na edição da revista Sindilub Press de Janeiro/Fevereiro de 2009. De acordo com o texto, a portaria, existente desde 2003, determinou o licenciamento do sistema de coleta, armazenagem e destino final das embalagens pós-consumo dos fornecedores/fabricantes e fornecedores/ distribuidores, enquanto o comércio varejista (postos, lojas de autopeças e supermercados), trocas de óleo e consumidores finais da indústria e da prestação de serviços, apenas armazenam as embalagens. Em 2008, o Sindilub apoiou a publicação do Guia Básico Gerenciamento de Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados, realização da Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte APROMAC em parceria com o Grupo de Monitoramento Permanente GMP da Resolução Conama nº 362/05, que trata da destinação final do oluc (óleo lubrificante usado ou contaminado). A publicação já indicava uma necessidade para a coleta das embalagens usadas. A orientação era: após o máximo escorrimento do óleo lubrificante remanescente no interior das embalagens, estas devem ser separadas e colocadas em um recipiente que impeça que as pequenas quantidades do produto novo ou usado que ainda restaram extravasem (uma bombona ou latão, por exemplo). Em muitos municípios, as embalagens e os filtros de óleo são recolhidos por empresas dedicadas à sua reciclagem, sendo esta a melhor opção. (Informe-se com o órgão ambiental local, seu fornecedor de óleo lubrificante ou mesmo com o coletor autorizado). Caso não haja esse recolhimento, as embalagens e os filtros de óleo usados resíduos perigosos devem ser enviados a aterro de resíduos perigosos (classe I). No período de 2004 a 2009, o debate sobre a logística reversa de embalagens e filtros de lubrificantes avançou com morosidade, no âmbito do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Um Grupo de Trabalho (GT) foi criado para discutir o assunto, mas suas discussões foram interrompidas em virtude da publicação da lei que regulamentou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Posicionamento Diante de tema tão importante para a sociedade, o Sindilub vem participando ativamente do debate sobre a logística reversa, posicionando-se objetivamente nas questões de interesse de seus associados, sempre em busca do diálogo com representantes do governo e de outros setores envolvidos na produção e comercialização de lubrificantes. Em agosto de 2010, o sindicato protocolou ofício na Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, encaminhado ao então secretário Ubiratan Escorel de Azevedo, tratando da publicação da Lei nº 14.186, de 15 de julho de 2010, e manifestando seu integral apoio em relação à publicidade das diretrizes traçadas por este diploma legal, bem como colocar-se à inteira disposição para colaborar nos trabalhos visando sua regulamentação. Cerca de dois meses depois, em outubro, outro documento encaminhado ao secretário Azevedo, antecipou os compromissos assumidos pelos revendedores atacadistas (veja na sequência), aprovados em assembleia com os associados, buscando evitar que a categoria fosse penalizada por responsabilidades no que diz respeito à coleta de embalagens e filtros. O ofício também fazia referência à Lei nº 14.186/10 e citava ainda a Resolução SMA-024, de 31 de março de 2010, que trata da implementação da Política Estadual de Resíduos Sólidos e relaciona os

produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental de diversos setores. Além dos filtros e embalagens de óleo lubrificante, o texto da SMA cita baterias automotivas; pneus; lâmpadas fluorescentes; produtos eletroeletrônicos; e embalagens de alimentos e bebidas, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e bens de consumo duráveis. Ainda no final de 2010, o Sindilub decidiu enviar novo ofício à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, com o intuito de prestar esclarecimentos sobre as atividades dos revendedores atacadistas, diante de texto dúbio apresentado pelos responsáveis do Programa Jogue Limpo, que prevê ações de logística reversa de embalagens e filtros de lubrificantes em todo o Brasil, por iniciativa do Sindicom Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes. Segundo o documento, o Programa Jogue Limpo, ao classificar os agentes e respectivas entidades de classe, qualifica o revendedor atacadista como Distribuidor, quando, em verdade, no sistema de abastecimento nacional, a distribuição é realizada pelos próprios produtores ou importadores. O texto ainda argumentava que a legislação, nas esferas estadual de São Paulo e federal, atribui aos revendedores atacadistas a responsabilidade de coletar as embalagens usadas, o que seria inadmissível economicamente. Por outro lado, demonstra-se perfeitamente factível economicamente atribuir-se responsabilidade pela coleta aos produtores leia-se, aqui, distribuidores e aos importadores, pelo poder econômico e pelo fato de ditarem o preço dos produtos no mercado. Cenário nacional Além de São Paulo e Rio Grande do Sul, também possuem legislação própria, que de alguma forma trata da logística reversa de embalagens e filtros de lubrificantes, os estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e ainda o município de São Paulo. As decisões fragmentadas serviram de base para a elaboração do Programa Jogue Limpo e, mais importante do que isso, para a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevista na Lei nº 12.305, de agosto de 2010, com a publicação do Decreto nº 7404, no dia 23 de dezembro de 2010. O decreto também trouxe as regras para a criação do Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos e do Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, apesar de apresentar um texto genérico, sem citar especificamente embalagens e filtros de lubrificantes e conferindo aos estados a competência para legislarem a respeito, de acordo com suas necessidades e a realidade do mercado em cada região. Diante do fato de muitas vezes as decisões ficarem em compasso de espera, o Sindilub passou a orientar seus associados a continuar separando embalagens, armazenando-as de maneira segura e registrando o destino dado a elas, uma vez que existem em vigor outras leis que prevêem crimes ambientais. O Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa foi empossado em fevereiro de 2001 e, no mês seguinte, criou cinco Grupos de Trabalho Temáticos (GTTs), com destaque para o GTT Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens, coordenador pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em abril de 2011, o sindicato recebeu convite para integrar o GTT e enviou seu diretor-executivo, Ruy Ricci, para a primeira reunião, realizada em Brasília, no dia 5 de maio.

Confira os compromissos assumidos pelo Sindilub junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, de São Paulo, em outubro de 2010:» receber as embalagens plásticas e filtros de lubrificantes usados que forem devolvidas em seu estabelecimento, independente da origem e do local onde o produto foi adquirido;» criar condições ambientalmente corretas para o armazenamento temporário, decantação e acondicionamento das embalagens e filtros usados (bacia de contenção), disponibilizando a retirada por coletores autorizados;» manter registro das quantidades de embalagens e filtros recebidos e entregues à coleta, por tipo de embalagens (tambor, balde, litros, etc);» afixar em destaque no estabelecimento advertência quanto à responsabilidade do consumidor pela devolução das embalagens e filtros adquiridos, de preferência no próprio local de aquisição, devendo as embalagens retornarem fechadas com suas tampas originais e acondicionadas em sacos impermeáveis;» treinar os empregados e prepostos quanto à correta manipulação das embalagens e filtros descartados, fornecendo ferramentas e EPIs;» criar folheto educativo institucional para entrega aos consumidores, ou deixado no interior dos veículos, abordando temas ecológicos, tais como a importância da proteção ao meio ambiente e o potencial de risco dos resíduos de óleos lubrificantes usados, e quanto aos procedimentos corretos para sua destinação;» na comercialização por atacado, anexar o folheto educativo aos documentos fiscais entregues aos consumidores, ou advertir no corpo do documento fiscal que essas informações estão disponíveis em seu sítio eletrônico;» pela entidade signatária, instruir os revendedores quanto aos riscos de enquadramento na lei de Crimes Ambientais, no caso de colocar em risco o Meio Ambiente pelo descarte incorreto de embalagens, advertindo-os para que repassem as informações aos consumidores;» ainda pela entidade signatária, promover ciclo periódico de palestras para os revendedores, quanto aos aspectos positivos da reciclagem de embalagens para a economia, no tocante ao aumento da oferta de empregos e na diminuição da importação de matérias primas;» pela entidade, instituir campanha de conscientização voltada aos revendedores, quanto à sua responsabilidade por todo o processo, alertando para (i) os investimentos necessários em suas instalações, para o correto recebimento das embalagens e filtros, aquisição de equipamentos e ferramentas; (ii) o risco de passivo ambiental e trabalhista, gerado pela inadequação.

Linha do tempo 2002 2003 2004 2005 Lei nº 13.316, no município de São Paulo, que torna obrigatória que empresas produtoras e distribuidoras de bebidas, óleos combustíveis, lubrificantes, cosméticos, produtos de higiene e limpeza façam reuso, reciclagem ou recompra das embalagens de seus produtos. A lei foi regulamentada por decreto e portaria somente em 2008. Portaria do governo do Rio Grande do Sul dispõe sobre procedimentos para licenciamento das atividades de recebimento, armazenamento e destinação final das embalagens de óleos lubrificantes pós-consumo. Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FE- PAM- RS) envia consulta ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Resolução Conama nº 362, que trata da destinação final do oluc (óleo lubrificante usado ou contaminado). Ago 2010 Out 2010 Dez 2010 Dez 2010 Sindilub envia ofício à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo declarando apoio à Lei nº 14.186. Sindilub envia ofício à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo assumindo compromissos das revendas atacadistas de óleos lubrificantes relacionados à logística reversa. Decreto 7.404 regulamenta a Lei Federal nº 12.305, instituindo a criação do Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos e do Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Sindilub envia ofício à Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo enfatizando que o Programa Jogue Limpo qualifica erroneamente o revendedor atacadista como distribuidor.

2009 Mar 2010 Jul 2010 Ago 2010 Conama cria Grupo de Trabalho de Embalagens Plásticas Usadas de Óleo Lubrificante. Resolução SMA-024, no estado de São Paulo, que trata da implementação da Política Estadual de Resíduos Sólidos e relaciona os produtos geradores de resíduos de significativo impacto ambiental de diversos setores. Diário Oficial do Estado de SP publica Lei nº 14.186, que dispõe sobre a coleta, recolhimento e destino final das embalagens plásticas de óleos lubrificantes. Diário Oficial da União publica Lei nº 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Fev 2011 Mar 2011 Abr 2011 Mai 2011 Empossado o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Criação de Grupos de Trabalhos Temáticos (GTTs) do Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Ministério do Meio Ambiente convida Sindilub a fazer parte do GTT Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens. Primeira reunião do GTT Óleos Lubrificantes, seus Resíduos e Embalagens, com participação do Sindilub, em Brasília.

Publicações A revista Sindilub Press sempre destacou temas importantes relacionados ao segmento de lubrifi cantes e, como não podia deixar, acompanha de perto as discussões e resoluções governamentais sobre a implantação do sistema de logística reversa para embalagens e fi ltros. Abaixo, você encontra uma relação dos textos publicados sobre o assunto. A íntegra das edições anteriores estão disponíveis no site www.sindilub.org.br Jan/Fev 2009» Cresce coleta de embalagens usadas no RS pg. 6 Jan/Fev 2010» Embalagens na mira do Conama pg. 4 Mar/Abr 2010» A política de resíduos sólidos no estado de São Paulo pg. 15 Set/Out 2010» Encontro amplia discussão das questões ambientais pg. 10» Minuta da resolução vai ganhando contornos fi nais pg. 17 Nov/Dez 2010» Sindilub apresenta propostas para coleta de embalagens pg. 14 Jan/Fev 2011 Mai/Jun 2010» GT de embalagens discute responsabilidades pg. 18» Sindilub entrega reivindicações à ANP pg. 6» Governo privilegia regionalização de lei pg. 18 Jul/Ago 2010» Resíduos sólidos, a bola da vez pg. 10» Sindilub realiza palestra em evento da Secretaria do Meio Ambiente pg. 12» GT de embalagens reduzirá ritmo das reuniões pg. 17» Jogue Limpo chega a São Paulo pg. 18 S

S indilub em Ação Meio ambiente foi o foc Texto e Fotos: Ana Azevedo Apresentar a nova sede aos associados e mostrar o trabalho que o Sindilub vem desenvolvendo dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esses, segundo o presidente Laercio Kalauskas, foram os principais objetivos da reunião realizada no último dia 16 de junho. Com a presença da diretoria e associados, a reunião discutiu temas de ordem estatutária, além de destacar as negociações coletivas de trabalho, cuja data base é primeiro de setembro, e o trabalho do Sindilub diante da PNRS. Queríamos mostrar o quanto o Sindicato se envolveu nos últimos 10 ou 11 meses nas questões da Política de Resíduos Sólidos e o que já obtivemos de sucesso na possibilidade de um acordo setorial, comentou Kalauskas. Para o diretor executivo, Ruy Ricci, os empresários precisam se posicionar diante das situações que estão surgindo no mercado, e esse trabalho no aspecto ambiental poderá contribuir para a regulamentação da atividade futuramente pelo órgão regulador. O diretor voltou a ressaltar que o Sindilub vem trabalhando para que a categoria atue como um recebedor e armazenador das embalagens plásticas usadas de óleos lubrificantes, sem, no entanto, ter qualquer responsabilidade com a coleta. Já teremos que nos adequar para receber e armazenar as embalagens, não podemos ter qualquer custo com a coleta, destaca Ricci. Com a proximidade da data base, muitos associados procuraram tirar dúvidas com a assessora jurídica Cláudia Generoso, sobre os possíveis índices de reajuste e detalhes sobre as cláusulas de PLR (participação nos lucros e resultados) e demais reivindicações dos trabalhadores. Ela destacou que todos devem ter atenção redobrada se quiserem antecipar os valores dos reajustes nos salários para evitar futuros problemas trabalhistas. Mais uma vez a diretoria convidou os presentes a integrarem a Comissão que fará a negociação com os trabalhadores. É importante ter essa participação dos associados, destacou Cláudia. Outro tema abordado pela diretoria foi a realização da primeira Convenção Nacional do Sindilub. O presidente lembrou que essa é uma idéia antiga, mas que a diretoria achou por bem consultar os associados. A proposta é realizar o evento em Foz do Iguaçu, Paraná, em um hotel. Seria um encontro de dois ou três dias, no qual vamos reunir trabalho e lazer. É uma oportunidade de confraternizar com empresas de todo o país e ainda reunir a família. A idéia recebeu aprovação de todos os presentes. A diretoria sugeriu como data para o evento a segunda semana de abril de 2012. Com esse aval ganhamos força para iniciar os trabalhos e temos certeza que será mais um evento de sucesso, concluiu. Depoimentos Antonio Celso Paulucci Agecom As reuniões são sempre positivas e a participação dos associados, principalmente no caso da logística reversa é importante, pois o Sindicato está olhando mais nosso foco, adequando todo esse sistema ao nosso negócio. Lá no Rio Grande do Sul, a Agecom já está fazendo a coleta, e aqui estamos acompanhando todos os passos. Edelcio Fornari Fusus As reuniões têm sido muito boas, esclarecedoras, de troca de informações e sempre com uma base forte das pessoas que estão dirigindo os temas. O assunto da coleta de embalagens, que o Sindilub está envolvido e lutando pelos associados, foi sem dúvida o que mais me encantou. 20 sindilub

o principal da reunião Marcos Antonio Razera consultor de negócios da West Brasil Achei interessante a questão da logística reversa. Lá na empresa temos os advogados que estão acompanhando o tema, mas não temos nenhum trabalho específico nessa área. Nesse sentido as informações foram muito boas. Elcio Picchi Martins Teffé Lubrificantes O que mais me chamou a atenção na reunião foi a preocupação com o meio ambiente. Estamos esperando a posição do Sindicato para fazer o recebimento. Há clientes que pedem pra gente fazer a coleta, mas não fazemos para não ter problemas com risco ambiental. Antonio Dourado Toninho Lubrificantes A preocupação com o meio ambiente foi o que mais chamou atenção. Esse assunto já está chegando no interior, sabemos que em São Paulo é mais rígido. É importante para aprendermos e passarmos as informações adiante. Entendo que o mercado não tem essas informações, temos muitas dúvidas. José Alves da Cruz J. A. Lubrificantes Gostei da reunião. Foi bastante produtiva, com assuntos que preocupam todo o setor. Temos que tentar resolver os problemas do dia a dia. Os resíduos nos preocupam bastante, sentimos que as Distribuidoras querem tirar a responsabilidade delas e essa é uma hora importante para o Sindilub nos representar, para que não tenhamos despesas extras. O empresário não pode ser onerado pela coleta. sindilub 21

e SpAço técnico Graxas industriais Texto e Foto: Ana Azevedo O mercado de graxas começa a despontar para produtos com maior desempenho tecnológico. Na prática isso significa custo/benefício pra quem investe em produtos especiais e ganhos de produtividade, explica o gerente de produtos da ITW Chemical, Oscar Honda. Muito tradicionais em indústrias, as graxas especiais estão ganhando espaço no mercado sucro alcooleiro. Honda comenta que no caso específico do corte de cana, quem determina o ritmo do trabalho é o clima. A colheita só pode ser feita em dias secos, logo, as máquinas trabalham sem parar. Uma colheitadeira com graxa tradicional tem que ser lubrificada quase diariamente. Com um produto especial essa lubrificação pode ser feita em até 20 dias. A diferença de performance entre um produto e outro justifica a diferença de custo, pois representa produção para a Usina. O que é uma graxa A graxa é um material formado por óleo, espessante e aditivos. A variação desses componentes vai determinar os diferentes tipos de produto. O óleo proporciona a lubrificação, o espessante a consistência e os aditivos intensificam as propriedades do produto. Algumas graxas são produzidas para resistir a ambientes mais agressivos, outros podem ser de grau alimentício, outros mais resistentes a carga e temperatura. O encorpante vai dar o ponto de gota. Honda comenta que no mercado industrial a grande característica das graxas especiais é o aumento da longevidade, ou seja, do intervalo de lubrificação, a melhor performance da graxa. Em condições normais, uma graxa especial dura mais de três vezes comparado a um produto convencional. haver contato metal/metal, o que vai gerar o aumento do atrito. Outro sinal é o ruído emitido pelo equipamento. Algumas empresas utilizam análise por vibração, que são sensores que medem as forças geradas por falta de lubrificação. A consistência da graxa é outro fator importante. Ela é determinada pelo método que consiste em medir a penetração (em décimos de milímetros) exercida por um cone sobre uma amostra de graxa, sob ação de carga padronizada durante 5 segundos e à temperatura de 25 C. O padrão utilizado é a tabela NLGI (National Lubricating Grease Institute), é como se você fosse medir o quanto a graxa é pastosa, diz Honda. Para avaliar a consistência é utilizado o penetrômetro. A tabela NLGI faz a classificação para as graxas definindo a consistência trabalhada em 60 ciclos que variam de 000 (muito macia) a 6 (muito dura). A menor é uma graxa muito fluída, recomendada em sistemas centralizados, nos quais não se tem acesso ao rolamento. A graxa 000 é muito parecida com o óleo e possuí o benefício de aumentar a resistência à quebra de película, além de eliminar o vazamento. A graxa vai ter uma cremosidade superior à viscosidade do óleo e evitar vazamento. O melhor lubrificante é o óleo, no entanto não há como colocar o óleo no rolamento. A graxa não derrama em função do sabão, que atua como uma esponja para conter as gotículas de óleo envoltas em uma pastosidade. Isso faz com que o óleo fique O grande diferencial é que elas podem ser utilizadas em altas temperaturas, de até 250 graus, enquanto uma graxa comum chega a 120 graus. Outras aplicações recomendadas são em ambientes com muita contaminação por água/ óleo solúvel, como em siderurgias ou laminações. Como a durabilidade cresce, você economiza mão de obra para intervir no equipamento. Para avaliar o desempenho de uma graxa é importante verificar a temperatura do rolamento. Se ela está aumentando é sinal de que o lubrificante está degradado e começa a 22 sindilub

impregnado nessa pastosidade e seja liberado dentro do rolamento. Já a cor da graxa é apenas questão de marketing, explica Honda. Existem graxas pretas, chamadas grafitadas. Como utilizam aditivos à base de grafite ou de bissulfeto de molibdênio, a coloração é decorrente do processo de fabricação, da matéria-prima. Mas podemos ter graxa verde, azul ou de outras cores. A graxa alimentícia tende a ter cor mais clara, branca ou bege, em função dos materiais de fabricação. É justamente a diferença de aditivos e processos de fabricação que diferenciam as graxas industriais das automotivas. Um produto automotivo tem um processo de fabricação mais simples, o que se reflete no preço do produto. Enquanto a graxa especial precisa de performance maior, por ser utilizada em máquinas caras, que exigem produção, o desgaste de um veículo é menor. Classificação NLGI Grau NLGI Penetração Trabalhada ASTM D-217 (250C + ou -20C) 000 445-475 00 400-430 0 355-385 1 310-340 2 265-295 3 220-250 4 175-205 5 130-160 6 85-115 Do ponto de vista mercadológico, Honda lembra que o mercado automotivo é muito grande, mas com muitos concorrentes. A briga por preço é grande e os produtos tecnicamente parecidos. Quando você vai para a área industrial o custo benefício acaba direcionando a compra de um produto especial. S

m eio Ambiente Sindilub prestigia Semana do Meio Ambiente em Minas Texto: Ana Azevedo Fotos: Divulgação FIEMG O trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Sindilub quanto à Política Nacional de Resíduos Sólidos tem aberto portas para divulgação da atividade de revenda atacadista. Nos dias 1 e 2 de junho, o Sindicato participou da Semana de Meio Ambiente, promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), através da gerência de Meio Ambiente e do Programa Minas Sustentável. O evento, que teve como eixo central a Produção Sustentável e a Política Nacional de Resíduos Sólidos, contou com ciclo de palestras e debates e reuniu especialistas, professores e empresários mineiros, que debateram novos conceitos e tecnologias ambientais e apresentaram casos de indústrias que já incorporaram processos mais sustentáveis em sua cadeia produtiva. A agenda, voltada para a discussão sobre as políticas nacional e estadual de resíduos sólidos, foi aberta pela coordenadora geral de Análise da Competitividade e Desenvolvimento Sustentável do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernanda Messias. Ela destacou as principais orientações dispostas na Lei 12.305 e no decreto 7404, que apresentam as principais responsabilidades e as estratégias que estão sendo implementadas pela política de resíduos sólidos no país. O Sindilub, representado pelo diretor executivo, Ruy Ricci, apresentou o compromisso da revenda atacadista no compartilhamento do processo de logística reversa, trabalho com o qual o Sindicato está se posicionando junto ao Grupo de Trabalho Temático GTT de Logística Reversa de Resíduos e embalagens de óleos lubrifi cantes. O grupo será responsável pela elaboração do edital de chamamento para implantação de um Acordo Setorial para a coleta de embalagens plásticas usadas de óleos lubrifi cantes. O evento contou ainda com a presença do presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), José Cláudio Junqueira, e apresentação de cases na área de logística da Abividro, Reciclanip, ANP e General Eletric. S 24 sindilub

m eio Ambiente Oficina do GMP em Curitiba Texto: Ana Azevedo O Grupo de Monitoramento Permanente da Resolução Conama 362/05 (GMP), se reuniu em Curitiba, nos dias 13, 14 e 15 de junho, para a realização da 23ª Reunião Ordinária e de mais uma Mini-Ofi cina de Capacitação. Na ausência da coordenadora Zilda Veloso, os trabalhos foram dirigidos por Edmilson Costa. Na reunião Ordinária foram abordados os assuntos técnicos e de organização do GMP, bem como o andamento das ofi cinas. Um dos temas que gerou ampla análise dos presentes foi o que sugere alterações na Resolução Conama, sejam elas estruturais ou apenas de redação. Ficou defi nida a criação de um sub-grupo que deverá elaborar uma proposta, que após aprovada pelos membros, deverá ser encaminhada em reunião plenária do Conama. Outro tema polêmico apresentado pelo coordenador foi a proposta de mudança nas reuniões previstas para Mato Gros- so do Sul e Minas Gerais, para Brasília. O Ministério de Meio Ambiente (MMA) em consenso com o Ministério de Minas e Energia (MME), deseja que as reuniões sejam separadas das mini-ofi cinas e reuniões setoriais. A proposta foi votada e a maioria preferiu manter o calendário anterior. O risco de redução da coleta em função da falta de escoamento da produção do rerrefi no também movimentou as discussões. O representante do Sindirrefi no, Walter Françolin explicou que há uma variação no mercado nacional, pelo aumento de oferta de óleo básico, contudo as metas de coleta não deverão ser afetadas. Mesmo assim, Edmilson Costa acredita que a nova Portaria Interministerial que está em discussão no MMA e MME deverá apresentar percentuais conservadores em relação ao método de progressão defi nido na Portaria 464/07. O terceiro dia de reuniões foi marcado pela realização da Mini-Ofi cina que reuniu técnicos dos órgãos ambientais de toda a região. S

S eu negócio Todo cuidado é pouco Texto e Foto: Ana Azevedo Evitar que um ladrão entre no seu estabelecimento durante o dia é sempre mais difícil. A afirmação é do gerente técnico da Teleatlantic, José Ramon Moreno. A empresa, especializada em monitoramento, concentra no período noturno o foco do seu trabalho. Para tanto, vem investindo na conjugação de tecnologias para garantir segurança e tranquilidade aos empresários e moradores. A instalação de sistemas de alarme com sensores de presença nas portas e janelas está ganhando a companhia do CFTV (circuito fechado de TV). A vantagem é permitir que ao ser acionado o alarme, o profissional da empresa de monitoramento possa verificar o que realmente está acontecendo no ambiente. Ramon comenta que é comum ouvir as pessoas reclamando dos alarmes, que disparam sem motivo, ou dos sistemas de TV que apenas gravam a desgraça. O sistema de alarme avisa em 10 segundos a empresa de monitoramento, que aciona a polícia e um supervisor de moto que se dirige ao local. Segundo o gerente, por semana a empresa registra quase 30 eventos reais, sendo que por conta do alarme, 95% das vezes o prejuízo é reduzido ou evitado. Não dá para dizer que é 100% seguro, mas existem ladrões de ocasião, que chegam, chutam uma porta pegam uma TV, por exemplo, e vão embora. Se não fosse o alarme ele poderia levar todo o estoque da revenda, pondera. Quanto aos disparos acidentais, ele explica que sistemas mais modernos utilizam sensores indicados para cada caso. Em armazéns, galpões não é possível ter um sensor de temperatura ou um de deslocamento, pois podem existir ratos e gatos. Utilizamos um sensor dual, que reúne os dois fatores, para disparar tem que haver temperatura e deslocamento de massa acima de 40 quilos. Nas portas o sensor só é acionado quando ela abre pelo menos 10 cm, pois em alguns casos a porta pode se deslocar com o vento, ou se alguém encostar. Também mantemos botões de pânico escondidos e remotos. Dessa forma, em caso de assaltos durante o dia, a vítima aciona o botão sem ser percebido. Uma pessoa da Central liga para o local e se ninguém atender, ou se quem atender não disser as palavras combinadas, a polícia é acionada. Embora focada no monitoramento, a empresa mantém um pacote de serviços que reembolsa o prejuízo do cliente em até 10 mil reais. Se você tem uma troca de óleo, com uma TV de plasma para os clientes na sala de espera, entra um ladrão e leva o aparelho, ele será reembolsado. Temos também um serviço de emergência médica. Se o seu cliente passar mal, basta acionar o botão no painel do alarme e uma ambulância será encaminhada para o socorro. O pacote inclui ainda seguro contra incêndios no valor de 70 mil. Dentro das novas tecnologias, o empresário pode ser avisado da abertura ou fechamento da empresa por SMS. Dessa forma, se ele estiver longe, pode ligar e verificar o motivo da loja ainda estar aberta, por exemplo, além do horário. O uso do monitoramento, no entanto, não impede que outros cuidados sejam tomados ao chegar ou sair da empresa. O diretor Executivo da NSA Brasil. Hugo Tisaka, lembra que é importante verificar a presença de pessoas estranhas paradas próximas ao estabelecimento. Dificultar a ação do infrator também é importante. Mantenha o caixa preferencialmente no fundo da loja, protegido pelo CFTV, com as imagens guardadas em local seguro, longe do balcão, orienta. As mercadorias de maior valor devem ficar guardadas em locais seguros e, se for possível, trancadas. S 26 sindilub